domingo, 30 de dezembro de 2012

A espera já é a grande festa da juventude, destaca bispo em artigo


Feliz ano da juventude

Um grande ano nos espera, um ano no qual a nossa cidade vai ser invadida por uma onda de jovens vindos de todas as partes do Brasil e do mundo e vai receber a visita do Papa Bento XVI. Iremos iniciar o primeiro dia do primeiro mês do Ano da Juventude.

Um grande ano, de muito trabalho e de muitos encontros se delineia para a nossa amada cidade, para os nossos jovens, para as nossas famílias. O próximo ano será o ano da Jornada Mundial da Juventude, evento que sempre deixa um rastro positivo de renovação, um ano marcado não só pela curiosidade de ver uma multidão de jovens animar a Cidade Maravilhosa, mas de observar que novidade que ela trará para a vida de cada um de nós. Entre tantos legados que esperamos dos grandes eventos, este terá um incomparável: deixará a presença de um Deus Amor no coração dos jovens arautos da manhã e anunciadores de um mundo novo.

No próximo dia 5, no Arpoador, no Rio de Janeiro, iremos comemorar a espera dos últimos 200 dias para a JMJ. A espera é uma palavra difícil, sobretudo para os jovens, mas é uma palavra prenhe de vida. A espera é a nota do tempo de Advento, que nós acabamos de viver. Um tempo que se concluiu com a figura de Maria, nossa mãe e mãe de Deus, que viveu como nenhuma outra pessoa a espera do nascimento do Salvador. É a figura de Maria, Mãe de Deus, que encerra a oitava do Natal e abre o novo ano.

Esperamos todos para que entre o 23º ao 28º dia do sétimo mês do ano da juventude, a nossa cidade seja transformada no “Santuário Mundial da Juventude”! Preparamos e esperamos com carinho esse belo momento.

A espera de Nossa Senhora era uma espera bendita, como aquela que as mães geralmente vivem, dominadas pela presença do filho que carregam em si, mas igualmente pelo desejo de vê-Lo, conhecer suas feições, acariciar seu corpo diminuto, de contemplar a novidade da criança que deve nascer. Presença e espera convivem entre si e se completam. Presença e espera continuam a preencher os dias de uma mãe que vê seu filho crescer, de novidade em novidade.

O primeiro dia do Ano é dedicado à Mãe de Deus! É muito importante que seja assim. É como que uma invocação para que aquela que soube esperar nos ensine a esperar também. A esperar e a reconhecer que existe uma Presença que acompanha a nossa vida. A novidade do Ano Novo não pode se exaurir no primeiro dia. Um ano realmente novo é aquele que traz novidade a cada dia. É o que anunciamos: a espera já é a grande festa da juventude.

Esta espera esquenta o coração, nos faz vibrar e é a coisa mais bonita da festa de Réveillon, que enche aquele cenário excepcional que é a Praia de Copacabana. Iremos, como todos os anos, celebrar e esperar do alto do Corcovado, aos pés do Redentor. Porém, neste ano, o povo que espera o Ano que deve chegar, espera, na verdade, algo mais.

A multidão é cheia da espera por uma novidade que não se sabe qual seja, mas que deve vir. A espera tem a dimensão do coração do homem. Nosso coração espera, traz uma espera que nem o barulho ensurdecedor do tempo consegue eliminar. Todo o mundo parece conspirar para que o homem não espere, viva sem viver, se habitue ao feio e ao pequeno, mas, diante das águas do mar de Copacabana e do anúncio da novidade, a espera reacende. Dali, a espera se estende por toda a cidade, todas as casas e salões e clubes que receberão os jovens peregrinos. E no atual vazio de uma região em Guaratiba contemplaremos os milhões de jovens que anunciarão ao mundo a aurora de um tempo novo ao contemplar os montes que se erguem no entorno e que, levados pela nova Avenida com seus ônibus de transporte rápido, percorrerão ruas e vielas, túneis e viadutos para levarem ao mundo a esperança e a paz em Cristo.

Para o próximo ano é importante que os jovens da cidade do Rio de Janeiro sejam portadores da Paz. O Papa Bento XVI, em sua XLVI Mensagem para o Dia Mundial da Paz, recorda que todos somos chamados a ser felizes por sermos os construtores da Paz: “Bem-aventurados os obreiros da Paz”. Em sua mensagem anterior, para o ano que finda, o Papa dirigiu explicitamente sua mensagem à juventude: "nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista. Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens, e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade. Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspectiva educativa: «Educar os jovens para a justiça e a paz », convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo. Importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encontrem a devida atenção em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspectivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver « coisas novas » (Is 42, 9; 48, 6). Por isso nossa atenção, unindo os temas dos dois anos, para que os jovens, educados para a justiça e a paz sejam felizes por construir a paz.

Queridos jovens: o próximo ano é de vocês! Assim como a JMJ nos envia a fazer discípulos entre os povos, a Campanha da Fraternidade coloca todos disponíveis: “Eis-me aqui, envia-me”. A Arquidiocese do Rio de Janeiro abre os seus corações para receber a todos como o Nosso Cristo Redentor – de braços abertos. Animem-se para viver com intensidade a JMJ Rio 2013 e vamos testemunhar Deus Menino, nascido de Maria Santíssima, para nos salvar!

A Praia de Copacabana, no sétimo mês do Ano da Juventude, vai ser tomada por uma multidão diferente: jovens de todas as raças e línguas que encontram Alguém que os encheu de espera e de esperança. Dali, partirão em peregrinação para o oeste da cidade, para dizer, em Guaratiba, que eles querem preencher todos os vazios do mundo com a esperança de uma nova vida buscada no íntimo de todos. Assim, juntos iremos passar pela “porta da Fé” a caminho de novos horizontes. A fé é um modo diferente de ver e viver a vida, um modo que é dominado por uma Presença que enche o homem de espera.

A todos os homens de boa vontade, construtores da paz, de perto e de longe, desejamos um feliz e santo ano da juventude.

"Sejam plenos de esperança", exorta Papa à Comunidade Taizé

Cerca de 40 mil pessoas, entre famílias, jovens e crianças, lotaram a Praça São Pedro, no Vaticano, para o encontro do Papa Bento XVI com os participantes do 35º Encontro Europeu da Comunidade de Taizé neste sábado, 29. o Pontífice destacou que todos são chamados a serem pequenas luzes para os que estão ao se redor. "Assim, com vossa fé, contribuireis para fazer surgir a confiança sobre a terra. Sejam plenos de esperança", disse.

Na saudação que dirigiu aos presentes na Oração, o Papa recordou inicialmente a história da Comunidade, que nasceu mais de 70 anos atrás por iniciativa do Irmão Roger. “Esta continua atraindo milhares de jovens do mundo inteiro, na procura de um sentido para suas vidas. Os Irmãos os acolhem em suas orações e oferecem para esse momento a oportunidade de fazerem a experiência de uma relação pessoal com Deus. Para sustentar estes jovens em seus caminhos para Cristo, Irmão Roger teve a ideia de começar uma ‘peregrinação de confiança através da terra’ ”.

O Santo Padre exortou todo os presentes a serem portadores desta mensagem de unidade, assegurando o empenho irrevogável da Igreja Católica em prosseguir a busca do caminho de reconciliação para alcançar a unidade visível dos cristãos.

Bento XVI recordou que Cristo deseja receber de cada um uma resposta que venha não do constrangimento e nem do medo, mas da liberdade profunda. Deus não deixa o homem sozinho e isolado; Ele dá a todos a alegria e o conforto da comunhão da Igreja.

“Durante vossa estada em Roma, fazeis uma nova experiência de Igreja. Voltando à casa, em vossos diversos países, vos convido a descobrir que Deus vos fez corresponsáveis de sua Igreja, em toda a variedade de vocações. Esta comunhão que é o corpo de Cristo precisa de vós e vós tendes nisso o vosso inteiro lugar", disse.

O encontro teve início na última sexta-feira, 28, e segue até 2 de janeiro. Até esta data, estão programados para Roma encontros de oração, reflexão e vida comum nas paróquias e nas famílias que acolhem estes jovens provenientes de diversos países.

Papa destaca exemplo de Maria e José para as famílias cristãs

No dia em que a Igreja celebra a Sagrada Família de Nazaré, o Papa Bento XVI reuniu-se com os fiéis na Praça São Pedro para rezar o Angelus. Em suas palavras antes da oração mariana, o Santo Padre rezou por todas as famílias, evocando-as a viver a presença de Deus com o mesmo amor e alegria da família de Jesus, Maria e José.
Bento XVI recordou a passagem do Evangelho de Lucas que relata a ida da Sagrada Família a Jerusalém por ocasião da Páscoa. Na volta para Nazaré, Jesus permaneceu na cidade, o que preocupou Maria e José. 

“A preocupação de Maria e José por Jesus é a mesma de cada pai que educa um filho, o introduz na vida e para a compreensão da realidade. Hoje, portanto, é necessário fazer uma oração especial ao Senhor por todas as famílias do mundo”, disse o Pontífice.

