quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Papa destaca que fé não deve ser vivida de forma individualista

O Papa Bento XVI continuou nesta quarta-feira, 31, as reflexões sobre a fé católica propostas por ele para o Ano da Fé. Na catequese de hoje o Santo Padre exortou os fiéis a não se deterem numa fé individualista, mas enraizada na fé da Igreja.
Ao iniciar a reflexão, o Pontífice fez três questionamentos que nortearam toda a catequese. “A fé tem um caráter somente pessoal, individual? Interessa somente a minha pessoa? Vivo a minha fé sozinho?”
Segundo o Papa, a fé professada não é resultado de uma reflexão pessoal e solitária, nem produto de um pensamento excêntrico. Ao contrário, “é fruto de uma relação, de um diálogo, no qual tem um escutar, um receber e um responder; é o comunicar com Jesus que me faz sair do meu “eu” fechado em mim mesmo para abrir-me ao amor de Deus Pai.”
Bento XVI disse que o cristão não está impedido de viver uma intimidade com a Pessoa de Cristo. Deve sim buscar no silêncio do seu coração o encontro com o Mestre. Porém, lembra o Papa, “nossa fé é verdadeiramente pessoal, somente se é também comunitária: pode ser a minha fé somente se vive e se move no “nós” da Igreja, só se é a nossa fé, se é a fé comum da única Igreja.”
“Não posso construir a minha fé pessoal em um diálogo privado com Jesus, porque a fé é doada a mim por Deus através de uma comunidade crente que é a Igreja e me insere assim na multidão dos crentes em uma comunhão que não é só social, mas enraizada no amor eterno de Deus,” reforça o Papa.
Por fim , o Santo Padre, recordou que todo cristão deve reconhecer a necessidade de ter na Igreja a confirmação da fé. Num mundo onde o individualismo orienta as relações pessoais, o Papa lembra que a fé é um convite para todos serem “povo de Deus”, serem Igreja.
“Um cristão que se deixa guiar e plasmar pouco a pouco pela fé da Igreja, apesar de suas fraquezas, suas limitações e suas dificuldades, torna-se como uma janela aberta à luz do Deus vivo, que recebe essa luz e a transmite ao mundo.”

Evangelho (Lucas 13,22-30)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 22Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?”
Jesus respondeu: 24“Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão”. 25Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’.
26Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ 27Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ 28Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora.
29Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30E assim há muitos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Mensagem do Dia: Atenção! Hoje é um novo dia

O despertar de um novo dia deve nos remeter sempre a uma nova decisão: sermos melhores e agirmos de maneira diferente.
Hoje, o mar não é mais o mesmo de ontem, nem as árvores ou as pessoas, nem nós também. Entre uma noite e uma manhã há profundas mudanças. É interessante observarmos que, quando acordamos pela manhã, nossos sentimentos e pensamentos não são os mesmos da noite anterior.
Louvemos e agradeçamos a Deus por esta nova oportunidade que Ele nos dá. “Glorificai comigo o Senhor, juntos exaltemos o Seu nome” (Sl 33,4).
Jesus, eu confiou em Vós!
Luzia Santiago

Santo do Dia: Santo Afonso Rodrigues



Santo Afonso Rodrigues Diante da "galeria" de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos: Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532.

Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos no primário, pois com a morte do pai, assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares que amou tanto quanto os dois filhos, infelizmente todos, com o tempo, faleceram. Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamado a ser Irmão religioso e assim, assumiu grandes dificuldades como a limitação dos estudos. Vencendo tudo em Deus, Afonso foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão e depois do noviciado foi enviado para o colégio de formação.

No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços, e dentre as virtudes heróicas que conquistou na graça e querendo ser firme na fé, foi a obediência sua prova de verdadeira humildade. Santo Afonso sabia ser simples Irmão pois aceitava com amor toda ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus.

Tinha como regra: "Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda parte a Vontade Divina". Este santo encantador, com sua espiritualidade ajudou a muitos, principalmente São Pedro Claver quanto ao futuro apostolado na Colômbia. Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617.

Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Comissão do Vaticano emite declaração sobre Fraternidade São Pio X



Declaração da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei

A Pontifícia Comissão Ecclesia Dei aproveita a oportunidade para anunciar que, no seu mais recente comunicado (6 de setembro de 2012) a Fraternidade Sacerdotal São Pio X indicou a necessidade de sua parte de um tempo adicional de reflexão e estudo, para preparar a própria resposta às últimas iniciativas da Santa Sé.

O estudo atual das discussões em curso entre a Santa Sé e a Fraternidade Sacerdotal é fruto de três anos de diálogos doutrinais e teológicos, durante ao quais uma comissão conjunta se reuniu oito vezes para estudar e discutir, entre as outras questões, alguns pontos controversos na interpretação de certos documentos do Concílio Vaticano II. Quando tais diálogos doutrinais terminaram, foi possível proceder a uma fase de discussão mais diretamente focada no grande desejo de reconciliação da Fraternidade Sacerdotal São Pio X com a Sé de Pedro.

Outros passos fundamentais neste processo positivo de gradual reintegração haviam sido realizados pela Santa Sé em 2007 mediante a extensão à Igreja universal da Forma Extraordinária do Rito Romano com o Motu Proprio Summorum Pontificum, e, em 2009, com a abolição das excomunhões. Apenas alguns meses atrás, neste difícil caminho, foi alcançado um ponto fundamental quando, em 13 de junho de 2012, a Pontifícia Comissão apresentou à Fraternidade Sacerdotal São Pio X uma declaração doutrinal junto com uma proposta para a normalização canônica do próprio estado dentro da Igreja católica.

Atualmente, a Santa Sé está à espera da resposta oficial dos Superiores da Fraternidade Sacerdotal sobre estes dois documentos. Depois de trinta anos de separação, é compreensível sua necessidade de tempo para absorver o significado destes recentes desenvolvimentos. Enquanto o nosso Santo Padre Bento XVI busca promover e preservar a unidade da Igreja mediante a realização da reconciliação há tempos esperada da Fraternidade Sacerdotal São Pio X com a Sé de Pedro – uma potente manifestação da obra munus Petrinum – é necessário paciência, serenidade, perseverança e confiança.

JMJ Rio2013 lança canal Voluntários

O serviço de voluntários da JMJ Rio2013 ganhou um canal exclusivo no portal oficial do evento. O recurso foi lançado nesta segunda-feira, 29.

Para a secretária executiva do setor, Giselle Azevedo, o canal representa um lugar de encontro e interação entre os voluntários. Hoje, eles são 58 mil inscritos, sendo mais de 30 mil já selecionados. A meta é chegar aos 60 mil. "Eles estão muito motivados", garante Giselle. "E queremos mostrar esta energia".

A nove meses para a Jornada, o serviço já está ativo. "São voluntários já servindo nos eventos preparatórios, no Comitê Organizador Local e à distância, como os tradutores em outros países", explica Giselle. "Já contamos com os voluntários na construção da JMJ, com suas orações e dedicação".

Que a paz reine em toda cidade, pede Dom Odilo Scherer

De volta de Roma, onde participou do Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização, o cardeal de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, tomou conhecimento da onda de violência que tem assolado a capital e a região metropolitana da cidade de São Paulo.


Em mensagem intitulada “Que a paz reine em toda a cidade!”, o arcebispo se solidariza com o sofrimento de todos que perderam um ente querido, familiar ou amigo. “As vidas ceifadas, a dor dos familiares, a insegurança e o medo que se abatem sobre muitos não nos podem deixar indiferentes”.

O cardeal destaca, no entanto que não se pode recorrer à violência ou se fazer justiça com as próprias mãos para tentar sanar a dor da perda de uma pessoa.
“Por isso, ao mesmo tempo que me solidarizo com as pessoas que são vítimas dessa onda de violência e faço minha a dor de cada uma, não posso deixar de desaprovar o recurso à violência para a solução de conflitos ou para a afirmação de interesses. Faço um apelo veemente à calma e à reflexão, para que se desarmem os espíritos e se deixem de lado as armas de morte!”
O Vicariato da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo informa que a missa que o arcebispo presidirá no Dia de Finados, 2, às 15h no cemitério de Vila Formosa (Avenida: Flor de Vila Formosa s/n, Vila Formosa), será em intenção das vítimas da violência.

