terça-feira, 31 de julho de 2012

Formações: Um menino, cinco pães e dois peixes

A Igreja reza pedindo que Deus redobre, “multiplique” Seu amor para conosco, a fim de que, conduzidos por Ele, usemos de tal modo os bens que passam, podendo abraçar os que não passam. A administração dos bens sempre foi um desafio para a humanidade, tanto que os sistemas econômicos, a partir de visões diferentes, alternam-se ou se complementam numa busca incansável das respostas adequadas às necessidades humanas. No Evangelho, Jesus se ocupa, em Seus ensinamentos, parábolas ou milagres, do tema dos bens a serem cuidados pela humanidade.
O fato da multiplicação de pães e peixes, milagre realizado por Jesus e narrado pelos quatro evangelistas, é carregado de ensinamentos, fonte inesgotável para a vida cristã em todos os tempos. São João no-lo descreve com grande riqueza de detalhes (Jo 6,1-15), reportando, no mesmo capítulo em que o descreve como um dos “sinais”, o discurso a respeito do Pão da Vida, no qual o Senhor confronta Seus próprios discípulos com a escolha decisiva que também orientará a vida de todos os homens e mulheres que viessem a acolher a Boa Notícia do Evangelho no correr dos séculos. De forma muito clara, abre ainda as mentes e os corações para o milagre cotidiano, com o qual o Senhor se faz presente na Eucaristia.
Dentre tantas riquezas da multiplicação de pães, podemos voltar os olhos para aquele menino que ofereceu a “contrapartida” para que o Senhor realizasse o milagre. As crianças nem eram contadas, tanto que o número de cinco mil homens pode ser multiplicado, pelas mulheres e crianças certamente presentes ao episódio da multiplicação. Jesus acolhe quem nem mesmo vale para a sociedade de seu tempo, recolhe o pouco que pode ser oferecido e multiplica. Desde cedo, o Cristianismo aprendeu com o seu Senhor e Mestre a verdade da partilha, ponto de partida para a intervenção da graça que, efetivamente, multiplica o que se pode oferecer, do menor ao maior, para chegar a todos que podem entrar, cada dia numa igreja, ter os olhos voltados para o altar e ali aprenderem a lição perene da multiplicação.
Muitas vezes, cantamos “sabes, Senhor, o que temos é tão pouco para dar, mas este pouco nós queremos com os irmãos compartilhar”. As desculpas são muitas, pois um não possui nem mesmo moedas, outro não tem ideias, aquele não tem coragem e a muitos falta a criatividade ou a iniciativa. O apelo suscitado pelo Evangelho é a uma mudança que se pode chamar “cultural”. A cultura cristã tem a marca do “dar” e do “receber”, capacidade de oferecer o que se tem de melhor, mesmo que sejam os pães e os peixes do menino, as duas moedas da viúva pobre, o óleo perfumado da mulher pecadora ou a vida daqueles doze homens chamados por Jesus para começar tudo. Lições de Economia, Administração, Matemática! Voltemos à velha “tabuada”.
Tabuada de um! Para Deus vale o que você tem. Uma é a vida a ser oferecida. A chance que lhe é oferecida é irrepetível. Você pode gastá-la para ser feliz, olhando para o Senhor que só sabe amar e se oferecer neste amor infinito.

Houve um homem, bem conhecido meu, aliás - meu pai -, discreto e silencioso, tímido, mas do qual soubemos, após sua morte, ter dado bolsas de estudo a muitas pessoas pobres. O que fez com a mão direita, nem a esquerda soube, mas Deus fez aparecer os testemunhos quando já tinha sido chamado para junto d'Ele.
Tabuada de dois! Olhe ao seu redor, pois é sempre possível compartilhar e, ao mesmo tempo, receber muito dos outros. Pertinho de você existem pessoas amigas, há ouvidos abertos para escutar e gente que espera uma palavra que pode ser a sua. Comece o diálogo com a pessoa que se assenta ao seu lado num transporte coletivo, ou com quem está perto de você numa das muitas filas a serem enfrentadas. Oferta, escuta, gestos, atenção, bens materiais. Saiba receber com humildade e simplicidade. Vale a pena lembrar que bastam dois reunidos em nome de Jesus, que se amem mutuamente, para que Ele esteja presente.
Tabuada de cinco! Os dons de Deus são irrevogáveis e infinitamente desproporcionais às nossas capacidades e, eventualmente, pequenas ofertas. Basta verificar a quantidade de obras sociais nascidas do Evangelho no coração da Igreja para ver o quanto os meios pobres, mas bem administrados, são orvalhados pela graça. Quantos são os filhos sem nome ou sem genitores conhecidos que foram acolhidos! E a presença no campo da educação! Escute o que têm a dizer as muitas iniciativas de caridade. Conheça o que faz a Cáritas Arquidiocesana de Belém (PA), abra seus olhos para ver que nossa pobreza se faz riqueza, para que o que tem muito não tenha sobra e o que tem pouco não tenha falta. Onde houver um cristão de verdade, esteja presente o milagre da multiplicação! Um, dois, cinco, mil. Uma contabilidade nova! As contas de Deus serão sempre maiores, porque são do tamanho da eternidade.
 Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

Evangelho (Mateus 13,36-43)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 36Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!” 37Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. 39O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. 40Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Homilia do Dia

Nesta parábola, Jesus fala como se a Terra fosse um campo de trigo, no meio do qual nasce também o joio. Ele explica que o joio precisava crescer junto com o trigo até a colheita, para depois ser retirado, evitando, assim, que, ao arrancar o joio, com ele também fosse arrancado o trigo.
Diante da incompreensão dos discípulos, Jesus se põe a explicar o significado de cada elemento que aparece na parábola: o que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do maligno. O inimigo que o semeou é o diabo. A colheita é o fim do mundo. Os ceifadores são os anjos.
Portanto, tanto Jesus como o diabo são semeadores. O Senhor semeia o bem, enquanto o inimigo semeia o mal. É como dissesse: “Se você pratica o bem, colhe o bem; se pratica o mal, colhe o mal”. Era a grande proposta de Deus para cada um de nós: o discernimento. Jesus não se propôs a separar o joio do trigo fora do tempo; nem o demônio. Ambos estavam fazendo a sua parte: semeando.
Deus deseja que saibamos viver na busca do discernimento. Se o conseguirmos, estaremos preparados para a colheita. Jesus quis, pois, alertar para o seguinte: “O diabo está fazendo o mesmo que faço: semeando; se vocês souberem discernir o bem do mal e tiverem força para seguir o bem, no final, quando Deus vier julgar – e só Ele tem o poder de separar o bem do mal – vocês estarão preparados para participar do Reino do Pai”.
Jesus quis dar uma explicação bem clara para que a humanidade, através dos séculos, assimilasse aquela verdade. Ele poderia ter explicado outras parábolas também, mas não o fez. E por que esta foi explicada com tanto detalhe? Porque, aqui, o Senhor nos propõe que sejamos astutos e inteligentes.
A colheita será uma só. Tanto se colhe bem o trigo como o joio; tanto se faz uso do trigo como do joio, embora tenham sentidos diametralmente opostos. O importante é sabermos de que lado estamos nos posicionando. Devemos passar por esta vida dialogando sempre com Deus, pedindo, procurando, exercendo a experiência do discernimento, questionando-o: “Deus, eu não entendi! O que está acontecendo? Explique-me! Jesus, vamos conversar? Hoje, quero Lhe escutar”.
Aqui aprendemos, também, como proceder num reino que não é nosso, não é de Deus, mas é tão forte que matou o Filho de Deus. Jesus ressuscitou para nos mostrar que existe um Reino mais poderoso. Mas, quando humanizado, sofreu todos os pendores deste mundo. Não se cria um reino dentro de outro. Um tem de ser eliminado para o outro existir.
O senhor quer nos dizer: “Tenham o discernimento para viver num reino que não é de Deus. Saibam passar por isto com astúcia e sabedoria, para depois encontrarem, realmente, o Reino do Pai”.
Deus quer que Seu Reino venha e substitua o que está aqui. Não se fortalece nem se cria dois reinos no mesmo local. Dialogue com Deus para que Ele possa lhe falar essas coisas.
Para que tenha discernimento, tenha amor nas palavras, firmeza no momento de responder determinadas coisas como provocações e questionamentos em sua vida. Em suas orações, sempre peça a Deus: “Meu Senhor, eu quero ter a capacidade de estar ao Seu lado, contado entre o trigo e não entre o joio. Dai-me esta graça, Senhor: eu quero ser trigo. Que as pressões dos filhos do maligno jamais sejam suficientemente fortes para me levar a renunciar a minha condição de filho do Reino. Quero estar sempre a Seu serviço. Amém”.
Padre Bantu Mendonça

Santo do Dia: Santo Inácio de Loyola

Neste dia celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo "uma alma maior que o mundo".

Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e assim como jovem valente entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos concluiu: "São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos isso, pois eu tenho também de o fazer".

Realmente ele fez, como os santos o fizeram, e levou muitos a fazerem "tudo para a maior glória de Deus", pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus "famosos" Exercícios Espirituais, e logo depois de estudar Filosofia e Teologia lançou os fundamentos da Companhia de Jesus. A instituição de Inácio iniciada em 1534 era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contra-Reforma. Ele mesmo esclarece: "O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo".

Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura do salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora "com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade", repetia.

Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

SANTOS INCORRUPTOS

SOMOS DESTINADOS A UM CORPO INCORRUPTÍVEL
Deus disse a Adão: "Com a transpiração de sua face você comerá o pão, até que você volte à terra, pois dela você veio; já que és pó e ao pó voltarás” (Gn 3,19). É o castigo para o pecado que todos os homens sofrem. Com o pecado veio a morte, porém, nós católicos...
“Cremos firmemente - e assim esperamos - que, da mesma forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos, e vive para sempre, assim também, depois da morte, os justos viverão para sempre com Cristo ressuscitado e que Ele os ressuscitará no último dia. [...] A "ressurreição da carne" significa que após a morte não haverá somente a vida da alma imortal, mas que mesmo os nossos "corpos mortais" (Rm 8,11) readquirirão vida. [...] Na morte, que é separação da alma e do corpo, o corpo do homem cai na corrupção, ao passo que sua alma vai ao encontro de Deus, ficando à espera de ser novamente unida a seu corpo glorificado. Deus, em sua onipotência, restituirá definitivamente a vida incorruptível a nossos corpos, unindo-os às nossas almas, pela virtude da Ressurreição de Jesus. [...] Cristo ressuscitou com seu próprio corpo: "Vede as minhas mãos e os meus pés: sou eu!" (Lc 24,39). Mas ele não voltou a uma vida terrestre. Da mesma forma, nele" ressuscitarão com seu próprio corpo, que têm agora"; porém, este corpo será "transfigurado em corpo de glória", em "corpo espiritual"” (Catecismo da Igreja Católica, § 989, 990, 997, 999)
Embora ainda não tenha ocorrido a ressurreição, os corpos incorruptos fazem-nos lembrar Nosso Senhor Jesus, que não conheceu a corrupção física, como que prefigurando de certa forma a futura ressurreição da carne.
OS CORPOS INCORRUPTOS
Segundo a Tradição, o primeiro caso de incorruptibilidade foi o de Santa Cecília, que morreu em 177 e, séculos depois (no ano de 1599), permanecia incorrupta. O primeiro documento que relata um caso de incorrupção data do século IV e narra que Santo Ambrósio havia descoberto o corpo de um mártir, morto havia 200 anos, intacto.
Há duas formas de preservação de um corpo, segundo a ciência: a natural (quando o corpo é preservado devido a condições do solo ou do clima) e a indução (quando são utilizados processos químicos ou técnicas semelhantes). Os casos de incorrupção não se encaixam em nenhuma dessas categorias. É um fato sobrenatural que a ciência não consegue explicar.
Os corpos incorruptos são descobertos em inúmeros e diversificados ambientes. Eles permanecem livres de decomposição independente da forma que foram enterrados... atraso no enterro, temperatura, humidade, bruto/impróprio manuseio do corpo, transferências frequentes, corpos cobertos por quicklime (agente decompositor), ou proximidade a outros corpos já em decomposição e/ou decompostos.
O fenômeno da incorrupção não segue nenhuma regra. Alguns corpos se mantêm intactos até hoje, outros se mantêm por determinado tempo, outros secam lentamente no decorrer dos anos (sem perder as propriedades de incorrupção). Há também casos de incorrupções parciais, onde apenas uma parte do corpo não se decompõe, como coração e língua. As incorrupções parciais até hoje são motivo de espanto até mesmo para cientistas e estudiosos, pois, geralmente, os órgãos que permaneceram intactos são encontrados em meio a cinzas do corpo que já se decompôs.
Devido às mudanças climáticas, muitos dos corpos incorruptos estão perdendo mais rápido a aparência que tinham quando foram exumados. Por conta disso, alguns precisam ser recobertos por finas camadas de cera ou silicone para que os tecidos não escureçam.


ALGUMAS CARACTERÍSTICAS COMUNS DOS CORPOS INCORRUPTOS
- ausência de rigidez cadavérica, inclusive com depressão à compressão de tecidos e flexibilidade corporal, mantendo-se a movimentação passiva de articulações;
Para os cientistas, esse fato é justamente a característica mais intrigante, pois, as múmias, por exemplo, mesmo conservadas por séculos, apresentam tecidos e órgãos endurecidos.
- desprendimento de agradáveis perfumes, inclusive propagando-se para todo o ambiente;
- temperatura corporal correspondendo à do ambiente;
- tonalidade rósea da pele;
- desprendimento espontâneo de uma espécie de óleo, com aspecto comparável ao de óleo vegetal, ou de outros líquidos, como água, e de sangue, inclusive sangue com aspecto de recentemente coagulado;
- sangramentos produzidos por incisões (cortes).

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mensagem do Dia: Escolhamos sempre a melhor parte

Jesus sempre quer nos dar o melhor, o essencial; quer que fiquemos sempre com a melhor parte. Em contrapartida, uma vez que sabemos disso, devemos pedir ao Senhor o que é essencial e salutar para a nossa vida, como o salmista nos ensina hoje:
“Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo” (Salmo 26,4).
Não podemos ter medo de pedir a Deus o essencial, pensando que, daquele momento em diante, vamos levar uma vida simplória e inexpressiva. É bem o contrário disso, pois o essencial é divino e o Senhor quer nos conceder do que Lhe é próprio, porque Ele tem reservada a vida eterna para nós. Todas as outras coisas virão por acréscimo.
Senhor, ensina-nos a confiar no Teu amor misericordioso e providente; ajuda-nos e a buscar o único essencial para a nossa vida.
Jesus, eu confio em Vós!

Santo do Dia: São Pedro Crisólogo

O santo deste dia nasceu em Ímola, na Itália, no ano de 380 e "aproveitou" sua vida, gastando-se totalmente pelo Evangelho, a ponto de ser reconhecido pela Igreja como Doutor da Igreja (isto se deu em 1729, pelo Papa Bento XIII). São Pedro Crisólogo tinha este nome por ter se destacado principalmente pelo dom da pregação - Crisólogo significa 'O homem da palavra de ouro' (este cognome lhe foi dado a partir do séc IX).

Diante da morte do bispo de Ravena, o escolhido para substituí-lo foi Pedro, que neste tempo vivia num convento, aonde queria oferecer-se como vítima no silêncio; mas os planos do Senhor fizeram dele bispo. Pastor prudente e zeloso da Igreja usou do dom da pregação como instrumento do Espírito para a conversão de pagãos, hereges e cristãos indiferentes na vivência da própria fé.

São Pedro Crisólogo, com o seu testemunho de santidade, conhecimento das ciências teológicas e dom de comunicação venceu a heresia do Monofisismo, a qual afirmava Jesus ter apenas uma só natureza, e não a misteriosa união da natureza divina e humana como o próprio nos revelou. Um homem que tinha o pecado no coração, porém, Pedro lutou com as armas da oração, jejum e mortificações para assim desfrutar e transmitir pela Palavra o tesouro da graça, isto até entrar na Glória Celeste em 450.

São Pedro Crisólogo, rogai por nós!

domingo, 29 de julho de 2012

Homilia do Dia

Jesus sabe que o caminho dos homens é longo e que eles são fracos. Podem desfalecer enquanto caminham pelo mundo afora. É o que vemos no Evangelho de hoje: Jesus tem compaixão daquele povo que já estava cansado e com fome. Assim, compadecido em despedi-los neste estado, realiza o portentoso milagre da multiplicação dos pães.
A multidão seguia Jesus, “porque via os sinais que Ele operava a favor dos doentes”. No entanto, o Senhor tinha para com eles um zelo e um olhar de quem via todas as suas necessidades. Assim foi que, logo ao enxergar a multidão que vinha ao Seu encontro, Cristo lembrou-se de que eles deveriam estar com fome e precisavam se alimentar. Jesus aproveitava todas as oportunidades para instruir os Seus discípulos e para dar testemunho da bondade do Pai. Por isso, Ele os punha à prova a fim de medir a generosidade daqueles que caminhavam com Ele.
O Senhor sabia que a multidão faminta não poderia aprender os mistérios do Pai e, ao mesmo tempo, exercitava os Seus discípulos a não se omitirem diante dos desafios e a se colocarem sob a Providência Divina: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?”
Assim foi que – questionados sobre o que teriam de fazer – apareceu André que lhe deu a notícia de alguém que tinha cinco pães e dois peixes. São lições que, hoje, servem para a nossa vida: Como alimentar tanta gente tendo tão pouco? O que fazer? O que pensar? Desistir, resmungar, murmurar?
“Fazei sentar as pessoas”, diz Jesus. O que isto pode significar para nós? Quando nos sentamos em família e em comunidade, colocamos o pouco que temos nas mãos de Deus e juntamos os nossos poucos dons e os oferecemos ao Senhor, o milagre acontece. Cada um de nós tem seu papel no diálogo, na compreensão, na serenidade, na partilha do amor. Quando nos colocamos nas mãos do Pai e nos dispomos a partilhar o que temos, com amor, Ele multiplicará Suas graças de provisão e nunca nos faltará nada.
Você tem vivido isso na sua família? Já percebeu, na sua casa, o que cada um tem para oferecer? Costuma sentar-se para fazer uma avaliação das suas possibilidades colocadas nas mãos de Deus? E o que é feito do milagre? Ele já aconteceu? Todo milagre é possível, porque Jesus se despiu de Sua glória, tornou-se ser humano e habitou entre nós.
Vemos, neste texto, que Jesus estava sempre próximo da multidão, dando-lhes acesso por meio de Sua convivência na sociedade. Jesus vivia no meio do povo: religiosos e pecadores, fariseus, sacerdotes, prostitutas, romanos, samaritanos, judeus, fenícios, ricos, pobres, fazendeiros, agiotas, lavradores, coletores de impostos, militares, pescadores, revolucionários, leprosos, cegos, aleijados, loucos, possessos, homens e mulheres.
Jesus encontrava as pessoas onde elas estavam: seja um cego à beira da estrada, uma mulher no poço, um agiota desiludido caminhando. Ele sempre aceitava o convite para passear, jantar, ir à casa dos outros, conhecer uns amigos, visitar doentes, ler a Bíblia, beber um copo de vinho numa festa etc. Assim, você deve, hoje, “sair do templo” e conviver com as pessoas. Vá ao encontro delas, porque você precisa ser o milagre entres os povos.
Este era o contexto, anterior ao milagre da multiplicação de pães e peixes, ao qual Jesus estava inserido: a) O dia havia sido exaustivo; b) Jesus recebe a notícia do assassinato de João Batista; c)  Ele sabe que Herodes perguntava por Ele. O Senhor respirava ameaças de morte. d) Ele recebe Seus discípulos contando tudo que tinham feito e ensinado, após serem enviados dois a dois. e) Jesus não teve tempo de almoçar nem de descansar. f) Mas, diante da multidão necessitada, reviu Sua agenda. Ele permitiu que a necessidade do povo carente se impusesse à d’Ele.
A compaixão venceu o luto, a ameaça de morte, o cansaço e a fome. A compaixão é o instrumento de Deus para nos fortalecer, para servir os pobres e os necessitados. Fuja do ativismo religioso que prioriza templo, coisas, programações. Priorize sempre as pessoas.
“Quem não serve para servir, não serve para viver”. Pregue o Evangelho para todo mundo. Para falar de amor, eu tenho de aprender a repartir o pão, chorar com os que choram e me alegrar com os que se alegram.
Lembro-lhe que o serviço acontece como uma ponte que liga a Palavra do Evangelho anunciada e a necessidade humana. E nós, discípulos de Cristo, somos os construtores dessa ponte para transformar vidas e salvar almas.
Padre Bantu Mendonça

Evangelho (João 6,1-15)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades.
2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes.
3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com seus discípulos.
4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
5Levantando o olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?”
6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer.
7Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”.
8Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9“Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isto para tanta gente?”
10Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.
11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes.
12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!”
13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido.
14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”.
15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Papa aguarda com esperança pela JMJ Rio 2013

Falta um ano para a 28ª Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. “Trata-se de uma preciosa ocasião para tantos jovens experimentarem a alegria e a beleza de pertencer à Igreja e de viver a fé”, disse o Papa Bento XVI, neste domingo, 29, aos fiéis e peregrino reunidos no pátio do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo.

