quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Revista em quadrinhos conta história de Santa Faustina

O Apostolado da Divina Misericórdia, sediado na arquidiocese de Curitiba, no Paraná, lançou esta semana a publicação do livro infantil "Faustininha", que retrata em quadrinhos a história de Santa Faustina Kowalska, apóstola da Misericórdia de Deus.

Com uma linguagem bem simples, divertida e repleta de ilustrações, a obra é destinada ao público infantil e recomendada pelo Apostolado da Divina Misericórdia para ser trabalhado na catequese infantil, para ajudar e aprimorar a formação das crianças sobre a misericórdia divina. O livro pode ser adquirido por qualquer pessoa interessada através da loja virtual do site:
www.misericordia.org.br ou diretamente no local.

Maria Faustina Kowalska nasceu em Glogowiec, na Polônia central, no dia 25 de agosto de 1905, de uma família camponesa de sólida formação cristã. Desde a infância sentiu a aspiração à vida consagrada, mas teve de esperar diversos anos antes de poder seguir a sua vocação. Em todo o caso, desde aquela época começou a percorrer a via da santidade. Mais tarde, recordava: "Desde a minha mais tenra idade desejei tornar-me uma grande santa".

Aos 16 anos deixou a casa paterna e começou a trabalhar como doméstica. Na oração tomou depois a decisão de ingressar num convento. Assim, em 1925, entrou na Congregação das Irmãs da Bem-aventurada Virgem Maria da Misericórdia, que se dedica à educação das jovens e à assistência das mulheres necessitadas de renovação espiritual. Ao concluir o noviciado, emitiu os votos religiosos que foram observados durante toda a sua vida, com prontidão e lealdade. Em diversas casas do Instituto, desempenhou de modo exemplar as funções de cozinheira, jardineira e porteira. Teve uma vida espiritual extraordinariamente rica de generosidade, de amor e de carismas que escondeu na humildade dos empenhos quotidianos.

O Senhor escolheu esta Religiosa para se tornar apóstola da Sua misericórdia, a fim de aproximar mais de Deus os homens, segundo o expresso mandato de Jesus: "Os homens têm necessidade da minha misericórdia".

Em 1934, Irmã Maria Faustina ofereceu-se a Deus pelos pecadores, sobretudo por aqueles que tinham perdido a esperança na misericórdia divina. Nutriu uma fervorosa devoção à Eucaristia e à Mãe do Redentor, e amou intensamente a Igreja participando, no escondimento, na sua missão de salvação. Enriqueceu a sua vida consagrada e o seu apostolado, com o sofrimento do espírito e do coração. Consumada pela tuberculose, morreu santamente em Cracóvia no dia 5 de outubro de 1938, com a idade de 33 anos.

João Paulo II proclamou-a Beata no dia 18 de abril de 1993; sucessivamente, a Congregação das Causas dos Santos examinou com êxito positivo uma cura milagrosa atribuída à intercessão da Beata Maria Faustina, e no dia 20 de dezembro de 1999 foi promulgado o Decreto sobre esse milagre.

Mundo espera sacerdotes santos e santificadores, reforça o Papa

Como afirmou o Papa João XXIII, “o mundo espera santos, sobretudo isso. Antes de sacerdotes cultos, eloquentes e informados, quer sacerdotes santos e santificadores”. Nesta perspectiva, o Papa Bento XVI reforça que mais do que nunca, em toda Igreja, é necessário haver “operários do Evangelho, testemunhas com credibilidade e promotores da santidade com suas próprias vidas”.

Ao se encontrar, nesta quinta-feira, 26, na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano, com os superiores e seminaristas do Pontifício Seminário Regional Umbro Pio XI, em Assis, do Pontifício Seminário Regional São Pio X, em Catanzaro, e do Pontifício Seminário Inter-regional de Campano, em Nápoles, o Papa falou sobre as exigências atuais na formação dos futuros padres.

Acesse
.: Discurso do Papa aos seminaristas italianos – 26/01/2012


“O contexto cultural de hoje exige uma sólida preparação filosófica e teológica dos futuros presbíteros. Não se trata somente de aprender as coisas evidentemente úteis, mas de conhecer e compreender a estrutura interna da fé em sua totalidade, que não é um sumário de textos, mas um organismo, uma visão orgânica. Assim, tudo isso se torna resposta aos questionamentos dos homens, que mudam do ponto de vista exterior, de geração em geração, mas, todavia, permanecem, no fundo, os mesmos”, afirmou.

Além disso, salientou o Pontífice, o estudo da teologia deve ter sempre uma ligação intensa com a vida de oração. Segundo o Santo Padre, é indispensável a harmoniosa integração entre o ministério com as múltiplas atividades e a vida espiritual do presbítero. Para o sacerdote é importante que ele mesmo tenha colocado em justo equilíbrio o coração e o intelecto, razão e sentimento, corpo e alma, e que seja humanamente íntegro.

"São estas as razões que impulsionam a prestar muita atenção às dimensões humanas da fundação dos candidatos ao sacerdócio. É, de fato, na nossa humanidade que nos apresentamos diante de Deus, para estar diante dos nossos irmãos como autênticos homens de Deus. Por isso, a coisa mais importante, no caminho ao sacerdócio e durante toda vida sacerdotal é o relacionamento pessoal com Deus em Cristo”, destacou o Papa.

No fim do encontro, Bento XVI disse esperar que cada um dos seminaristas possa responder ao seu chamado, assegurando sua particular oração.

Dom Orani expressa pesar pelas vítimas dos prédios desabados

Ao tomar conhecimento do trágico acontecimento ocorrido no Rio de Janeiro, com o desabamento de três prédios, o arcebispo Dom Orani João Tempesta emitiu uma nota de pesar e solidariedade às vítimas e seus familiares.

Na próxima quinta-feira, 2, Dom Orani irá celebrar a Missa de sétimo dia pelos que perderam suas vidas no desabamento. A Celebração está marcada para as 10h na Catedral de São Sebastião.
Leia a nota na íntegra

"Juntamente com toda a comunidade arquidiocesana, manifesto a minha solidariedade e o meu pesar a todas as pessoas e familiares vítimas no desabamento dos três prédios no centro da cidade, ocorrido na noite de quarta-feira e que resultou em mortos e feridos.

Em espírito de unidade e solidariedade, conclamo a todos que rezem pelos falecidos, pelos feridos e pelas famílias atingidas por essa dor que também é de toda a cidade do Rio.

Confiantes na misericórdia de Deus, convido parentes, amigos e autoridades para a missa de Sétimo Dia na intenção dos falecidos, a ser realizada no próximo dia 2 de fevereiro, quinta-feira, às 10 horas, na Catedral de São Sebastião, na Avenida República do Chile".

Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 2012

Dom Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro

Mensagem do Dia: Em qual momento da vida você se encontra?

A vida humana é feita de gestos simples e delicados, de pedidos de perdão, de recomeços, vitórias, alegrias, lágrimas, encontros e desencontros. Todos esses momentos são importantes, precisamos extrair deles o máximo que pudermos para o nosso crescimento, maturidade e para o bem do próximo.
“Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus” (Ecle 3,1).
Em alguns momentos de nossa existência, todos nós experimentamos o peso das dificuldades da vida, de forma que precisamos descobrir formas de lidar com elas que nos impulsionem a seguir firmes sem perder a esperança. O Santo Padre, Bento XVI, dá-nos o seguinte conselho, inspirado em um autor russo, para essas situações: “Contemplai com mais frequência as estrelas. Quando carregais um peso na alma, observai as estrelas ou o azul do céu. Assim vossa alma encontrará descanso”.
Em qual momento da vida você se encontra?
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

Santo do Dia: São Timóteo

São Timóteo Sua vida foi marcada pela evangelização, pela santidade de São Paulo e também de São João Evangelista. A respeito dele, certa vez, São Paulo escreveu em uma de suas cartas: "A Timóteo, filho caríssimo: graça, misericórdia, paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, Nosso Senhor!" (II Timóteo 1,2).

Nesta carta, vamos percebendo que ele foi fruto de uma evangelização que atingiu não somente a ele, mas também sua família: “Quando me vêm ao pensamento as tuas lágrimas, sinto grande desejo de te ver para me encher de alegria. Confesso a lembrança daquela tua fé tão sincera que foi primeiro a de tua avó Lóide e de tua mãe, Eunice e, não tenho a menor dúvida, habita em ti também”. (II Timóteo 1,4-5) Por isso, São Paulo foi marcado pelo testemunho de São Timóteo, que se deixou influenciar também por São Paulo. Tornou-se, mais tarde, além de um apóstolo, um companheiro de São Paulo em muitas viagens.

Primeiro bispo de Éfeso, foi neste contexto que ele conheceu e foi discípulo de Nosso Senhor seguindo as pegadas do Evangelista João.

Conta-nos a tradição que, no ano de 95, o santo havia sido atingido por pagãos resistentes à Boa Nova do Senhor e, por isso, martirizado. São Timóteo, homem de oração, um apóstolo de entrega total a Jesus Cristo. Viveu a fé em família, mas também propagou a fé para que todos conhecessem Deus que é paz.

Peçamos a intercessão desse grande santo para que sejamos apóstolos nos tempos de hoje.

São Timóteo, rogai por nós!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O Apostolado da Divina Misericórdia

APOSTOLADO DA DIVINA MISERICÓRDIA

A Mensagem da Divina Misericórdia, deixada por Jesus ao mundo por meio de Santa Faustina Kowalska, tem-se espalhado cada vez mais por todos os cantos da terra.
A Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição, que nasceu na Polônia em 1673 e hoje se encontra espalhada pelo mundo, assumiu a difusão desta mensagem como um dos elementos do seu apostolado.
Muitas pessoas querem, cada vez mais, conhecer tal mensagem, nela se aprofundar e viver.