Novas Tecnologias e Vida Consagrada: saiba mais sobre o assunto

Em meio à pluralidade das novas tecnologias e ao estilo de vida virtual do homem contemporâneo, a Igreja Católica busca encontrar um espaço adequado com o qual possa usufruir destas novidades tecnológicas para semear o Reino de Deus.
Pensando nisso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) promovem entre os dias 1º e 4 de novembro de 2012, um Seminário de Comunicação que visa discutir o tema: “Novas Tecnologias, Novas Relações na Vida Consagrada: desafios culturais e perspectivas.”
A palestra de abertura do evento será feita pela Irmã Joana Terezinha Puntel, da Congregação das Irmãs Paulinas. A religiosa, que  também é professora universitária, explicou que a palestra busca localizar e situar a vida consagrada que está na Igreja, que está nessa sociedade, na qual precisa desenvolver a sua evangelização. A palestra servirá também como tentativa de compreensão da forma como estas novas tecnologias geram novas relações e, portanto, afetam a vida consagrada.
“São novas relações que não mudarão os princípios, mas vão mudar as formas de dialogar e até os métodos de formação. Afinal, existe uma nova maneira de aprender, de ensinar, de compreender as coisas e, isto diz respeito à vida consagrada, à vida de religiosos e religiosas que estão a todo momento em contato com essa sociedade”, destaca Irmã Joana.
Para a Irmã, não basta utilizar os novos instrumentos, mas é necessário um mergulho na cultura midiática. “A nós cabe voltar a atenção para o que está acontecendo com o ser humano ao fazer uso e ao estar nessas redes sociais. Afinal, Jesus veio para salvar as pessoas, não aos maquinários. Portanto, é necessário saber o que está acontecendo com a juventude e as demais pessoas que estão se relacionando de forma diferente do que poderíamos imaginar quatro ou cinco anos atrás. Por isso é fundamental mergulhar na cultura, no seu sentido antropológico”. 

Desafios

Conhecer a cultura, segundo Irmã Joana, é um dos principais desafios para a Igreja, que tem buscado fazer-se presente no uso das novas tecnologias. É preciso que a Igreja entre neste meio também colaborando, principalmente com a juventude, para que ela compreenda o que vem a ser essa cultura virtual.
Outro desafio citado pela Irmã é o risco de cair na superficialidade. Logo, seria necessário um aprofundamento cultural e antropológico da sociedade, buscando uma inovação dos métodos pastorais.
“A comunicação passa por uma mudança na sua própria natureza. Ou seja, aquela forma unilinear de se comunicar e de se passar um conteúdo sofreu mudanças. Isso implica na adequação à interatividade, à interconexão e etc. Estes são aspectos e posturas com os quais nós, Igreja, não estamos habituados. Portanto, é necessária a adequação”.

Igreja e novas tecnologias
Irmã Joana também lembra o que disse o Papa Bento XVI em relação à autenticidade nas novas tecnologias. “É necessária uma formação para a liberdade responsável e para a formação humana, que fale da maneira cristã de se estar nas redes. A presença do cristão nas novas tecnologias precisa ser um reflexo daquilo que ele, de fato, é no seu interior”, lembrou a religiosa.

O incentivo à inserção da Igreja nos novos meios de comunicação parte de Bento XVI, especialmente em sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, quando diz: “Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem atual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus.”
O Seminário de Comunicação pretende reunir na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), em São Paulo (SP), cerca de 200 pessoas, entre elas: consagrados e consagradas jovens, formadores, estudantes de Teologia e Filosofia, Superiores Maiores e Coordenadores de Comunidade.
Para mais informações sobre o evento, acesse o site: www.crbnacional.org.br

Evangelho (Lucas 13,18-21)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. 20Jesus disse ainda: “Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? 21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Santo do Dia: São Frumêncio



São Frumêncio A história do santo de hoje se entrelaça com a conversão de uma multidão de africanos ao amor de Cristo e à Salvação. São Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte.

Deste mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do rei Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima educação cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e visitar os parentes: Edésio foi para Liro e Frumêncio caminhou para partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e um Bispo. Santo Atanásio admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isto em 350.

Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o "Padre portador da Paz". Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo.

São Frumêncio, rogai por nós!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Congregação vaticana promove campanha de oração pela evangelização

Já está na rede o portal da “Campanha de oração pela evangelização do mundo”, promovido pela Congregação para a Evangelização dos Povos e pelas Pontifícias Obras Missionárias. O projeto promove uma campanha mundial que, através da oração do Terço, acompanhe a obra de evangelização no mundo e, para muitos batizados, o redescobrimento e o aprofundamento da fé.Também é possível acessar uma entrevista com o Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, que por ocasião de sua recente visita pastoral à República Democrática do Congo, explicou a campanha.

“No Ano da Fé, haverá muitos programas de estudo teológico em todo o mundo. A Congregação para a Evangelização dos Povos acredita que todas estas atividades do Ano da Fé devem ser amparadas por uma iniciativa silenciosa fundamental, que é o Terço pela evangelização durante todo este Ano. Esta iniciativa compromete cada pessoa a ajudar dia após dia a evangelização dos povos que não conhecem a fé, aquelas que a rejeitam e aqueles que a perderam”.

O site está disponível em italiano, inglês, francês e espanhol e dividido por seções: oração pelas evangelização, oração interior, oração mariana, intenções de oração e outras. Para acessar o site, o endereço é www.ppoomm.va/evangelizzazione/index.html.

Festival da Juventude está com inscrições abertas

O Festival da Juventude está com inscrições abertas para apresentações culturais do Brasil e do mundo. O evento é uma oportunidade de encontrar Deus por meio da arte, dentro da programação da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013.

O evento promove um intercâmbio cultural por meio da evangelização dos jovens nesta grande festa de fé, que será realizada no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho do próximo ano. Para participar, basta fazer a inscrição no site www.rio2013.com/pt/festival-da-juventude.

Segundo a secretária Executiva do setor de Atos Culturais do Comitê Organizador Local da JMJ Rio2013, Paloma Lladó, o Festival da Juventude é uma forma de encontrar Deus nas apresentações artísticas.

“Uma alma contente é uma alma que canta”, diz. “Queremos mostrar a alegria de ser povo de Deus por meio da música, teatro, dança, exposições”.

O Festival da Juventude terá apresentações de músicas, peças teatrais, danças e exposições. No site da JMJ, estão disponíveis três formulários para música, artes cênicas e exposição. Os grupos interessados em se apresentar podem preencher um dos formulários. Estas apresentações poderão acontecer em um dos palcos da JMJ, espalhados por toda a cidade do Rio de Janeiro, em auditórios, teatros, museus.

As inscrições vão até o dia 15 de dezembro de 2012 e estão sob a responsabilidade do Setor de Atos Culturais do Comitê Organizador Local (COL).

Na seleção, serão contemplados, como critérios principais, a coerência com o Magistério da Igreja, a qualidade técnica e a adequação ao espírito jovem da JMJ.

Para apresentações musicais, serão aceitas as cristãs, em qualquer ritmo. As bandas, grupos e exposições vão se apresentar em diversos teatros da cidade e em palcos distribuídos pelos bairros. Os participantes dos grupos que forem aprovados para participar do Festival da Juventude não precisam ser peregrinos. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail festival@rio2013.com.

Vaticano emite comunicado sobre sentença de Paolo Gabriele

A secretaria de Estado do Vaticano publicou nesta quinta-feira, 25, um comunicado sobre a sentença aplicada a Paolo Gabriele, considerado culpado pelo roubo qualificado de documentos reservados da Santa Sé, caso conhecido como "vatileaks".

O ex-mordomo do Papa Bento XVI foi condenado a 1 ano e meio de prisão. Como não houve recurso, o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, declarou hoje que a sentença passa a ser definitiva e que a ordem para a execução da sentença será cumprida ainda hoje.

"A sentença do processo contra Paolo Gabriele, ora julgada, coloca um ponto final em uma história triste, que teve consequências muito dolorosas.

Foi um insulto pessoal ao Santo Padre; violou-se o direito à privacidade de muitas pessoas que estavam à sua volta em razão do próprio trabalho; gerou-se um prejuízo à Santa Sé e às suas diversas instituições; criou-se obstáculo às comunicações entre os bispos do mundo e a Santa Sé e causou escândalo na comunidade de fiéis. Enfim, por um período de vários meses foi perturbada a serenidade da comunidade de trabalho que cotidianamente está a serviço do Sucessor de Pedro.

O acusado foi considerado culpado ao término de um procedimento jurídico que se desenvolveu com transparência, equanimidade, com pleno respeito do direito à defesa. O julgamento pôde estabelecer os fatos, constatando que o senhor Gabriele colocou em ação o seu projeto criminoso sem ser instigado ou motivado por outros, mas baseando-se em convicções pessoais em nenhum modo partilhadas. As várias conjunturas sobre a existência de cumplicidade ou o envolvimento de mais pessoas revelaram-se, à luz da sentença, improcedentes.

