sábado, 31 de março de 2012

A Igreja aceita a cremação? SIM, mas tem reservas às “cinzas pulverizadas” nos ambientes.

A Livraria Editora Vaticano apresentou recentemente a segunda edição do Rito de exéquias, em que se sublinha que os católicos não devem pulverizar as cinzas de um defunto logo depois de ser cremado, já que essa prática, que está na moda atualmente, é contrária à fé cristã. As cinzas devem ser enterradas.

Neste documento em italiano, que foi apresentado na sede da Rádio Vaticano, foram revisados todos os textos bíblicos e de oração, e se incluiu um apêndice dedicado inteiramente às exéquias no caso da cremação.


Dom Angelo Lameri, do Escritório Litúrgico Nacional da Conferência Episcopal Italiana (CEI), explicou que se colocou a cremação em um apêndice à parte para sublinhar o fato de que a Igreja, “embora não se oponha à cremação dos corpos quando não é  feita ‘in odium fidei’ (por ódio à fé), segue considerando que a sepultura do corpo dos defuntos é a forma mais adequada para expressar a fé na ressurreição da carne, assim como para favorecer a lembrança e a oração de sufrágio por parte de familiares e amigos”.

O texto também assinala que excepcionalmente, os ritos previstos na capela do cemitério ou diante da tumba podem ser celebrados também no mesmo lugar da cremação.

Recomenda-se ademais o acompanhamento do féretro a este lugar. É de especial importância a afirmação que “a cremação se considera concluída quando se deposita a urna no cemitério”.

Tudo isto se deve porque embora algumas legislações permitam pulverizar as cinzas na natureza ou conservá-las em lugares diferentes do cemitério, “estas práticas produzem não poucas perplexidades sobre sua plena coerência com a fé cristã, sobre tudo quando estas remetem a concepções panteístas ou naturalistas”.
Outra das novidades do rito das exéquias se refere ao momento da visita da família, que não se contemplava na edição anterior. Dom Lameri afirma a respeito que “para um sacerdote, um momento para compartilhar a dor, escutar os familiares afetados pelo luto, e conhecer alguns aspectos da vida da pessoa difunta com o fim de oferecer uma lembrança correta e personalizada durante a celebração das exéquias”.

Outra novidade é a seqüência ritual, revisada e enriquecida, do momento de fechar o ataúde. Propõe-se textos adequados a diversas situações: para uma pessoa anciã, para uma pessoa jovem, para quem morreu inesperadamente.

Uma nova adaptação permite agora pronunciar palavras de lembrança cristã do defunto no momento da despedida. Do mesmo modo, acrescentou-se uma ampla proposta de formulários para a oração dos fiéis.

O novo Rito das exéquias quer ser também um instrumento para aprofundar na busca do sentido da morte.

O Bispo Alceste Catella, Presidente da Comissão Episcopal para a liturgia da CEI, assinalou para concluir que “este livro testemunha a fé dos fiéis e o valor do respeito e da ‘pietas’ para com os defuntos, o respeito pelo corpo humano inclusive quando já não tem vida”.

“Testemunha a forte exigência de cultivar a memória, de ter um lugar certo no qual depor o cadáver ou as cinzas, na certeza profunda de que isto é autêntica fé e é autêntico humanismo”, concluiu.

Papa envia ajuda para ação caritativa da Igreja Católica na Síria

Diante da situação de violência na Síria, o Papa Bento XVI decicidu doar, por meio do Conselho Pontifício Cor Unum, US$ 100 mil para o trabalho de caridade da Igreja local na Síria em favor da população atingida pela violência. Em 2011, a coleta da Sexta-feira Santa foi revertida para os cristãos da Terra Santa.

O comunicado divulgado neste sábado, 31, pelo Cor Unum informa que são notáveis os repetidos apelos do Santo Padre para a cessação da violência na Síria e para se encontrar um caminho para o diálogo e a reconciliação entre as partes do conflito, em vista da paz e do bem comum. O Papa também encorajou oração para aqueles que estão sofrendo.

O secretario do Cor Unum, monsenhor Giampietro Dal Toso, leva hoje, 31, esta ajuda a este país do Médio Oriente. As reuniões estão agendadas com Sua Beatitude Gregorios III Laham, o presidente da hierarquia católica na Síria, e outros representantes da Igreja local. A Igreja Católica na Síria está envolvida, por meio das suas organizações de caridade, em projetos de assistência à população da Síria, particularmente na área de Homs e Aleppo.