Os Padres Marianos e a Divina Misericórdia

Logo depois da morte da Ir. Faustina (1938), eclodiu na Europa a Segunda Guerra Mundial. Em meio ao horror dessa geena, já circulavam entre as pessoas os livretos e santinhos de Jesus Misericordioso, propagados pelas coirmãs de Santa Faustina. Muita gente, naqueles tempos difíceis, acorria à Divina Misericórdia, pedindo salvação e proteção. Um deles foi o Pe. José Jarzebowski, padre Mariano que escapou milagrosamente da morte, prometendo a Jesus dedicar a sua vida à divulgação da Divina Misericórdia.Depois da guerra, a propagação da Devoção à Divina Misericórdia se acelerou. Por iniciativa dos Padres Marianos nos Estados Unidos (1944), na Inglaterra e em Portugal, criaram-se centros de divulgação, chamados Apostolados da Divina Misericórdia.
A nossa comunidade Mariana do Brasil assumiu o apostolado da Divina Misericórdia como um dos elementos da nossa ação pastoral.
É claro que Maria Imaculada continua sendo o principal ideal da nossa Congregação. Com esta nova opção pastoral não trocamos o carisma fundacional, nem perdemos a nossa identidade mariana. Pelo contrário; agora, ainda com maior clareza, brilha pra nós, em Maria, um os maiores dons da misericórdia de Deus dado à humanidade: a Sua Imaculada Conceição.

O Apostolado da Divina Misericórdia

Como Apostolado da Divina Misericórdia denominamos o centro de divulgação da mensagem sobre a Divina Misericórdia, através de impressos, áudio-visuais e outros. Aqui no Brasil este trabalho iniciou-se com toda força a partir de 1980.O Apostolado encontra-se junto ao Santuário da Divina Misericórdia, em Curitiba, procurando integrar a propagação da Divina Misericórdia  com sua celebração. Colocamo-nos à disposição para fornecer material para a evangelização, formação e oração, bem como para responder dúvidas e pregar retiros. O Apostolado ajuda também, à medida do possível, com os mais necessitados, seja pela doação de materiais de evangelização, seja pela doação a obras assistenciais. (ex.: hospital Bom Pastor em Turvo-PR).
Até o momento não há um vínculo oficial (de aliança) entre os devotos de Jesus Misericordioso e o nosso Apostolado. Na verdade, cada um que divulga a Divina Misericórdia, como Jesus pediu a Santa Faustina, já é um Apóstolo de Jesus Misericordioso, um Apóstolo da Misericórdia, e pode-se considerar como membro espiritual da nossa grande família da  Divina Misericórdia.


O que se espera de um Apóstolo da Divina Misericórdia?

A Igreja lhe convida a ser uma testemunha, na força do Espírito Santo, da Divina Misericórdia  como o maior atributo do Pai. Misericórdia revelada plenamente em seu Filho Jesus Cristo e particularmente no seu mistério Pascal. Assim, você deve procurar, com todo empenho:
- confiar com humildade filial na misericórdia divina, sempre presente na vida e na história de cada um dos seus filhos, especialmente nos momentos difíceis;
- professar e anunciar esta boa-nova onde quer que você esteja, especialmente onde é mais esquecida ou mesmo desvalorizada;
- ser grato ao Pai das misericórdias pelas maravilhas que tem realizado na sua história pessoal e nas dos seus parentes, amigos, conhecidos;
- suplicar freqüentemente a sua misericórdia sobre o mundo, servindo-se especialmente – sempre que possível – das formas devocionais propostas por Jesus à Santa Faustina: a hora da Misericórdia (três horas da tarde), o terço da Misericórdia, a veneração do quadro de Jesus Misericordioso;
- celebrar esta verdade através da participação ativa e responsável na Liturgia da Igreja, sobretudo a Eucaristia e a Confissão, vivendo com particular intensidade a Novena da Misericórdia (antes do 2º Domingo da Páscoa, o Domingo da Misericórdia);
- meditar e aprofundar esta verdade através da Palavra de Deus e da Tradição (os Padres da Igreja), do ensinamento da Igreja (Catecismo da Igreja Católica, Encíclica Dives in misericordia etc.), do próprio Diário de Santa Faustina e de outros estudos sobre a misericórdia divina;
- praticar a misericórdia através de gestos e atos concretos de misericórdia para com o próximo, seja a misericórdia corporal (para com os pobres, doentes, presos etc.) seja a misericórdia espiritual (para com os aflitos, desorientados, viciados etc.).

Mãe da Misericórdia

Existe uma íntima relação entre Maria Santíssima, a Mãe de Jesus, o mistério da misericórdia divina e a prática da misericórdia. Maria está desde a sua concepção envolta na misericórdia infinita do Pai, pelo Filho e no Espírito (preservada do pecado e do demônio), ao mesmo tempo em que o seu agir – antes e depois da sua Assunção – está assinalado pelo amor efetivo aos seres humanos (especialmente pelos pecadores e sofredores).
Oficialmente a Igreja Católica aprovou a 15/8/1986 o formulário da Missa Votiva “Santa Maria, Rainha e Mãe de Misericórdia”, importante marco para a história de sua veneração – sem nos esquecermos que a 30/11/1980 o Papa João Paulo II destacara na sua Encíclica Dives in misericordia que Maria é a “pessoa que conhece mais a fundo o mistério da misericórdia divina” (n. 9). Anos depois o Catecismo da Igreja Católica (1997) dirá que ao rezar na Ave-Maria: “rogai por nós, pecadores”, estamos recorrendo à “Mãe da misericórdia” (n. 2677).
A invocação “Salve, Rainha de misericórdia” se encontra pela primeira vez com o Bispo Adhémar, de Le Puy (+ 1098); destaca a qualidade do olhar materno de Maria: “esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei”, e conclui com o sentido desta sua misericórdia: “ó clemente, ó piedosa, ó doce, Virgem Maria”. Já o título “Mãe de Misericórdia” se crê que foi dado pela primeira vez a Maria por Santo Odão (+942), abade deCluny. “Ego sum Mater misericordiae” (Eu sou a Mãe de Misericórdia), Maria lhe teria dito em sonho.
No mundo oriental podemos encontrar testemunhos ainda mais antigos. O padre oriental da Tiago de Sarug (+521), aplicou a Maria explicitamente o título de “Mãe de misericórdia” (Sermo de transitu), o que é por muitos considerado como sua primeira atribuição em absoluto.

Relação com a Mensagem da Divina Misericórdia
Em Vilna, capital da Lituânia, se venera a imagem da Mãe da Misericórdia de Aušros Vartai (Portal da Aurora) desde 1522, localizada numa das entradas do antigo muro. Em 1773 o Papa Clemente XIV concedia indulgências a quem rezasse ali com devoção, e em 1927 o Papa Pio XI permitiu que a pintura fosse solenemente coroada com o título de Maria, Mãe de Misericórdia. Sua festa é celebrada a 16 de novembro.
Em nossos tempos, Santa Faustina Kowalska†, mística polonesa, nos repropõe a centralidade da Divina Misericórdia para a fé e a vida da Igreja, recorrendo a Maria Santíssima como Mãe da Misericórdia, padroeira da Congregação religiosa a que pertencia (cf. Diário 79, 449, 1560), cuja festa celebravam (a Congregação) em 5 de agosto. Por Providência divina, a primeira vez em que a imagem de Jesus Misericordioso foi publicamente venerada foi justamente em Vilna (cf. Diário, 417).    
Em qual sentido podemos proclamar Maria como Mãe de misericórdia? Sem cometer o grave equívoco de pensar que a misericórdia é reservada a Maria e a justiça a Jesus (como muitos medievais chegaram a pensar), o título “Mãe da Misericórdia” ou “Mãe de misericórdia” assim se justifica: Maria é a mulher que experimentou de modo único a misericórdia de Deus – que a envolveu de modo particular desde a sua Imaculada Conceição, passando pela Anunciação, como discípula fiel do seu Filho, até o grande momento da Sua Páscoa (paixão, morte, ressurreição, glorificação e Pentecostes). Ela é kecharitoméne, “cheia de graça”, ou seja, totalmente transformada pela benevolência divina (cf. Ef 1,6).
Maria é a mãe que gerou a misericórdia divina encarnada – graça extraodinária que coloca a jovem Maria, a partir da Encarnação do Filho de Deus, numa relação inimaginável de intimidade com o próprio “Pai das misericórdias” (2Cor 1,3). A partir do seu “eis-me aqui” e o seu “faça-se”, a misericórdia divina se faz carne e entra na história!
Maria é a profetisa que exalta a misericórdia de Deus – pois no seu cântico o “Magnificat” por duas vezes – unida ao Filho do Altíssimo e ao seu Espírito – ela louva ao Pai misericordioso: “a sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem”; “socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia” (Lc 1,50.54).
Maria é a intercessora incansável do povo de Deus – elevada aos Céus em corpo e alma, Maria não deixa de apresentar as necessidades dos fiéis ao seu Filho, a quem rogou pelos esposos de Caná, quando vivia na terra (cf. Jo 2,1ss). Ela “continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna”, ensina o Concílio Vaticano II (Lumen gentium, n. 62), praticando assim a misericórdia, sobretudo para com os que padecem dos males da alma (pecadores), mas também do corpo (todos que sofrem).
Maria é a apóstola incansável da misericórdia divina – com a permissão e o envio do seu Filho, Maria visitou inúmeras vezes os seus filhos ainda peregrinos neste mundo, o que podemos contemplar nas aparições que já gozam de beneplácito eclesial (Guadalupe, La Salette, Lourdes, Knock, Fátima etc.), convidando a todos a se aproximarem do “trono da graça” que é o seu Filho. Com o seu coração compassivo de Mãe, não poderia permanecer indiferente às mazelas dos seus filhos neste vale de lágrimas!

A Mãe de Jesus e nossa merece, portanto, ser honrada como Mãe da Misericórdia e Mãe de misericórdia! Ó Maria, Mãe que experimentastes e gerastes a Misericórdia, Mãe que proclamais e exerceis a misericórdia, fazei de nós autênticos apóstolos deste mesmo mistério de amor em nossos tempos. Amém.
 

Santa Faustina Kowalska

Secretária da Misericórdia Divina

O século XX foi um dos períodos mais contraditórios da história humana. De um lado, grandes avanços nos mais variados campos do saber (biologia, física, tecnologia etc.); a Igreja Católica, por sua vez, viveria uma nova primavera em diversos âmbitos (bíblico, litúrgico, pastoral etc.). Por outro lado, deparamo-nos com o crescimento do agnosticismo e a proliferação das seitas; com enormes atrocidades, de proporções quase universais; milhões e milhões foram brutalmente dizimados em dezenas de guerras, bem como em carestias, pestes e catástrofes, em parte frutos da ganância e arrogância de alguns poucos.
Ao mesmo tempo, é o século de cristãos de grande envergadura, como os Papas S. Pio X, o Beato João XXIII e o Servo de Deus João Paulo II, S. Gemma Galgani e Madre Teresa de Calcutá, os santos Padres Pio e Maximiliano Kolbe, ou como os pastorinhos de Fátima. É o século outrossim de uma das maiores místicas da história do cristianismo, Santa Faustina Kowalska. Mística pois deixou-se invadir pelo mistério do amor divino, no dia a dia de uma vida escondida e laboriosa. A partir dela nasce uma nova espiritualidade, centrada na Divina Misericórdia. Eis em breves linhas um pouco da sua vida.