Com a decisão da sentença em juízo, o senhor Gabriele deverá cumprir o período de detenção que lhe foi infligido. Abre-se em seu encargo o procedimento para a destituição do direito previsto no Regulamento Geral da Cúria Romana.

Com relação à medida de detenção, fica aberta a eventualidade da concessão do indulto que, como se lembrou várias vezes, é um ato soberano do Santo Padre. Não obstante, a mesma pressupõe, razoavelmente, o arrependimento do réu e o pedido sincero de perdão ao Sumo Pontífice e a quantos foram ofendidos injustamente.

Em comparação com o dano causado, a pena aplicada resulta, ao mesmo tempo, branda e equitativa, devido à peculiaridade do sistema jurídico do qual emana" 

Cardeal Filoni propõe maior diálogo entre Santa Sé e China

A carta do Papa dirigida aos católicos chineses em 2007 permanece válida também no sentido de favorecer uma retomada do diálogo entre Santa Sé e Governo de Pequim, um diálogo que poderia ser reiniciado através a criação de uma Comissão bilateral permanente de altíssimo nível entre a China e a Santa Sé, nos mesmos moldes daquela existente entre China e Taiwan. É o que propõe o Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, em artigo publicado nesta quinta-feira no site do trimestral Tripod, do Holy Spirit Study Center, da Diocese de Hong Kong.
Por ocasião do quinto aniversário da publicação da Carta de Bento XVI, o Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos confirmou “o valor, a oportunidade e a atualidade” daquele texto pontifício que “poderia verdadeiramente representar um ponto de partida para o diálogo na Igreja na China, além de estimular aquele entre Santa Sé e Governo de Pequim”.
"A carta papal dirigida aos católicos chineses em 2007, adverte o Cardeal, não tinha um objetivo principal de cunho político. Ela buscava antes de tudo, manifestar publicamente qual era a postura da Sé Apostólica em relação à complexa situação da Igreja na China".
"Depois de anos de estudo, recordou o Purpurado, a Santa Sé tinha a clara percepção de que a Igreja na China no seu conjunto nunca havia sido cismática. Esta porém, continuava a viver uma dilacerante divisão entre aqueles que não aceitavam o controle político imposto pelas autoridades civis e aqueles que, pelo contrário, o suportavam para sobreviver".
As profundas feridas internas no seio da Igreja não conseguiram ser curadas, também devido a interferências externas. Em função disto, adverte,"cada tentativa de favorecer a reconciliação eclesial no caso chinês, implica, necessariamente, a necessidade de diálogo entre Santa Sé e os poderes civis chineses".
Nestes cinco anos desde a publicação da Carta, ao invés de um diálogo aberto e leal desejado pelo Papa com as autoridades de Pequim, o que se viu foram incompreensões, acusações e endurecimento de posições baseados, sobretudo, em notícias incompletas e falsas.
Após admitir que algumas iniciativas e reações da Santa Sé não foram bem recebidas pelo Governo chinês, o Prefeito deste Dicastério vaticano citou três sinais preocupantes mais recentes nesta relação, como o caso do Bispo Matteo Ma Daquin, de Xangai, privado de sua liberdade porque no dia de sua ordenação episcopal manifestou desejo de dedicar-se plenamente ao trabalho pastoral, abdicando assim dos encargos que o Governo lhe havia incumbido.
Diante desta situação, o Cardeal Filoni questiona se não é chegado o tempo de se pensar a um novo modelo de diálogo, mais aberto e a um nível mais levado. Ele citou como exemplo as comissões estabelecidas entre Pequim e Taipei e os instrumentos de contato em que Santa Sé e o Vietnã encontraram um modus operandi er progrediendi.

Bento XVI recebe Presidente do Chipre

Bento XVI recebeu nesta quinta-feira, 25, no Vaticano, o Presidente do Chipre, Demetris Christofias.

A paz no Oriente Médio e a situação crítica que atravessa a Europa foram os temas abordados esta manhã. "Os encontros, realizados numa atmosfera amigável, mostram as boas relações existentes entre Santa Sé e República de Chipre", afirma num comunicado a Sala de Imprensa da Santa Sé.

Foi também ressaltado a importância do diálogo e do respeito pelos direitos humanos, dentre eles a liberdade religiosa. O Chipre exerce a presidência rotativa da União Europeia. "Espera-se, então, que as iniciativas de diálogo e de paz entre as partes em conflito no Oriente Médio alcancem resultados positivos com a ajuda da comunidade internacional" – destaca a nota.

Após o encontro com o Papa, o presidente cipriota encontrou-se com o Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, acompanhado pelo Secretário das Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti.

Bento XVI visitou a ilha de Chipre de 4 e 6 de junho de 2010 para entregar o Instrumentum Laboris (Instrumento de Trabalho) do Sínodo para o Oriente Médio que se realizou em outubro desse mesmo ano, no Vaticano.

Diretor da AIS comenta dados sobre liberdade religiosa no Brasil

No Brasil, não há relatos de violações do direito à liberdade religiosa por parte das autoridades. Isso é o que revela o "Relatório sobre a Liberdade Religiosa no mundo 2012", realizado e divulgado nesta semana pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
Salvo-guardada pela Constituição Federal, no Artigo 5º, a liberdade religiosa no Brasil tem sido preservada no que diz respeito a registros de violência física e expressa contra cristãos ou outras confissões. Todos os brasileiros têm o direito de exercer seu credo conforme suas convicções.

A liberdade religiosa
Mas, o que se entende por liberdade religiosa? Todo ser humano é portador desta liberdade? O que tem sido feito para que todos possam usufruir dela?
Em entrevista à equipe do noticias.cancaonova.com, o Diretor da Fundação AIS no Brasil, José Corrêa, explicou que se entende por liberdade religiosa a liberdade que todo cidadão do país tem de praticar a sua crença religiosa sem nenhum constrangimento. Nela as religiões podem se organizar e propor as suas idéias sem restrições.
Mesmo em meio ao Século XXI, nem todos os países estão sujeitos ou influenciados por esta liberdade. Assim como, nem todas as religiões são tolerantes à liberdade religiosa dos semelhantes. Há países, no Oriente Médio, por exemplo, onde a cultura religiosa de algumas denominações é profundamente intolerante aos cristãos, podendo estes serem até condenados à morte por defenderem sua religião.
A Igreja Católica tem trabalhado para que a liberdade religiosa de qualquer pessoa ou denominação seja respeitada. Porém, é do conhecimento de todos que se trata de um desafio ainda a ser vencido, visto que os paradigmas e preconceitos religiosos ainda são fortes em muitas regiões do mundo.
Sobre o Relatório no Brasil
Corrêa explicou ainda metodologia do relatório e trouxe uma análise a respeito da liberdade religiosa no Brasil.
No total, foram examinados 196 países, dos quais 131 de maioria cristã. Segundo José Corrêa, em nosso Brasil, para pesquisa, foram consultados o Núncio Apostólico, Dom Giovanni d'Aniello, alguns especialistas das Pontifícias Universidades Católicas (PUCs) de São Paulo e do Rio de Janeiro, dentre outras autoridades.
Aborto e violência social
No Brasil, o relatório aponta, não como perseguição, mas como sinais de barreiras que dificultam a vivência plena da religiosidade, as questões do aborto e da violência social.
"Está havendo uma pressão, tanto por meio de alguns elementos da imprensa como elementos políticos, para a legalização do aborto no Brasil. Como a Igreja se opõe, saíram no ano passado muitos artigos de imprensa, houve discursos de alguns políticos, que disseram que a Igreja não tem que se meter nestes assuntos. Obviamente, isso é um problema moral, então, é da competência da Igreja sim. E ela tem o direito de se manifestar. Estamos num país livre”, afirmou José Corrêa.
Sobre as situações de morte ou ameaças que sofreram ou sofrem alguns religiosos e leigos, especialmente no norte do país, José Corrêa diz que se trata de casos pontuais de perseguição local. "Tanto que, algo foi feito para aqueles que perseguiram. Alguns foram julgados e presos. Esses casos são vistos mais como problemas sociais e não como um ataque à religião ou à prática religiosa. Eles atacam pessoas da Igreja que defenderam os direitos de outras pessoas."
Para José Corrêa, no Brasil a liberdade religiosa está longe de ser ameaçada, por ter uma base democrática e pelo fato de que boa parte do povo brasileiro não toleraria esse tipo de opressão. "Esse é um sinal de que os princípios cristãos ainda são muito influentes sobre o povo brasileiro", afirmou o Diretor da AIS.