O Santo Padre disse aguardar com esperança por este encontro com a juventude católica. Ele também quis encorajar e agradecer os organizadores que estão “empenhados com dedicação na preparação da acolhida dos jovens que de todo mundo farão parte deste importante evento”.

Bento XVI agradeceu de modo particular o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.

Desde a sexta-feira, 27, acontece o evento “Preparai o Caminho” que marca a contagem regressiva para a JMJ 2013. O evento está sendo realizado no Maracanãzinho, na capital carioca, até este domingo, 29.

"Eucaristia é encontro do homem com Deus", salienta Bento XVI

Na proclamação da oração mariana do Angelus, deste domingo, 29, o Papa Bento XVI falou sobre a Eucaristia, “permanente grande encontro do homem com Deus, no qual o Senhor se faz alimento, dá a Si mesmo para nos transformar Nele”.

O Santo Padre salientou que Cristo é quem sacia a fome do homem, a fome de algo profundo, a fome de orientação, de sentido, de verdade, a fome de Deus.

“Queridos irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor que nos faça redescobrir a importância de nos nutrir do corpo de Cristo, participando fielmente e com grande consciência da Eucaristia, para estarmos sempre mais intimamente unidos a Ele”, disse Bento XVI.

Ao mesmo tempo, o Pontífice pediu que todos rezassem para que jamais falte a ninguém o pão necessário para uma vida digna e sejam abatidas as desigualdades não com as armas da violência, mas com a compartilha e o amor.

Aos fiéis e peregrinos reunidos no pátio do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, o Papa falou também sobre o milagre da multiplicação dos pães, descrito no capítulo 6º do Evangelho de João. Nesta passagem, vem destaca também a presença de um garoto, que, diante da dificuldade de alimentar tanta gente, coloca em comum o pouco que tinha: cinco pães e dois peixes (cfr Jo 6,8).

“O milagre não se realiza do nada, mas de uma primeira e modesta partilha daquilo que um simples garoto tinha consigo. Jesus não nos pede aquilo que não temos, mas nos faz ver que se cada um oferece aquele pouco que tem, o milagre pode sempre acontecer: Deus é capaz de multiplicar o nosso pequeno gesto de amor e nos tornar participantes do seu dom”, destacou Bento XVI.

Santo do Dia: Santa Marta

Hoje lembramos a vida de Santa Marta, que tem seu testemunho gravado nas Sagradas Escrituras. Padres e teólogos encontram em Marta e sua irmã Maria, a figura da vida ativa (Marta) e contemplativa (Maria). O nome Marta vem do hebraico e significa "senhora".

No Evangelho, Santa Marta apresenta-se como modelo ativo de quem acolhe: "... Jesus entrou em uma aldeia e uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa" (Lc 10,38).

Esta não foi a única vez, já que é comprovada a grande amizade do Senhor para com Marta e seus irmãos, a ponto de Jesus chorar e reviver o irmão Lázaro.

A tradição nos diz que diante da perseguição dos judeus, Santa Marta, Maria e Lázaro, saíram de Bethânia e tiveram de ir para França, onde se dedicaram à evangelização. Santa Marta é considerada em particular como patrona das cozinheiras e sua devoção teve início na época das Cruzadas.

Santa Marta, rogai por nós!

sábado, 28 de julho de 2012

Formações: Educar os jovens para a justiça e a paz

Vamos preparar os nossos jovens para a justiça e a paz
Com este tema o Papa Bento XVI deixou-nos uma profunda mensagem para o Dia Mundial da Paz, centrando seu pensamento nos jovens e sua educação. Diante das sombras que pairam sobre o mundo, educar os jovens é a saída e a esperança; mas para isso é preciso formá-los  no conhecimento da verdade e nas virtudes. E o Papa traça o itinerário a ser percorrido: educar os jovens para a compaixão, a solidariedade, a colaboração, a fraternidade, porque a crise que aflige a sociedade, mais do que financeira é uma crise cujas raízes são culturais e humanas.
Como os jovens são o futuro do mundo, então é preciso educá-los na esperança, fazendo-os ter apreço pelo valor da vida, sem medo de formar uma família e serem preparados para ter a capacidade de intervir no mundo da política, da cultura e da economia, contribuindo para a construção de uma sociedade melhor para todos.
O Papa insiste que a Igreja olha para os jovens com esperança, e encoraja-os a procurar a verdade e a defender o bem comum. Para isso é preciso dar-lhes uma educação integral, que não se limite ao corpo e ao intelecto, mas que atinja também a dimensão transcende, a vida espiritual. Ele relembra-nos que a educação é “a aventura mais fascinante e difícil da vida” que significa fazer crescer a pessoa de forma integral sem perder de vista a dimensão moral e espiritual do seu ser e o seu fim último que é Deus e o bem da sociedade.
Para que o jovem seja educado adequadamente, deverá antes de tudo receber na família, onde os pais são os primeiros educadores, as lições das virtudes e aprender a colocar a esperança antes de tudo em Deus. Que cada ambiente educativo seja aberto ao transcendente, e não se perca no materialismo e no consumismo alienante. Que os jovens sejam levados a apreciar e valorizar os irmãos, fugindo do egoísmo vazio. Que as instituições, especialmente o Estado, cooperem com a família e respeite os valores morais e religiosos dos pais, sem intervir neste espaço sagrado. Que os políticos deem aos jovens um exemplo transparente na política, como verdadeiro serviço para o bem de todos, sem politicagem, corrupção, e outros maus exemplos aos jovens. Que os meios de comunicação de massa informem segundo a verdade e a responsabilidade, com ética e respeito. Que se ensine aos jovens fazer uso bom e consciente da liberdade.
Sobre este aspecto da liberdade o Papa insiste na necessidade de educar para a verdade e para a liberdade porque o jovem traz no coração uma sede de infinito, que é também uma sede de verdade plena, capaz de explicar o sentido da vida: ele foi criado à imagem e semelhança de Deus. Não é possível educar o jovem sem leva-lo a reconhecer em si e nos outros a imagem de Deus, e assim ter um profundo respeito por cada ser humano. Sem a relação com Deus o homem não pode compreender o significado da sua liberdade. Sem isso ele se acha um ser absoluto, independente de tudo e de todos, podendo fazer tudo o que quer, acabando por  anular  a verdade sobre si mesmo e perdendo a verdadeira liberdade. Isso leva-o a viver numa terrível prisão fechado dentro do próprio “eu”.
O Papa denuncia em sua mensagem certa cultura moderna, baseada em princípios económicos racionalistas e individualistas, e que desvirtuam o conceito de justiça, separando-o da caridade e da fraternidade. E mais uma vez lembra o perigo do relativismo, que ele tem chamado de uma ditadura, que nada reconhece como definitivo, e que deixa apenas o eu como última medida. Isto gera uma falsa e perigosa liberdade. Dentro de um horizonte relativista como este, não é possível uma verdadeira educação, porque sem a luz da verdade a pessoa está condenada a duvidar da bondade da sua própria vida e da possibilidade de construir com os outros algo em comum.
Por fim o Papa lembra que para os cristãos, Cristo é a nossa verdadeira paz: n’Ele, na sua Cruz. Insiste que não são as ideologias que salvam o mundo – elas geraram muitas mortes –  mas a fé no Deus vivo é que garante a nossa liberdade, o que é bom e verdadeiro.
Aos jovens pede que fujam das “soluções fáceis para problemas difíceis”, como já tinha dito Paulo VI, e que destrói o mundo. Não se iludam com soluções fáceis para resolver os problemas. E que cientes dos seus talentos e potencialidades, nunca se fechem em si mesmos, mas que trabalhem por um mundo melhor para todos.
Prof. Felipe Aquino