Origens

Faustina nasceu na aldeia de Glogowiec, distrito de Turek, prefeitura de Poznan (atualmente Swinice Warckie, principado de Konin), na Polônia, no dia 25/08/1905. Naquela época a Polônia estava sob o domínio russo. Ela é a terceira de dez filhos do casal Estanislau Kowalska e Mariana Babel, que cuidam de 5 hectares de terra (e 3 vacas!). As duas primeiras gravidezes foram muito cansativas; por isso, a terceira foi esperada com preocupação, mas tudo correu bem.
Dois dias depois do nascimento a menina foi batizada, na paróquia de Swinice Warckie (dedicada a S. Casimiro), com o nome de Helena Kowalska. Deus os abençoou com outros sete filhos. “A Helena, minha filha abençoada, santificou o meu ventre”, dirá a mãe após a sua morte. Sabemos bem pouco acerca das origens desta futura santa. As principais fontes são o seu Diário e o relato de algumas testemunhas.
Por exemplo, a sua casa, com paredes de pedra e poucos móveis, é composta por 2 divisões, separadas por um corredor. O pavimento é de terra e as paredes não são rebocadas nem caiadas. A mãe faz queijo com grande perfeição. Todas as noites rezam o terço e dão graças por tudo o que têm.
Seu pai, Estanislau, lavrador e carpinteiro, era muito piedoso. Freqüentava sempre as Missas dominicais e cantava todos os dias o ofício da Imaculada Conceição, bem como o hino matinal. Na Quaresma, cantava as lamentações da Paixão. Era muito exigente com os filhos, e por isso Helena desde os 9 anos ajuda nos serviços da casa – debulhando o trigo, levando as vacas para o pasto e ajudando na cozinha. A mãe era uma boa mulher, muito dedicada e trabalhadora, particularmente sensível com os pobres. Assim se vai moldando o caráter de Helena (Dr. H. W.,Irmã Faustina. Apóstola da Divina Misericórdia, Loyola, S. Paulo, 1983, p. 30).

Vocação

A vida espiritual de Helena começara cedo. Em seu Diário escreve: “Quando eu tinha sete anos ouvi pela primeira vez a voz de Deus na minha alma”. Depois da preparação recebida do Pároco, Pe. Romano Pawlowski, em 1914 faz a Primeira Comunhão, momento que muito lhe marcou: “Eu estou contente porque Jesus veio ter comigo e agora posso caminhar com Ele”. A oração se torna mais assídua e fervorosa. A mãe a encontrou várias vezes ajoelhada no chão, principalmente de noite. Helena lhe explicava: “tenho certeza de que é o meu Anjo que me acorda”.
Os pais não aceitam facilmente a vocação da filha Helena. Em 1920 e 1922 a jovem lhes pede permissão para entrar no convento, mas os pais o recusam. Não possuem recursos para lhe dar o dote necessário, estão mergulhados em dívidas – e, acima de tudo, estão muito ligados à filha. Neste período recebeu o sacramento da Crisma, em Aleksandrów (1921). De modo especial a adolescente escuta com atenção as homilias dominicais, repetindo-as durante a semana, e também a leitura da Bíblia feita pelo seu pai, que mantém em casa uma pequena biblioteca.
Com dificuldades Helena iniciou os seus estudos (1917). É obrigada a interrompê-los a fim de poder trabalhar como empregada doméstica. Aos 14 anos disse à mãe: “Papai trabalha muito e eu não tenho com que me vestir aos domingos; sou a mais mal-apresentada de todas as moças. Irei trabalhar para ganhar alguma coisa”. O desejo de se consagrar totalmente a Deus lhe acompanha, mas, ante as dificuldades, por um tempo Helena desiste da idéia. Entrega-se, então, à “vaidade da vida”, aos “passatempos”, como anos depois escreveria em seu Diário.
Deus, porém, não volta atrás. Estando um dia num baile com sua irmã, uma visão de Cristo Sofredor interpela a jovem Helena: “Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu Me desiludirás?” (Diário, 9). Decide entrar no convento. Bateu em várias portas até ser acolhida no dia 1º/08/1925 na clausura do convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, em Varsóvia. Foi tentada a deixar essa comunidade várias vezes, mas Jesus lhe apareceu e exortou: “Chamei-te para este e não para outro lugar e preparei muitas graças para ti” (D. 19).

Revelações

Dentro da Congregação Helena recebeu o hábito e o nome de Irmã Maria Faustina, em 1926. Dois anos depois faria a primeira profissão dos votos religiosos. Em sua vida exterior nada deixava transparecer da sua profunda vida espiritual, que haveria de incluir as graças extraordinárias da contemplação infusa, o conhecimento da misericórdia divina, visões, aspirações, estigmas escondidos, o dom da profecia e discernimento, e o raro dom dos esponsais místicos (D. 1056). Com humildade exerceu as funções de cozinheira, jardineira e até de porteira. Cumpria fielmente as regras de sua comunidade, em espírito de recolhimento mas sem nenhum desequilíbrio, deixando ao mesmo tempo transparecer serenidade e benevolência. Um sonho a movia – viver plenamente o mandamento do amor:
Ó meu Jesus, Vós sabeis que desde os meus mais tenros anos eu desejava tornar-me uma grande santa, isto é, desejava amar-Vos com um amor tão grande com que até então nenhuma alma Vos tinha amado” (D. 1372).

O Senhor a escolhe para uma missão especial. Depois de atravessar pela “noite escura” das provações físicas, morais e espirituais, a partir de 22/02/1931, em Plock,o próprio Senhor Jesus Cristo começa a se manifestar à Irmã Faustina de um modo particular, revelando de um modo extraordinário a centralidade do mistério da misericórdia divina para o mundo e a história– presente em todo o agir divino, particularmente na Cruz Redentora de Cristo – e novas formas de culto e apostolado em prol desta sua divina misericórdia. Descreve esta primeira visão:
Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. (...) Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (D. 47).

Jesus insistirá particularmente no seu desejo de instituir uma Festa em honra da Divina Misericórdia para toda a Igreja, o que haveria de se cumprir somente a partir do ano 2000. Todas estas vivências se encontram relatadas em seu famoso Diário, escrito entre 1934-1938 sob a orientação dos Padres Miguel Sopocko e Andrasz SJ, o primeiro deles beatificado a 28/09/2008.
Segundo um dos mais famosos estudiosos do mesmo, Pe. Ignacy Rózycki, no Diário – e numa das Cartas de Santa Faustina – encontramos, dentre outros, 83 revelações particulares especiais sobre o mistério e o culto da Divina Misericórdia. Ao longo do Diário descobrimos que Jesus a escolhe como secretária, apóstola, testemunha e dispensadora da divina misericórdia(nn. 965; 1142; 400; 570). Já pode ser considerado como um dos clássicos da espiritualidade católica, ao lado de História de uma alma, A prática do amor a Jesus Cristo, Filotéia e outros.

Páscoa

Assim como na vida de Santa Teresinha, Jesus pede também à Santa Faustina que se ofereça como vítima pelos pecadores. É a graça de poder viver aquilo que diz o Apóstolo: Completo em minha carne o que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja(Cl 1,24; cf. Flp 1,20; 2Cor 12,10). Na Quinta-feira Santa de 1934, Jesus lhe revela o seu desejo que se entregue pela conversão dos pecadores. A este desejo Irmã Faustina respondeu prontamente com um ato de consagração no qual se oferece voluntariamente pelos pecadores. Desde essa ocasião, os sofrimentos que oprimiriam a religiosa polonesa foram a prova de que sua oferta fora aceita pelo Senhor.
Irmã Faustina levava uma vida muito austera, já antes de entrar no convento. Não perdia nenhuma oportunidade em oferecer suas penas pela conversão dos pecadores. Nos últimos anos de sua breve vida aumentaram os seus tormentos interiores e os padecimentos do organismo. Desenvolve-se uma tuberculose que lhe atacou os pulmões e os intestinos. Muito fraca, é levada ao convento Jósefów. Segundo um costume da comunidade, pede perdão às coirmãs pelas faltas cometidas – e afirma que morreria treze dias depois. Ao Pe. Sopocko diz (26/09): “Perdoe-me, padre, agora estou ocupada no colóquio com o Pai Celeste. Aquilo que tinha para dizer, já disse”.
No dia da sua morte ela recebe o viático do Pe. Andrasz. Pede mas logo recusa uma injeção, dizendo: “Deus exige sacrifício”. Plenamente unida a Deus, na presença da irmã Ligoria, erguendo os olhos para o céu, Irmã Faustina falece com fama de santidade às 22h45min do dia 5/10/1938, com apenas 33 anos de vida. O seu corpo foi depositado no cemitério do convento em Cracóvia-Lagiewniki.
A situação na Europa se agravava. Hitler havia invadido a Áustria (11/03/1938). A Polônia entra num período tempestuoso quando Berlim e Moscou dividiram o seu território (22/09/1939). Irmã Faustina rezava pela Polônia. Em setembro de 1938, a jardineira irmã Klemensa foi visitá-la no hospital. Faustina estava reduzida a pele e ossos. Klemensa lhe perguntou: “O senhor Jesus te disse se haverá guerra?”. – “Haverá guerra”, respondeu ela. E depois acrescentou: “...A guerra durará muito tempo, haverá muitas desgraças. Sofrimentos terríveis cairão sobre as pessoas” (in Bergadano, Elena, Faustina Kowalska. Mensageira da Divina Misericórdia, Paulinas, S. Paulo, 2006,p. 81).
Há inúmeros relatos de graças alcançadas por sua intercessão a partir da morte da Ir. Faustina. Um deles se refere a um fato ocorrido durante a II Guerra, assinado por Miquelina Niewiadomska em Varsóvia, ano de 1946:
“Como mensageira do exército clandestino da Polônia, levava um dia um maço de jornais e documentos importantes da imprensa subterrânea, num cesto vulgar, aberto, de modo a não chamar a atenção. Numa paragem, o tranvia [transporte] foi abordado pela polícia da Gestapo, que começou a inspecionar os passageiros. Antes que eu desse conta, estava a meu lado. Apanhada de improviso, sabia que não tinha maneira de escapar e deitei o cesto no chão. O que estava dentro caiu, com o livrinho intitulado ‘Jesus, eu confio em Vós’ por cima de tudo. Um dos policiais baixou-se para o apanhar e em voz baixa segredou-me: ‘E eu também confio n’Ele’, e, voltando-se, permitiu que eu apanhasse os papéis” (in Andrasz-Sopocko, A misericórdia de Deus. A única esperança da humanidade, 2ª ed., Tipografia Porto Médico L.da, Porto, 1956, pp. 88s).