Santo do Dia: São Benjamim

São Benjamim Nasceu no ano de 394 na Pérsia e, ao ser evangelizado, começou a participar da Igreja ao ponto de descobrir sua vocação ao diaconato.

Serviu a Palavra e aos irmãos na caridade, chamando a atenção de muitos para Cristo.

Chegou a ser preso por um ano, sofrendo, e se renunciasse ao nome de Jesus, seria solto. Porém, mesmo na dor, na solidão e na injustiça, ele uniu-se ainda mais ao Cristo crucificado.

Foi solto com a ordem de não falar mais de Jesus para ninguém, o que era impossível, pois sua vida e seu serviço evangelizavam.

Benjamim foi canal para que muitos cegos voltassem a ver, muitos leprosos fossem curados e assim muitos corações duvidosos se abriram a Deus.

Foi novamente preso, levado a público e torturado para que renunciasse à fé. Perguntou então ao rei, se gostaria que algum de seus súditos fosse desleal a ele. Obviamente que o rei disse que não. E assim o diácono disse que assim também ele, não poderia renunciar à sua fé, a seu Rei, Jesus Cristo.

E por não renunciar a Jesus, foi martirizado. Isso no ano de 422.

São Benjamim, rogai por nós

sexta-feira, 30 de março de 2012

Paixão, Morte e Ressurreição segundo S. Marcos

Ao aproximarmo-nos da semana em que celebramos os acontecimentos mais santos e maiores da nossa fé e da nossa salvação, somos convidados a entrar em contacto com os relatos da Paixão Morte e Ressurreição do Senhor. Neste ano litúrgico, é o relato da Paixão de Marcos que somos convidados a frequentar. Aproximemo-nos sem preconceitos e prejuízos, com a curiosidade e a audácia própria dos exploradores, deste tão desconhecido mas conhecido relato. Desconhecido porque apesar de o termos já escutado ou mesmo lido muitas vezes nunca conseguiremos esgotar a sua mensagem. Conhecido, porque outra coisa não narra ele senão a nossa história: a nossa história de pecado mas também a nossa história de salvação. História de pecado, porque na Paixão de Cristo está exposta a nossos olhos “a espessura das nossas raivas e dos nossos ódios, da nossa malicia, da nossa violência, da nossa mentira, da atracção e do fascínio, quem diria, que sobre nós exerce a morte” (António Couto). História de Salvação, porque a cruz de Cristo não se limita a denunciar o pecado. A Paixão de Cristo é a obra maior e mais maravilhosa do amor divino e por isso o remédio mais eficaz contra os males de todos os tempos (São Paulo da Cruz). Na cruz, descobrimos o amor apaixonado de Deus por todos nós, amor esse que nos reconcilia e reconstrói as nossas existências.
Começa o relato da Paixão de Marcos com a conspiração dos Judeus (Mc 14, 1-2). Na verdade, Jesus de Nazaré, na relação com o mundo social e político do seu tempo, revela uma profunda liberdade. A fonte dessa liberdade, que caracteriza toda a sua vida e todas as suas acções, é a sua opção pelo Reino. Tal forma de ser e estar na vida era uma forte interpelação para os sumo-sacerdotes e doutores da lei. Jesus era uma pedra no sapato para esta classe dirigente e por isso tinha de desaparecer, nem que para isso seja necessário recorrer à traição.
Segue-se a unção de Betânia (Mc 14, 3-11) que antecipa a sepultura de Jesus. É este gesto generoso da mulher que parte um vaso de alabastro e derrama o nardo sobre a cabeça de Jesus que leva Judas a ir ter com os príncipes dos sacerdotes para lhes entregar Jesus. A um gesto de amor de uma desconhecida para com Jesus contrapõe-se a traição de Judas, um dos doze. Ao gesto generoso da mulher contrapõem-se a ganancia, a lógica do lucro de Judas.
Jesus é entregue de mão em mão. É entregue por Judas aos judeus (Mc 14, 10). Os judeus entregam-no a Pilatos (Mc 15, 1) e por fim Pilatos entrega-o aos soldados para ser crucificado (Mc 15, 15). No entanto, a história da Paixão de Jesus não se limita à história das entregas humanas. Se assim fosse, a Paixão e a Morte de Jesus mais não seria do que uma das muitas mortes injustas que ainda hoje ocorrem. Ao lado das entregas humanas encontramos as entregas divinas. É o Pai que por amor entrega o Seu Filho à morte (Mc 9, 31; Mc 10, 33; Mc 14, 41; Mt 26, 45; Jo 3, 16; Rm 8, 32). É o Filho que voluntariamente entrega a sua vida por nosso amor (Lc 23, 46; Jo 19,30; Gl 2, 20; 1 Tm 2, 6; Tt 2, 14; Ef 5,2). É o Espírito que é entregue pelo Filho na Sexta-feira Santa (Jo 19, 30; Heb 9, 14; Act 10, 38.40).