Formações: Para entrar no Reino dos céus

Jesus coloca a humildade como porta para o Reino de Deus
Quando Jesus começou a pregar Ele falou muito do Reino de Deus. “Não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber; nem com o vosso corpo, com o que havereis de vestir” (Mt 6,25). “Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo” (Mt 6,33).
Muitas vezes, pensamos: “Será que vale a pena trabalhar por esse Reino de Deus? Ser chamado de beato, carola?” Jesus diz: vale, eu vou lhe dar 100 vezes mais nesta vida e no futuro a vida eterna (cf. Mc 10). Quando você entrega o seu coração, Deus faz. Viva conforme a vontade de Deus Pai. Buscar o Reino de Deus não é você deixar sua casa e sair pregando o Evangelho, viver o Reino de Deus é viver como Cristo ensinou.
Jesus coloca como porta para o Reino de Deus a humildade. Ele explica isso nos dizendo que temos de ser como crianças, pois é delas o Reino dos Céus, pois elas são humildes, não se acham melhores que os outros. A criança chega a um ambiente em que não conhece ninguém, não importa se é pobre ou rico, preto ou branco, ela começa a brincar com todo o mundo. A criança não se preocupa se amanhã vai haver almoço, ela se preocupa com o hoje. Não é como nós que nos preocupamos com o amanhã. As crianças nos ensinam muito, a sua pureza, elas não têm o fogo sexual, elas são puras, castas. A criança tem seus defeitos pelo pecado original, ela morde a outra quando esta pega seu brinquedo por exemplo, mas sempre tem muito a nos ensinar.
Nós somos orgulhosos e precisamos pedir muito a Jesus, com a intercessão da Virgem Maria e de São José, a graça da humildade. Lúcifer se perdeu por causa do seu orgulho, ele viu como era belo e quis ser como Deus. Então ele voltou ao seu nada, pois ele rompeu com a fonte que lhe dava toda a beleza. O demônio não tentou Eva pela sexualidade, ele a tentou pela soberba, dizendo-lhe que, quando comesse da fruta, ela se tornaria como Deus, e Eva comeu e contou a Adão e este também a comeu. E o pecado entrou na humanidade por meio da soberba, por isso Jesus e Maria venceram o pecado pela humildade.
A Santíssima Virgem Maria disse em seu Magnificat: “Ele olhou para a humildade de sua serva”, Deus a escolheu, pois ela era a mais humilde das mulheres. Por que Jesus chegou à cruz? Ele, sendo Deus, não se orgulhou de ser Deus, mas se rebaixou ao se fazer homem. Deus se fazer homem é uma coisa humilhante, pois Ele se limita; assim como não aceitaríamos se nos propusessem que nos tornássemos uma formiga. Jesus aceitou a se sujeitar ao tempo, à fome. Aceitou ser escravo e a morte, morte de cruz por obediência. Cristo sofreu tudo isso porque Ele precisava quebrar a soberba de Adão.
Não podemos ser soberbos, pois a nossa vitória não está nela; está na nossa fraqueza, pois é a na nossa fraqueza que podemos sentir o poder de Deus. Jesus nasceu numa gruta fria, pois não teve berço para nascer, Ele não tinha onde reclinar a cabeça, não teve nada d’Ele, tudo o que usou foi emprestado, quando entrou em Jerusalém pediu até mesmo um jumento emprestado. A única coisa que não foi emprestada e que, de fato, era d’Ele, era a cruz, pois Ele sabia que com ela Ele nos libertaria do pecado e nos tiraria de toda soberba.
E no versículo 24, no capítulo 7, de Mateus está escrito: “Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha”. Aquele que ouviu ao sermão da montanha é semelhante ao homem que construiu a sua casa na rocha. E Jesus termina com uma frase muito triste: “Vai ser grande sua ruína”, pois existe muita gente com a vida arruinada, pois não acreditou em Deus, não construiu sua casa na rocha e pôs sua confiança em falsas doutrinas.
“Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça” (Mt, 6, 33). Viva de acordo com o Evangelho, não tenha medo de pautar sua vida em cima do ensinamento do sermão da montanha (cf. Mt 5,6 e 7).
Prof. Felipe Aquino

O homem tem medo da verdade

“A humanidade não aguenta muita realidade”. T. S. Eliot (1888-1965)

Dom Quixote é um personagem bem conhecido na ficção, criado no século XVI pelo escritor espanhol Miguel de Cervantes. Seu clássico romance leva o nome desse personagem. Nessa história, Dom Quixote enche sua mente com lendas e fábulas sobre corajosos cavaleiros vestidos com armaduras reluzentes, salvando donzelas em perigo. Logo, começa a imaginar que ele mesmo é um nobre cavaleiro.

Em um famoso episódio, Dom Quixote ataca um grupo de moinhos de vento, acreditando que são um bando de gigantes perigosos. Achando que está servindo aos interesses de Deus por matar esses gigantes, ele acaba sofrendo completa humilhação.  

Por que Dom Quixote de la Mancha é um dos romances mais lidos do mundo? Possivelmente, porque o herói só se deixa governar pela fantasia. Nós nos identificamos com o personagem, porque ele não quer saber da realidade, desconhece inteiramente o limite entre o imaginário e o real.

Escreve a psicanalista e escritora Betty Milan: “Os personagens de romance encontram soluções mágicas para os seus dramas. Já nós somos obrigados a aceitar a realidade”.

A ilusão, a fantasia, a sedução da luxúria, o engodo pelo capital e a imaginação gananciosa, tudo isso está no contexto da arte do engano. Teologia da prosperidade, astrologia, reencarnação, cartomantes, bruxarias, amuletos, simpatias, paranormalidades, objetos voadores não identificados, pseudociência e rezas supersticiosas. Tudo isso desvia a pessoa para a idolatria e para o falso sistema religioso. Os profissionais líderes da arte do engano sabem que estão servindo seus interesses e os enganados são roubados e humilhados.

Os novos movimentos religiosos têm se constituído em uma indústria sectária financeira. As atuais seitas são empreendimentos capitalistas assustadores! Elas controlam seus fiéis por meio da alienação doutrinária herética. Nenhum ator no mundo desempenha um papel tão excelente como os líderes religiosos sectários no teatro da hipocrisia. Esses tais líderes sofrerão humilhação e condenação. Não é fácil viver a realidade com a verdade, principalmente na atual babel religiosa.

A internet legitima a vida virtual, parcial, superficial e infernal. A pós-modernidade agrega muito bem a face oculta da personalidade doentia e criminosa. Engabela-se com erros refinados na era da globalização. Dizia Santo Agostinho: “os que não se deixam vencer pela verdade serão vencidos pelo erro”.

O mundo é tremendamente ilusório e fantasioso, porque a realidade é dura demais. No entanto, a verdade tem seu espaço garantido e seu destino certo.
Padre Inácio José do Vale
Professor de História da Igreja

Homilia do Dia

No Evangelho de hoje, deparamo-nos com a parábola do joio. A palavra “parábola” vem do grego, cujo significado é “por junto duas coisas, comparar”. A definição popular é que se trata de uma história terrena que demonstra uma verdade celestial. Difere do conto ou da fábula, pois a história da parábola pode já ter sucedido ou pode ser real em qualquer momento futuro. Já o conto ou a fábula, não.
O joio é uma planta muito parecida com o trigo antes de se formar a espiga.
A espiga do joio é muito mais fina do que a do trigo e, frequentemente, está infectada com fungos que a tornam negra e venenosa. Também a própria gramínea tem, como o esporão do centeio, um componente venenoso. O joio só se distingue do trigo quando a espiga amadurece, sendo que a espiga do joio é formada por grãos pretos como de carvão.
O termo de comparação desta parábola é o Reino dos Céus. Apesar do título, ele tem como assento a terra, não no sentido geográfico, mas humano, por isso é mais exato traduzi-lo por “Reinado”.
O povo que o forma não é o conjunto dos bem-aventurados do Céu, mas refere-se à Igreja da Terra, formação visível da comunidade dos fiéis que escolheram Jesus como seu Senhor e que estão misturados no campo do mundo com pessoas que não são crentes ou têm outras ideologias, sem descartar que, dentro da Igreja, podem existir também os escandalosos e os que praticam a iniquidade, pois, na explicação dada por Jesus aos discípulos, Ele transforma a parábola em alegoria.
A parábola do joio é própria de Mateus, sem que encontremos um paralelo nos outros Evangelhos. Somente em 1 João 3,10 encontramos a oposição entre filhos de Deus e filhos do diabo. Estes são os que não praticam a justiça e não amam o seu irmão. A explicação da parábola revela, em parte, o mistério da iniquidade de que fala Paulo em 2Ts 2,7. Esta iniquidade é o fruto de se rejeitar a Lei – ou de ignorá-la! – e pode ser traduzida por maldade ou perversidade. Quem é o promotor dessa iniquidade é o maligno, o diabo. Nele, nasce a maldade e oposição ao Reino. Porém, existe o mistério de por que Deus permite o mal e de como combater o mesmo.
Sendo Todo-Poderoso e de bondade infinita, como o Senhor permite que o mal triunfe de modo a parecer que a parte maligna seja tão forte quanto a parte que Jesus diz dos filhos do Reino? Por isso existem ideologias em que ao Deus do bem se opõe o deus do mal. Ou será que satanás é tão forte quanto Deus? No livro de Jó, a Sagrada Escritura dá uma resposta parcial – quando da instigação de satanás – na qual Javé permite a experimentação do justo com a única exceção da vida.
Seria melhor chamar de “mistério da bondade” ao que se costuma expor como mistério da iniquidade. Perguntar a Deus por que não destrói o mau é o mesmo que perguntar ao Pai por que não mata o filho rebelde. O Senhor espera que este filho volte, um dia, arrependido para a casa que sempre será seu lar.
Na realidade, aqueles que agem na anomalia estão dissipando os seus bens. “Não sabem o que fazem”, dirá Jesus. O joio não se distingue do trigo, assim como uma árvore estéril não se distingue de uma boa, a não ser na época dos frutos.
Deus é o Pai que faz com que o sol nasça também para os maus e a chuva fertilize os campos dos incrédulos. No fim – e unicamente no fim – a Sua justiça acompanhará em parte a Sua misericórdia. Para os que receberão uma eternidade de dor, é justo que recebam uma vida temporal cheia de triunfos e alegrias. Como Jesus disse, na parábola do pobre Lázaro, os papéis serão invertidos: “Lembra-te que tu recebeste os bens e Lázaro, pelo contrário, só os males”.
A influência do diabo é a de semear o joio: propagar que a única maneira de alcançar a felicidade é saber viver na abundância e no prazer, pois não existe o “além” a quem tenhamos que prestar contas de nossas condutas. É difícil, diante desse programa de vida, pregar uma existência de sacrifício e renúncia, como Jesus pede a Seus discípulos. Por isso, o mal se converte em “bem aparente” e o verdadeiro bem está oculto aos olhos da multidão.
Livra-me, Senhor, desta semente maligna e abra-me à boa semente que é a Sua Palavra.
Padre Bantu Mendonça

Evangelho (Mateus 13,24-30)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 24Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. 25Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. 26Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio.
27Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’ 28O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’ 29O dono respondeu: ‘Não! pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. 30Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!’”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Papa envia mensagem de pesar pela morte do presidente de Gana

O Papa Bento XVI enviou uma mensagem de condolências pela morte do presidente da República de Gana, John Evans Atta Mills, que faleceu na terça-feira, 24, aos 68 anos. O vice-presidente de Gana, John Mahama Dramant, assumiu o cargo. Veja abaixo a mensagem enviada pelo Santo Padre ao novo presidente:

“Foi com tristeza que soube da morte prematura do presidente John Evans Atta Mills. Relembrando seus anos de serviço público e sua dedicação aos princípios da democracia, junto-me ao senhor, à família dele e a todas as pessoas de Gana em luto pelo seu falecimento. Confiando a alma do presidente à providência do Deus Todo Poderoso, eu rezo para que Gana seja abençoada com paz e prosperidade como o senhor começa seu trabalho como presidente nessa triste circunstância”

“Estamos de braços abertos como o Cristo Redentor", diz Dom Orani

Na abertura do evento “Preparai o Caminho”, nesta sexta-feira, 27, o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, declarou estar de “coração aberto e de braços estendidos como o Cristo Redentor”.  O evento marca as comemorações para a contagem regressiva de um ano para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 e está sendo realizado no Maracanãzinho, na capital carioca, até domingo, 29.