E a exemplo da Sagrada Família de Nazaré, o Santo Padre lembrou ainda que os pais se preocupam com o crescimento e educação dos filhos, destacando que eles nunca devem se esquecer de que a fé é um dom precioso para alimentar nos filhos também com o exemplo pessoal.

Da mesma forma, o Papa rezou para que cada criança seja acolhida como um dom de Deus e sustentada pelo amor do pai e da mãe.

“O amor, a fidelidade e a dedicação de Maria e José sejam exemplo para todos os casais cristãos, que não são os amigos ou os mestres da vida de seus filhos, mas os guardiões deste dom incomparável de Deus”.

Evangelho (Lucas 2,41-52)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

41Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. 47Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse:
— “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”.
49Jesus respondeu:
— “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?”
50Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera.
51Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas.
52E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens.
Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Santo do Dia: Sagrada Família

Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal.

Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:

O exemplo de Nazaré:

Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.
Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!
Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.
Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.
Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.

João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:

A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do "evangelho da família", mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja...

A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.


Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!

sábado, 29 de dezembro de 2012

Arquidiocese de Porto Alegre prepara 25ª Romaria da Mãe de Deus

A arquidiocese de Porto Alegre (RS), através do Santuário Mãe de Deus, promoverá na próxima terça-feira, 1º, a 25ª Romaria de Nossa Senhora Mãe de Deus, padroeira da cidade e da arquidiocese, tradicionalmente realizada no primeiro dia do ano. Considerado um dos recantos mais bonitos da capital gaúcha, com vista panorâmica de 360 graus, o Santuário acolhe todos os anos milhares de fiéis e devotos nesta data festiva para pedir paz para o mundo todo.

A preparação para a romaria teve início no dia 23 de dezembro e seguirá até segunda-feira, 31, com uma novena. Todas as noites, a partir das 19h30min, no Santuário Mãe de Deus, os fiéis são convidados a refletirem o tema "A Mãe de Deus no Ano da Fé". Já no dia da romaria, 1º de janeiro, a programação começará às 17h30min, com os romeiros partindo da Gruta de Lourdes em direção ao Santuário Mãe de Deus.

Chegando ao Santuário, haverá uma missa campal, às 18h30min, na esplanada do local, com bênção das mães e benção geral. A celebração eucarística será presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Dadeus Grings, e concelebrada pelos bispos auxiliares e demais padres da arquidiocese. Os organizadores estimam a participação de mais de três mil pessoas na romaria.

O Santuário da Mãe de Deus fica localizado na Rua Santuário, número 400, no bairro Belém Velho, em Porto Alegre. Mais informações pelo telefone (51) 3318 4627 ou ainda pelo site www.santuariomaededeus.org.

"Taizè seria impensável sem o Concílio", diz o líder da comunidade

Cerca de 40 mil jovens chegam a Roma para o 35° Encontro europeu da Comunidade de Taizè. O encontro teve início na última sexta-feira, 28 e segue até 2 de janeiro. A peregrinação na Cidade Eterna é uma comemoração pelos 30 anos do famoso “Concílio dos jovens”, realizado por Irmão Roger Schutz, com o título "Peregrinação da confiança sobre a terra”. O seu objetivo é a oração, a reflexão e a vida em comum com paróquias, famílias e comunidade.

Serão sete dias destinados a refletir sobre o sentido da vida, um convite para descobrir e acolher Cristo, fermento de paz e foco de reconciliação na Igreja, como definiu o atual Prior de Taizé, Ir. Alois Loser. “Um convite aos jovens de todos os continentes para que coloquem em comum suas esperanças, intuições, experiências para dar novo impulso ao momento presente, afirmou o Prior.”

A Comunidade de Taizé, cognominada “pequena primavera da Igreja” por João XXIII, foi fundada em 1940, na França, por Ir. Roger Schutz, jovem suíço, estudante de Teologia. Ele desejava fundar uma Comunidade Ecumênica. Outros jovens suíços como Max Thurian partilharam desse ideal e em 1949 sete irmãos emitiram os votos monásticos.

O Beato Papa João XXIII e o Concílio Vaticano II foram impulsionadores do ideal de Taizé. O Papa Roncalli recebeu em audiência, logo após sua eleição à Sé de Pedro, Ir. Roger e Ir. Max. Isso colaborou para que o Papa convidasse os dois irmãos de Taizé para participarem, como observadores, do Concílio Vaticano II.

Segundo Ir. Alois, “o que hoje se vive em Taizé seria impensável sem a realidade do Concílio. Se como jovem católico com 16 anos pude ir a Taizé em 1970 e aprofundar minha fé com cristãos de diversas confissões, foi graças ao Concílio.”

Neste Ano da Fé, Taizé traz a Roma milhares de jovens para um encontro com o Papa Bento XVI, que acontece neste sábado, 29, à tarde, na Praça São Pedro.

Papa saúda novo Patriarca greco-ortodoxo de Antioquia

"Nestes tempos instáveis e propensos à violência vivida no Oriente Médio, é cada vez mais urgente que os discípulos de Cristo ofereçam um testemunho autêntico da sua unidade, a fim de que o mundo creia na mensagem de amor, de paz e reconciliação do Evangelho."

É o que escreve o Pontífice numa mensagem de saudação fraterna ao novo Patriarca greco-ortodoxo de Antioquia e de todo o Oriente Médio, João X, eleito em 17 de dezembro pelo Santo Sínodo reunido no Mosteiro de Nossa Senhora de Balamand, localizado ao norte de Beirute. João X sucede ao Patriarca Ignazio IV Hazim, falecido dia 5 deste ano, aos 92 anos.

"Temos a responsabilidade de prosseguir, juntos, o nosso caminho para manifestar de maneira ainda mais visível a realidade espiritual da comunhão, embora ainda incompleta, que já nos une", afirma o Papa.

Em seguida, Bento XVI faz votos de que as relações entre Patriarcado greco-ortodoxo e Igreja Católica se desenvolvam mediante as formas de colaboração frutuosa e o prosseguimento do compromisso a resolver as questões que ainda dividem.

Por fim, o Santo Padre disse confiar na participação ativa e construtiva dnos trabalhos da Comissão mista internacional para o diálogo teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa em seu conjunto.

Assegurando as suas orações ao novo Patriarca, Bento XVI eleva a sua invocação a Cristo a fim de que conceda consolação às vítimas da violência no Oriente Médio e inspire cada um a gestos de paz.

Relembre as principais ações do Papa Bento XVI em 2012

Um ano vivido intensa e corajosamente. Em 2012, Bento XVI realizou duas viagens internacionais: a primeira, ao México e Cuba, e a segunda, ao Líbano. Fez quatro visitas à Itália, entre as quais às vítimas do terremoto da região da Emilia Romagna.

Participou do Encontro Mundial da Família, realizado em Milão, abriu o Ano da Fé e presidiu o Sínodo dos Bispos dedicado à nova evangelização. Ademais, o Papa aderiu ao Twitter e publicou o terceiro e último volume sobre a figura de Jesus de Nazaré.

Fé, família e paz foram alguns dos temas comumente mais presentes em seu Magistério neste ano que viu também um forte compromisso seu em favor da transparência no Vaticano.

Pastor manso, firme e corajoso. Em 2012, um ano particularmente intenso também em nível pessoal, Bento XVI enfrentou com decisão os desafios apresentados para a vida da Igreja, ad intra e ad extra.

A começar por suas viagens internacionais, que dão novamente esperança às populações encontradas. Em março, o Pontífice voltou ao subcontinente latino-americano, visitando o México e Cuba.

Em terra mexicana – com tons que recordam o apelo de João Paulo II contra a máfia, em Agrigento, sul da Itália – denunciou a violência, a corrupção e o narcotráfico. Em terra cubana, ao invés, pediu coragem às autoridades de Havana e da comunidade internacional:

"Cuba e o mundo precisam de mudanças, mas elas existirão" somente se cada um se interrogar sobre a verdade e "se decidir a tomar o caminho do amor, semeando reconciliação e fraternidade."

E justamente no signo da reconciliação deu-se a histórica viagem apostólica ao Líbano, em setembro. Numa região dilacerada pela violência, com a Síria martirizada com a guerra civil, o Santo Padre fez-se peregrino de paz. Foi marcante o encontro de Bento XVI com os jovens sírios, cristãos e muçulmanos, aos quais dedicou palavras de coragem e esperança:

"É preciso que todo o Oriente Médio, olhando para vocês, compreenda que os muçulmanos e os cristãos, o Islã e o Cristianismo, podem viver juntos sem ódio, no respeito pelo credo de cada um, para construir juntos uma sociedade livre e humana."

A visita ao Líbano abraçou idealmente toda a região. De fato, o motivo da visita foi a entrega da Exortação apostólica pós-sinodal "Ecclesia in Medio Oriente", fruto do Sínodo dos Bispos médio-orientais realizado no Vaticano em outubro de 2010.