Segue-se, no relato da Paixão de Marcos, a preparação e a ceia Pascal (Mc 14, 12-31). Começa este episódio com a pergunta: “onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?”. Celebrar a Páscoa e celebrar a eucaristia exige preparação. A última ceia e a instituição da eucaristia é o critério de interpretação do relato da Paixão e do Mistério Pascal: corpo entregue e sangue derramado por vós. É a eucaristia que faz a Igreja. A eucaristia é o memorial do mistério pascal, é comunhão com Cristo e comunhão com os irmãos. Quem celebra eucaristia deve aprender a ter um estilo de vida eucarístico, ou seja, um estilo de vida marcado pela gratuidade e entrega serviçal. Quem celebra eucaristia deve pensar antes nos outros do que em si. No entanto, é no decorrer da última ceia, marcada pelo amor e pela intimidade, que Jesus anuncia a traição de Judas, a negação de Pedro e o abandono dos discípulos. Interpela-nos este facto. Na verdade, não é por eu celebrar eucaristia que estou imune de trair Jesus.
Terminada a última ceia, Jesus dirige-se para o horto das oliveiras para aí rezar (Mc 14, 32-42). Marcos apresenta-nos, no Getsémani (lagar de azeite), um Jesus humano com pavor e angústia ante a morte. No entanto, este pavor e angústia não levam Jesus ao desespero mas à oração, ao diálogo com Deus. Nesta sua oração no jardim das oliveiras, Jesus não só recomenda-nos a oração mas também nos ensina a rezar. A nossa oração deve ser uma oração filial. É esta a especificidade da oração cristã. Devemos rezar a Deus como um filho fala com o seu pai, com confiança e ternura. No entanto, a nossa oração não é uma forma de convencermos Deus das nossas vontades mesquinhas e egoístas. A oração, que deve ser persistente, é um momento de agonia e de luta, é um momento onde eu me vou conformando com a vontade de Deus. O resultado da oração é a força e a coragem necessária para enfrentar as situações. Na verdade, depois de rezar, não são os guardas que tomam a iniciativa de prender Jesus. É Jesus que voluntariamente se aproxima do cortejo que vem para o prender. É Jesus que entrega voluntariamente a sua vida por amor.
A cena da prisão de Jesus (Mc 14, 43-52) começa com a traição de Judas. Judas, um discípulo é aquele que trai Jesus e trai-o com o beijo. A traição de Judas é uma forte interpelação para todos nós. Não é por andarmos com Jesus que estamos livres de o trair. Devemos perguntar-nos quais são as nossas verdadeiras motivações para seguir Jesus. Judas traiu Jesus com um beijo, com um gesto de amor, de amizade, de dedicação do discípulo para com o mestre. Pode acontecer que também nós, muitas vezes, estejamos a profanar e a prostituir gestos de verdadeiro amor e de amizade. Neste momento, há alguém que tenta resolver a situação com a violência, ferindo um criado do sumo-sacerdote. A violência é tão descabida que Jesus nem se refere a ela. É neste contexto que todos os presentes abandonam Jesus. Aqueles que tinham deixado tudo para seguir Jesus, deixam o seu tudo e fogem perdidos e sós no meio da noite. Narra-nos S. Marcos o episódio do jovem envolto apenas num lençol que ante a tentativa de prisão foge nu. É uma cena interpelante. Na verdade, este jovem, que muitos pensam tratar-se do próprio evangelista Marcos, tem muitas parecenças com o anjo que no Domingo de Páscoa aparecerá às mulheres. Assim sendo, esta cena pode querer-nos indicar que apesar de Jesus ser preso e ser condenado a morte não o irá capturar. Ele ressuscitará ao terceiro dia. No entanto, o lençol que envolve o jovem também nos pode evocar a veste branca que os baptizados recebem no dia do seu baptismo. Muitas vezes, também nós abandonamos Jesus, deixamos a nossa veste baptismal e fugimos nus e débeis pelo mundo.