O processo informativo para a canonização da Irmã Faustina se iniciou em 1965. O Cardeal Karol Wojtyla o encerra com uma sessão solene no dia 20/09/1967. Anos depois (1978) Karol Wojtyla se tornaria o Papa João Paulo II, e por suas mãos Irmã Faustina seria beatificada (1993) e canonizada (2000), tornado-se assim a primeira santa canonizada no III Milênio cristão. O milagre que permitiu a sua canonização foi a cura do Pe. Romualdo P. Pytel que sofria de “estenose aórtica predominante, calcificada e localizada na bicúspide, com insuficiência aórtica associada, e descompensação cardíaca esquerda” (in Laria, Raffaele, Santa Faustina e a Divina Misericórdia, Paulus, Apelação, 2004, p. 84). A data de sua celebração litúrgica é o dia 5 de outubro, que marca seu nascimento para o céu.

Caro devoto e apóstolo de Jesus Misericordioso:
Se você deseja conhecer mais sobre a vida desta grande cristã, adquira o Diário de Santa Faustinae a biografia escrita por Sophia Michalenko, intitulada: Misericórdia – Minha Missão, através do nosso Apostolado.

A Misericórdia é o maior atributo de Deus” (D. 611)
Santa Faustina Kowalska: rogai por nós!

A Mensagem da Divina Misericórdia

Devoção à Divina Misericórdia
Entre os anos de 1931 a 1938 o próprio Jesus quis se revelar a uma humilde religiosa polonesa, Santa Faustina Kowalska, recordando-lhe – através de visões e alocuções – a centralidade do mistério do amor misericordioso de Deus para com o mundo e a humanidade, especialmente os pecadores, sofredores e agonizantes. Sublinhou também qual deve ser a resposta de cada ser humano a tão grande generosidade, a qual inclui algumas novas formas de culto e devoção.
Em linhas gerais podemos afirmar que toda a história da salvação está marcada pela revelação de um Deus que não pactua com o mal (o pecado, a soberba, a mentira, o ódio etc.), mas que vence o mal pelo bem, ou seja, com seu amor misericordioso para com o pecador. Assim, por exemplo: Êx 34,4-7 – Moisés descobre que o Deus de Abraão, Isaac e Jacó é clemente e misericordioso; Sl 136 – o povo de Deus canta sem cessar a misericórdia do Senhor; Os 11,8 – os profetas recordam que o coração paterno de Deus se “contorce” pelos seus filhos; Eclo 18,13 – a verdadeira sabedoria nos faz descobrir que a misericórdia divina envolve todos os seres humanos.
Na plenitude dos tempos o Filho de Deus assume a natureza humana para nos salvar e santificar, manifestando de modo pleno e definitivo – pela sua vida e palavra – a divina misericórdia. Tudo isso estimula S. Paulo a ler toda a ação divina em nosso favor à luz da sua misericórdia (Tt 3,4-7). A tradição cristã posterior (S. Agostinho, Sto. Tomás de Aquino, Sta. Catarina de Sena, Sta. Terezinha do Menino Jesus etc.) constantemente haveria de atestar que a misericórdia é a manifestação mais excelente do amor divino, revelando de modo extraordinário o seu poder (cf. Sto. Tomás, Ad Eph. 2,4, lect. 2, nn. 85s).
Em nossos tempos se fazia necessário recordar ao mundo esta maravilhosa verdade. Catástrofes, conflitos, carestias têm deixado em nosso planeta um rastro terrível, quase sempre indelével. As aparições de Nosso Senhor a Santa Faustina ocorrem exatamente no momento em que se agravava a crise política, econômica, social e militar em diversas partes do mundo – haja visto que a queda da bolsa de valores de Nova Iorque se dera em 1929 (gerando uma queda vertiginosa no produto mundial), e que exatamente na década de 30 se deu a ascensão de Hitler ao poder alemão (1933) e o início da II Guerra Mundial em 1939 (menos de 1 ano após a morte de Santa Faustina).
A leitura das mensagens de Jesus a Santa Faustina registradas em seu Diário – e também em suas cartas – nos revelam uma certa inquietação da parte de Jesus. O culto e o apostolado da divina misericórdia querem, de algum modo, preparar a humanidade para o encontro definitivo com Cristo, e por isso Ele próprio afirma que está prolongando em nosso favor o “tempo da Misericórdia” (D. 1160). Noutra ocasião declara: “Antes de vir como justo Juiz, abro de par em par as portas da Minha misericórdia” (D. 1146; cf. 1728). Mais enfáticas são as seguintes declarações: “Minha filha, fala ao mundo da Minha misericórdia, que toda a humanidade conheça a Minha insondável misericórdia. Este é o sinal para os últimos tempos; depois dele virá o dia da justiça (D. 848); “Estou dando à Humanidade a última tábua da salvação, isto é, o refúgio na Minha misericórdia (D. 998; cf. 1228).
Entre os novos elementos de devoção e apostolado propostos por S. Faustina, a Festa e o Terço são vistos explicitamente como “última tábua de salvação” para a humanidade pecadora (D 965; 687), bem como uma nova comunidade religiosa feminina, cujas consagradas “prepararão o mundo para a última vinda de Cristo” (D 1155). Uma das descrições contidas no Diário faz eco ao sinal prometido por Jesus em Lc 22,30, que para muitos Padres da Igreja se refere à sua santa cruz:
“Escreve isto: Antes de vir como justo Juiz, venho como Rei da Misericórdia. Antes de vir o dia da justiça, nos céus será dado aos homens este sinal: Apagar-se-á toda a luz no céu e haverá uma grande escuridão sobre a Terra. Então aparecerá o sinal da Cruz no céu, e dos orifícios, onde foram pregadas as mãos e os pés do Salvador sairão grandes luzes, que, por algum tempo, iluminarão a Terra. Isto acontecerá pouco antes do último dia” (D. 83).
 O tom profético-apocalíptico se encontra presente em diversas páginas dos escritos da santa polonesa, por vezes de modo surpreendente: “Prepararás o mundo para a Minha última Vinda” (D. 429); “Vossa vida deve ser semelhante à Minha: – é Maria Ssma. quem lhe fala – silenciosa e oculta, continuamente unida a Deus, em súplica pela humanidade e a preparar o mundo para a segunda vinda de Deus (D. 625; cf. 635). O Diário alude também a um personagem misterioso que haveria de provir também das terras polonesas, tornando-se um farol para a humanidade:Amo a Polônia de maneira especial e, se ela for obediente à Minha vontade, Eu a elevarei em poder e santidade. Dela sairá a centelha que preparará o mundo para a Minha Vinda derradeira” (D. 1732). Muitos consideram o Papa João Paulo II, grande promotor da mensagem da divina misericórdia, como aquele que cumpriu esta profecia.
Como Arcebispo de Cracóvia, o futuro papa introduziu a causa de canonização da Irmã Faustina. Com coragem a defendeu quando sua ortodoxia foi questionada, em grande parte devido à má tradução em italiano do seu Diário. Estimulou outrossim o Pe. Ignacy Rosycki, teólogo polonês, a preparar um estudo definitivo sobre os escritos e as virtudes heróicas da religiosa polonesa, que foi decisivo para que a Igreja a reconhecesse oficialmente como santa.
Como Papa, escreveu três importantes encíclicas que formam uma espécie de tríptico: O Redentor do homem – na qual destaca Jesus Cristo como o centro da história e do universo; Rico em misericórdia – o Filho de Deus feito homem nos revela definitivamente a misericórdia do Pai, única esperança de paz para o mundo; Senhor e doador da vida – o Espírito Santo é o único capaz de nos libertar do ateísmo prático (cf. Kosicki, George W., John Paul II: the Great Mercy Pope, Marian Press, Stockbridge-MA, 2001, p.22). “Não há nada que o ser humano necessite mais do que a Divina Misericórdia”, afirmou João Paulo II no Santuário da Divina Misericórdia em Lagiewniki, perto de Cracóvia, onde estão as relíquias de Santa Faustina (7/06/1997).
Este caráter de urgência que acompanha a mensagem da divina misericórdia foi expresso pelo Papa João Paulo II em outras ocasiões; assim, por exemplo, na Homilia durante a Missa da Beatificação da Irmã Faustina, no dia 18/04/1993, cujo n. 6 vale a pena reproduzir:
“O Faustyna, (...) Cristo te escolheu para recordar às pessoas o grande mistério da divina misericórdia. (...) este mistério se tornou verdadeiramente um grito profético dirigido ao mundo e à Europa. A tua mensagem da divina misericórdia nasceu praticamente quase na vigília do assustador cataclisma da segunda guerra mundial. (...) “Sinto claramente que a minha missão não termina com a morte, mas inicia...”, escreveu Irmã Faustina no seu Diário. E assim verdadeiramente aconteceu! A sua missão continua e está trazendo frutos surpreendentes. É verdadeiramente maravilhoso o modo pelo qual a sua devoção a Jesus Misericordioso avança no mundo contemporâneo e conquista tantos corações humanos! Isto é sem dúvida um sinal dos tempos – um sinal do nosso século XX. Um balanço deste século que declina apresenta, além das conquistas, que muitas vezes superaram aquelas das épocas precedentes, também uma profunda inquietação e medo a respeito do porvir. Onde, portanto, se não na divina misericórdia, o mundo pode encontrar o refúgio e a luz da esperança?”
 Que a mensagem da divina misericórdia nos estimule a viver em constante, serena e ativa vigilância, esperando o grande dia do nosso encontro definitivo com Nosso Senhor! Com Santa Faustina, possamos sempre rezar: “...aguardemos com confiança, como Vossos filhos, a Vossa vinda última, dia que somente Vós conheceis” (D 1570).