Evangelho (Lucas 12,54-59)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 54Jesus dizia às multidões: “Quando vedes uma nuvem vinda do ocidente, logo dizeis que vem chuva. E assim acontece. 55Quando sentis soprar o vento do sul, logo dizeis que vai fazer calor. E assim acontece. 56Hipócritas! Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente? 57Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?
58Quando, pois, tu vais com o teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto estais a caminho. Senão ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao guarda, e o guarda te jogará na cadeia. 59Eu te digo: daí tu não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Santo do Dia: São Luís Orione


São Luís Orione O Papa João Paulo II, em 1980, colocou diante dos nossos olhos um grande exemplo de santidade expressa na caridade: Luís Orione.

Nasceu em Pontecurone, um pequeno município na Diocese de Tortona, no Norte da Itália, no dia 23 de junho de 1872. Bem cedo percebeu o chamado do Senhor ao sacerdócio. Ao entrar no Oratório, em Turim, recebeu no coração as palavras de São Francisco de Sales lançadas pelo amado São João Bosco: "Um terno amor ao próximo é um dos maiores e excelentes dons que a Divina Providência pode conceder aos homens".

Concluiu o ginásio, deixou o Oratório Salesiano, voltou para casa e depois entrou no seminário onde cursou filosofia, teologia, até chegar ao sacerdócio que teve como lema: "Renovar tudo em Cristo".

Luís Orione, sensível aos sofrimentos da humanidade, deixou-se guiar pela Divina Providência a fim de aliviar as misérias humanas.

Sendo assim, dedicou-se totalmente aos doentes, necessitados e marginalizados da sociedade. Também fundou a Congregação da "Pequena Obra da Divina Providência". Em 1899, Dom Orione deu início a mais um Ramo da nova Congregação: os "Eremitas da Divina Providência".

Em 1903, Dom Orione recebeu a aprovação canônica aos "Filhos da Divina Providência", Congregação Religiosa de Padres, Irmãos e Eremitas da Família da Pequena Obra da Divina Providência. A Congregação e toda a Família Religiosa propunha-se a "trabalhar para levar os pequenos os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante obras de caridade".

Dom Orione teve atuação heróica no socorro às vítimas dos terremotos de Reggio e Messina (1908) e da Marsica (1915). Por decisão do Papa São Pio X, foi nomeado Vigário Geral da Diocese de Messina por 3 anos. Vinte anos depois da fundação dos "Filhos da Divina Providência", em 1915, surgiu como novo ramo a Congregação das "Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade", Religiosas movidas pelo mesmo carisma fundacional.

O zelo missionário de Dom Orione cedo se manifestou com o envio de missionários ao Brasil em 1913 e, em seguida, à Argentina, ao Uruguai e diversos países espalhados pelo mundo. Dom Orione esteve pessoalmente como missionário, duas vezes, na América Latina: em 1921 e nos anos de 1934 a 1937, no Brasil, na Argentina e no Uruguai, tendo chegado até ao Chile. Foi pregador popular, confessor e organizador de peregrinações, de missões populares e de presépios vivos. Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio; na construção desses santuários será sempre lembrada a iniciativa de Dom Orione de colocar seus clérigos no trabalho braçal ao lado dos mais operários civis.

Em 1940, Dom Orione atacado por graves doenças de coração e das vias respiratórias foi enviado para Sanremo. E ali, três dias depois de ter chegado, morreu no dia 12 de Março, sussurrando suas últimas palavras: "Jesus! Jesus! Estou indo."

Vinte e cinco anos depois, em 1965, seu corpo foi encontrado incorrupto e depositado numa urna para veneração pública, junto ao Santuário da Guarda, em Sanremo na Itália.

O Papa Pio XII o denominou "pai dos pobres, benfeitor da humanidade sofredora e abandonada" e o Papa João Paulo II depois de tê-lo declarado beato em 26 de outubro de 1980, finalmente o canonizou em 16 de maio de 2004.

São Luís Orione, rogai por nós!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Criada no Vaticano Escola Interdisciplinar sobre a Vida Consagrada

"Escola Interdisciplinar para a formação ao Magistério Eclesial e à Normativa canônica sobre a Vida consagrada na Igreja" é o nome da nova estrutura que nasce na Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

O novo "Studium" substituirá a Escola Prática que existe há 60 anos para dar um renovado percurso interdisciplinar formativo dirigido a pessoas consagradas e leigos. Será estudada uma visão identitária integrada-eclesial da vocação à vida consagrada. A metodologia interdisciplinar aplicada para a escola é a pesquisa e a reflexão da Traditio da Igreja em diálogo com a cultura contemporânea.

O primeiro encontro da nova Escola será nesta quarta-feira, 24, próximo com o discurso introdutório do prefeito da Congregação, o Cardeal brasileiro João Braz de Aviz.

A Escola deverá conferir Diploma de "Perito em Magistério Eclesial e Normativa canônica da Vida Consagrada". Para conseguir o diploma, além de prestar provas das disciplinas da seção interdisciplinar e da frequência nos seminários da seção prática, os inscritos deverão elaborar uma tese em matéria didática ou prática.

O programa de estudos 2012 / 2013 inicia com a renovação da reflexão sobre a identidade da vida consagrada a 50 anos do Concílio e no contexto das culturas contemporâneas em resposta ao apelo de Bento XVI, lançado durante a Jornada Mundial da vida consagrada de 2 de fevereiro de 2012, quando convidou os consagrados a "verificar e revitalizar" a sua presença e forma de apostolados dentro do povo de Deus.

A escola tem uma estrutura bienal, articulada em duas seções complementares: Interdisciplinar e Prática. As aulas acontecerão na Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma em ritmos semanais, toda quarta-feira, das 15h15 às 18h30, enquanto a seção prática na primeira e na terceira terça-feira do mês. Para as inscrições se deve dirigir à Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

Pelo "desejo de todos os consagrados de "ouvir cum Petro, cum ecclesia"" o Estudo será dedicado ao Santo Padre Bento XVI. A concessão do título foi comunicada pelo Secretário de Estado, Cardeal Tarcísio Bertone, que formulou "votos de bem para uma sempre generosa e profícua atividade a serviço da missão da Vida Consagrada na Igreja e no mundo", divulgou o comunicado da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

"A dedicação a Bento XVI do Studium, se insere em um contexto de maior atenção ao ensinamento dos Papas e à abertura à universalidade da Igreja. Depois do Concílio surge a exigência de aprofundar cada vez mais, não somente os aspectos estritamente jurídicos, mas também temas teológicos que diziam respeito aos problemas da vida consagrada, à luz dos documentos pontifícios, conciliares e do dicastério", explica o "L'Osservatore Romano" de hoje.

O projeto realizado pela Irmã Nicla Spezzati e Padre Sebastiano Paciolla, subsecretários do dicastério, coordenados pelo prefeito, o Cardeal João Braz de Aviz e pelo Secretário, o Arcebispo Joseph W. Tobin.

Evangelho (Lucas 12,35-38)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 35Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. 36Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. 37Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade, eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Mensagem do Dia: O que fazer quando surge um desafio?

O grande desafio para cada um de nós neste começo de semana é: “Pensar a verdade no nosso íntimo” (Sl 14) e ser, quando estamos sozinhos, a mesma coisa quando estamos com as pessoas. Para isso, constantemente, precisaremos nos vigiar em cada atitude e diante de cada pensamento e nos perguntar: “Se eu estivesse com alguém teria a coragem de realizar esta ação? Se eu estivesse na frente de tal pessoa, eu falaria isso?”
Precisamos ser honestos com nós mesmos para que a luz de Cristo brilhe em nós e todos os que virem nossas obras deem glória a Deus.
Vamos hoje nos exercitar em pensar a verdade no nosso íntimo e ser quem somos sozinhos ou acompanhados?
Senhor, dá-nos a graça de sermos luz no nosso ambiente de trabalho, na nossa casa e por onde passarmos.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

Santo do Dia: São João de Capistrano



São João de Capistrano O santo de hoje fez da ação um ato de amor e do amor uma força para a ação, por isso, muito penitente e grande devoto do nome de Jesus chegou à santidade. João nasceu em Capistrano (Itália), em 1386, e com privilegiado e belos talentos, cursou os estudos jurídicos na universidade de Perusa. Juiz de direito, casado e nomeado governador de uma cidade na Itália, acabou na prisão por causa de intrigas políticas. Diante do sistema do mundo, frágil, felicidade terrena, e após a morte de sua esposa, João quis entrar numa Ordem religiosa. Com este objetivo teve João a coragem de vender os bens, pagar o resgate de sua missão, dar o resto aos pobres e seguir Jesus como São Francisco de Assis. O superior da Ordem, conhecendo os antecedentes de João, o submeteu a duras provas de sua vocação e, por tudo, João passou com humildade e paciência. Ordenado sacerdote consagrou-se ao poder do Espírito no apostolado da pregação; viveu de modo profundo o espírito de mortificação. João de Capistrano enfrentou a ameaça dos turcos contra a Europa e a tentativa de desunião no seio da própria Ordem Franciscana. Apesar de homem de ação prodigiosa e de suas contínuas viagens através de toda a Europa descalço, João foi também escritor fecundo, consumido pelo trabalho.