Depois de ser preso, Jesus é apresentado ao tribunal Judaico (Mc 14, 53-65). Jesus é julgado pelo sinédrio e pelos sumo-sacerdotes mas a condenação já estava de antemão decidida. É por isso que se apresentam muitas testemunhas falsas, mas porque o seu testemunho se baseia na mentira e não na verdade o seu testemunho não concorda. O maquiavelismo de quem, para atingir os seus fins, utiliza todos os meios mesmo que fraudulentos não é uma história só de ontem mas também de hoje. A estas falsas testemunhas Jesus responde com o silêncio. Ele é o servo sofredor (Is 53). Ele sabe que há ocasiões em que qualquer palavra que se diga só gera mais violência. Há que esperar pelo momento oportuno para dizer a palavra oportuna. No entanto, o silêncio de Jesus termina quando o Sumo-sacerdote interroga-o sobre a sua identidade: “És tu o messias, Filho do Deus bendito? Jesus respondeu: Eu sou. E vós vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo-poderoso vir sobre as nuvens do céu”. Jesus que sempre foi tão cuidadoso e pediu silêncio quando alguém dizia que ele era o Messias, diz agora claramente que é o Messias, o Filho de Deus e o Filho do Homem. Na verdade, sob a sombra da cruz Jesus pode afirmar agora claramente que é o Messias. Jesus é o Messias Crucificado e não o Messias violento.
Contrasta com este testemunho corajoso de Jesus as negações de Pedro (Mc 14, 66-72). Pedro começou a seguir Jesus de longe e tudo começa a complicar-se quando começamos a seguir Jesus de longe. E como se isso não bastasse, Pedro ainda se foi colocar num ambiente perigoso. Às vezes, é preciso ser corajoso ao ponto de fugir das ocasiões de pecado. E nesse ambiente perigoso, Pedro nega, por três vezes, conhecer Jesus. As negações não são todas iguais. Começa por um fazer-se desentendido e termina com um juramento e imprecações. Jesus tinha advertido Pedro que antes do galo cantar duas vezes, Pedro três vezes o teria negado. No entanto, quando o galo canta por primeira vez, Pedro não se recorda da advertência. Muitas vezes podem estar a cantar muitos galos advertindo-nos e tentando-nos despertar das nossas pequenas traições e nós não nos apercebemos. No entanto, quando o galou cantou por segunda vez Pedro recordou-se das palavras de Jesus, arrependeu-se e começou a chorar. O galo anuncia o nascimento do novo dia e, nas lagrimas do arrependimento e da conversão, começa a nascer um novo dia para Pedro.
De manhã cedinho, apresentam Jesus a Pilatos e Jesus é julgado por Pilatos (Mc 15, 1-15a). Ante Pilatos, Jesus mantem o silêncio do servo sofredor. Tal silêncio volta a ser quebrado para responder à questão da identidade. No entanto, Jesus dá uma resposta ambígua a pergunta de Pilatos porque ambígua é a compreensão de Pilatos.
Pilatos sabe da inocência de Jesus e por isso quando o povo pede que Pilatos cumpra a tradição de soltar um dos prisioneiros por altura da Páscoa, Pilatos propõe que se liberte Jesus. No entanto, o povo, por influência dos sumo-sacerdotes, pediu que Pilatos libertasse Barrabás e condenasse Jesus. O mesmo povo que antes tinha aclamado Jesus como o enviado de Deus pede agora, por influência dos sumo-sacerdotes, que Jesus fosse condenado. Muitas vezes dizemos que somos livres mas até que ponto o somos? As nossas decisões são livres ou são pressionadas e influenciadas pela opinião pública? Penso pela minha cabeça ou deixo que os outros pensem por mim?
O texto diz-nos que Pilatos sabia que tinha sido por inveja que os sumo sacerdotes lhe tinham entregado Jesus. Muitas vezes as nossas invejas levam-nos a fazer coisas terríveis. A inveja não é um sentimento evangélico. Devemos alegrar-nos e não entristecer-nos com o sucesso dos outros.
Pilatos que estava convencido da inocência de Jesus acaba por condenar Jesus a morte. Pilatos tem o coração dividido e no fim faz prevalecer os seus interesses e a sua posição social sobre a justiça e o direito. Por medo de perder os seus privilégios, por não ter a coragem de ir contra a mentalidade dominante, Pilatos condena um inocente. Ainda hoje isto continua a acontecer sempre que preferimos o sucesso à verdade, a nossa reputação à justiça.