Este ano, ao invés, foi a vez da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, cuja edição foi dedicada à nova evangelização. Trata-se de um tema particularmente importante para Bento XVI que, para enfrentar esse desafio pastoral imperioso para a Igreja, criou um dicastério ad hoc.

O Papa reiterou com veemência que a Igreja "existe para evangelizar" e que todos os batizados são chamados ao compromisso da evangelização:

"Todos os homens têm o direito de conhecer Jesus Cristo e o seu Evangelho; e a isso corresponde o dever dos cristãos, de todos os cristãos – sacerdotes, religiosos e leigos –, de anunciar a Boa Notícia." (Missa de encerramento do Sínodo, 28 de outubro de 2012)

O Ano da Fé – convocado por Bento XVI no quinquagésimo aniversário de abertura do Concílio Vaticano II e no vigésimo aniversário de promulgação do Catecismo da Igreja Católica – está ligado ao tema da nova evangelização.

E na visita ao Santuário de Loreto, nas pegadas de João XXIII, o Papa confiou este Ano da Fé a Maria. "Se hoje a Igreja propõe um Ano da Fé e a nova evangelização, não é para honrar uma data, mas porque é necessário fazê-lo, mais ainda do que 50 anos atrás!", afirmou o Pontífice.

E ressaltou que a Igreja é chamada a fazer regredir o processo de "desertificação espiritual":

"Eis então como podemos representar este Ano da Fé: uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, no qual carregar consigo somente aquilo que é essencial: nem bastão, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; tampouco tenhais duas túnicas – como diz o Senhor aos Apóstolos enviando-os em missão (cfr Lc 9,3) –, mas o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II são expressão luminosa." (Missa de abertura do Ano da Fé, 11 de outubro de 2012)

O 2012 de Bento XVI foi também fortemente marcado pelo empenho em favor da valorização da família, sempre mais ameaçada como recordou, inclusive, no discurso natalino dirigido à Cúria Romana.

Em maio, em Milão, celebrou-se o VII Encontro Mundial das Famílias. A eles, pais e filhos, o Papa confiou uma tarefa extraordinária: vocês, afirmou, são "a única força que verdadeiramente pode transformar o mundo".

O grande encontro permanece memorável também nas palavras que o Pontífice dirigiu, com amor paterno, aos casais separados:

"Parece-me uma grande tarefa de uma paróquia, de uma comunidade católica, fazer realmente o possível a fim de que tais casais sintam-se amados, aceitos, sintam que não estão 'fora', embora não possam receber a absolvição e a Eucaristia; devem ver que mesmo assim vivem plenamente na Igreja." (Festa dos testemunhos, 2 de junho de 2012).

Em Milão a dimensão da visita foi mais internacional que italiana, por outro lado, o Santo Padre fez outras três visitas na Itália: a Loreto, como recordado no contexto do Ano da Fé e do 50º aniversário do Concílio; a Arezzo e San Sepolcro e, sobretudo, às vítimas do terremoto na Emilia Romagna e da Lombardia. Em Rovereto di Novi, um dos centros mais atingidos pelo abalo sísmico, o Papa comovido assegurou a proximidade espiritual e concreta da Igreja:

"A Igreja faz-se próxima a vocês e o será com a oração e com a ajuda concreta das suas organizações, em particular da Caritas, que se empenhará também na reconstrução do tecido comunitário das paróquias." (Visita a Rovereto di Novi, 26 de junho de 2012)

Neste ano, o Papa publicou também um Motu proprio sobre o serviço da caridade e outro que instituiu a Pontifícia Academia de Latinidade. Elevou à honra dos altares sete novos Santos e proclamou "Doutores da Igreja" São João d'Ávila e Santa Ildegarda de Bingen.

Ademais, criou 28 cardeais, em dois consistórios: um em fevereiro, e o outro em novembro. Entre as nomeações importantes destaca-se a de Dom Gerhard Ludwig Müller a prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Foi um ano também de sofrimento para o Papa, que se viu traído em sua própria casa. Em maio foi detido seu mordomo por apropriar-se de documentos pessoais depois difundidos na mídia. Foi o cume do chamado "Vatileaks" que registrou um processo e uma condenação a Paulo Gabriele, ao qual Bento XVI concedeu a graça poucos dias antes do Natal. No auge do doloroso episódio, o Santo Padre confiou aos fiéis os seus sentimentos. É grande a amargura, mas não prevalece:

"Os eventos ocorridos nestes dias acerca da Cúria e meus colaboradores trouxeram tristeza ao meu coração, mas jamais foi ofuscada a firme certeza de que apesar da fraqueza do homem, as dificuldades e as provações, a Igreja é conduzida pelo Espírito Santo e o Senhor jamais deixará faltar-lhe o seu auxílio para sustentá-la em seu caminho." (Audiência geral, 30 de maio de 2012)

Bento XVI pediu transparência também na administração do Ior (Instituto para Obras de Religião). Tratou-se de um processo que levou a resultados significativos. De fato, em julho, a autoridade europeia "Moneywal" julgou positivamente as medidas tomadas no Vaticano para a prevenção à lavagem de dinheiro.

Ao longo do ano, o sétimo de seu Pontificado, Bento XVI não poupou energias para anunciar o Evangelho ao maior número possível de pessoas. E o fez nas celebrações, nas audiências e nos encontros, visitando paróquias, cárceres e institutos caritativos.

Por fim, teve bom êxito também a publicação do livro "A infância de Jesus", com o qual o Papa concluiu a sua trilogia sobre Jesus de Nazaré. Um presente para todos aqueles, fiéis e não somente, que se encontram em busca da verdade.

Evangelho (Lucas 2,22-35)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, 26e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti uma espada te traspassará a alma”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Santo do Dia: São Tomás Becket

Em 1155, Henrique II, rei da Inglaterra e de parte da França, nomeou seu chanceler Tomás Becket. Oriundo da Normandia, onde nasceu em 1117, e senhor de grande riqueza, era considerado um dos homens de maior capacidade do seu tempo. Compararam-no a Richelieu, com o qual na realidade se parecia, pelas qualidades de homem de Estado e amor das grandezas. Ficou célebre a visita que fez, em 1158, a Luís VII, rei da França.

Quando vagou a Sé de Canterbury, Henrique II nomeou para ela o chanceler. Tomás foi ordenado sacerdote a 1 de junho de 1162 e sagrado Bispo dois dias depois. Desde então, passou a ser a pessoa mais importante a seguir ao rei e mudou inteiramente de vida, convertendo-se num dos prelados mais austeros.

Convencido de que o cargo de primeiro-ministro e o de príncipe da Inglaterra eram incompatíveis, Tomás pediu demissão do cargo de chanceler, o que descontentou muito o rei. Henrique II ficou ainda mais aborrecido quando, em 1164, por ocasião dos "concílios" de Clarendon e Northampton, o Arcebispo tomou o partido do Papa contra ele. Tomás viu-se obrigado a fugir, disfarçado em irmão leigo, e foi procurar asilo em Compiègne, junto de Luís VII.

Passou, a seguir, à abadia de Pontigny e depois à de Santa Comba, na região de Sens. Decorridos quatro anos, a pedido do Papa e do rei da França, Henrique II acabou por consentir em que Tomás regressasse à Inglaterra. Persuadiu-se de que poderia contar, daí em diante, com a submissão cega do Arcebispo, mas em breve reconheceu que muito se tinha enganado, pois este continuava a defender as prerrogativas da Igreja romana contra as pretensões régias. Desesperado, o rei exclamou um dia: "Malditos sejam os que vivem do meu pão e não me livram deste padre insolente". Quatro cavaleiros tomaram à letra estas palavras, que não eram sem dúvida mais que uma exclamação de desespero. A 29 de dezembro de 1170, à tarde, vieram encontrar-se com Tomás no seu palácio, exigindo que ele levantasse as censuras que tinha imposto. Recusou-se a isso e foi com eles tranquilamente para uma capela lateral da Sé.

"Morro de boa vontade por Jesus e pela santa Igreja", disse-lhes; e eles abateram-no com as espadas.


São Tomás Becket, rogai por nós!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Jovens de comunidade ecumênica se preparam para oração com o Papa

Pelo menos 40 mil jovens estão chegando a Roma para o início, nesta sexta-feira, 28, do 35° Encontro Europeu da Comunidade Ecumênica de Taizé. Até quarta-feira, 2, estão programados encontros de oração, reflexão e vida comum nas paróquias e nas famílias onde receberão acolhimento. Sábado à tarde, 29, está prevista a oração com o Papa Bento XVI na Praça São Pedro.

Segundo o prior de Taizé, Irmão Alois, o encontro com Bento XVI será um momento de alegria do Evangelho. “Hoje, muitos jovens vivem um momento difícil economicamente, por isso é ainda mais importante ir à fonte da fé e é um encorajamento para o futuro dos jovens”.