A abertura foi feita ao som do violino de Allyrio Melo, que executou o Hino Nacional e Aquarela do Brasil. “A Jornada já começou”, decretou Dom Orani. “Agora é a nossa vez de receber a JMJ”.

Os voluntários também fizeram parte do show. Desfilaram com bandeiras de 150 países, acenderam velas ao som da música “Nova Geração”, mais conhecida como “No peito levo uma cruz”.

O ponto alto foi a celebração da missa, presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d’Aniello, e concelebrada pelo arcebispo de Aparecida e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Raymundo Damasceno Assis, pelo arcebispo do Rio, Dom Orani, pelo bispo auxiliar da arquidiocese de Campo Grande (MT) e presidente da Comissão Episcopal para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro, pelos demais bispos e sacerdotes presentes.

Em sua homilia, Dom Giovanni d’Aniello, convocou o público a dedicar a vida a Deus. “É preciso ter coragem, não se abater com as dificuldades da vida, pois Deus está conosco”, afirmou.

“Uma preparação como essa faz pensar e esperar que o próximo ano será extraordinário, o mais importante é a alegria desses jovens de estar com Deus e de viver com Ele, isso para mim é o mais importante, isso significa que eles estão felizes e estão com Deus”, acrescentou o Núncio Apostólico no Brasil.

Ao falar sobre a participação jovem nos eventos realizados desde que o Brasil foi anunciado sede da JMJ de 2013, Dom Eduardo disse que os jovens têm respondido de forma positiva aos trabalhos.

“A gente tem visto que os jovens estão respondendo de maneira brilhante e isso é uma motivação bastante forte pra que a gente tenha certeza de que a Jornada terá um grande efeito e um grande sucesso”, disse.

Neste sábado, 28, os jovens participarão do Momento Mariano, quando será apresentada a imagem de Nossa Senhora Aparecida e os jovens farão a consagração à Padroeira do Brasil. A missa das 9h será celebrada por Dom Raymundo Damasceno.

Na programação do evento, shows e momentos de oração e testemunho durante todo o sábado. A pré-jornada termina no domingo, 29, com missa presidida por Dom Orani. (BF com Rio2013.com e A12)

Arcebispo de Westminster dá as boas-vindas aos atletas

História, cultura, música pop e o típico “humor britânico” marcaram a abertura da 30ª edição dos Jogos Olímpicos nesta sexta-feira, 27, em quase quatro horas de espetáculo. No dia que marcou a inauguração do evento, também o arcebispo de Westminster, Dom Vincent Nichols , saudou todos os atletas que estão em Londres, dando suas boas-vindas. “Que as Olimpíadas possam ser um momento de nova e renovada amizade, para a paz e uma mais profunda compreensão recíproca em toda a comunidade humana”, disse.

Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Nichols afirmou que “acreditamos que cada ser humano seja, em última análise, um peregrino em busca de verdade, bondade e realização do seu potencial; e quando esta peregrinação é vivida de modo autêntico, então se abre ao diálogo com o outro, não excluindo ninguém do empenho de construir uma fraternidade de paz”.

Por fim, ele fez os votos de que todas as pessoas de fé, e não somente, possam perseguir iniciativas de paz e de reconciliação, no espírito dos Jogos Antigos.

Santo do Dia: São Celestino

Com satisfação nós lembramos da santidade do Papa Celestino I, que governou a Igreja dos anos 422 até 432. Ele nasceu na Itália e, ao ser escolhido para governar a Igreja do Cristo, usou muito bem o cajado da justiça e paz.

No tempo dele havia a auto-suficiência do Pelagianismo que, embora condenado no Concílio de Cartago, perdurava querendo "contaminar" os cristãos, pois afirmava uma "auto salvação".

Combatente também contra a heresia do Nestorianismo - que afirmava ter Jesus duas naturezas e duas pessoas - São Celestino fez de tudo para condenar o erro e pecado sem deixar de amar o errado e o pecador; assim viveu na santidade, até entrar na eterna casa dos santos em 432.


São Celestino, rogai por nós!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Formações: O que é a santidade?

Como os santos conseguem alcançá-la? 
Mais do que mirabolantes façanhas místicas ou heroísmos de faquir, a santidade consiste numa correspondência de amor. Trata-se de descobrir a presença de Deus em tudo, dando-lhe glória por meio das mais corriqueiras realidades do dia a dia.

O que é que os santos fazem para chegar à santidade? Duas coisas. Por um lado, ficam longe de tudo o que os impede de entrar pelos caminhos da graça e, por outro, dirigem-se diretamente a Deus. Mas fazem tudo isso pela glória do Senhor, não por algum proveito que possam obter. Eles são os que “buscam, antes, o Reino de Deus” – mais pelo Rei do que por eles próprios – e estão dispostos a esperar o tempo que Ele quiser até o dia em que “todo o resto lhes será dado por acréscimo” (cf. Mt 6,33).

Os santos, portanto, não tratam de fazer coisas especialmente santas (como ferozes penitências, passar noites inteiras ajoelhados, milagres, profecias, êxtases na oração); tratam de fazer tudo de um modo especialmente santo, exatamente do modo como Deus quer que o façam. Para eles, a única coisa do mundo que importa é a vontade do Pai. Sabem que a cumprindo estarão imitando Nosso Senhor, manifestando a caridade e sendo fiéis ao que há de melhor em si mesmos.

Tudo isso pode ser um grande estímulo para nós, pois mostra que o nosso serviço a Deus não depende de como nos sentimos, mas de como o Senhor olha para o que fazemos. Não depende de que os nossos atos pareçam heroicos, mas da nossa disposição em deixar que Ele tire heroísmo de nós; não depende de que conquistemos, à nossa maneira, uma meta que nos faça merecedores do título de “santo”, mas de que sigamos, com total confiança, o rumo marcado pela vontade do Senhor.
 
A santidade – como tudo na vida – deve ser encarada do ponto de vista de Deus; não do ponto de vista do homem. Viemos do Senhor, existimos por Ele. A nossa santidade também deve vir d'Ele e existir para Ele. Cremos que a finalidade do homem, da vida, da criação é a glória do Senhor. Mas o que isso significa para nós? O que é “glória” afinal?

Santo Agostinho diz que a glória é um “claro conhecimento unido ao louvor”. Mais do que, simplesmente, explicar o que ela é, essa expressão nos diz o que temos de fazer em relação a ela, ou seja, a maneira que devemos glorificar a Deus. Louvar o Senhor na oração é glorificá-Lo; servir ao próximo na caridade, também o é. Querer seguir a Cristo e cumprir Sua vontade é dar-Lhe glória.

Cristo Nosso Senhor, que é a Santidade em Pessoa, mostrou-nos como deu glória ao Pai durante a Sua vida terrena: "Eu glorifiquei-Te na Terra, consumando a obra que me deste a fazer (Jo 17,4). Que obra era essa? Muito simples: a vontade do Pai. É claro que isso implicou fazer muitas coisas específicas – como pregar, fazer milagres, fundar a Igreja, sofrer a Paixão –, mas todas se resumem no cumprimento fiel da vontade do Pai.

Quando, próximo do fim, Jesus disse na cruz: "Tudo está consumado" (Jo 19,30), não estava querendo dizer que Sua vida chegava ao fim, mas que a obra encomendada pelo Pai, a tarefa de cumprir em tudo a divina vontade, estava, agora, perfeitamente concluída e já não restava mais nada a fazer.

Hubert von Zeller

Evangelho (Mateus 13,18-23)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 18“Ouvi a parábola do semeador: 19Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho. 20A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; 21mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento: quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo. 22A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto. 23A semente que caiu em boa terra é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Papa nomeia novo responsável por processos de dispensa matrimonial

O Papa Bento XVI nomeou nessa quinta-feira, 26, monsenhor Paul Pallath - desde 2011 ao serviço do Tribunal da Rota Romana -, como diretor do gabinete encarregado dos processos de dispensa do matrimônio rato e não consumado (casamento válido, porém não consumado) e das causas de nulidade da ordenação sacra.

Monsenhor Pallath, 53 anos, é natural da União Indiana. Ele é doutor em Direito Canônico Oriental (1994, no Pontifício Instituto Oriental de Roma) e em Direito Canônico Latino (1997, na Pontifícia Universidade de Latrão). De 1995 a setembro do ano passado prestou serviço na Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, transitando a partir de então para o Tribunal da Rota Romana.

Bispos da América Latina e Caribe se preparam para próximo Sínodo

Tem início nesta sexta-feira, 27, na sede da Conferência Episcopal da Colômbia, em Bogotá, o encontro preparatório dos Bispos e Delegados das Conferências Episcopais da América Latina e Caribe que participarão da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.


O Presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam), Dom Carlos Aguiar Retes, explicou que esta reunião será uma oportunidade prévia para conhecer-se, intercambiar ideias e adentrar-se na metodologia do próximo Sínodo.
O Sínodo se realizará em Roma de 7 a 28 de outubro. O tema proposto pelo Santo Padre Bento XVI é "A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã".
“Nós nos atualizaremos com as reflexões mais importantes que o Celam tem feito sobre a Nova Evangelização, com a finalidade de ajudar a visão dos bispos que participarão deste Sínodo”, indicou Dom Aguiar Retes. Além disso, haverá um intercâmbio de experiências sobre o que cada bispo sabe, conhece ou realizou em seu trabalho pastoral.
O Celam estudou previamente um relatório apresentado por cada uma das Conferências Episcopais da América Latina e a partir deles dará uma iluminação aos padres sinodais como conhecimento da realidade que se vive.
Por sua vez, o Secretario do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Octavio Ruiz Arenas, que estará presente nesta reunião, declarou que “ter uma análise prévia da realidade da América Latina permitirá que a presença na sala sinodal seja uma presença onde se leve em consideração a realidade latino-americana e a grande experiência de mais de 30 anos neste campo”.
Também participará do encontro, que se realiza até terça-feira, 30 de julho, o Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Dom Nikola Eterovic.

