O Papa Bento XVI recebeu na manhã
deste sábado, 22, 110 participantes do encontro do Comitê Executivo da
Internacional Democracia-Cristã. Em seu discurso na ocasião, o Pontífice
lembrou que são preocupantes a complexidade e gravidade da atual
situação econômica, mas, que neste contexto, os cristãos são chamados a
agir com espírito profético, assumindo com realismo, fidelidade e
esperança as novas responsabilidades.
O Papa disse que, desde o último
encontro, realizado há cinco anos, o empenho dos cristãos na sociedade
não deixou de ser um fermento vivo para melhorar as relações humanas e
das condições de vida.
“Este empenho não deve conhecer flexões
ou limites, mas, ao contrário, seguir profundo com renovada vitalidade,
tendo em vista a continuidade e, por algumas vezes, o agravar-se das
problemáticas que enfrentamos”.
Sobre a contribuição política e
institucional dos membros presentes no encontro, Bento XVI destacou que
isso não pode limitar-se a responder as urgências de uma lógica de
mercado, mas também assumir como central e imprescindível a busca do bem
comum e a promoção e proteção da dignidade da pessoa humana.
O
Pontífice reiterou ainda a importância do respeito à vida em todas as
suas fases, desde a concepção até seu fim natural, e do respeito ao
casamento, união indissolúvel entre um homem e uma mulher e fundação da
comunidade e da vida familiar.
“Um autêntico progresso da
sociedade humana não poderá, portanto, abrir mão da política de proteção
e promoção do matrimônio e da comunidade que deriva daí, política a ser
adotada não só pelo Estado, mas pela própria Comunidade internacional, a
fim de inverter a tendência de um crescente isolamento do indivíduo, o
que é fonte de sofrimento e de atrofia seja para o indivíduo seja para a
própria comunidade”.
Por fim, o Papa lembrou que se é verdade
que a defesa e promoção da dignidade da pessoa humana é dever dos homens
e mulheres, da mesma forma é verdadeiro o fato de que essa
responsabilidade cabe, de modo particular, àqueles que são chamados a
desempenhar um papel de representação.
“Esses, especialmente
animados pela fé cristã, devem ser “capazes de transmitir às gerações
razões de vida e de esperança” (Gaudium et Spes, 31)”.
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