O encontro reunirá jovens de vários países e confissões; são católicos, mas também ortodoxos e protestantes. De acordo com Irmão Alois, o desejo é viver no sinal de Cristo, que une. Por isso mesmo há a vontade de celebrarem juntos em Roma, especialmente participando da oração comum com o Santo Padre.

E sobre o desejo dos jovens de Taizé para o Ano Novo, o prior da comunidade disse que a expectativa é que 2013 seja um ano de busca de novos caminhos de solidariedade, tendo em vista, por exemplo, as dificuldades econômicas e outros problemas.

“Esperamos que seja um ano de paz em muitos lugares do mundo, como a Síria, e onde há guerra e violência. Rezamos para isso”, concluiu.

Santuário da Natividade em Belém ganha novo site

A Custódia Franciscana da Terra Santa apresentou o novo site do Santuário da Natividade em Belém.

O novo portal está disponível em quatro idiomas: inglês, espanhol, francês e italiano. Os admiradores da Terra Santa podem encontrar informações sobre a história e a arqueologia da Basílica ou realizar uma visita virtual ao local. Há também informações de caráter prático, como horário de abertura do Santuário.

O site é parte de um projeto intitulado "Projeto para renovação dos sites de Santuários", desenvolvido em parceria com os sites do Santo Sepulcro e Cafarnaum, e que contará com novo layout, que colocará no centro da página o Santuário e sua mensagem do Evangelho.

O link para o novo site é: http://bethlehem.custodia.org/

Entenda a diferença entre Igreja e Estado Vaticano


O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, concedeu uma entrevista ao jornal italiano “Dom Orione Hoje”, explicando as diferenças entre Igreja e o Estado Vaticano.

De acordo com o sacerdote, na diferença entre a Igreja ‘comunidade de fiéis’ e a Igreja ‘Estado’, “o essencial é entender que Jesus continua a existir no tempo graças à fundação da Igreja, ou seja, da comunidade que vive de fé, de esperança e de caridade, encontrando na figura de Cristo o caminho para encontrar o Senhor”. “Tal comunidade – acrescenta – é liderada pelo Santo Padre, sucessor de Pedro, e pelos bispos, sucessores dos Apóstolos”.
Neste contexto, o que mais conta é a ‘comunidade da Igreja’. “O fato que o Papa seja o chefe de um Estado certamente ajuda, mas poderia tranquilamente não o ser.” Segundo padre Lombardi, a existência do Estado Pontifício não é uma condição fundamental para o ser da Igreja.
“A Igreja respeita completamente a autonomia do Parlamento e os leigos cristãos oferecem sua contribuição política e civil de acordo com suas responsabilidades. Ela se limita a fornecer indicações para que seus fiéis vivam tais responsabilidades de modo correto, sempre de acordo com a doutrina social da Igreja”, frisou o sacerdote.

Quando surgem questões relacionadas a valores importantes, prezados pela fé cristã, a Igreja manifesta sua palavra e faz as considerações necessárias. “Às vezes, para a dignidade da pessoa, a justiça e a paz, a Igreja local, ou até o Papa, fazem avaliações ou expressam publicamente sua preocupação.”

Em relação ao exterior, o Diretor da Sala de Imprensa afirma que a Santa Sé mantém embaixadores – núncios – junto a governos de todo o mundo. “Através deles, o Papa intervém na tutela dos direitos da Igreja, indicando os caminhos morais a seguir para o bem da pessoa humana, do ponto de vista cristão, no papel de ‘autoridade moral internacional’”.

TV Canção Nova transmite Missa com o Papa no primeiro dia do ano

Na próxima terça-feira, 1º, primeiro dia do ano, o Papa Bento XVI celebrará na Basílica Vaticana, às 9h30 (horário local) a Santa Missa da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, no dia em que também vai se celebrar o 46º Dia Mundial da Paz sobre o tema “Bem-aventurados os construtores de paz”. A TV Canção Nova vai transmitir ao vivo esta celebração às 6h30 (horário no Brasil).

No dia anterior, 31, véspera de Ano Novo,  o Santo Padre vai presidir as primeiras vésperas da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus na Basílica Vaticana às 17h (horário local). Após a celebração, haverá a exposição do Santíssimo Sacramento, o tradicional canto do hino Te Deum, em conclusão do ano civil, e a Benção Eucarística.

Evangelho (Mateus 2,13-18)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. 14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito. 15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”. 16Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos. 17Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: 18“Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos, e não quer ser consolada, porque eles não existem mais”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Mensagem do Dia: O amor sempre vence!

Tudo passa, só Deus não passa; e o amor sempre vence. Jesus é o puro amor, é Ele quem nos ensina a amar.
“Como o Pai me ama assim também eu vos amo” (Jo 15,9). É por isso que o amor vence, porque vem de Deus.
O amor é perseverante, por isso deve ser expressado a cada momento e em cada pessoa, pois somos únicos diante de Deus.
Precisamos abrir o nosso coração para que o Senhor faça em nós Sua Obra, a fim de que multipliquemos o talento que Ele mesmo nos deu.
Jesus, eu confio em Vós!

Santo do Dia: Os Santos Inocentes



Os Santos Inocentes A festa de hoje, instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, "encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes - ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: 'Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar'. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: 'Do Egito chamarei o meu filho'. Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então se cumpriu o que estava predito pelo profeta Jeremias: 'Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'" (Mt 2,11-20) Quanto ao número de assassinados, os Gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os Sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se hoje que terão sido cerca de vinte ao todo. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.

Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo a destes. Começava nas vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte. Tendo escolhido entre si um "bispo", estes cantorzinhos apoderavam-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas. Depois, o "derrubado" oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.

A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de "pequenos inocentes": crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.

Santos Inocentes, rogai por nós!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Teólogos buscam respostas para razões de fé frente ao secularismo

A fé com as suas razões, interpelada na idade secular. Durante três dias, especialistas convocados pela Associação Italiana de Teólogos (AIT) buscarão respostas para esta questão. Nesta quinta e sexta-feira, 27 e 28, especialistas realizarão o tradicional curso de atualização proposto aos docentes de Teologia.

O secretário da Associação, padre e professor Riccardo Battocchio, explicou que o ser humano vive em uma época em que, como muitos afirmam, a religião e a fé cristã parecem, no âmbito do discurso público, uma entre tantas outras opções. Segundo ele, isso interpela a responsabilidade dos cristãos, de quem reflete sobre a fé.
"Como teólogos devemos buscar, neste curso, refletir sobre as condições que tornam possível uma livre adesão à fé, à Palavra da Revelação que se propõe como dotada de sentido hoje como em todo contexto: no contexto secular não menos do que em contextos que aparentemente pareçam comumente marcados por uma presença pública da religião", disse.

Padre Batocchio afirmou ainda que os teólgos não têm tanto o dever de demonstrar a verdade da fé, mas, sobretudo, mostrar as razões que tornam plausível a adesão de fé. Para isso, ele explicou que um dos caminhos que eles buscam percorrer é evidenciar a correspondência entre a proposta da fé, o anúncio do Evangelho e aquela expectativa de liberdade que reside na experiência humana originária, conscientes também da fé como instância crítica face ao humano.

"Não podemos propor a fé sem levar em consideração aquilo que o homem é neste nosso tempo, na sua história. E a Teologia deveria buscar esse diálogo com a história, com as condições em que o homem se encontra. O dever dos teólogos é oferecer as razões pelas quais crer é hoje um ato de liberdade, que não somente supõe a liberdade, mas lhe permite realizar-se no modo mais pleno".