Igreja demonstra apoio aos Jogos Olímpicos desde 1908

A abertura dos Jogos Olímpicos 2012 acontece nesta sexta-feira, 27, no Estádio Olímpico de Londres, na Inglaterra. No domingo, 22, o Papa Bento XVI, depois da proclamação do Angelus, enviou uma saudação aos atletas e organizadores.

O Santo Padre recordou que o evento é um dos maiores acontecimentos esportivos do mundo, em que participam atletas de muitas nações e como tal reveste também um forte valor simbólico, razão porque a Igreja Católica encara as Olimpíadas com grande simpatia e atenção.

“Rezemos para que, segundo a vontade Deus, os Jogos de Londres sejam uma autêntica experiência de fraternidade entre os povos da Terra”, desejou Bento XVI.

Mas não é de hoje que a Igreja vê com simpatia tal evento esportivo. Em 1908, quando, na sequência de uma grave crise econômica, Roma renunciou sediar os Jogos Olímpicos, o fundador dos Jogos Olímpicos modernos, Pierre de Coubertin, procurou a ajuda do Vaticano e o então Papa São Pio X ofereceu-lhe apoio.

Tal episódio é narrado no livro "Pio X, as Olimpíadas e o esporte", escrito por Antonella Stelitano, Quirino Bortolato e Alejandro Mario Dieguez, lançado nessa quinta-feira, 26, pela Editora italiana San Liberale de Treviso.

A obra destaca que Pio X foi o primeiro papa a apoiar as Olimpíadas e a abrir as portas do Vaticano aos atletas.

Naquela época "menos de 1% da população praticava alguma atividade esportiva, que era realizada só como forma de treinamento militar ou como passatempo das classes mais altas", explicou  Antonella Stelitano, em entrevista à Rádio Vaticano.

No início do século XX, muitas pessoas não entendiam a importância da prática de esporte, recorda Antonella Stelitanota, então Pio X disse a um dos seus cardeais: "Tudo bem, se é preciso que entendam que isso pode ser feito , então eu vou fazer exercício na frente de todo mundo e assim eles poderão ver que, se o Papa pode fazê-lo, qualquer um pode fazê-lo".

Pio X  também estava ciente do potencial educativo do esporte. Ele viu o esporte como uma maneira "de aproximar os jovens e reuni-los ao mesmo tempo, seguindo certas regras e mostrando respeito pelos adversários”, explica a autora.

O Papa entendeu ainda que era um modo possível e simples de reunir pessoas de diferentes etinias, religiões e ideias políticas.

50 mil pessoas são esperadas em evento preparatório para JMJ 2013

Começa nesta sexta-feira, 27, o evento "Preparai o Caminho", no Rio de Janeiro, o último dos grandes eventos preparados para marcar a contagem regressiva de 1 ano para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Até domingo, 29, cerca de 50 mil pessoas devem passar pelo Maracanãzinho para vivenciar dias de alegria, com shows, Missas e momentos de reflexão. O objetivo é apresentar para a sociedade um pouco do que será a JMJ, marcada para os dias 23 a 28 de julho de 2013.Os ingressos para o evento já estão esgotados, porém a TV Canção Nova fará a transmissão AO VIVO de todo o encontro. Serão mais de 27 horas de transmissão, em alta definição, a partir da Missa, às 19h, desta sexta-feira.


Presenças no evento

Sexta-feira, 27 - evento será transmitido das 19h às 23h

- Abertura
- Santa Missa presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d'Aniello
- Lançamento da Campanha de Arrecadação para a JMJ Rio2013
- Show Jovens em Canção.

Sábado, 28 - transmissão das 8h às 21h30

- Missa presidida pelo arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, Cardeal Dom Raymundo Damasceno
- Presenças: Dom Eduardo Pinheiro, Padre Darci, Padre Roger Luiz, Moysés Azevedo, Padre Jorjão, Padre Robson e Padre Antônio Maria
- Shows: Banda Ministério Amor e Adoração, Dunga e Eliana Ribeiro, Frutos de Medjugorje e cantores do Rio de Janeiro e Regional Leste 1, Comunidade Bom Pastor

Domingo, 29
- transmissão das 8h às 16h30

- Show de lançamento CD do padre Omar Raposo, com participação especial de Diogo Nogueira, e apresentações da Banda e Cantores Ministério Amor e Adoração e Banda DOM
- Presença de padre Reginaldo Manzotti
- Missa presidida pelo arcebispo do Rio e presidente do COL, Dom Orani João Tempesta

Mensagem do Dia: Você tem amigos?

Um amigo pode nos transformar, porque, antes de tudo, ele nos ama como somos.
O amigo consegue nos corrigir e, muitas vezes, só ele é capaz de fazer isso. Ele, e só ele, tem linha direta com o nosso coração, porque nos ganhou por inteiro.
Nomeie os seus amigos. Reze, hoje, por eles. Agradeça a Deus por tê-los.
Jesus, eu confio em vós!
Luzia Santiago

Santo do Dia: São Pantaleão

O santo de hoje viveu no séc. III e IV da era cristã, durante um período de intensa perseguição aos cristãos que não podiam professar a própria fé, pois o que predominava naquela época era o culto aos deuses pagãos.

Pantaleão era filho de Eustóquio, gentio e de Êubola, cristã. Sua mãe encaminhou-o na fé cristã. Após o falecimento de sua mãe, Pantaleão foi aplicado pelo pai aos estudos de retórica, filosofia e medicina.

Durante a perseguição, travou amizade com um sacerdote, exemplo de virtude, Hermolau, que o persuadiu de Nosso Senhor Jesus Cristo ser o autor da vida e o senhor da verdadeira saúde.

Um dia que se viu diante de uma criança morta por uma víbora, disse para consigo: "Agora verei se é verdade o que Hermolau me diz". E, segundo isto, diz ao menino: "Em nome de Jesus Cristo, levanta-te; e tu, animal peçonhento, sofre o mal que fizeste". Levantou-se a criança e a víbora ficou morta; em vista disso, Pantaleão converteu-se e recebeu logo o santo batismo.

Acabou sendo convocado pelo imperador Maximiano como seu médico pessoal. As milagrosas curas que em nome de Jesus Cristo realizava, suscitaram a inveja de outros médicos, que o acusaram de cristão perante o imperador que, por sua vez, o mandou ser amarrado a uma árvore e degolado.

Desta forma, assumindo a coroa do martírio, São Pantaleão passou desta vida para a vida eterna.


São Pantaleão, rogai por nós!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Teólogo explica o Instrumentum Laboris

O Papa Bento XVI convocou a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos para o período de 7 a 28 de outubro, em Roma. No final de junho, o Vaticano publicou, o Instrumentum Laboris, documento de trabalho sobre o Sínodo. A reportagem do jornal arquidiocesano  O São Paulo conversou com o teólogo Francisco Catão, professor da Escola Dominicana de Teologia e do Instituto Teológico Pio XI, sobre a importância do documento e como ele se apresenta.

O SÃO PAULO – A Secretaria do Sínodo divulgou no final de junho o documento de trabalho da próxima Assembleia Geral do Sínodo, convocado para o próximo dia 7 de outubro. Qual a significação desse documento?

Professor Francisco Catão –
Trata-se da 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, organismo da administração romana, criado no Vaticano II, para exprimir a participação dos bispos no governo da Igreja Católica. É a colegialidade, reconhecida e proclamada pelo Vaticano II. No seu regulamento, o Sínodo dos Bispos se reúne por convocação do Papa, regular ou extraordinariamente, em assembleias. O Papa indica o tema geral a ser discutido. A Secretaria do Sínodo faz uma ampla consulta a toda a Igreja, a partir da qual elabora o documento de trabalho, que contém além dos pontos a serem tratados, a linha geral que se depreende das expectativas de toda a Igreja.

O SÃO PAULO – O que o senhor acha do tema da próxima assembleia?

Professor Catão –
Como sabemos, o tema indicado por Bento XVI é “A nova evangelização e a transmissão da fé católica”. O conceito de nova evangelização perpassa o ensinamento de João Paulo II e foi assumido por Bento XVI como objeto de importante aprofundamento teológico: exprime o papel preponderante de “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, tema da 12ª Assembleia por ele convocada, em 2008. A Exortação Apostólica que tratou das proposições votadas nesta assembleia, a Verbum Domini, em 2010, abriu o caminho para se pensar a missão da Igreja no mundo à luz do testemunho da Palavra de Deus, Jesus Cristo, na sua vida e no seu ministério.

Essa forma renovada de encarar a Igreja, herdada do Vaticano II, remonta ao tempo dos apóstolos e nos leva a reencetar sua grande missão de evangelizar todas as criaturas, para lhes transmitir a fé. Daí a profundidade teológica do conceito de “nova evangelização” e sua amplidão, que alcança, de fato, toda a vida e a ação da comunidade cristã no mundo, chamando-a a ser a comunidade dos discípulos e missionários de Jesus, como já se proclamou em Aparecida.

O SÃO PAULO – Que se pode esperar da próxima assembleia sinodal?

Professor Catão
– A tarefa dos padres sinodais é de propor ao Papa medidas que lhes pareçam apropriadas a assegurar a contínua renovação da Igreja visada pelo Vaticano II.

Mais do que a reforma de alguns aspectos particulares da vida da Igreja e de sua estrutura, o concílio iniciou, há cinquenta anos, um processo de renovação, ou aggiornamento da comunidade católica, em face dos desafios das divisões existentes entre os cristãos, de modo geral, e da vertiginosa evolução cultural do mundo secular.

As assembleias sinodais, ordinárias e extraordinárias, trataram até hoje de pontos específicos da vida da Igreja. As duas assembleias convocadas por Bento XVI, porém, tinham e têm a ambição de retomar a perspectiva de conjunto do Vaticano II e tratar da renovação da Igreja a partir de sua fonte, que é a Palavra de Deus, que nos comunica a vida, ou o Espírito de Deus. O sínodo vai, por isso, se debruçar sobre a missão da Igreja no seu conjunto, em vista da realização do projeto de João 23, de instaurar a Igreja sobre um novo Pentecostes.

O SÃO PAULO – Nessa perspectiva, que se pode dizer do documento de trabalho?