Romaria Ciclística inaugura o Caminho de Nossa Senhora

A Romaria Ciclística ao Santuário de Aparecida, em São Paulo, chega a sua décima edição. Neste ano, um grupo de ciclistas partirá da cidade do Rio de Janeiro, neste domingo, 29. Serão dois pontos de partida na Arquidiocese do Rio: o Santuário da Divina Misericórdia, em Vila Valqueire, e o Santuário de Nossa Senhora da Penha. Haverá, ainda, um outro grupo de ciclistas que sairá da Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Pendotiba, Niterói.

Nesta edição será inaugurado um novo roteiro: o Caminho de Nossa Senhora, que ligará as cidades do Rio e Niterói a Aparecida do Norte, inspirado nos famosos caminhos de Santiago de Compostela, na Espanha, e o Caminho da Fé, que passa por municípios de São Paulo e de Minas Gerais.

Para abençoar e enviar os romeiros, no domingo, às 7h, o Arcebispo do Rio, Dom Orani estará no Santuário da Divina Misericórdia, em Vila Valqueire, e presidirá a Santa Missa. Após a missa, o primeiro grupo, composto por dez ciclistas, partirá em direção ao Santuário da Penha.

À frente dos romeiros que sairão do Santuário da Divina Misericórdia está o pároco, Cristóvão Sopicki. O grupo de Niterói, composto em sua maioria por ciclistas profissionais de mountain bike, é organizado pela Federação dos Ciclistas do Estado do Rio de Janeiro, e seguirá pela Via Dutra. Os grupos se encontrarão nos dias 4 e 5 de fevereiro, em Guaratinguetá, São Paulo, para seguirem juntos até a Basílica de Aparecida do Norte.

A chegada em Aparecida do Norte está prevista para o dia 5 de fevereiro, antes das 16h, quando será celebrada uma missa com bênção aos ciclistas, na Basílica de Nossa Senhora Aparecida.

Esta será a primeira vez em que o trajeto da romaria passará por montanhas. O percurso é de aproximadamente 435 km, percorridos em sua maioria por estradas vicinais, passando pelas seguintes cidades: Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Petrópolis, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Vassouras, Barra do Piraí, Nossa Senhora do Amparo, Quatis, Resende, São José do Barreiro, Areias, Silveiras, Cachoeira Paulista, Canas, Lorena, Guaratinguetá e Aparecida.

A primeira excursão pelo novo roteiro terrestre tem como objetivo coletar mais informações sobre os locais por onde o Caminho passará, relacionando os possíveis pontos que servirão de apoio aos romeiros e as igrejas existentes nos arredores para que durante a peregrinação os fiéis tenham momentos de reflexão e oração.

Também serão feitos levantamentos de possíveis riscos a serem encontrados no trajeto e da distância diária a ser percorrida, a fim de que seja cumprida a duração total prevista e haja informações sobre os custos necessários para hospedagem. A elaboração de um mapa detalhado e a sinalização do Caminho também estão previstas, o que poderá facilitar os peregrinos que posteriormente desejarem fazer a romaria pelo mesmo caminho a pé ou de bicicleta.

O projeto, que está em sua primeira fase, conta com a criação da Associação dos Amigos do Caminho de Nossa Senhora. Posteriormente também haverá a criação de um website com informações detalhadas.

Mensagem do Dia: O olhar fixo em Jesus é a certeza da vitória

O segredo da vida é caminhar sempre com o olhar fixo em Jesus. Seguramente, ao longo do dia, deparamos com muitas situações que nos fazem esquecer ou até mesmo não acreditar que Jesus está conosco em todos os momentos, por isso precisamos ter a sabedoria de fazer constantemente este exercício: Mesmo que eu não veja ou não sinta, sei que o Senhor está comigo, porque Ele mesmo disse: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20).
Peçamos hoje ao Espírito Santo que nos ajude a mantermos o nosso olhar fixo em Jesus, para d’Ele receber misericórdia e sermos iluminados por Sua luz.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

Santo do Dia: Santo Ildefonso

Santo Ildefonso Nasceu no ano de 606, em Toledo, no dia 8 de dezembro. Um homem de oração, foi discernindo a vontade de Deus também nas perdas. Ficou órfão e, em meio aos bens que possuía, fez de tudo para a construção de um mosteiro para religiosos. Um homem de discernimento, que não quer dizer sem medo, sem dificuldades.

Os santos não foram super-homens, mas pessoas de carne e osso que foram se deixando transformar por Aquele que é o santo dos santos: Jesus Cristo. Ele que, pelo poder do Espírito Santo, opera maravilhas no coração que se abre.

Santo Ildefonso, um coração aberto para as vontades de Deus, mesmo contra a própria vontade. Aconteceu que o Bispo de sua localidade havia falecido e o povo o elegeu. Ele se escondeu num convento, mas foi descoberto e aceitou este grande serviço para o povo de Deus. Foi um grande instrumento de Deus e devoto da Santíssima Virgem.

Ele propagou a Festa da Expectação de Nossa Senhora, em 18 de dezembro – Nossa Senhora do Ó, como ficou conhecida. Fruto desse amor, ele recebeu a graça de uma aparição da Virgem Maria, chamando-o de “meu capelão” e presenteando-o com uma casula do céu. Assim diz o seu testemunho.

Um homem revestido de humildade, de vida, de oração na vida sacramental, por isso foi um grande pastor para o seu povo. Não evangelizou sozinho, pois os santos bem sabiam e continuam a saber o quanto nós precisamos uns dos outros para que a evangelização aconteça, para que muitos conheçam esse doce nome que tem nosso Senhor Jesus Cristo. Os santos foram aqueles que se consumiram pelo Evangelho para que muitos conheçam Jesus Cristo.

Santo Ildefonso, rogai por nós!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Missa será celebrada em ação de graças por Dom Lorenzo

Na segunda-feira, 5 de fevereiro, será celebrada uma Missa em ação de graças pelo trabalho realizado por Dom Lorenzo Baldisseri, que por mais de 8 anos esteve a frente da Nunciatura Apostólica no Brasil.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Arquidiocese de Brasília salientam que “a celebração em Brasília será oportunidade para participação de bispos, diplomatas, autoridades e de representantes do povo brasileiro agradecer o trabalho feito por Dom Baldisseri e rezar pela continuidade de seus trabalhos em favor da Igreja em Roma”.
O Arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, em nota oficial, agradeceu Dom Lorenzo, em nome do episcopado brasileiro, por seu valioso trabalho junto ao governo e à Igreja no Brasil, assegurando as “orações pelo êxito de sua nova missão a serviço da Igreja como secretário da Congregação para os bispos”.

“Temos a certeza de que a Igreja no Brasil será sempre grata pelo seu fecundo trabalho realizado como Núncio Apostólico em nosso país”, salientou Dom Damasceno, em nota.
Logo ao receber a notícia da nomeação, em entrevista ao noticias.cancaonova.com, Dom Baldisseri disse considerar que sua nomeação como secretário para a Congregação para os Bispos foi uma demonstração da confiança do Papa Bento XV em sua pessoa, responsabilidade que ele assume com a confiança de uma vida dedicada ao serviço da Igreja.
O Núncio Apostólico no Brasil deve se transferir para Roma nos próximos dias. O sucessor de Dom Baldisseri na Nunciatura Apostólica no Brasil ainda será escolhido e anunciado pelo Vaticano, algo que ele espera acontecer logo.
“A Nunciatura no Brasil não pode ficar vazia muito tempo. É um país muito grande. A congregação e episcopado do Brasil são os maiores do mundo, então é preciso que um núncio esteja presente, bem como frente ao Estado”, salientou Dom Lorenzo.

Que todos sejam um: Papa pede que fiéis se empenhem pela unidade

Neste domingo, às 12h, da janela de seu escritório, no Palácio Apostólico Vaticano, o Papa Bento XVI recitou o Angelus aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. O Papa convidou todos a unirem-se pela Semana de Oração pela Unidade dos Cristão, pois este é um desejo do próprio Cristo expresso na oração de na vigília de Sua paixão.

“Convido cordialmente todos a unirem-se à oração que Jesus dirigiu na vigília de Sua paixão: “Que todos sejam uma coisa só, para que o mundo creia” (Jo 17,21)”, pediu o Papa.

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.: NA ÍNTEGRA: Angelus de Bento XVI – 22/01/2012


Bento XVI lembrou que o tema da Semana de Oração deste ano foi formulado a partir da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios: Todos seremos transformados pela vitória de Jesus Cristo, nosso Senhor (cfr 1 Cor 15,51-58).

“Somos chamados a contemplar a vitória de Cristo sobre o pecado e sobre a morte, isto é, Sua ressurreição, como um evento que transforma radicalmente aqueles que crêem Nele e se abrem ao acesso a uma vida incorruptível e imortal. Reconhecer e acolher a força transformadora da fé em Jesus Cristo sustenta os cristãos também na busca da plena unidade entre eles”, enfatizou o Papa.

Para Santo Padre, a verdadeira vitória pode ser alcançada somente se acompanhada por uma profunda transformação interior. “Nossa busca por unidade pode ser conduzida de maneira realista se a mudança vier, antes de tudo, de nós mesmos, se deixamos Deus agir, se nos deixamos transformar pela imagem de Cristo, se entramos na vida nova em Cristo, que é verdadeira vitória”, destacou.

A unidade visível de todos os cristãos, recorda Bento XVI, é sempre obra que vem do alto, de Deus, obra que pede a humildade de reconhecer nossa fraqueza e de acolher o dom.

“Porém, vale usar uma expressão que o próprio Beato João Paulo II usava: cada dom se torna também um empenho. A unidade que vem de Deus exige, portanto, o nosso empenho cotidiano de nos abrir uns aos outros na caridade”, reforçou o Pontífice.


Semana de Oração pela Unidade dos Cristão

Há muitas décadas, a Semana de oração pela unidade dos cristãos constitui um elemento central na atividade ecumênica da Igreja. O Santo Padre afirmou que o tempo dedicado à oração para a plena comunhão dos discípulos de Cristo permitirá compreender mais profundamente a transformação pela vitória de Cristo, pela potência de Sua ressurreição.

Na próxima quarta-feira, como é de costume, Semana de oração com a solene celebração das Vésperas da Festa da Conversão de São Paulo, presidida pelo Papa Bento XVI, na Basílica de São Paulo fora dos muros, na qual estarão presentes também representantes das outras Igrejas e Comunidades cristãs.