Religiosa propõe caminhos para uma cultura de paz

“Há a necessidade de propor e promover uma pedagogia de paz”, afirmou o Papa Bento XVI, na conclusão de sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2013. Dentro dessa pedagogia, o Santo Padre fala de pensamentos, palavras e gestos que criam uma mentalidade e uma cultura de paz. Mas, de que forma colocar essa cultura de paz em prática? Quais os caminhos para ser um “obreiro da paz”?
A coordenadora da Pastoral Nacional da População de Rua, Irmã Maria Cristina Bove afirma que, diante da ausência de paz nas cidades, regidas muitas vezes pela violência, pela discriminação, pela intolerância, é necessário humanizar as situações de vida, promover muitos gestos de paz e acreditar que ela é possível.
“Precisamos colocar no lugar dessa violência gestos que tragam a paz, não só resolvam a situação imediata da população, mas que as ajudem a terem alimentação adequada, habitação, saúde e direito a todos os espaços que tem qualquer cidadão.”
Na mensagem, o Papa Bento XVI sugere que se ensine aos homens a virtude do amor recíproco. Segundo Irmã Cristina, esse é um processo que exige mudanças sociais, que passa pelo perdão e por um olhar voltado para os que mais sofrem.
“Temos que mudar essas estruturas injustas e olhar a partir de uma ótica diferenciada que defenda os direitos de cada pessoa. A partir da população de rua, vemos que a sociedade precisa voltar seu olhar para esse povo. Temos que compreender esse mundo em que eles estão e a sociedade desenvolver gestos que possam ajudar as pessoas a viverem com seus direitos garantidos.”
Perdão: a didática para a pedagogia da paz
A conclusão da Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz é permeada por aspectos que envolvem a pedagogia do obreiro da paz. Entre eles estão a benevolência, a reconciliação, o serviço, a compaixão, a coragem e a perseverança. Bento XVI explica que é indispensável difundir a pedagogia do perdão para que tais aspectos se concretizem.
De acordo com Irmã Cristina, quem perdoa experimenta a paz em sua totalidade. “O perdão faz parte da nossa história, temos que construir e viver nessa construção do amor, do perdão, da solidariedade, superar situações que nos incomodam, nos ferem e saber criar um diálogo que possa superar as situações de discriminação.”
Para a religiosa, é fundamental viver um constante processo de reencontro com o outro, perdoando, reencontrando-se nas relações e nos gestos. “É isso que fará com que reconheçamos que o mais importante é o amor e o perdão.”
Exercício prático para a pedagogia da paz
Na tentativa de tornar a pedagogia da paz uma obra concreta, Irmã Cristina propõe alguns caminhos, como gestos de aproximação, compaixão, solidariedade, coragem e perseverança.
“É preciso ter coragem para se aproximar do outro, conhecê-lo, ver a sua dignidade como pessoa humana, enfrentar as diferenças e acolher as pessoas. É necessário dar atenção aos mais sofridos, aos pobres de rua, afinal, são pessoas que romperam seus vínculos, têm muitos sofrimentos e enfrentam muitos conflitos.”
Aos que desejam exercer o papel de instrumentos e obreiros da paz, Irmã Cristina, aconselha: “Comece a olhar aquele que está ao seu lado, os mais pobres, os mais fragilizados, que sentem mais a dor e o sofrimento e assim comecemos a olhar as pessoas de outra forma. Que se comece a cuidar mais dos outros, a fazer gestos que rompam com as lógicas das injustiças e violência. Devemos assumir esse processo de lutar sempre pela paz.”

Evangelho (João 20,2-8)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

No primeiro dia da semana, 2Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Mensagem do Dia: Vivamos as alegrias do Natal!

Estamos vivendo as alegrias do Natal. Este é um tempo favorável para tomarmos certas atitudes na nossa vida , as quais, até então, não tínhamos coragem, como perdoar a quem nos feriu e também pedir perdão às pessoas que ferimos.
O nascimento de Jesus nos encoraja a deixarmos para trás a vida velha e a assumirmos a vida nova que Ele veio nos trazer. Não dá mais para vivermos de qualquer jeito, porque “a palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a Sua glória, recebida do Pai como Filho Unigênito, cheio de graça e de verdade” (cf. Jo 1,14).
Jesus, eu confio em vós!

Santo do Dia: São João Evangelista



São João Evangelista O nome deste evangelista significa: "Deus é misericordioso": uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.

Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como "o discípulo que Jesus amava". O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: "Filho, eis aí a tua mãe" e, olhando para Maria disse: "Mulher, eis aí o teu filho". (Jo 19,26s).

Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa "filho do trovão".

João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável.

O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos.

Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.

São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano.

Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo.

Nesta situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.

Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC).

Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome.


São João Evangelista, rogai por nós!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Arquidiocese de Salvador celebra festa de Bom Jesus dos Navegantes

A festa do Senhor Bom Jesus dos Navegantes reúne os fiéis da paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador (BA), em um tríduo entre os dias 28 e 30 de dezembro, sempre às 20h, na Matriz. No dia 31, às 16h, será realizada a Missa de Embarque das imagens dos padroeiros, presidida pelo arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, scj.

No dia 1, Dom Murilo também celebra às 7h30, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, seguida de procissão marítima. A procissão terrestre ocorre no dia 6 de janeiro, após a missa das 16h, na Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem.

Dom Damasceno comenta os principais fatos na Igreja em 2012


O Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Raimundo Damasceno, comentou os principais acontecimentos que, segundo ele, marcaram a Igreja no Brasil e no mundo e repercutiram na vida da sociedade brasileira, neste ano de 2012.
A 50 ª Assembléia Geral dos Bispos do Brasil
Dom Damasceno - Foi uma Assembléia comemorativa e jubilar. Tivemos como centro dessa Assembléia a Palavra de Deus, na vida e na missão da Igreja. A Palavra de Deus deve animar toda pastoral, ela deve estar em toda a atividade da Igreja e em toda a sua ação pastoral. Ela é esta rocha, como disse o Papa Bento XVI, sobre a qual se edifica e se constrói todo o trabalho da Igreja no campo da evangelização.
Eleições Municipais e as Leis aprovadas
Dom Damasceno - Eu creio que as eleições transcorreram de forma tranquila e pacífica. As duas leis relacionadas às eleições aprovadas, sobretudo com um trabalho muito grande da CNBB, foram importantes. Primeiramente, a Lei nº 9.840, contra a corrupção eleitoral, isto é, o combate à venda e compra de votos, assim como a Lei da Ficha Limpa. Muitos candidatos foram impugnados ou não tiveram oportunidade de se candidatar e os muitos que se candidataram foram impugnados também depois da mesma eleição. É importante lembrar que o exercício da cidadania não se esgota no voto, mas continua depois da eleição.
Falecimento do Cardeal Eugênio Sales
Dom Damasceno - Dia 09 de julho, faleceu no Rio de Janeiro, com idade de 91 anos, o Arcebispo Eemérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Eugênio de Araújo Sales. Ele teve um papel preponderante, muito discreto, mas significativo, importante e eficiente, durante o Regime Militar, defendendo os direitos humanos dos perseguidos injustamente, combatendo toda forma de violação dos direitos humanos como, por exemplo, a tortura. Ele foi membro de diversas congregações romanas, de diversos conselhos pontifícios, de modo, que ele deu uma grande contribuição para Igreja. Colaborou não só no Brasil, como arcebispo do Rio de Janeiro, mas também para a Igreja universal, à medida que participava desses dicastérios da Cúria Romana, ele levava a sua experiência, sua sabedoria e as preocupações da Igreja do Brasil à Santa Sé.
Sínodo dos Bispos, Vaticano II e Ano da Fé
Dom Damasceno - O Papa, no dia 7 de outubro, abriu a XIII Assembléia Ordinária do Sínodo dos Bispos que teve por tema “A Nova Evangelização para a transmissão da fé”. No dia 11 de outubro, o Papa abriu o Ano da Fé. Para viver bem este Ano, o Papa nos dava dois caminhos: aprofundar os documentos do Concílio Vaticano II e o texto do Catecismo da Igreja Católica.
Preparação para a Jornada Mundial da Juventude
Dom Damasceno - Nós estamos preparando essa jornada, primeiramente, pela peregrinação do Ícone de Nossa Senhora e da Cruz, estes dois grandes símbolos da Jornada, dados pelo Papa João Paulo II aos jovens, os quais estão percorrendo as dioceses de nosso Brasil. Além disso, nós estamos nos preparando para a Semana Missionária que vai ocorrer de 18 a 22 de julho de 2013, quando começará a Jornada no Rio de Janeiro. Então, esses dois momentos que antecedem a JMJ são de responsabilidade da CNBB.

Papa destaca exemplo de Santo Estêvão para a nova evangelização


O Papa Bento XVI reuniu-se com os fiéis nesta quarta-feira, 26, na Praça São Pedro, para rezar o Angelus. Antes de iniciar a oração mariana, ele fez algumas reflexões  tomando como exemplo Santo Estêvão, celebrado neste dia pela Igreja. O Santo Padre rezou pela multiplicação de fiéis que possam dar um testemunho convicto e corajoso do Senhor Jesus, assim como o fez Santo Estêvão.Bento XVI afirmou que Santo Estevão é um modelo para quem deseja se colocar a serviço da nova evangelização. De acordo com o Santo Padre, o santo mostra que a novidade do anúncio consiste em ser cheio do Espírito Santo e deixar-se guiar por Ele.

“A novidade do anúncio está na profundidade da imersão no mistério de Cristo, da assimilação da sua palavra e da sua presença Eucarística, de forma que Ele próprio, Jesus vivo, possa falar e agir no seu enviado. Em essência, o evangelizador torna-se capaz de levar Cristo aos outros de maneira eficaz quando vive de Cristo, quando a novidade do Evangelho se manifesta na sua própria vida”.

O Papa lembrou ainda que Santo Estêvão viveu sempre animado pelo Espírito Santo, testemunhando o amor de Cristo até o extremo sacrifício. “A vida de Santo Estêvão é inteiramente moldada por Deus, conforme a Cristo, cuja paixão se repete nele”, disse.

E no dia em que a Igreja celebra o santo, o Papa enfatizou que todos são chamados a fixar o olhar sobre o Filho de Deus, cujo mistério da Encarnação é contemplado no Natal. Ele lembrou ainda que Jesus vinculou a humanidade a Si e quer continuar em cada um a sua obra de salvação.

