A história do santo deste dia se entrelaça com a cidade italiana de
Nápoles, onde o corpo e sangue de Januário estão guardados. Este santo
viveu no fim do século III e se tornara Bispo de Benevento, cidade
próxima a Nápoles.
Como cristão estava constantemente se preparando para testemunhar
(se preciso com o derramamento do próprio sangue) seu amor ao Senhor, já
que naqueles tempos em que a Igreja estava sendo perseguida, não era
difícil ser preso, condenado e martirizado pelos inimigos da Verdade. Na
função de Bispo foi zeloso, bondoso e sábio, até ser juntamente com
seus diáconos, preso e condenado a virar comida dos leões no anfiteatro
da cidade de Pozzuoli (a primeira terra italiana que pisou o apóstolo
Paulo a caminho de Roma).
Igual ao profeta Daniel e muitos outros, as feras lamberam, mas não
avançaram nestes homens protegidos por Jesus. Nesse caso, sob a ordem
do terrível imperador Diocleciano (último grande perseguidor), a única
solução era a espada manejada pela irracional maldade humana. Foram
decapitados. Isto ocorreu no ano 305.
Alguns cristãos, piedosamente, recolheram numa ampola o sangue do
Bispo Januário para conservá-lo como preciosa relíquia e seu corpo
acabou na Catedral de Nápoles. A partir disso, os napolitanos começaram a
venerar o santo como protetor da peste e das erupções do vulcão
Vesúvio.
Dentre tantos milagres alcançados pela sua intercessão, talvez o maior se deve ao seu sangue,"aquele guardado na ampola".
Acontece que o sangue é exposto na Catedral, no dia da festa de São
Januário e o extraordinário é que há séculos, o sangue, durante uma
cerimônia, do estado sólido passa para o estado líquido, mudando de cor,
de volume e até seu peso duplica. A multidão edificada se manifesta com
gritos, enquanto a ciência, que já provou ser sangue humano, silencia
quanto a uma explicação para este fato, esclarecido somente pela fé.
São Januário, rogai por nós!
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