Santo do Dia: São Vicente

São Vicente Um santo amado e citado por muitos santos, como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Prudêncio e outros que trouxeram à tona o testemunho desse grande diácono e mártir da Igreja.

Nasceu na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade.

Vicente viveu num período muito difícil da Igreja. Um tempo em que Diocleciano e Maximiano – imperadores –, começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declararem a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados. O santo de hoje foi um dos que fez a opção por Jesus.

Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Darciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor.

Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Darciano se desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele for martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e, por fim, Darciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus.

São Vicente tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.

São Vicente, rogai por nós!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Papa abençoa cordeiros cuja lã será usada em pálios

Um gesto tradicional na festa de Santa Inês . Na manhã deste sábado, 21, o Papa Bento XVI abençoou dois cordeirinhos a ele apresentados na Capela Urbano VIII, do Palácio Apostólico.

A lã desses carneiros será usada para a tecelagem dos pálios sagrados, vestes de lã branca decoradas com seis cruzes pretas, mantidas em uma urna na Confissão de São Pedro e impostas pelo Papa todos os anos, no dia 29 de junho, sobre novos arcebispos metropolitanos, durante a Missa solene de São Pedro e São Paulo.

Os cordeiros são tradicionalmente criados pelas religiosas do convento romano de São Lourenço, em Panisperna, e são oferecidos ao Papa pelos Cónegos Regrantes de Latrão no dia da memória litúrgica de Santa Inês, mártir romana, que na iconografia tradicional é muitas vezes representada com um cordeirinho nos braços.

Na sexta-feira, ao receber os seminaristas de um tradicional colégio romano, o Santo Padre falou sobre Santa Inês e aprentou-a como modelo de doação sem reservas a Deus.

Bento XVI esclarece questões sobre o Direito Canônico

Neste sábado, 21, o Papa Bento XVI recebeu em audiência os prelados auditores, os oficiais e advogados do Tribunal da Rota Romana, em ocasião da solene inauguração do Ano Judiciário. No encontro, o Pontífice destacou que o direito e a justiça caminham juntos, tanto no direito civil quanto divino, e esclareceu questões que envolvem a aplicação do Direito Canônico.

“Como quis salientar ao Parlamente Federal de meu país, o Reichstag de Berlim, o verdadeiro direito é inseparável da justiça. O princípio vale obviamente também para a lei canônica, no senso que essa não pode se fechar num sistema normativo meramente humano, mas deve ser ligada a uma ordem justa da Igreja, na qual vigora uma lei superior”, salienta Bento XVI.

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.: NA ÍNTEGRA: Discurso do Papa ao Tribunal da Rota Romana - 21/01/2012
Compreensão das leis

O Papa destacou que convém observar o próprio significado da lei olhando sempre para realidade que se rege, e isto não só quando a lei é principalmente declarativa do direito divino, mas também ao introduzir constitutivamente a regra humana.

“A interpretação do direito canônico deve ter lugar na Igreja. Não se trata de uma mera circunstância externa, ambiental: é um chamado ao próprio ‘humus’ da lei canônica e da realidade desta regra”, destacou o Pontífice.

Para Bento XVI, a maturidade cristã conduz a amar sempre mais a lei e querer compreender-la e aplicá-la com fé, para isso, é preciso um espírito dócil para acolhê-la, buscando estudar com dedicação as tradições jurídicas da Igreja.

“Somente deste modo poderão ser discernidos os casos nos quais as circunstancias concretas exigem uma solução equitativa para alcançar a justiça que a norma geral humana não pode proporcionar, e se será capaz de demonstrar, em espírito de comunhão que pode ser usado para melhorar o quadro legal”.

Segundo o Papa, estas reflexões conquistam uma peculiar relevância no âmbito das leis reguladoras do ato constitutivo do matrimônio, sua consumação e a relação com a Ordem Sacra, e as relações com os respectivos processos.

“Aqui a sintonia com o verdadeiro sentido da lei da Igreja se torna uma questão de amplo e profundo efeito prático na vida das pessoas e comunidades e requer uma especial atenção”, destacou.

O Santo Padre salientou que são os tribunais locais os primeiros a confrontar as complexas situações reais nos diversos contextos culturais e salientou que é essencial a comunhão das disciplinas para a unidade da Igreja.

Bento XVI recordou os eventos importantes que estão por vir, como o
Ano da Fé, que comemoram os 50 anos de abertura do Concílio Vaticano II. Para ele, este será um período de reflexão “bem consciente das graves dificuldades do tempo, sobretudo naquilo que se refere à procissão da verdadeira fé e a sua correta interpretação”.

Santo do Dia: Santa Inês

Santa Inês Virgem e mártir, Santa Inês se deixou transformar pelo amor de Deus que é santo. Seu nome vem do grego, que significa pura. Ela pertenceu a uma família romana e, segundo os costumes do seu tempo, foi cuidada por uma aia (uma babá) que só a deixaria após o casamento.

Santa Inês tiva cerca de 12 anos quando um pretendente se aproximou dela; segundo a tradição, era filho do prefeito de Roma e estava encantado pela beleza física de Inês. Mas sua beleza principal é aquela que não passa: a comunhão com Deus. De maneira secreta, ela tinha feito uma descoberta vocacional, era chamada a ser uma das virgens consagradas do Senhor; e fez este compromisso. O jovem não sabia e, diante de tantas propostas, ela sempre dizia 'não'. Até que ele denunciou Inês para as autoridades, porque sob o império de Diocleciano, era correr risco de vida. Quem renunciasse Jesus ficava com a própria vida; caso contrário, se tornava um mártir. Foi o que aconteceu com esta jovem de cerca de 12 ou 13 anos.

Tão conhecida e citada pelos santos padres, Santa Inês é modelo de uma pureza à prova de fogo, pois diante das autoridades e do imperador, ela se disse cristã. Eles começaram pelo diálogo, depois as diversas ameaças com fogo e tortura, mas em nada ela renunciava o seu Divino Esposo. Até que pegaram-na e a levaram para um lugar em Roma próprio da prostituição, mas ela deixou claro que Jesus Cristo, seu Divino Esposo, não abandona os seus. De fato, ela não foi manchada pelo pecado.

Auxiliada pelo Espírito Santo, com muita sabedoria, ela permaneceu fiel ao seu voto e ao seu compromisso; até que as autoridades, vendo que não podiam vencê-la pela ignorância, mandaram, então, degolar a jovem cristã. Ela perdeu a cabeça, mas não o coração, que ficou para sempre em Cristo.

Santa Inês tem uma basílica que foi consagrada a ela no lugar onde foi enterrada.

Santa Inês, rogai por nós!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Você sabe o que é o “SOPA”? algo de muito sério que afetará sua vida!

Durante os protestos de quarta-feira contra o Sopa e o Pipa (Stop Online Piracy ActProtect Intelectual Property Act), o Google convidou seus usuários a assinar uma petição online contra os projetos de lei antipirataria em discussão nos Estados Unidos. O resultado teria sido a adesão de 4,5 milhões de pessoas à causa, de acordo com o número de assinaturas divulgado pelo Google ainda na quarta-feira segundo o Los Angeles Times.
Segundo a Casa Branca, a página We the People (Nós, o Povo, em tradução livre) registrou outras 103.785 assinaturas, nas petições “pedindo à administração Obama que proteja uma internet aberta e inovadora”. Do total, 51.689 foram para o documento que clama pelo veto ao Sopa e outras 52.096 para a petição “Parem o E-Parsite Act”, como o Sopa foi apelidado.
A We the People é uma plataforma de petições criada pelo próprio governo Obama, para incentivar a interação dos cidadãos com a administração do país e viabilizar que aqueles solicitem ao presidente que “tome uma atitude em relação a uma série de assuntos importantes para a nação”. Foi em resposta a essas petições que a Casa Branca declarou que não apoiaria projetos pró-censura na web.
A petição do Google estava em site especial linkado na página inicial norte-americana de buscas. “Diga ao congresso: por favor, não censure a web”, dizia o texto que levava ao documento. “Não há necessidade de censurar as redes sociais, os blogs e os mecanismos de busca norte-americanos na internet, nem de implodir as leis que já existem e que ajudaram a web a prosperar, criando milhares de empregos nos EUA”, diz o texto.
Além das petições do governo dos EUA e do Google, outras mensagens de apelo aos legisladores norte-americanos circularam pela web. O grupo Fight for the Future, um dos organizadores do blecaute de quarta-feira, anunciou que 350 mil e-mails foram enviados a partir de formulários disponibilizados nos endereços sopastrike.com e americancensorship.org.
O Avaaz.org, de petições online, registrou quase 1,5 milhões de assinaturas em um documento contra o Sopa e o Pipa. Segundo o Google, à parte seu próprio texto, antes do dia do blecaute, outras petições contra os projetos de lei antipirataria já somavam 3 milhões de assinatura em diferentes sites da web.
Outros números sobre o apagão incluem os divulgados pelo Wordpress, de que 25 mil blogs da plataforma teriam saído do ar, enquanto 12,5 mil teriam adotado a faixa “parem com a censura”.

Vida sacerdotal requer desejo crescente à santidade, reforça Papa

Ao receber nesta sexta-feira, 20, os seminaristas do Colégio Capranica de Roma, o Papa Bento XVI sugeriu a radicalidade de Santa Inês como modelo para a vida sacerdotal.

“Santa Inês é uma das mais famosas virgens romanas, que ilustrou a beleza genuína da fé em Cristo e da amizade com Ele. Seu duplo estatus de Virgem e Mártir está ligado à totalidade do tamanho de santidade”, destacou o Papa

Para Bento XVI, trata-se de uma perfeição de santidade também necessária aos sacerdotes, modelo de fé cristã. A vida sacerdotal - enfatiza o Santo Padre - "requer um desejo crescente à santidade" e uma "abertura à fraternidade sem exclusão e partidarismo".

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.: NA ÍNTEGRA: Discurso do Papa aos seminaristas do Colégio Capranica - 20/01/2012

O martírio, para Santa Inês, quis dizer a generosidade e a livre aceitação de gastar sua jovem vida, em sua totalidade e sem reservar, a fim que o Evangelho fosse anunciado como verdade e beleza que ilumina a existência.

“A doação total do martírio é preparada, de fato, pela escolha consciente, livre e madura da virgindade, testemunho da vontade de ser totalmente de Cristo. Se o martírio é um ato heróico final, a virgindade é fruto de uma prolongada amizade com Jesus amadurecida na escuta constante de Sua Palavra, no diálogo da oração e no encontro eucarístico”, explica o Papa.