“Deixar-se atrair por Cristo, como fez Santo Estêvão, significa abrir a própria vida à luz que a chama, orienta e a faz percorrer o caminho do bem, o caminho de uma humanidade segundo o desígnio de amor de Deus”, destacou.




Evangelho (Mateus 10,17-22)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: 17“Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18Vós sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Mensagem do Dia: É tempo de celebrar o nascimento de Nosso Salvador

“O estado de infância que o Filho de Deus assumiu, sem considerá-la indigna de Sua grandeza, foi se desenvolvendo com a idade até chegar ao estado de homem perfeito e, tendo-se consumado o triunfo de Sua Paixão e Ressurreição, todas as ações próprias do seu estado de aniquilamento que aceitou por nós tiveram o seu fim e pertencem ao passado. Contudo, a festa de hoje renova para nós os primeiros instantes da vida sagrada de Jesus, nascido da Virgem Maria. E enquanto adoramos o nascimento de Nosso Salvador, celebramos também o nosso nascimento.
Efetivamente, a geração de Cristo é a origem do povo cristão; o Natal da cabeça é também o Natal do corpo.
Embora cada um tenha sido chamado num momento determinado para fazer parte do povo do Senhor e todos, filhos da Igreja, sejam diversos na sucessão dos tempos, a totalidade dos fiéis, saída da fonte batismal, crucificada com Cristo na Sua Paixão, ressuscitada com Cristo na Sua Ressurreição e colocada à direita do Pai na Sua Ascensão, também nasceu com Ele neste Natal” (São Leão Magno).
Peçamos ao Senhor a graça de sermos fiéis à Santa Madre Igreja.
Jesus, eu confio em vós!

Santo do Dia: Santo Estêvão Diácono

Nos capítulos 6 e 7 dos Atos dos Apóstolos encontramos um longo relato sobre o martírio de Estêvão, que é um dos sete primeiros Diáconos nomeados e ordenados pelos Apóstolos. Santo Estêvão é chamado de Protomártir, ou seja, ele foi o primeiro mártir de toda a história católica. O seu martírio ocorreu entre o ano 31 e 36 da era cristã. Eis a descrição, tirada do livro dos Atos dos Apóstolos:

"Estêvão, porém, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Levantaram-se então alguns da sinagoga, chamados dos Libertos e dos Cirenenses e dos Alexandrinos, e dos da Cicília e da Ásia e começaram a discutir com Estêvão, e não puderam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Subornaram então alguns homens que disseram: 'Ouvimo-lo proferir palavras blasfematórias contra Moisés e contra Deus'. E amotinaram o povo e os Anciãos e Escribas e apoderaram-se dele e conduziram-no ao Sinédrio; e apresentaram falsas testemunhas que disseram: 'Este homem não cessa de proferir palavras contra o Lugar Santo e contra a Lei; pois, ouvimo-lo dizer que Jesus, o Nazareno, destruirá este Lugar e mudará os usos que Moisés nos legou'. E todos os que estavam sentados no Sinédrio, tendo fixado os olhares sobre ele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo".

Num longo discurso, Estêvão evoca a história do povo de Israel, terminando com esta veemente apóstrofe:

"'Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, resistis sempre ao Espírito Santo, vós sois como os vossos pais. Qual dos profetas não perseguiram os vossos pais, e mataram os que prediziam a vinda do Justo que vós agora traístes e assassinastes? Vós que recebestes a Lei promulgada pelo ministério dos anjos e não a guardastes'. Ao ouvirem estas palavras, exasperaram-se nos seus corações e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, cheio do Espírito Santo, tendo os olhos fixos no céu, viu a glória de Deus e Jesus que estava à direita de Deus e disse: 'Vejo os céus abertos e o Filho do homem que está à direita de Deus'. E levantando um grande clamor, fecharam os olhos e, em conjunto, lançaram-se contra ele. E lançaram-no fora da cidade e apedrejaram-no. E as testemunhas depuseram os seus mantos aos pés de um jovem, chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão que invocava Deus e dizia: 'Senhor Jesus, recebe o meu espírito'. Depois, tendo posto os joelhos em terra, gritou em voz alta: 'Senhor, não lhes contes este pecado'. E dizendo isto, adormeceu".

Santo Estêvão, rogai por nós!

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Cemitério para quem deseja “ressuscitar primeiro” está ficando sem espaço

Durante os últimos 3.000 anos as famílias judaicas que acreditam que a vinda do Messias será sobre o Monte das Oliveiras, em Jerusalém, enterraram ali os seus mortos.
As Escrituras trazem uma profecia no livro de Zacarias dando conta que uma fenda se abrirá no Vale de Cedron entre os Montes do Templo e das Oliveiras, local por onde o Messias deve entrar pela Porta Dourada do Templo em Jerusalém.
A tradição diz que o próprio Zacarias pediu pra ser enterrado ali na expectativa de ser ressuscitado primeiro para ver a chegada do reino do Messias judeu. Desde então este local passou a ser um dos mais sagrados para a fé judaica.
“Todo mundo neste cemitério é enterrado com os pés de frente para o Monte do Templo, para que, ao serem levantados da morte nem sequer precisem se virar. Ninguém quer errar o rumo”, explica Ira Rappaport, 67 anos, que se mudou de Nova York para Israel há 41 anos e cujos pais estão enterrados no Monte.
As autoridades identificaram mais de 150 mil túmulos no local, mas os administradores dizem que novos lotes são impossíveis de achar. A grande maioria já está vendida e dentro de 10 anos estima-se que não haverá espaço para novas sepulturas.
Além de outros profetas da antiguidade, estão enterrados rabinos famosos e personalidades como o ex-primeiro-ministro israelense Menahem Begin.
Chananya Shachor, gerente da Sociedade Funerária de Jerusalém, a maior das 13 empresas que organizam funerais na Cidade Santa, explica que ser enterrado no local custa cerca de 45 mil reais, incluindo a cerimônia fúnebre e uma mortalha especial.
Shachor acredita que em breve terão fim os enterros no Monte, por isso inaugurou recentemente uma instalação de cinco andares, em outra parte de Jerusalém, mas tem dificuldade de convencer as famílias mais tradicionais.

Como os cristãos celebram o Natal na Terra Santa?

Participar da Santa Missa, depois reunir-se com a família e pessoas queridas para uma confraternização, uma ceia especial. Este é o jeito que os cristãos católicos normalmente têm para celebrar o Natal, comemorando o nascimento de Jesus Cristo. Mas como aqueles que vivem na terra onde de fato Jesus nasceu celebram esta data especial?

Na Terra Santa, os cristãos são minoria, mas nem por isso deixam de comemorar o nascimento do Menino Jesus. O missionário Arley Humberto da Silva Santos, da Comunidade Filhos de Maria, está há um ano e três meses na Terra Santa. Ele contou que onde mora, na cidade de Taybeh, as restrições não são tão perceptíveis, por se tratar de um vilarejo de cristãos. No entanto, ao andar por outros lugares, ele pode relatar uma falta de expressividade maior neste tempo de espera.

“No Brasil, sabemos que todos se preparam, os lugares vão tomando as cores das luzes, dos enfeites. Nas casas há muita expectativa e preparações. Aqui não é bem assim. Vamos observando o esforço dos cristãos por viverem esse tempo, mas até mesmo pelo próprio costume imposto por sermos minoria, isso não é tão claro, ou tão expressivo como se poderia esperar por estarmos na Terra de Jesus”.

Mas se por um lado as restrições causam a falta de expressão neste tempo natalino, por outro Arley diz que essa situação pode auxiliar a ler o Evangelho com um novo olhar. Isso implica em entender o nascimento de Jesus como um fato memorável que ultrapassa o campo visual e leva à contemplação do mistério.

“Deus escolheu esse lugar para apresentar a sua luz e nós somos convidados a sermos esses pequenos sinais em meio às adversidades”, disse.

E sendo minoria na Terra Santa, os cristãos, sejam eles evangélicos, ortodoxos ou católicos, por exemplo, costumam ser bem unidos. Isso também acontece no Natal. Arley contou que, embora não se tenha uma celebração comum, toda a vivência do tempo é feita de modo bastante unido. “Por exemplo: a iluminação da cidade é feita com a presença maciça das igrejas que preparam tantos os seus lugares como auxiliam na preparação de toda a cidade”.

A noite de Natal
No Brasil, na noite da véspera do Natal, as famílias costumam ir à Santa Missa e depois se reúnem para algum tipo de confraternização. Segundo o missionário, essas comemorações também acontecem na Terra Santa, mas a maioria das pessoas opta por vivê-las em um almoço no dia de Natal, 25 de dezembro.

Um ponto forte destacado por Arley é a visita à Basílica da Natividade em Belém, motivo pelo qual muitos se dirigem a Belém. “Todos querem estar lá na Noite de Natal e por isso mesmo muitas pessoas se dirigem a Belém para celebrarem no Lugar do Nascimento de Jesus essa noite tão especial”.