São João tinha muita habilidade para a diplomacia; era sábio, prudente, e media muito bem seus julgamentos e suas palavras. Tinha sido juiz e governador e sabia tratar muito bem às pessoas. Por isso quatro Pontífices (Martinho V, Eugênio IV, Nicolau V e Calixto III) empregaram-no como embaixador em muitas e muito delicadas missões diplomáticas e com muito bons resultados. Três vezes os Sumos Pontífices quiseram nomeá-lo Bispo de importantes cidades, mas preferiu seguir sendo humilde pregador, pobre e sem títulos honoríficos. Em 1453, os turcos muçulmanos propuseram invadir a Europa para acabar com o Cristianismo. Então São João foi à Hungria e percorreu toda a nação pregando ao povo, incitando-o a sair entusiasta em defesa de sua santa religião. As multidões responderam a seu chamado, e logo se formou um bom exército de crentes. Os muçulmanos chegaram perto de Belgrado com 200 canhões, uma grande frota de navios de guerra pelo rio Danúbio, e 50.000 terríveis jenízaros da cavalo, armados até os dentes. Os chefes católicos pensaram em retirar-se porque eram muito inferiores em número. Mas foi aqui quando interveio João de Capistrano: empunhando um crucifixo, foi percorrendo com ele todas as fileiras, animando os soldados com a lembrança de que iam combater por Jesus Cristo, o grande Deus dos exércitos. tanta confiança e coragem inspirou a presença do santo aos cristãos, que logo ao primeiro ímpeto foi derrotado o exército otomano. Morreu aos 71 anos de idade a 23 de outubro de 1456 e foi beatificado pelo Papa Leão X e solenemente canonizado pelo Papa Alexandre VIII no ano de 1690.

São João de Capistrano, rogai por nós!

domingo, 21 de outubro de 2012

"Santos são os mais importantes evangelizadores", diz Dom Odilo

O cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, comentou a Santa Missa presidida pelo Papa Bento XVI neste domingo, 21, durante a qual foram canonizados sete beatos. Presente em Roma para o Sínodo dos Bispos, o cardeal destacou que os santos são os mais importantes evangelizadores. Dom Odilo caracterizou como sintomática a escolha do Papa em fazer estas canonizações durante o Sínodo para a Nova Evangelização e também no início do Ano da Fé. Para Dom Odilo, isso indica, primeiramente, que a fé é um caminho de santidade quando bem acolhida e vivida. Ele também destacou que a fé, em última análise, é expressão da união com Deus.

“Portanto, no início do Ano da Fé, colocar novos santos diante de nós é muito significativo, indicativo para aquilo que deve ser a vivência da fé. E a proclamação desses santos durante o Sínodo sobre a nova evangelização para a transmissão da fé, indica várias coisas”.

Uma dessas indicações é que são santos missionários ou que viveram em situações missionárias. “Isso nos lembra sempre de novo que a evangelização ao longo da história foi promovida pelos missionários e tantos que fundaram iniciativas missionárias, que promoveram a evangelização ou nova evangelização ad gentes, ou seja, no meio do que ainda não tinham recebido o anúncio”.

O cardeal destacou que isso também lembra que os santos são os mais importantes evangelizadores, uma vez que, além do testemunho de vida deles, da pessoa deles como pessoas de Deus, eles também atraíram muitas pessoas para Deus.

“E tantas pessoas querem se aproximar do santo para também terem esse acesso ao mistério da fé, o mistério de Deus. Portanto, também isso nos é recordado no Sínodo, que a santidade é evangelizadora, os santos são os grandes evangelizadores. E a Igreja precisa olhar de novo para o exemplo, a vida e a ação dos santos para deles aprender a fazer também a nova evangelização em tempos novos, em contextos mudados, difíceis, desafiadores, mas não há nada que resista à beleza, à transparência de uma pessoa santa, da santidade de vida que tenha assim um grande contato, experiência de Deus”, finalizou o Cardeal.

Papa pede orações por Lourdes, atingida por fortes chuvas

Após a Santa Missa celebrada na manhã deste domingo, 21, na Praça São Pedro, durante a qual foram canonizados sete beatos, Bento XVI rezou a oração do Angelus.

Nas palavras que antecedem a oração mariana, o Papa convidou os fiéis, peregrinos, autoridades e os padres sinodais presentes na Praça a se dirigirem a Nossa Senhora com um pensamento a Lourdes, atingida por fortes chuvas que fizeram transbordar o Rio Gave e inundaram a Gruta das Aparições de Maria.

Cerca de 500 peregrinos foram evacuados, ninguém ficou ferido, mas o santuário estará fechado ao público nos próximos dias.
Neste domingo, em que a Igreja celebra o Dia Mundial das Missões, Bento XVI também confiou à proteção de Nossa Senhora os missionários e as missionárias – sacerdotes, religiosos e leigos – que em todas as partes do mundo espalham a semente do Evangelho.

Por fim, “rezemos pelo Sínodo dos Bispos, que nessas semanas está se confrontando com o desafio da nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.

Ao se dirigir aos presentes em várias línguas, o Pontífice saudou em especial os peregrinos e as delegações oficiais de Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Filipinas, Itália e Madagascar, que vieram Roma para a canonização dos sete beatos. “Possa o exemplo desses novos santos os encorajar a acolher o amor de Cristo em suas vidas.”

Que o testemunho dos novos Santos fale a toda a Igreja, pede Papa

O Papa Bento XVI presidiu neste domingo, 21, a celebração eucarística durante a qual foram canonizados sete beatos. Reunido com os peregrinos na Praça São Pedro, o Papa rezou para que o testemunho desses novos Santos, “a sua vida oferecida generosamente por amor a Cristo, possa falar hoje a toda a Igreja, e a sua intercessão possa reforçá-la e sustentá-la na sua missão de anunciar o Evangelho no mundo inteiro”No dia em que se celebra o Dia Mundial das Missões, Bento XVI recordou as palavras de Jesus relatadas pelo evangelista Marcos: “O Filho do homem veio para servir e dar a sua vida como resgate para muitos (cf. Mc 10,45)”. O Papa disse que, em especial neste dia, a Igreja escuta estas palavras com uma intensidade particular e reaviva a consciência para o serviço ao homem e ao Evangelho.

O Pontífice também afirmou que os sete beatos hoje canonizados tiveram sua vida constituída por estas palavras. “Com coragem heróica eles consumiram a sua existência na consagração total a Deus e no serviço generoso aos irmãos. São filhos e filhas da Igreja, que escolheram a vereda do serviço seguindo o Senhor”.

Bento XVI prosseguiu fazendo um breve relato sobre a vida de cada um desses novos Santos. O primeiro deles foi Jacques Berthie, nascido na França em 1838 que, durante seu ministério paroquial, teve o desejo ardente de salvar almas. Ao morrer, ele disse as seguintes palavras "Prefiro antes morrer que renunciar à minha fé".

O outro novo Santo da Igreja é Pedro Calungsod, cujo amor a Cristo o inspirou a preparar-se como catequista junto com os missionários jesuítas da região de Visayas, nas Filipinas. Ele seguiu em missão para as Ilhas Marianas para evangelizar o povo Chamorro, mas no local a vida era difícil e os missionários eram perseguidos, o que não impediu Pedro de demonstrar uma grande fé e caridade

Giovanni Battista Piamarta foi lembrado pelo Papa como grande apóstolo da caridade e da juventude. Ele se dedicou ao “progresso cristão, moral e profissional das novas gerações, com a sua esplêndida humanidade e bondade”.

De Santa Maria del Carmelo Salles y Barangueras, religiosa nascida em Vic, Espanha, em 1848, Bento XVI destacou sua obra educativa, confiada à Virgem Imaculada. Segundo o Papa, essa obra continua a dar frutos abundantes entre os jovens.

Já Marianne Cope abraçou voluntariamente o chamado para ir cuidar dos leprosos no Havaí, o que era recusado por muitos. “Em uma época em que pouco se podia fazer por aqueles que sofriam dessa terrível doença, Marianne Cope demonstrou um imenso amor, coragem e entusiasmo”.