Professor Catão –
A consulta feita à Igreja, consubstanciada nos Lineamenta ou roteiro de consulta, já alertava para as grandes orientações acenadas pelo Papa. O documento de trabalho confirma o eco positivo que o pontificado atual encontra na Igreja, o que é, certamente, dom do Espírito. Esse acolhimento positivo ressalta nos quatro capítulos de que se compõe o documento de trabalho, é confirmado na introdução e reforça as considerações finais, da conclusão.

O primeiro capítulo fornece a base e a finalidade da evangelização: levar todos os humanos, independentemente das divisões de raça, cultura, nacionalidade ou prática religiosa, a reconhecer em Jesus o salvador da humanidade e a acolhê-lo, numa relação pessoal de gratidão e de amizade. O segundo capítulo trata da nova evangelização propriamente dita, fundada no anúncio e na consolidação da relação pessoal com Jesus e com Deus. O terceiro capítulo, fundamental, lembra que essa relação pessoal se funda na fé, entendida não somente como um conjunto de verdades a professar, mas, radicalmente, como a adesão profunda de nosso coração a Deus, que comporta o acolhimento de sua Palavra.

Bento XVI, com o apoio de toda a Igreja, está convencido de que é necessário e urgente restaurar a fé como adesão pessoal a Deus, por Jesus, no Espírito. Por isso, faz coincidir o sínodo sobre a evangelização com o cinquentenário do Vaticano 2º, os vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica e o Ano da Fé, que teve por bem promulgar, de outubro 2012 a novembro 2013.

Finalmente, o quarto capítulo reúne uma série de sugestões práticas feitas pelas instâncias consultadas, mostrando de que forma, na sua diversidade, reclamam ou realizam a renovação que brota da fidelidade ao primado da Palavra na evangelização.

O SÃO PAULO – Como professor de teologia, o senhor vê algum ponto a ser destacado?

Professor Catão –
Como cristão que vive no mundo, sem responsabilidade pastoral além do exercício da função de teólogo, chama-me atenção dois aspectos do documento de trabalho. Em primeiro lugar, o referencial da nova evangelização, que não é, em primeiro lugar, a instrução sobre a doutrina da fé, mas a experiência cristã: experiência de Jesus, feita por Jesus na sua relação com o Pai e comunicada por Jesus ao nos enviar o seu Espírito. A palavra experiência aparece setenta vezes no documento. Está praticamente sempre presente. Pode ser considerado o objeto primeiro da nova evangelização: comunicar a todos os homens o acesso a Deus, como diz, aliás, a Verbum Domini, que promulga o sínodo de 2008.

Além disso, destacaria a natural preocupação com a renovação da linguagem da fé, a necessidade de encontrarmos a forma mais adequada de tornar acessível a todos os humanos a experiência de Deus vivida e anunciada por Jesus, a que se referem as muitas passagens do documento de trabalho.

Nesse sentido, vale lembrar a proposta do Congresso dos Leigos da Arquidiocese, em 2010, assumida pela Associação Nova Evangelização (ANEV), que está inaugurando um site específico para se tornar um verdadeiro laboratório da linguagem da fé. Através desse site, a ANEV oferece a todos os interessados a possibilidade de colaborar, discutindo a linguagem da fé, nessa tarefa primordial da nova evangelização.

O site procurará não só divulgar, mas acompanhar o mais perto possível os desenvolvimentos da 13ª Assembleia do Sínodo e discutir as questões que se apresentem nessa área específica. Nós os convidamos a visitar-nos: www.linguagemdafe.com.br.

TV CN transmite evento que marca contagem regressiva para JMJ Rio

A TV Canção Nova transmitirá neste fim de semana, de 27 a 29 de julho, o evento “Preparai o Caminho” que marca a contagem regressiva de um ano para a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Brasil.

O encontro será no Ginásio Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, e os ingressos já estão esgotados. De acordo com o Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio 2013 são esperadas cerca de 50 mil pessoas durante os três dias de evento, que contará com a participação de cinco mil voluntários.


Pela TV Canção Nova serão 27 horas de transmissão em alta definição, que tem início na sexta-feira,27, às 19h, com missa presidida pelo Núncio Apostólico, Dom Giovanni d'Aniello. Concelebrarão o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, e o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro.

Logo após, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, dará as boas-vindas ao público que participará no encontro de palestras, shows, celebrações eucarísticas e apresentações culturais, uma prévia da JMJ 2013 no país. Às 21h, nomes conhecidos da música católica sobem ao palco para cantar as músicas do CD “Jovens em Canção”, lançado este ano pela gravadora Canção Nova em parceria com a CNBB. O álbum traz 11 hinos das edições anteriores da JMJ, que foram traduzidos para o português e ganharam novos arranjos.
A comunidade Canção Nova participará de vários momentos do evento. No sábado, 28, às 10h30, padre Roger Luis conduz a pregação com o tema “Ide. O Senhor nos enviou” e reza juntamente com os jovens a Oração Oficial da JMJ Rio 2013. Os cantores e missionários da Canção Nova, Dunga, Eliana Ribeiro e Ministério Amor e Adoração farão a animação na tarde de sábado e manhã de domingo.
Estarão envolvidos na cobertura do evento, mais de 40 profissionais da TV Canção Nova, Portal, Webtv e Rede Canção Nova de Rádio. O sinal em HD estará disponível para as demais emissoras interessadas.

Missionário conta os desafios da evangelização no Japão

O que significa deixar tudo por Deus? Na parábola do jovem rico descrita no Evangelho segundo Mateus, Jesus diz: "Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!" (Mt 19,21).

Para o padre Francisco Gomes esse "dar tudo" significou deixar sua casa, sua família, seus amigos, sua cultura e sua pátria para levar a mensagem de Cristo àqueles que nunca ouviram falar Dele.

"Foi quando eu estive na Itália, onde vivi por 9 anos, e no Japão, por 4 anos, que eu entendi o que o Senhor estava me pedindo 22 anos atrás quando senti meu chamado. Pois, deixando para trás quase tudo para seguir Jesus vi a beleza deste chamado”, conta o missionário.

Uma grande inspiração para padre Francisco foi a Encíclica Redemptoris Missio, escrita pelo Papa João Paulo II. Nela, o beato salienta que não há pessoa indigna do Evangelho, reforçando que todos os homens e mulheres têm o direito de conhecer Jesus.

“Se nós que estamos no Brasil, que estamos aqui no ocidente, tivemos a graça de conhecer Jesus, por que não, nossos irmãos que estão na Ásia?”, questionou-se padre Francisco. Assim, ele partiu em missão para o outro lado do mundo, para o Japão.

Mesmo depois de quatro séculos de evangelização, apenas 1% da população japonesa é cristã e neste grupo estão incluídos todos os católicos, anglicanos, luteranos e outras denominações cristãs.

Para todo missionário que chega ao Japão, tanto aqueles do Pontifício Instituto das Missões Exteriores - como é o caso de padre Francisco, bem como os xaverianos, os jesuítas e os franciscanos, a primeira coisa a se fazer é aprender o idioma do povo. E isso vale para qualquer missionário em qualquer país, pois o principal instrumento de trabalho do missionário é a palavra.

“O primeiro desafio é a língua. O idioma é muito difícil, mas muito interessante. Com um pouco de sacrifício e empenho acabamos aprendendo”, afirma o missionário.

Revista Mundo e Missão
Padre Francisco Gomes esteve no 3º Congresso Missionário Nacional em Palmas (TO) de 12 a 15 deste mês
Outro desafio, conta padre Francisco, é compreender uma cultura muito diferente. O povo japonês é muito preso ao sentido do grupo e ao abraçar a fé cristã, que traz consigo aspectos culturais diferentes, o japonês acaba tendo que se desligar um pouco desta característica, pois querendo ou não, ele se diferencia em meio ao grupo, seja na família, no trabalho ou na sociedade.

“A fé cristã tem uma forma diferente de encarar o outro, ver a questão do amor, do respeito, do perdão. Para um japonês é muito difícil perdoar quem o ofendeu. A maior ofensa para um japonês é ser humilhado diante do grupo. E o ser cristão é isso, é saber perdoar. Jesus nos mostra isso na cruz, que no momento mais difícil da vida, em que a gente não encontra forças, é preciso perdoar e perdoar a todos”, ressalta.


Uma entre muitas histórias

Padre Francisco conta que quando estava estudando o idioma, um senhor japonês, Akira San, o ajudou a praticar. Quanto ele terminou o estudo e precisou ser transferido, Akira o convidou para almoçar num restaurante e lhe disse: “Padre Francisco, eu tenho uma confissão a fazer. Quando eu te conheci, comprei um livro sobre o cristianismo".

Akira disse ainda que estava nascendo dentro dele uma grande alegria e uma esperança. Em seus 55 anos sempre achou que a vida acabasse com a morte, mas conhecendo um pouco a fé cristã, ele descobriu que existe outra vida depois da morte e que existe um Deus que pagou um caro preço para salvar a humanidade.

"Eu não sei se um dia serei cristão, mas hoje eu sou muito mais feliz do que eu era antes e isso graças a você", disse Akira ao padre.

O sacerdote pede que todos os católicos rezem pelas vocações, pois a messe é grande e os operários são poucos (cf. Lc 10,2).

“Como Akira San existem muitas pessoas na Ásia e na África que estão esperando por missionários que levem esta mensagem de paz, alegria e esperança que salva”, reforça padre Francisco.

Mensagem do Dia: Sejamos homens e mulheres de misericórdia

Muitas coisas, nesta vida, são importantes, mas o essencial é que “sejamos homens de misericórdia, porque nossos gestos de bondade não serão esquecidos” (Eclo 44,10).
É isso o que conta diante de Deus. Façamos o bem não para mostrar às pessoas, mas para agradar o Senhor, na certeza de que um dia o contemplaremos face a face.
Um homem e uma mulher de misericórdia, antes de fazer qualquer coisa, deve se perguntar: “Eu gostaria de ser tratado(a) desta forma?”. Este deve ser um critério para nós, porque “tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles” (Mt 7,12).
Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
Senhor, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

Santo do Dia: São Joaquim e Sant'Ana

Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant'Ana.

Em hebraico, Ana exprime "graça" e Joaquim equivale a "Javé prepara ou fortalece".

Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant'Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora.

Sant'Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.

O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant'Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça.

A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.