E essa oportunidade, de vivenciar o Natal na terra onde Jesus nasceu, é para Arley uma alegria indescritível. Ele disse que mesmo que o aspecto exterior, decorativo não seja tão pleno, como as ruas brasileiras, é especial saber que, ao olhar para o lado de fora, é possível contemplar o lugar por onde o “Verbo se fez presente”. “Contemplar, como dizia o Papa Paulo VI, a geografia da salvação, é trazer ao nosso coração uma imensa gratidão”.

Sobre a saudade da família, em especial neste tempo de Natal que sempre é uma ocasião para reunir os familiares, Arley se diz saudoso sim, mas acredita que essa distância tem um motivo maior.

“É claro que dá saudade da família, dos irmãos de comunidade, dos amigos que ficaram no Brasil. Lembramos das músicas, das celebrações e comemorações. Mas há um sentido maior em tudo isso, saber que estamos aqui servindo. Estamos na Terra de Jesus para aprendermos a imitá-Lo em todas as coisas, em um desejo profundo de Amar sem limites, e Servir sem Fronteiras”, concluiu.

É Natal e eu posso fazer um bem maior!

Certo dia, o anjo Gabriel foi enviado a uma jovem, chamada Maria, da cidade de Nazaré, para dar-lhe uma boa nova. Ela seria a mãe do filho de Deus. Logo após o anúncio, Maria foi à casa de Isabel, sua prima. Ao chegar, Isabel percebeu que havia algo especial em Maria.

Era a presença de Jesus em seu ventre. Maria, por estar tão feliz, desejou que muitas pessoas conhecessem seu filho Jesus, que mudou a sua vida e a da humanidade. Ela canta, então, no seu Magnificat a esperança de uma vida nova, com Jesus, para os que sofrem, os abandonados, aqueles que são esquecidos e para todos os que acreditam em Jesus. Mesmo sem ainda ter nascido, ele era sinal de vida por onde sua mãe passava (cf. Lc 1,47-55).


O nascimento de Jesus contagiou muitas pessoas, até uma estrela foi testemunha, quando Jesus nasceu. Os anjos, cheios de alegria, anunciaram aos pastores o seu nascimento e eles foram depressa e encontraram o menino, tão pequeno, mas que mudou a vida deles, e ganharam um novo motivo para trabalhar, cuidar dos rebanhos, viver…
Jesus, ao longo da sua vida, ajudou as pessoas a valorizar a vida. No seu caminho, encontrou muita gente que era deixada de lado pelas pessoas da cidade, porque tinham algum tipo de doença. É o caso do cego que gritava para que Jesus o curasse (cf. Lc 18, 35-43). Ele não só cura, mas ajuda as pessoas a perdoar. Perdoar e pedir perdão quando erramos é um jeito especial de ser como Jesus e fazer a vida brotar ao nosso redor como flores plantadas num jardim que traz muita alegria para todos os que as veem e, assim, o Natal acontece todo dia, porque ele é vida nova.
A Humanidade está sempre em busca. De Sentido. Felicidade. Imortalidade. Busca um contato com Alguém maior que explique tantas buscas de resposta. No profundo de todo ser humano há uma sede de Infinito. Isso explica tantas e tantas religiões em todos os tempos e culturas.
Nós cristãos somos conduzidos pelo Evangelho, esta noite, de Nazaré a Belém. Santo Inácio de Loyola, nos Exercícios Espirituais, nos ensina a contemplar as pessoas por dentro, especialmente a pessoa de Jesus. Chegando à pequenina Belém, podemos acompanhar com a imaginação o casal José e Maria em busca de alojamento, pois um filho está para nascer. Admira-nos que o sinal que os anjos dão para os pastores seja tão simples e humilde: uma criança reclinada numa manjedoura. De fato, isto não acontece todos os dias. Faz a gente pensar o que quer significar.
Deus é humilde porque é amor. A sua luz brilhou no meio das trevas para nos revelar com a sua vida o modo de viver a vida humana. Ao seu lado, com coração de discípulos, vamos aprendendo a nos deixar amar por Deus que é Pai de bondade; aprendemos a encontrar a felicidade que consiste em ver e fazer os outros felizes; aprendemos a trabalhar pelo Reino de Deus que exige de nós um compromisso na busca de uma sociedade justa e o serviço preferencial aos mais pobres e necessitados. Jesus nos ensina a conviver com os irmãos e irmãs. Ele ilumina o nosso horizonte com a esperança da ressurreição.
O Natal de Jesus é um resumo do que vai ser a sua vida inteira. O retrato de um Deus brilhando nas sombras. Hoje os cristãos param para saborear o mistério da Salvação: do presépio até a Cruz, Jesus nos revela o quanto somos amados por Deus e preciosos aos seus olhos. Feliz Natal!

Papa mantém tradição e acende Círio da Paz

O Papa Bento XVI acendeu na noite desta segunda-feira, 24, na janela de seu apartamento, uma vela símbolo da luz do Natal, inaugurando o presépio na Praça de São Pedro.


Milhares de fiéis presenciaram o gesto na Praça, aonde foi aberto o presépio de 150 metros quadrados e mais de 100 estátuas de terracota do artista Francesco Artese.
O Círio da paz é uma tradição polonesa introduzida por João Paulo II no Vaticano, e a que o atual Pontífice dá continuidade. Bento XVI não pronunciou discursos; apenas rezou alguns segundos pela paz no mundo e com a vela fez o sinal da cruz. Depois, na escuridão da tarde romana, cumprimentou com a mão e abençoou os presentes na Praça.
Uma banda de música entoou Noite de Paz, enquanto um colaborador do Papa colocou outra vela ao lado do Círio da Paz.

Bento XVI pede paz para Síria, Terra Santa e África

Na Solenidade do Natal do Senhor, o Papa Bento XVI dirigiu a tradicional Mensagem natalina aos fiéis da sacada central da Basílica de São Pedro, o ‘balcão da benção’. Após a leitura da Mensagem, Bento XVI concedeu a benção “Urbi et Orbi” com a indulgência plenária e fez os votos de ‘Bom Natal’ em 65 línguas.
Esta é a ocasião em que, falando aos fiéis de Roma e do mundo inteiro, o Pontífice habitualmente aponta as situações que mais o preocupam, chamando a atenção da comunidade internacional para as realidades de maior sofrimento.
No dia em que Deus se fez carne, o Papa explicou a todos que “se realizou algo que ultrapassa a compreensão humana: o Infinito tornou-se menino, entrou na humanidade”, e lançou um sinal de otimismo, afirmando que “a nossa esperança vence o medo de nos fecharmo-nos: a Verdade germinou, trazendo amor, justiça e paz!”.
“Sim, que a paz germine para o povo da Síria, profundamente ferido e dividido por um conflito que não poupa sequer os inermes, ceifando vítimas inocentes. Uma vez mais faço apelo para que cesse o derramamento de sangue, se facilite o socorro aos refugiados e deslocados e se procure, através do diálogo, uma solução para o conflito”.
Em seguida, Bento XVI pediu que “a paz germine na Terra onde nasceu o Redentor; que Ele dê aos israelenses e palestinos a coragem de por fim a tantos anos de lutas e divisões para empreender, com decisão, o caminho das negociações”.
Falando sobre a situação no Egito, disse esperar que “os cidadãos construam juntos sociedades baseadas na justiça, no respeito da liberdade e da dignidade de cada pessoa”.
Entrando no continente asiático, o Papa pediu que os governantes da República Popular da China valorizem a contribuição das religiões, para que possam contribuir na construção de uma sociedade solidária.
A realidade africana também foi focada por Bento XVI: “Que o Natal de Cristo favoreça o retorno da paz ao Mali e da concórdia à Nigéria, onde horrendos atentados terroristas continuam a ceifar vítimas. Que o Redentor proporcione auxílio e conforto aos refugiados do leste da República Democrática do Congo e conceda paz ao Quênia, onde sangrentos atentados se abateram sobre a população civil e os lugares de culto”.
Finalmente, acenando à América Latina, lembrou suas virtudes humanas e cristãs e pediu ao Menino Jesus “que sustente aqueles que se vêem obrigados a emigrar para longe da própria família e da sua terra e revigore os governantes em seu empenho pelo desenvolvimento e na luta contra a criminalidade”.
Concluindo, Bento XVI recordou que “o amor e verdade, a justiça e a paz encontraram-se e encarnaram no Filho de Deus nascido de Maria, em Belém. Seu nascimento é uma semente de vida nova para toda a humanidade”. E auspiciou que “o amor, a verdade, a justiça e a paz sejam acolhidos e germinem em todas as terras”.