Kateri Tekakwitha levou uma vida simples e permaneceu fiel ao seu amor por Jesus, à oração e à Missa diária. Seu maior desejo era fazer o que agradava a Deus.

Sobre a nova Santa Anna Schäffer, Bento XVI disse que ela quis entrar em uma congregação missionária. “Fortalecida pela comunhão diária, tornou-se uma intercessora incansável através da oração e um espelho do amor de Deus para as numerosas pessoas que procuravam conselho”.

Evangelho (Marcos 10,35-45)

— O Senhor esteja convosco
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 35Tiago e João, filhos de Zebedeu, foram a Jesus e lhe disseram: “Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir”.
36Ele perguntou: “O que quereis que eu vos faça?”
37Eles responderam: “Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda, quando estiveres na tua glória!”
38Jesus então lhes disse: “Vós não sabeis o que pedis. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado?”
39Eles responderam: “Podemos”.
E ele lhes disse: “Vós bebereis o cálice que eu devo beber, e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado. 40Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. É para aqueles a quem foi reservado”.
41Quando os outros dez discípulos ouviram isso, indignaram-se com Tiago e João.
42Jesus os chamou e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. 43Mas, entre vós, não deve ser assim; quem quiser ser grande, seja vosso servo; 44e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos. 45Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos”.- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Santo do Dia: Santa Úrsula


Santa Úrsula Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. A fama de sua beleza se espalhou e ela passou a ser desejada por vários pretendentes (embora Úrsula tenha feito um voto secreto de consagração total a Deus). Seu pai acabou aceitando a proposta de casamento feita pelo duque Conanus, um general de exército pagão, seu aliado.

Úrsula fora educada nos princípios cristãos. Por isso ficou muito triste ao saber que seu pretendente era pagão. Quis recusar a proposta mas, conforme costume da época, deveria acatar a decisão de seu pai. Pediu, então, um período de três anos para se preparar. Ela esperava converter o general Conanus durante esse tempo, ou então, encontrar um meio de evitar o casamento. Mas não conseguiu nem uma coisa, nem outra.

Conforme o combinado, ela partiu para as núpcias, viajando de navio, acompanhada de onze jovens, virgens como ela, que iriam se casar com onze soldados do duque Conanus. Há lendas e tradições que falam em onze mil virgens, ao invés de onze apenas. Mas outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que foram mesmo onze meninas.

Foram navegando pelo rio Reno e chegaram a Colônia, na Alemanha. A cidade havia sido tomada pelo exército de Átila, rei dos hunos. Eles mataram toda a comitiva, sobrando apenas Úrsula, cuja beleza deixou encantado ao próprio Átila. Ele tentou seduzi-la e lhe propôs casamento. Ela recusou, dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Átila, enfurecido, degolou pessoalmente a jovem, no dia 21 de outubro de 383. Em Colônia, uma igreja guarda o túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras.

Durante a Idade Média, a italiana Ângela de Mérici, fundou a Companhia de Santa Úrsula, com o objetivo de dar formação cristã a meninas. Seu projeto foi que essas futuras mamães seriam multiplicadoras do Evangelho, catequizando seus próprios filhos. Foi um avanço, tendo em vista que nesta época a preocupação com a educação era voltada apenas para os homens. Segundo a fundadora, o nome da ordem surgiu de uma visão que ela teve.

Atualmente as Irmãs Ursulinas, como são chamadas as filhas de Santa Ângela, estão presentes nos cinco continentes, mantendo acesas as memórias de Santa Ângela e Santa Úrsula.

Santa Úrsula, rogai por nós!

sábado, 20 de outubro de 2012

Formações Católica: Não caia no desânimo

Ser fortes de ânimo ajuda a suportar as dificuldades e superar nossos limites. Para os cristãos, Cristo é o exemplo para viver uma virtude que abre a porta a muitas outras.
“Através das dificuldades, às estrelas”. Esta conhecida frase de Sêneca expressa de modo gráfico a experiência humana de que, para conseguir o melhor, há que se esforçar, de que “o que vale, custa”, de que é preciso lutar para vencer os obstáculos e arestas que nunca deixam de se apresentar ao longo da vida, para poder alcançar os bens mais altos.
Muitas peças literárias de diversas culturas exaltam a figura do herói, que encarna de algum modo aquelas palavras da sabedoria latina, que qualquer pessoa desejaria também para si: nil difficile volenti, nada é difícil para aquele que quer.
Assim pois, no nível humano, a fortaleza é valorizada e admirada. Essa virtude, que anda de mãos dadas com a capacidade de sacrificar-se, tinha entre os antigos um perfil bem definido. O pensamento grego considerava a “andreia” como uma das virtudes cardeais, que modera os sentimentos de combate próprios do apetite irascível, e assim dá vigor ao homem para buscar o bem, mesmo que seja difícil e árduo, sem que o medo o detenha.
Pertence também à experiência humana a constatação da debilidade de nossa condição, que constitui, em certo sentido, a outra face da moeda da virtude da fortaleza. Muitas vezes temos de reconhecer que não fomos capazes de realizar tarefas que teoricamente estavam ao nosso alcance.
Dentro de nós encontramos a tendência a nos acomodar, a sermos condescendentes conosco, a renunciar ao que é trabalhoso pelo esforço que comporta. Em outras palavras, a natureza humana, criada por Deus para o cume porém ferida pelo pecado, é capaz de grandes sacrifícios ao mesmo tempo que de grandes transigências
A Revelação cristã oferece uma resposta cheia de sentido a essa condição paradoxal da qual trata nossa existência. De um lado, assume os valores próprios da virtude humana da fortaleza, que é louvada em numerosas ocasiões na Bíblia. Já na literatura sapiencial se fazia eco dela, ao dar a entender, sob a forma de uma pergunta retórica no livro de Jó, que a vida do homem sobre a terra é uma luta (Jó 7, 1).
Com frase em certo sentido misteriosa, Jesus disse, falando do Reino de Deus, que o alcançam os que se fazem violência: violenti rapiunt (Mt 11,12). Esta ideia ficou plasmada na iconografia medieval, como acontece por exemplo na capela de todos os santos de Regensburg, onde a imagem que representa a fortaleza luta contra um leão.
Ao mesmo tempo, são numerosos os textos da Escritura que sublinham como as diversas manifestações de um comportamento forte (paciência, perseverança, magnanimidade, audácia, firmeza, franqueza, e inclusive a disposição de dar a vida) provém e só podem ser mantidas se estão ancoradas em Deus: “quia tu es fortitudo mea”, por que Tu és minha fortaleza(cf Sl 71, 3). Em outras palavras, a experiência cristã ensina que “toda a nossa fortaleza é emprestada”(São Josemaria, Caminho, n. 728.).
São Paulo expressa de modo certeiro este paradoxo, no qual se entrelaçam os aspectos humanos e sobrenaturais da virtude: “quando estou fraco, então é que sou forte”, já que, como assegurou o Senhor: “sufficit tibi gratia mea, nam virtus in infirmitate perficitur, basta-te minha graça, por que é na fraqueza que se revela a minha força” (2 Cor 12, 9-10).
O modelo e fonte da fortaleza para o cristão é portanto o próprio Cristo, que não só oferece com suas ações um exemplo constante que chega ao extremo de dar a própria vida por amor aos homens (Jo 13, 15 e 15, 13.), mas que além disso afirma: “sem mim nada podeis fazer” (Jo 5, 5).
Assim, a fortaleza cristã torna possível o seguimento de Cristo, um dia após o outro, sem que o temor, o prolongamento do esforço, os sofrimentos físicos ou morais, os perigos, obscureçam no cristão a percepção de que a verdadeira felicidade está em seguir a vontade de Deus, ou o afastem dela. A advertência de Jesus Cristo é clara: “Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos tirar a vida julgará prestar culto a Deus” (Jo 16, 2).
Desde o começo os cristãos consideraram uma honra sofrer o martírio, pois reconheciam que os levavam a uma plena identificação com Cristo. A Igreja manteve ao longo da história uma tradição de particular veneração pelos mártires, que por especial disposição da Providência derramaram seu sangue para proclamar sua adesão a Jesus, oferecendo assim o maior exemplo não só de fortaleza, mas também de testemunho cristão (Catecismo da Igreja Católica, n. 2473).
Mesmo que não tenham faltado em cada época histórica, incluída a nossa, essas testemunhas do Evangelho, o fato é que, na vida corrente na qual a maior parte dos cristãos se encontra, dificilmente chegaremos a essas condições.
Não obstante, como recordava Bento XVI, há também um “martírio da vida cotidiana”, de cujo testemunho o mundo de hoje está especialmente necessitado: “o testemunho silencioso e heroico de tantos cristãos que vivem o Evangelho sem compromissos, cumprindo seu dever e dedicando-se generosamente ao serviço aos pobres”.
Neste sentido, o olhar se dirige à Santa Maria, pois Ela esteve ao pé da Cruz de seu Filho, dando exemplo de extraordinária fortaleza sem padecer a morte física, de modo que pode dizer-se que foi mártir sem morrer, segundo o teor de uma antiga oração litúrgica. “Admira a firmeza de Santa Maria: ao pé da cruz, com a maior dor humana – não há dor como a sua dor -, cheia de fortaleza.- E pede-lhe dessa firmeza, para que saibas também estar junto da Cruz. (São Josemaria, Caminho, n. 508).
Santi S.