São Joaquim e Sant'Ana, rogai por nós!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Polônia sedia I Congresso Internacional sobre Nova Evangelização

A cidade polonesa de Kostrzyn vai sediar neste sábado, 28, o I Congresso Internacional sobre a Nova Evangelização, do qual participarão, dentre outros, o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella; o presidente da Conferência Episcopal Polonesa, Dom Jozef Michalik e o arcebispo de Varsóvia, Cardeal Kazimierz Nycz.

Cerca de mil e duzentos membros de várias associações e movimentos engajados no campo da evangelização participarão do encontro. Durante os debates, será feita uma avaliação sobre os diversos âmbitos da obra evangelizadora e sobre a situação atual da Igreja polonesa, inclusive do ponto de vista sociológico.

O Congresso de Kostrzyn se anuncia como um grande evento de uma série de iniciativas. Nesse sentido, revestem-se de particular significado as peregrinações do verão europeu feitas por grupos de fiéis que visitam o Santuário mariano de Czestochowa.

"Queremos, desse modo, responder ao apelo de João Paulo II, que nos convidou a participar da obra da nova evangelização", disse o arcebispo de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, anunciando a peregrinação de mais de dez mil habitantes de Cracóvia ao famoso santuário mariano.

"Através da fé, os homens e as mulheres de todas as idades, cujo nome está inscrito no livro da vida, declararam que é belo seguir o Senhor Jesus onde somos chamados a dar testemunho cristão." (RL)

Padre explica o que será a Santa Missa especial no Ano da Fé

O Ano da Fé proclamado pelo Papa Bento XVI foi oficialmente apresentado no dia 21 de junho. Uma das ações anunciadas foi que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos aprovou o formulário de uma Santa Missa especial pela Nova Evangelização.

Em sua intervenção sobre o Ano da Fé, o presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, disse que a iniciativa é um sinal para que, em especial neste Ano, a transmissão da fé aconteça na oração e na Eucaristia, que é a centralidade da vida cristã.

O padre Rivelino Nogueira, da diocese de Lorena (SP), esteve em Roma durante a apresentação do Ano da Fé. Ele explicou que a proposta do formulário para missa especial constitui uma peculiaridade para que seja abordada a temática do Ano.

“Este formulário vai ser uma Missa própria com a temática do Ano da Fé. São as orações presidenciais, prefácio, vigílias. Temos que aguardar a Congregação do Culto Divino apresentá-lo”, explicou.

O sacerdote lembrou que Bento XVI, na Carta Apostólica Porta Fidei, afirmou que a fé deve ser "professada, celebrada, vivida e pregada" para poder ser transmitida. “O melhor lugar para a transmissão da fé é uma comunidade nutrida e transformada pela vida litúrgica e pela oração”, disse.

E a fé está diretamente ligada à liturgia. Padre Rivelino destacou que a fé não é eficaz sem a liturgia e os sacramentos, porque esta ausência implica na falta da graça que sustenta o testemunho dos cristãos. Para ele, as celebrações e demais encontros são uma boa oportunidade para introduzir os fiéis no Ano da Fé.

“Aqui está o ponto alto para todos os sacerdotes aproveitarem bem o Ano da Fé, usando as celebrações, encontros, retiros, catequeses para trabalhar nas suas comunidades. Cada diocese, com o seu bispo diocesano, vai programar atividades, encontros, celebrações, a nível de diocese”, enfatizou.

Padre Rivelino lembrou ainda a importância de se redescobrir o mistério da Eucaristia, que é o grande centro da fé cristã. “O próprio Ano da Fé vai ajudar os fiéis a professarem mais a fé, assumirem com mais responsabilidade o seu Batismo, sua missionariedade, como discípulos, missionários e evangelizadores, é esta a preocupação do Santo Padre”, finalizou.

Mensagem do Dia: Sorria para a vida hoje

O segredo de sorrir sempre para a vida é abrir o coração e deixar a luz de Cristo entrar. Sem Deus, não é possível sorrir para a vida.
Não podemos deixar que as circunstâncias nos transformem em pessoas amargas, insatisfeitas, tristes, porque lutas e dificuldades sempre teremos; o que faz a diferença é vivermos todas as coisas em Deus e com Ele.
Se ontem não foi um dia muito favorável, hoje temos a graça de começar tudo de novo e dar uma resposta diferente às situações, mesmo que elas sejam as mesmas de ontem.
Ao nosso derredor, as coisas podem continuar da mesma forma, mas a cada manhã que desperta o Senhor nos dá uma graça própria para agirmos de maneira diferente, de modo que nada nos impeça de sorrir sempre para a vida.
“Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! Felizes os que em vós têm sua força, caminharão com um ardor sempre crescente” (Sl 83).
Peçamos, hoje, a Nossa Senhora do Sorriso que nos ensine a sorrir para a vida, como ela sorriu para Santa Teresinha do Menino Jesus, que estava doente na ocasião e foi curada.
Nossa Senhora do Sorriso, rogai por nós.
Luzia Santiago

Santos do Dia: São Tiago Maior e São Cristovão

Nascido em Betsaida, este apóstolo do Senhor era filho de Zebedeu e de Salomé e irmão do apóstolo João, o Evangelista.

Pescador juntamente com seu irmão João, foi chamado por Jesus a ser discípulo d'Ele. Aceitou o chamado do Mestre e, deixando tudo, seguiu os passos do Senhor.

Dentre os doze apóstolos, São Tiago foi um grande amigo de Nosso Senhor fazendo parte daquele grupo mais íntimo de Jesus (formado por Pedro, Tiago e João) testemunhando, assim, milagres e acontecimentos como a cura da sogra de Pedro, a Transfiguração de Jesus, entre outros.

Procurou viver com fidelidade o seu discipulado. No entanto, foi somente após a vinda do Espírito Santo em Pentecostes que São Tiago correspondeu concretamente aos desígnios de Deus. No livro dos Atos dos Apóstolos, vemos o belo testemunho de São Tiago, o primeiro dentre os doze apóstolos a derramar o próprio sangue pela causa do Evangelho:

"Por aquele tempo, o rei Herodes tomou medidas visando maltratar alguns membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João" (At 12,1-2).

Segundo uma tradição, antes de ser martirizado, São Tiago abraçou um carcereiro desejando-lhe "a Paz de Cristo". Este gesto converteu o carcereiro que, assumindo a fé em Jesus, foi martirizado juntamente com o apóstolo.

Existe ainda outra tradição sobre os lugares em que São Tiago passou, levando a Boa Nova do Reino. Dentre estes lugares, a Espanha onde, a partir do Século IX, teve início a devoção a São Tiago de Compostela.


São Tiago Maior, rogai por nós!
São Cristóvão, mártir, foi e é um dos santos mais populares da igreja no oriente e no ocidente. Ele nasceu na Palestina, terra de Jesus Cristo. Viveu provavelmente na Síria e sofreu o martírio no século III. É uma lendária, suas façanhas são pintadas em cores vivas. Tudo que se sabe sobre ele é baseado em lendas e suposições, inclusive a data de seu nascimento. Diz-se que era um homem extraordinariamente forte e alto, por isso era soldado profissional trabalhando para quem melhor pagava.
Conta a lenda que trabalhou até para o diabo: estando a serviço de um general, descobriu que ele tinha medo do diabo e resolveu então mudar de dono e foi trabalhar para o mais forte. A serviço do diabo, descobriu que este tinha medo da cruz, indagando o porquê, descobriu que Cristo era o mais poderoso dos soberanos. Procurou então informações sobre ele, pois queria mudar de patrão, ir para o mais forte. E começou a estudar a religião com um eremita que foi lhe indicando o para servir a Cristo: entregando-se à oração, à meditação, e às penitências. Aí, São Cristóvão objetou: “Não agüento jejuar e não tenho jeito para meditar e nem rezar”. O eremita então falou: “Existe outro meio então, é praticar obras de caridade. Já que és tão robusto e forte, ajuda as pessoas a atravessarem esse rio caudaloso que não tem ponte. Ofereça-se às pessoas para carregá-las de um lado para o outro. Terás a gratidão e orações dos beneficiados e Deus te recompensará”. Cristóvão gostou da idéia, construiu uma choupana na beira do rio e começou o seu transporte gratuito.
Conta a lenda que trabalhou até para o diabo: estando a serviço de um general, descobriu que ele tinha medo do diabo e resolveu então mudar de dono e foi trabalhar para o mais forte. A serviço do diabo, descobriu que este tinha medo da cruz, indagando o porquê, descobriu que Cristo era o mais poderoso dos soberanos. Procurou então informações sobre ele, pois queria mudar de patrão, ir para o mais forte. E começou a estudar a religião com um eremita que foi lhe indicando o caminho para servir a Cristo: entregando-se à oração, à meditação, e às penitências. Aí, São Cristóvão objetou: “Não agüento jejuar e não tenho jeito para meditar e nem rezar”. O eremita então falou: “Existe outro meio então, é praticar obras de caridade. Já que és tão robusto e forte, ajuda as pessoas a atravessarem esse rio caudaloso que não tem ponte. Ofereça-se às pessoas para carregá-las de um lado para o outro. Terás a gratidão e orações dos beneficiados e Deus te recompensará”. Cristóvão gostou da idéia, construiu uma choupana na beira do rio e começou o seu transporte gratuito.
“Cristóvão “significa “Aquele que carrega Cristo” ou “-Cristo”. Seu culto remonta ao século V. De acordo com uma lenda, Cristóvão era um gigante com mania de grandezas. ele supunha que o rei a quem ele servia era o maior do mundo. Veio a saber, então, que o maior rei do mundo era Satanás. Colocou-se pois, a serviço deste. Informando-se melhor, descobriu que o maior rei do mundo era Nosso Senhor. Um ermitão mostrou-lhe que a bondade era a coisa mais agradável ao Senhor. São Cristóvão resolveu trocar a sua mania de grandeza pelo serviço aos semelhantes. Valendo-se da imensa força de que era dotado, pôs-se a baldear pessoas, vadeando o rio. Uma noite, entretanto, um menino pediu-lhe que o transportasse à outra margem do rio. À medida que vadeava o rio, o menino pesava cada vez mais às suas costas, como se fosse o pedo do mundo inteiro. Diante de seu espanto, o menino lhe disse: “Tiveste às costas mais que o mundo inteiro. Transportasse o Criador de todas as coisas. Sou Jesus, aquele a quem serves”.
Diz a tradição que Cristóvão se fez apóstolo daquela região, Lícia, e que foi martirizado por volta de 250, sob o imperador Décio.