O Pontífice reforça que o presbítero, verdadeiro sacerdote do Verbo Encarnado, deve tornar sempre mais transparente, luminosa e profunda a Palavra eterna que nos é doada.

“Tenham sempre um profundo senso da história e da Tradição da Igreja! Da amizade, que surge na convivência, aprendam a conhecer as situações diversas das nações e da Igreja no mundo e a formarem-se sobre a visão católica. Preparem-se para ser próximo a cada homem que encontrarem, não deixando que nenhuma cultura possa ser uma barreira à Palavra de vida a qual são anunciadores também com suas vidas”, pede Bento XVI.

Por fim, o Papa enfatizou que a Igreja espera muito de seus futuros sacerdotes na obra da evangelização e da nova evangelização e encoraja-os porque, mesmo no cansaço cotidiano, radicados na beleza das tradições autênticas e unidos profundamente a Cristo, eles são capazes de levar Deus a suas comunidades com verdade e alegria.

O Colégio Capranica de Roma é um dos seminários mais tradicionais da Diocese de Roma. Fundado em 1457, nele estudaram dois Papas: Bento XV e Pio XII.

Festa de São Sebastião marca abertura do Ano do Discipulado

Extensa programação cultural e religiosa marcou a celebração do dia do padroeiro da arquidiocese e da cidade do Rio de Janeiro (RJ), São Sebastião, nesta sexta-feira, 20. O arcebispo, dom Orani João Tempesta, liderou as cerimônias depois de uma trezena preparatória que contou com a peregrinação da imagem do padroeiro por diversas regiões da capital carioca. A festa, este ano, também foi o marco inaugural do Ano do Discipulado.

Trata-se de uma decisão da assembleia arquidiocesana, realizada em novembro do ano passado, que determinou que as atividades pastorais deste ano sejam marcadas pela reflexão da questão “o que significa ser discípulo de Cristo?”. “A proposta consiste em viver tudo o que está se fazendo, só que sob o enfoque específico do discipulado”, explicou o monsenhor Joel Portela, coordenador arquidiocesano de pastoral, em entrevista ao site da arquidiocese do Rio.

O 11º Plano de Pastoral de Conjunto, aprovado na última assembleia, prevê um tema específico a ser trabalhado a cada ano no período entre 2012 a 2016, sendo que a cada ano a reflexão começa na festa de São Sebastião e termina na festa de Cristo Rei. Para este ano o tema é Jesus Cristo, com uma reflexão da relação pessoal que se tem com Ele, para amadurecer a proposta do discipulado. Monsenhor Joel lembrou também que não são programadas atividades específicas para esta reflexão, mas haverá uma prioridade pastoral: a iniciação cristã. “Cuidaremos com mais afinco da Animação Bíblica de toda a Pastoral”, concluiu Joel.

Mensagem do Dia: O bem tem que prevalecer sempre

Precisamos Tomar consciência de que não somos melhores que ninguém, e tal realidade precisa impulsionar-nos a fazer o bem a todos, sem distinguir as pessoas.
Se há algo que agrade o coração de Deus é quando fazermos o bem ao próximo.
Jesus eu confio em vós!
Luzia Santiago

Santo do Dia: São Sebastião

O santo de hoje nasceu em Narbonne; os pais eram oriundos de Milão, na Itália, do século terceiro. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos.

Ao entrar para o serviço no Império como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Esse grande homem de Deus ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas da Santíssima Trindade.

Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.

São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. E um apóstata denunciou-o para o Império e lá estava ele, diante do imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído. Mas esse santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o Império era esse serviço; denunciando o paganismo e a injustiça.

São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império. Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288 foi duramente martirizado.

São Sebastião, rogai por nós!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Bento XVI destaca relação fraterna entre católicos e luteranos

O Papa Bento XVI se encontrou nesta quinta-feira, 19, com uma delegação ecumênica da Igreja Luterana da Finlândia, liderada pelo Reverendo Seppo Hakkinen, bispo da Diocese luterana de Mikkeli.

Recordando que neste dia se comemora a festa de Santo Henrique, patrono da Finlândia, Bento XVI deu “graças a Deus pela ação do Espírito Santo, que informa e transforma a vida dos que nos deixaram um exemplo concreto de fidelidade a Cristo e ao Evangelho”.

O Papa também disse se alegrar pelas relações fraternas entre os cristãos finlandeses, como demonstra esta visita da deleção luterana.

 “A visita anual de uma delegação ecumênica proveniente da Finlândia testemunha o incremento da comunhão entre as tradições cristãs representadas no vosso país. É minha profunda esperança que esta comunhão continue a crescer , produzindo ricos frutos entre Católicos, Luteranos e todos os outros cristãos na vossa bem amada pátria”, disse o Pontífice

Referindo que existem “questões éticas” que em tempos recentes se tornaram “um dos pontos de diferença entre Cristãos, especialmente no que diz respeito à correta compreensão da natureza humana e da sua dignidade”, Bento XVI salientou a “necessidade de que os cristãos cheguem a um entendimento profundo no campo da antropologia, ajudando por sua vez a sociedade e os políticos a tomarem decisões sapientes e justas, no que diz respeito a importantes questões na área da vida humana, da família e da sexualidade”.

“Neste aspeto, o recente documento de diálogo ecumênico bilateral, no contexto finlandês e sueco, reflete uma aproximação entre Católicos e Luteranos não só sobre a compreensão da justificação, mas estimula também os Cristãos a renovarem o seu compromisso a imitar Cristo, na vida e na ação”, observou o Papa.

No fim do encontro Bento XVI deixou palavras de esperança e encorajamento para o avanço da convergência ecumênica, na unidade desejada por Cristo.

“O nosso avançar em direção à completa unidade visível dos Cristãos requer uma expectativa paciente e confiante, não em espírito de desinteresse e passividade, mas com a profunda convicção que a unidade de todos os Cristãos numa só Igreja é verdadeiramente um dom de Deus e não uma nossa realização. Tal paciente expectativa, numa esperança orante, transforma-nos e prepara-nos para a unidade visível, não como nós a planeamos, mas como Deus nos concede”, concluiu.

A visita da delegação luterana vem ao encontro da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, comemorada na Europa e em todo hemisfério norte, tradicionalmente, entre os dias 18 e 25 de janeiro.

Cristãos leigos participam de curso de formação política

Com o objetivo de proporcionar a cristãos leigos competência e habilitação para agir no campo da Política, o Centro Nacional de Fé e Política “Dom Helder Câmara” (CEFEP) está desenvolvendo a 4ª edição do Curso de Formação Política para Cristãos Leigos e Leigas. O evento acontece no Centro Cultural Missionário, em Brasília, e oferece às lideranças de movimentos eclesiais e sociais de todo país, conhecimento na atuação na construção de uma sociedade justa e solidária, à luz do Ensino Social da Igreja e das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE).

Na abertura do evento, no último domingo, 15, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, dom frei Severino Clasen, por meio de uma mensagem, manifestou sua esperança no avanço do laicato na responsabilidade de cuidar “cristãmente” do povo. “Com o curso do CEFEP, procuramos ser multiplicadores dos ensinamentos com simplicidade, humildade, e gesto nobre de doação para que no mundo político, cessem os escândalos, as corrupções e a ânsia do enriquecimento e sede do poder pelo poder, atrapalhando a administração da nação”, disse.

Os destinatários do curso são pessoas atuantes com identidade cristã de vivência e participação, ou seja, são lideranças nas comunidades, nas Pastorais Sociais, nos Movimentos e Organizações, e que já assumem ou pretendem assumir cargos em instâncias partidárias. O secretário executivo do Centro Nacional de Fé e Política, padre Ernanne Pinheiro, falou da importância do curso para a sociedade. “Aqui formamos cristãos para a missão política, para atuar e formar uma mentalidade social cristã no país”, afirmou.

Sônia Gomes de Oliveira, de Montes Claros (MG), é um exemplo de militância. Ela é vice-presidente do Conselho de Leigos do Regional Leste 2 da CNBB (Espírito Santo e Minas Gerais), e coordenadora da Escola Arquidiocesana de Fé e Política. Para ela, é essencial buscar capacitação nas áreas que atua. “Ao receber essa formação nós podemos levar e estendê-la a atuação dos leigos, em sintonia com as Diretrizes que a Igreja propõe”, explicou.

O curso também é voltado para quem ocupa cargos políticos, como o participante e vice-prefeito de Santa Bárbara (GO), Leonardo José de Paula. “A política essencial que deve ser praticada por todos visando o bem comum, está profundamente ligada aos valores cristãos, esse encontro vem fortalecer esses valores para que possamos atuar como agentes transformadores na política, como cristãos”, destaca.

O curso é composto por três eixos: Curso Nacional de Formação Política; Rede de Assessores; Articulação das Escolas Locais de Fé e Política. Com duração total de um ano meio, os participantes recebem um certificado de especialização após cumprir três etapas: a primeira e a segunda, presenciais, com 15 dias e carga horária de 90 horas, e a terceira, educação à distância, com 180 horas.

Antônio Cirilo Borges, da diocese do Macapá (AM), é um dos participantes do curso. Ele destaca que seu objetivo é levar o conhecimento para sua região. “Queremos levar esse conhecimento para nossa diocese, com o intuito de reformular, reimplantar e revitalizar a nossa Escola de Fé e Política, para que o leigo tenha mais conhecimento sobre seu papel de ser Igreja no coração do mundo”, disse.

O Brasil vive um momento de transformações aceleradas. Com as constantes transformações do complexo mundo globalizado, os cristãos são chamados a exercer sua missão de protagonistas. Com esse cenário, torna-se importante investir na formação dos evangelizadores para torná-los aptos a influenciar na construção de uma nova cultura política. “É uma maneira sublime do exercício da caridade”, definiu o padre Ernanne.