"Humanidade necessita de missionários", diz padre

O Secretário-Geral da Pontifícia Obra de Propagação da Fé, padre Timothy Lehane Barrett, SVD, escreveu uma exortação por ocasião do Dia Mundial das Missões, celebrado neste domingo, 21, em todo o mundo. O padre enfatizou que a humanidade precisa de missionários e que a crise de fé não pode atrapalhar a evangelização.

“A missão não é 'opcional'” - acrescenta o Secretário - Deve ser horizonte constante e paradigma de todo esforço eclesial. A humanidade necessita de missionários e não podemos permitir que uma crise de fé se torne um obstáculo para a evangelização. A celebração do Dia Mundial das Missões neste Ano da Fé é mais um sinal da graça do Senhor".

No texto, o religioso diz que neste ano, extraordinariamente, o Mês Missionário tem um significado especial, porque coincide com o 50º aniversário do Concílio Vaticano II, com a abertura do Ano da Fé (2012-2013) e com o Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização.

No Concílio, havia cerca de 600 Bispos provenientes de territórios de missão. “Hoje, existem cerca de 1.100 dioceses missionárias e isto demonstra como a Igreja cresceu nos últimos 50 anos”, escreve o sacerdote. Ele recorda que a Pontifícia Obra da Propagação da Fé, através da coleta do Dia das Missões, contribui de modo significativo para a criação destas dioceses e para reafirmar, no coração de todos, a necessidade e a urgência da evangelização Ad Gentes.

Bento XVI entrega Nobel da Teologia

Na manhã deste sábado, 20, o Santo Padre recebeu na Sala Clementina, no Vaticano, os membros da Fundação vaticana “Jospeh Ratzinger – Bento XVI” para a entrega do chamado “Nobel da Teologia”, que chega à sua segunda edição.

Os premiados são o filósofo e historiador francês Rémi Brague e o teólogo estadunidense Padre Brian Daley SJ.

Em seu discurso, o Papa Bento XVI ressaltou que os dois premiados deste ano são competentes e engajados em dois aspectos decisivos para a Igreja nos nossos tempos: o ecumenismo e o diálogo inter-religioso.

Padre Daley é um profundo conhecer dos Padres da Igreja, e desempenha um serviço de responsabilidade nas relações com as Igrejas ortodoxas. Prof. Brague é um grande estudioso da Filosofia das religiões, em especial do Judaísmo e do Islamismo.

Passados 50 anos do início do Concílio Vaticano II, o Pontífice afirma que gostaria de reler com eles dois documentos conciliares: a Declaração Nostra aetate sobre as religiões não-cristãs e o Decreto Unitatis redintegratio sobre o ecumenismo, aos quais acrescentaria, porém, outro documento que se revelou de importância extraordinária: a declaração Dignitatis humanae sobre liberdade religiosa.

O Papa destaca que ambos os premiados são professores universitários, muito engajados no ensino. “Isso merece relevo, porque mostra um aspecto de coerência na atividade da Fundação, que, além do Prêmio, promove bolsas de estudo para doutorandos em Teologia e também congressos universitários, como o que se realizou este ano na Polônia, e o que se realizará daqui três semanas no Rio de Janeiro.”

Para Bento XVI, precisamos de pessoas que, através de uma fé iluminada e vivida, tornem Deus próximo e crível ao homem de hoje. “Personalidades como o Padre Daley e o Prof. Brague são exemplares para a transmissão de um saber que une ciência e sabedoria, rigor científico e paixão pelo homem, para que possa descobrir a ‘arte do viver’, uma grande paixão do Concílio Vaticano II, mais atual do que nunca no compromisso da nova evangelização.”

Como explica o Presidente da Fundação, Mons. Giuseppe Antonio Scotti, o Prêmio Raztinger não é um reconhecimento à carreira, mas a pessoas que com seu empenho profissional e de pesquisa ajudam a tornar evidente a presença de Deus na história e no horizonte do homem.

O Filósofo francês Rémi Brague nasceu em Paris em 1947. É casado e pai de quatro filhos. Atualmente, leciona na Universidade Ludwig-Maximilian de Munique, na Alemanha.

Já o jesuíta Brian Daley nasceu em Orange, em New Jersey, em 1940. É o Diretor da Cátedra de Teologia da Universidade de Notre Dame em Indiana (EUA).

O Congresso ao qual o Papa se referiu no Rio de Janeiro será realizado nos dias 8 e 9 de novembro. Já recebeu a adesão de mais de 90 Universidades e o tema debatido será de caráter antropológico: “Que faz com que o homem seja homem”.

Papa canoniza mais sete beatos neste domingo

Após duas semanas de intensas atividades, foi lembrado durante o Sínodo dos Bispos que é preciso manifestar a esperança em um mundo em crise. Os padres sinodais também avaliaram os resultados da assembléia dos bispos.

Eles se reuniram para a oração da manhã onde o próprio Papa Bento XVI conduziu o momento. Mais de 400 representantes entre padres sinodais, cardeais, bispos, religiosos e leigos participam do Sínodo.
Por falar em esperança, a Igreja traz neste domingo, 21, um sinal de que há no mundo pessoas com a coragem de assumir o Evangelho de Cristo como forma de vida. Sete beatos serão canonizados pelo Papa Bento XVI em cerimônia na Praça de São Pedro. É a esperança sendo anunciada a um mundo que vive a crise de uma identidade própria, da ausência de Deus e de valores cristãos.

Entre os futuros santos estão sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos e leigas. Homens e mulheres que viveram na Europa, Ásia, África, América e Oceania. Será uma cerimônia marcante dentro do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização e expressa que a santidade é ponto de partida para a nova forma de evangelizar que busca a Igreja, como lembra Dom Dominique Rey, o Bispo de Frejus, em Toulon, na França.

"É um evento importante que acontece em meio ao Sínodo. A nova evangelização passa pela santificação e nós precisamos de exemplos que testemunhem, de vidas conquistadas pelo Cristo, para que compreendamos melhor que a evangelização começa através de um trabalho do próprio Deus e do Espírito Santo nos nossos corações”, ressaltou Dom Dominique.

Na praça de São Pedro já foram afixadas as estampas com as imagens dos futuros santos. São eles: o francês Tiago Berthieu, sacerdote da companhia de Jesus; Pedro Calungsod, catequista leigo, nascido em Ginatilan, nas Filipinas; Maria do Monte Carmelo, fundadora da Congregação das Irmãs Missionárias do Ensinamento, nascida em Vic, Espanha; Anna Corpo, religiosa da Congregação das Irmãs da Terceira Ordem de São Francisco, natural de Heppenheim, Alemanha; Caterina Tekakwitha, leiga Ossernenon, nos Estados Unidos e Anna Shaffer, leiga de Mindelstetter, Alemanha.

A Santa Missa de canonização acontecerá no domingo, 21, às 9h30 pelo horário italiano (às 05h30 no Brasil), com transmissão ao vivo pela TV Canção Nova.

Evangelho (Lucas 12,8-12)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 8“Todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens, o Filho do Homem também dará testemunho dele diante dos anjos de Deus. 9Mas aquele que me renegar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus. 10Todo aquele que disser alguma coisa contra o Filho do Homem será perdoado. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado. 11Quando vos conduzirem diante das sinagogas, magistrados e autoridades, não fiqueis preocupados como ou com que vos defendereis, ou com o que direis. 12Pois, nessa hora, o Espírito Santo vos ensinará o que deveis dizer”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Santo do Dia: São Pedro de Alcântara



São Pedro de Alcântara "Aqueles que são de Cristo crucificaram a própria carne com os seus vícios e concupiscências" (Gal 5,24)

Esta Palavra do Senhor se aplica muito bem a São Pedro de Alcântara, o qual lembramos hoje, pois soube vencer o corpo do pecado através de muita oração e mortificações. Pedro nasceu em Alcântara, na Espanha, em 1499.