Evangelho (João 1,1-18)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.
4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo — e o mundo foi feito por meio dela — mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram.
12Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Mensagem do Dia: Participemos do maior evento do ano: o nascimento de Jesus

“Um menino nos nasceu, um Filho nos foi dado” (Is 9,5).
É Natal! É tempo de alegria e de nos abrirmos ao novo; é tempo de acolher Jesus no nosso coração, na nossa casa e no seio de toda a nossa família. Ele nasceu para nós, “para nos salvar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam” (Lc 1,71).
Louvemos hoje a Deus incessantemente, como fez Zacarias ao experimentar a manifestação do poder de Deus:
“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. Fez aparecer para nós uma força de salvação na casa de seu servo Davi, como tinha prometido desde outrora, pela boca de seus santos profetas” (Lc 1,68-70).
Cantemos hoje: Glória a Deus no mais alto dos céus, junto com os anjos que anunciaram aos pastores o nascimento de Jesus, com a nossa alma cheia de alegria.
Feliz Natal!
Jesus, eu confio em vós

Natal do Senhor


Natal do Senhor Neste dia especial, em que toda a Igreja celebra o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, acompanhemos o testemunho da Palavra de Deus a respeito deste acontecimento que transformou a história da humanidade:

"...José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com a sua esposa Maria, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: 'Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor'." (Lc 2,4-11)

Por isso hoje celebramos a eterna solidariedade do Pai das Misericórdias que, no seu plano de amor, quis o nascimento de Jesus, que é o verdadeiro Sol, a Luz do mundo. Este não é um dia de medo e nem de desespero, é dia de confiança e de esperança, pois Deus veio habitar no meio de nós, e assim encher-nos da certeza de que é possível um mundo novo. Solidário conosco, Ele nos quer solidários neste dia de Glória que refulge ao redor de cada um de nós!

Sendo assim, tudo neste dia só tem sentido se apontar para o grande aniversariante deste dia: o Menino Deus! Presépios, árvores, enfeites, banquetes e os presentes natalícios representam os presentes que os Reis Magos levaram até Jesus, mas não são estes símbolos a essência do Natal. O importante, o essencial, é que Cristo realmente nasça em nossos corações de uma maneira nova, renovadora, e que a partir daí, possamos sempre caminhar na sua luz solidária deste Deus Único e Verdadeiro, que nos quer também solidários uns com os outros!

Vivamos com muita alegria este dia solidário, que o Senhor fez para nós!


Um Santo Natal para você e para a sua família!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Maiores eventos católicos do país confirmam presença na JMJ 2013

Os três principais e já tradicionais eventos católicos do país, Halleluya, Hallel, e Por Hoje Não, conhecido pela sigla PHN, já fazem parte da programação do Festival da Juventude da JMJ Rio2013. Com inscrições abertas até 25 de dezembro, o Festival da Juventude será de 22 a 26 de julho de 2013, no âmbito da programação da JMJ Rio2013.
O Halleluya, promovido sempre pela Comunidade Católica Shalom, é o maior festival de artes integradas do Brasil. Surgiu em 1997, em Fortaleza, Ceará, quando os líderes da Comunidade pensaram em fazer um evento para os jovens cearenses e turistas como “uma opção sadia e segura de lazer no final das férias de julho”, conforme a comunidade descreve o festival. Atualmente, o evento acontece em vários estados do Brasil e internacionalmente, como em Israel e Roma.

Outro evento de sucesso é o Hallel, fundado em 1988, em Franca, São Paulo, por Maria Theodora Lemos Silveira, conhecida carinhosamente na comunidade de Tia Lolita. Uma mãe muito católica, preocupada com seus filhos músicos e roqueiros, que decidiu na época, tirando como exemplo o Rock in Rio, criar um movimento que agregasse jovens, música e debates, mas que fossem em louvor a Deus. Foi assim que nasceu o Hallel, em família e com muita fé. Acontece também em outros sete países: Chile, Paraguai, México, Peru, Colômbia, Estados Unidos e Uganda.

O PHN, Por Hoje Não, é da Comunidade Canção Nova, e se realiza em Cachoeira Paulista, São Paulo. O evento "aconselha e ajuda jovens a se guiar no cotidiano longe do pecado". Segundo o site da Canção Nova, o PHN “representa a maneira pessoal de estar de acordo com Deus. Ele nos permite recomeçar a cada dia”.

A Canção Nova trabalha com acampamentos. E o do PHN é um dos maiores eventos da comunidade, trazendo milhares de jovens de todos os lugares do país. O idealizador do evento é o músico e missionário Dunga, que criou o PHN com o objetivo de ter um acampamento com música, luau, workshop, missas, tudo para os jovens se aproximarem cada vez mais de Deus com o lema “Por Hoje Não, por hoje não vou mais pecar”.

Os cantores do Hallel se apresentam na terça, 25 de julho, Halleluya, de 23 a 26 de julho, PHN na sexta, dia 26.

A programação completa do Festival da Juventude será divulgada em março, mas já se sabem os principais locais das atrações: Sambódromo, Aterro do Flamengo, Praia de Ipanema, Museu de Belas Artes, Museu Histórico Nacional e Rio Centro.

Bento XVI destaca a "beleza do acolhimento", neste tempo de Natal


A “beleza do acolhimento” foi sublinhada pelo Papa Bento XVI neste domingo, 23, ao meio-dia (ROMA),  na Praça de São Pedro, antes da recitação das Ave-Marias, já em clima de Natal.
Comentando o evangelho do dia – a visitação de Maria a sua prima Isabel (Lc 1, 29-45), o Santo Padre observou que “esta cena exprime também a beleza do acolhimento”, recomendando a escuta, o dar espaço, o que – assegurou – comporta a presença de Deus e da alegria que d’Ele vem.
“Este gesto não significa um mero gesto de cortesia, mas representa com grande simplicidade o encontro do Antigo com o Novo Testamento. De fato, as duas mulheres, ambas grávidas, encarnam a espera e o Esperado”.

“A idosa Isabel – explicou o Papa – simboliza Israel que espera o Messias, ao passo que a jovem Maria leva em si o cumprimento dessa expectativa, a bem de toda a humanidade. Nas duas mulheres se encontram e reconhecem, antes de mais nada, os frutos do seu seio, João e Cristo”.
Recordando a saudação de Isabel a Maria, o Papa observou que o texto evangélico evoca expressões do Antigo Testamento: “A expressão 'bendita és tu entre as mulheres' é referida no Antigo Testamento a Jael e Judite, duas mulheres guerreiras que intervêm para salvar Israel. Agora é dirigida a Maria, jovenzinha pacífica que está para gerar o Salvador do mundo”.

Do mesmo modo – acrescentou ainda o Papa - o sobressalto de alegria de João alude à dança do rei Davi quando acompanhou a entrada da Arca da Aliança em Jerusalém. “A Arca, que continha as tábuas da Lei, o maná e o cetro de Arão, era o sinal da presença de Deus no meio do seu povo. João que vai nascer exulta de alegria diante de Maria, Arca da nova Aliança, que leva no seio Jesus, o Filho de Deus feito homem”.

O Santo Padre enfatizou que a cena da Visitação expressa também a beleza do gesto de acolher. Onde há acolhimento recíproco, escuta, o dar espaço ao outro, disse o Papa,  aí está Deus e a alegria que d’Ele vem.
"Imitemos Maria no tempo de Natal, visitando quantos vivem em situações de precariedade, em particular os doentes, os presos, os idosos e as crianças. E imitemos também Isabel, que acolhe o hóspede como o próprio Deus. Sem O desejarmos, nunca O conheceremos; sem aguardá-Lo, não O encontraremos; sem O procurar, não O encontraremos.”

Bento XVI concluiu desejando a todos um bom domingo e, desde já, aquela serenidade que permita viver bem as próximas festas de Natal.

Evangelho (Lucas 1,39-45)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42Com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.
 Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Santo do Dia: São João Câncio


São João Câncio João nasceu em Kety, na diocese de Cracóvia, Polônia, em 1390; estudou na Cracóvia e foi ordenado sacerdote. Durante muitos anos foi professor da Universidade de Cracóvia; depois foi pároco de Ilkus. À fé que ensinava uniu grandes virtudes, sobretudo a piedade e a caridade para com o próximo, tornando-se um modelo insigne para seus colegas e discípulos.

Enquanto nas regiões vizinhas pululavam as heresias e os cismas, o bem-aventurado João ensinava na Universidade de Cracóvia a doutrina haurida da mais pura fonte, e explicava ao povo com muito empenho, em seus sermões, o caminho da santidade, confirmando a pregação com o exemplo da sua humildade, castidade, misericórdia, penitência e todas as outras virtudes próprias de um santo sacerdote e de um zeloso ministro do Senhor. Ao longo do dia, uma vez cumprido o seu dever de ensinar, dirigia-se diretamente à igreja, onde durante muito tempo se entregava à oração e à contemplação diante de Cristo na Eucaristia.

Tanto nas pequenas como nas grandes adversidades, João teve sempre em mente algo de bem superior ao prestígio, à carreira e ao bem-estar materiais: "Mais para o alto!" repetia sempre. Em todas as circunstâncias, só tinha Deus no seu coração, só tinha Deus na sua boca.

Morreu em Cracóvia, com a idade de oitenta e três anos, no ano de 1473.


São João Câncio, rogai por nós!