Mensagem do Dia: Fuja das inquietações do coração

Se perdermos a paz do coração, deveremos fazer tudo para recuperá-la.
É importante sabermos que, por disposição do nosso Pai e Criador, nenhum acontecimento deste mundo é razão para que percamos ou turbemos a paz do nosso coração.
Sabendo que Deus Pai está conosco, atravessemos todas as tribulações com paz no coração e suportemos, com a alma tranquila, todas as amarguras e contrariedades desta vida, oferecendo-as para a nossa conversão e a do mundo inteiro.
Por isso, quando percebermos que alguma coisa começa a nos inquietar e a tirar a nossa paz, não demoremos em tomar a arma da oração para nossa defesa. Uma garantia que temos contra as inquietações do coração é manter sempre a mente elevada às coisas de Deus, às coisas do Alto, adorando-O, participando da Celebração Eucarística e praticando o bem.
Peçamos, hoje, a Jesus, que nos conceda a graça de sermos homens e mulheres de paz e cheios de Seu Santo Espírito.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

Santo do Dia: São Canuto

São Canuto São Canuto nasceu no ano de 1040 na Dinamarca. Filho de um rei, era sucessor natural. Mas aconteceu que, pela sua vida de oração, testemunho, caridade e justiça, quando o pai faleceu, muitos moveram-se com artimanhas para colocar seu irmão no trono de maneira injusta. Quanto à sua posição, ele não era apegado ao poder nem o queria para si, então esperou. Depois do falecimento do irmão, ocupou o seu lugar que era de justiça. Homem de Deus, um sinal para o povo, ele contribuiu para a evangelização. Primeiro, com o seu exemplo, pois acreditava que a melhor forma de educar uma nação é o bom exemplo. Ele viveu para sua esposa e para seu filho Carlos, que mais tarde se tornaria também um santo.

Pai santo, esposo santo, um governador, um homem de poderes; mas que usou esses poderes para servir, a modelo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

São Canuto, amado por muitos e odiado também como Nosso Senhor, foi vítima de artimanhas por pessoas fechadas para Deus e para o bem, porque ele tinha muita sensibilidade com as viúvas, os órfãos e os mais necessitados. Nele, batia um coração que se assemelhava ao de Jesus.

Como rei, possuiu muitos desafios e, ao perceber os inimigos se armando, participou de uma Eucaristia como era de costume. Nela, ele não só recebeu o Nosso Senhor, mas, em nome de Jesus, perdoou todos os seus inimigos. Foi então assassinado.

São Canuto, rogai por nós!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Começa Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

Nesta quarta-feira, 18, começa a semana de oração pela unidade dos cristãos, no hemisfério norte, com o tema “Todos seremos transformados pela vitória de Jesus Cristo, nosso Senhor”. A semana é promovida pelo Conselho Mundial das Igrejas (CMI), uma comunidade que reúne 349 igrejas de vários países que trabalham pela unidade e comum testemunho e serviço. A Igreja Católica não é membro de tal Conselho, mas participa desta iniciativa ecumênica.

A Semana é tradicionalmente celebrada entre os dias 18 e 25 de janeiro no hemisfério norte ou próximo ao Pentecostes, no hemisfério sul. A iniciativa envolve muitas congregações e paróquias em todo mundo. Os cristãos de diversas famílias confessionais se reúnem e oram juntos especialmente em celebrações ecumênicas.

Cada ano é pedido aos fiéis uma participação regional de reflexão sobre um tema bíblico. Um grupo internacional de participantes – protestantes, ortodoxos e católicos romanos – participam do Conselho Mundial das Igrejas, o revisam e asseguram o caminho para a unidade da Igreja.

O texto é publicado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pelo Conselho Mundial das Igrejas, por meio de sua Comissão de Fé e Constituição que explica todo seu processo de formação e contexto.

O resultado final é enviado às Igrejas participantes e às dioceses católicas romanas, que são convidadas a traduzir o texto e contextualizá-lo segundo suas próprias exigências.

O tema deste ano, “Todos seremos transformados pela vitória de Jesus Cristo, nosso Senhor”, se baseia sobre a Primeira Carta de São Paulo Apóstolo aos Coríntios, na qual se promete a transformação da vida humana, em todas as suas dimensões, a partir da vitória da ressurreição de Cristo.

Vale recordar que, depois da oração do Angelus do domingo, 15, o Papa Bento XVI pediu a todos os fiéis que participassem da Semana de Oração “a nível pessoal e comunitário”, e que se unissem “espiritualmente e, onde possível, também na prática, para pedir a Deus o dom da plena unidade entre os discípulos de Cristo.

Mosteiro de São Bento celebra solenidade de São Sebastião

Os monges beneditinos do Mosteiro de São Bento de Salvador, celebrarão na próxima sexta-feira, 20, a Solenidade de São Sebastião, Padroeiro do Mosteiro.

Durante este ano o Mosteiro celebra 430 anos de fundação.

Fundado em 1582 foi elevado à categoria de “Abadia” em 1584, em 1596 com a elevação dos Mosteiros de Olinda e do Rio de Janeiro à categoria de abadias, foi elevado à categoria de Arquicenóbio do Brasil, sendo a sede do Abade Provincial. Em 1827 com a instituição da Congregação Beneditina do Brasil passou a ser a Sede do Abade Geral da nova Congregação monástica. Em 1982 o Papa João Paulo II concedeu o Título de Basílica Menor à Igreja do mosteiro e em 1998 o mesmo Papa concedeu o título honorífico de Arquiabadia ao mosteiro. Atualmente existem nove arquiabadias, seis na Europa e três nas Américas; na América Latina somente Bahia possui este título.

Dom Emanuel d’Able do Amaral, OSB, é o atual Arquiabade do Mosteiro de São Bento e Presidente da Congregação Beneditina do Brasil.

Papa: Como dar um testemunho convincente se estamos divididos?

Na Audiência Geral desta quarta-feira, 18, o Papa Bento XVI meditou sobre a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que este ano tem o tema “Todos seremos transformados pela vitória de Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Cor 15, 51-58).

Para o Pontífice, a falta de unidade entre os cristãos impede o anúncio mais eficaz do Evangelho, porque coloca em perigo a credibilidade deles. “Como podemos dar um testemunho convincente se estamos divididos?”, questiona o Papa.

O Santo Padre enfatiza que o empenho ecumênico é uma responsabilidade de toda Igreja e de todos os batizados, que devem fazer crescer a comunhão parcial já existente entre os cristãos até a plena comunhão na verdade e na caridade.

“Certamente, naquilo que resguarda as verdades fundamentais da fé, nos unimos muito mais que nos dividimos. Mas as divisões restantes, e que resguardam também várias questões particulares e éticas, suscitam confusões e diferenças, enfraquecendo nossa capacidade de transmitir a Palavra salvadora de Cristo”, destaca.

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.: NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI – 18/01/2012


História da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que começa nesta quarta-feira, 18 e vai até o dia 25, no hemisfério norte, é celebrada todos os anos, há mais de um século, pelos cristãos de todas as Igrejas e Comunidades eclesiais. Eles clamam pelo dom extraordinário que o próprio Senhor Jesus rezou durante a Última Ceia, antes de Sua paixão: “Para que todos sejam uma coisa só, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste”.

Bento XVI lembra que o Concílio Vaticano II colocou a busca ecumênica no centro da vida e das atividades da Igreja e o beato João Paulo II, em sua Encíclica Ut unum sint, destaca a natureza essencial de tal empenho, dizendo: “Esta unidade, que o Senhor doou a Sua Igreja e na qual Ele quer abraçar a todos, não é um acessório, mas está mesmo no centro de Sua obra. Nem é um atributo secundário da comunidade de seus discípulos. Pelo contrário, ela pertence ao próprio ser desta comunidade”.


Unidade: desejo de Cristo
O Papa ressalva que a “unidade que buscamos não poderá acontecer somente por meio de nossos esforços, mas será sim um dom recebido do Alto, algo a se invocar sempre”.

Este ano, os textos foram propostos por um grupo misto composto por representantes da Igreja católica e do Conselho Ecumênico Polonês, que compreende várias Igrejas e Comunidades eclesiais do país.

A documentação foi depois revista por um comitê composto por membros do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pela Comissão Fé e Constituição do Conselho Ecumênico das Igrejas. 

Para o Santo Padre, esta iniciativa é um sinal do desejo pela unidade que anima os cristãos e da consciência que a oração é o primeiro caminho para alcançar a plena comunhão, porque todos que caminham para Senhor, caminham para a unidade.


Vitória em Cristo

“Todos seremos transformados pela vitória de Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Cor 15, 51-58). Mas que vitória é essa? São Paulo fala da “natureza temporária daquilo que pertence a nossa vida presente, marcada também pela experiência da ‘derrota’ do pecado e da morte, em conformidade àquilo que fala a nós a ‘vitória’ de Cristo sobre o pecado e sobre a morte em Seu Mistério pascal”, explica o Santo Padre.

Bento XVI ressalta que para vitória, que em alguns termos significa triunfar, mas Cristo sugere uma estrada bem diferente, que não passa pelo poder e pela força. Jesus, de fato, afirma: “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e servo de todos” (Mc 9,35).

“Cristo fala de uma vitória por meio do amor sofredor, por meio do serviço recíproco, da ajuda, da nova esperança e da concreta doação aos últimos, aos esquecidos, aos excluídos”, afirma o Pontífice.

Para todos os cristãos, a mais alta expressão de tal humilde serviço é Jesus Cristo próprio, destaca o Papa. “Nós podemos fazer parte desta ‘vitória’ nos transformado e nos deixando transformar por Deus, somente se operamos uma conversão de nossa vida”, enfatiza.


Caminho para a unidade

O Pontífice recorda que o caminho da Igreja está nas mãos de Cristo ressuscitado, “somente Ele é capaz de nos transformar de fracos e indecisos para fortes e corajosos ao operar o bem. Somente Ele pode nos salvar das conseqüências negativas das nossas decisões”.

 “Queridos irmãos e irmãs, convido todos a se unirem em oração, de modo mais intenso durante esta Semana pela Unidade, para que cresça o testemunho comum, a solidariedade e a colaboração entre os cristãos, esperando o dia glorioso na qual poderemos professar juntos a fé transmitida pelos Apóstolos e celebrar juntos os Sacramentos da nossa transformação em Cristo”, concluiu Bento XVI.


Saudação do Papa em português

No final da Audiência Geral, o Papa saudou os diversos grupos de fiéis e peregrinos vindos das várias partes do mundo, dizendo em português: “Amados peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente os brasileiros vindos de São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande afeto e alegria, exortando-vos a perseverar na oração, nesta Semana pela Unidade, para que possa crescer entre os cristãos o testemunho comum, a solidariedade e a colaboração! E que Deus vos abençoe!”

A Audiência Geral foi concluída com a oração do Pai Nosso em Latim (Pater Noster) e a Benção Apostólica.