Menino simples, orante e de bom comportamento, estudou na universidade ainda novo, mas soube, igualmente, destacar-se no cultivo das virtudes cristãs, até que, obediente ao Mestre, o casto e caridoso jovem entrou para a Ordem de São Francisco, embora seu pai quisesse para ele o Direito. Pedro foi ordenado sacerdote e tornou-se modelo de perfeição monástica e ocupante de altos cargos, o qual administrou até chegar, com vinte anos, a superior do convento e, mais tarde, eleito provincial da Ordem.

Franciscano de espírito e convicção, era sempre de oração e jejum, poucas horas de sono, hábito surrado, grande pregador e companheiro das viagens. Como provincial, visitou todos os conventos da sua jurisdição, promovendo uma reforma de acordo com a regra primeira de São Francisco, da qual era testemunho vivo. Conhecido, sem desejar, em toda a Europa, foi conselheiro do imperador Carlos V e do rei João III, além de amigo dos santos e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila; esta, sobre ele, atestou depois da morte do santo: "Pedro viveu e morreu como um santo e, por sua intercessão, conseguiu muitas graças de Deus".

Considerado um dos grandes místicos espanhóis do séc. XVI e dos que levaram a austeridade até um grau sobre-humano, entrou no Céu com 63 anos, em 1562, após sofrer muito e receber os últimos Sinais do Amor (Sacramentos), que o preparou para um lindo encontro com Cristo.

São Pedro de Alcântara, rogai por nós!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Passionistas


28 Anos do Mártirio do Beato Jerzy Popieluszko

Autêntico caso de martírio pela fé
e cenas da maior criminalidade na Polônia dos anos oitenta.
A beatificação está associada com a decisão de autêntica santidade cristã, cujas virtudes praticadas em grau heróico ou martírio foram confirmados por meio de um processo. A morte de padre Jerzy Popiełuszko foi claramente reconhecida, no entendimento teológico, como martírio autêntico. Foi uma morte causada pela fé e o ódio contra a fé. O padre foi considerado perseguidor do regime comunista, com todos os seus fatores determinantes que afetam os autores diretos dos crimes. Este, de modo inerente, era um sistema hostil à Igreja e à fé, sobre o que escreveu, em 1937, o Papa Pio XI na encíclica Divini Redemptoris (carta encíclica sobre o comunismo ateu).
    O Padre George nasceu em 14 de setembro de 1947, na aldeia Okopy da região de Białystok. Seus pais, Mariana e Vladislau, trabalhavam na agricultura. As condições de vida eram difíceis, mas os pais criaram os filhos com muito cuidado. Em primeiro lugar estava o Senhor Deus, a Santa Missa e a oração da família reunida. A decisão sobre a escolha do sacerdócio foi tomada após a graduação no segundo grau. Em 1965, ingressou no Seminário Arquidiocesano, em Varsóvia. Foi ordenado sacerdote em 28 de maio de 1972.
    Durante o seu ministério sacerdotal executou muitas tarefas. Em fevereiro de 1979, recebeu a função de pastor do grupo médico em Varsóvia. Dedicou muita atenção às questões da defesa da vida dos nascituros e da necessidade de prestação de assistência concreta às mulheres grávidas, que se encontrava em situações difíceis.
    No domingo memorável de 31 de agosto de 1980, quando o país inteiro estava tomado por uma onda de greves, os trabalhadores dos estaleiros de Huta que estavam protestando em Varsóvia, estavam à procura de um sacerdote que pudesse celebrar as santas missas em suas instalações. O Cardeal Wyszyński enviou o seu capelão. Sem qualquer plano prévio, o Cardeal parou em frente à Igreja de São Estanislau Kostka. Lá descobriu que apenas o padre Popiełuszko poderia ir. Desta forma, pareceria um acaso, mas começou a grande aventura do ministério espiritual para o povo trabalhador. Após a missa o padre Geroge permaneceu no estaleiro até a noite e desde então vinha várias vezes por semana.
    Desde o início da guerra, o Pe. Popiełuszko foi "alvo" do Serviço Secreto da República Popular da Polônia (Służba Bezpieczeństwa PRL). Os oficiais invadiram o presbitério. Foi por milagre que escapou da prisão. Ao ficar em liberdade ocupou-se, com devoção, à organização de ajuda aos presos, às suas famílias e todos que se encontrava em situação difícil.
   O Pe. Popiełuszko simplesmente gostava das pessoas. Sem imposição e obsessão podia realmente interessar-se com profundidade pelo homem, sua vida, sua perspectiva, seus problemas. Atraía-as para si porque sentiam a sua bondade. Era mestre em fazer contatos, construir relacionamentos, criar ligações. Era um patrono para todos aqueles que individualmente estavam em busca de realizações, sofrendo de isolamento e mesmo com tratamentos caros em psicoterapeutas não eram capazes de superá-lo. Sem contar com os empecilhos, interferia por aqueles que eram os mais oprimidos. Era defensor de sua dignidade humana. Como escreveu João Paulo II na Encíclica Veritas Splendor os mártires são os guardiões “da fronteira entre a verdade e a mentira”. O Pe. Popiełuszko defendeu durante toda a sua vida uma fronteira clara entre a verdade e a mentira. Falava do valor da verdade e da mediocridade das mentiras apoiadas em muitas palavras que, mesmo assim, desvanecem rapidamente.
Em seus sermões, falou muito sobre a liberdade. Ressaltava que a liberdade não significa anarquia, isto é, fazer toda e qualquer coisa que o homem deseje e o que é viável, mas que seja pela livre busca do bem. Vencer o mal com o bem. Permanecer livre do ódio, da repressão e da vingança. O Pe. Popiełuszko levava café quente para os policiais gelados, que durante o inverno em plena lei marcial vigiavam sua casa.
    Desde fevereiro de 1982, assumiu a celebração de missas pela Polônia. Elas eram celebradas regularmente no último domingo do mês, e logo começou a reunir multidões de fiéis. Ouviam-no os trabalhadores e professores, opositores e até mesmo aqueles pertencentes ao partido da oposição. As pessoas vinham de toda a Polônia, de mês a mês vinham mais e mais pessoas. Não é de admirar que logo por parte das autoridades aparecessem provocações e tentativas de intimidação. Nas missas pela Pátria ocorriam muitas conversões, muitos voltaram para a Igreja depois de muitos anos ou até depois de dezenas de anos, e muitos pediam para ser batizados.
    Mês após mês, a atmosfera em torno Pe. Popiełuszko tornava-se cada vez mais tensa. Sempre era seguido, sabia que sua moradia era vigiada e o telefone gravado. Não escapou de artigos difamatórios na imprensa e muitas horas de oitivas no posto policial.
    Em setembro de 1983, junto com Lech Walesa organizou a primeira peregrinação de trabalhadores para Jasna Góra (para o santuário de Częstochowa – e esta idéia mantêm-se até hoje). Um ano mais tarde recebia telefonemas anônimos: “Se fores novamente para Jasna Góra – vais morrer”.

O Martírio
Em 19 de outubro de 1984, o Pe. Popiełuszko foi para Bydgoszcz, onde na Igreja dos Santos Mártires Poloneses celebrou a Santa Missa. Suas últimas palavras foram: "Rezemos para que fiquemos livres do medo e da intimidação, mas principalmente do desejo de vingança e violência." No caminho de volta, à noite, o carro do padre foi parado na estrada por uma patrulha “policial”. Na verdade, vestida com uniformes da milícia estavam os funcionários do Serviço Secreto - Grzegorz Piotrowski, Waldemar Chmielewski e Leszek Pękała. Do superior dos mesmos, Adão Pietruszka, receberam ordens especiais que os isentaria de qualquer controle. O padre, constrangido com a mordaça na boca foi espancado até a inconsciência com um bastão de madeira. Carregado com pedras, o corpo mutilado foi colocado em um saco foliado e foi jogado no rio Vístula, perto da barragem na região de Włocławek. O corpo foi encontrado em 30 de outubro. Durante esse período, toda a Polônia rezava pelo retorno do padre Gregório. A notícia de seu sequestro e assassinato deram a volta ao mundo. Seu funeral foi em 03 de novembro de 1984, e atraiu cerca de 600 a 800 mil pessoas de todo o país. Já dois dias depois chegaram na Cúria de Varsóvia os primeiros pedidos de sua beatificação