Entre a condenação à morte e Jesus que carrega a sua cruz, está a cena da flagelação e da coroação de espinhos (Mc 15, 15b-20a). A flagelação não é descrita mas só mencionada. Sabemos que a prática da flagelação era uma prática que antecedia a crucifixão e que era uma cena muito violenta. Só de imaginar a cena muitos se sentem arrepiados. No entanto, a flagelação ainda é uma realidade de hoje. Cristo, ainda hoje, continua a ser crucificado no seu corpo místico que é a Igreja. Cristo continua a ser flagelado na sociedade hodierna. Ele disse-nos que sempre que fizéssemos algo a um dos irmãos mais pequeninos era a ele que o fazíamos (Mt 25, 40. 45). Os chicotes de hoje são diferentes dos de antes mas não menos dolorosos. Os chicotes de hoje têm nomes diferentes: toxicodependência, alcoolismo, prostituição, aborto, … Se nos comovemos e arrepiamos ao recordar a flagelação histórica de Jesus também não nos deveríamos inconformar com as flagelações actuais? Que faço para defender a dignidade da pessoa humana?
À dilaceração da carne pela flagelação, segue-se um outro tormento não menos doloroso: Jesus é coroado de espinhos, Jesus é humilhado e gozado. Os soldados troçam com aquilo que Jesus é. Os soldados gozam Jesus por ele ser o rei dos judeus. Por isso colocam-lhe uma coroa de espinhos e um manto de purpura e começam a saúda-lo ironicamente. A cena da coroação de espinhos desmascara e denuncia tantos sofrimentos que fazemos passar os nossos irmãos com o nosso desprezo, ironia, troça e brincadeiras de mau gosto que ofendem a sua dignidade. No entanto, na sua troça os soldados estão a dizer uma grande verdade. Jesus é Rei e é rei exactamente pelo caminho da cruz. Que Cristo humilde, que não responde à violência com a violência, nos ensine a ser humildes e nos ensine a quebrar o círculo da violência com o perdão.
Depois de ser flagelado e escarnecido, Jesus sai a caminho do calvário com a cruz às costas (Mc 15, 20b-22). Jesus caminha com a cruz para fora da cidade. Ainda hoje muitos dos nossos irmãos que são crucificados são colocados fora das cidades, são colocados na periferia para não nos incomodarem. Muitas vezes em vez de resolvermos os problemas que causam o sofrimento preferimos esconde-los para não nos incomodarem.
Jesus com a cruz às costas é a imagem do discípulo. Ele tinha advertido os discípulos: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8, 34). A cruz é o resultado do amor e da fidelidade a Deus e aos irmãos.
No seu caminho em direcção ao calvário, Cristo é ajudado por Simão de Cirene a levar a cruz. Não deve ter sido uma ajuda voluntária. No entanto, esta ajuda transformou Simão de Cirene. Marcos, ao referir que Simão era Pai de Alexandre e de Rufo, dá-nos a entender que estes eram membros da comunidade cristã. O contacto com a cruz de Cristo ou com a cruz dos irmãos, mesmo que muitas vezes comece por ser forçado, transforma-nos. Hoje sabemos que mais do que sermos nós a levar a cruz a Jesus é Jesus que nos ajuda a levar a nossa cruz. No entanto, isto não isenta a Igreja da sua responsabilidade de ser cireneu. A Igreja deve ajudar a levar a cruz de Jesus, dos crucificados de hoje.
Chegados ao calvário Jesus é crucificado, escarnecido e morre (Mc 15, 23-41). Quando chega ao calvário os soldados querem dar a Jesus vinho misturado com mirra para entorpecer Jesus e atenuar o seu sofrimento. No entanto, Jesus não quer beber. Jesus quer enfrentar o momento da sua morte conscientemente. Na verdade, é porque quer e é conscientemente que Jesus oferece a sua vida para nossa salvação.
Depois, Jesus é despojado das suas vestes. A roupa confere ao homem a sua posição social mas até das suas vestes Jesus é despojado. São tantos aqueles que ainda hoje são espoliados para aumentarem os roupeiros de outros. Jesus despojado das suas vestes é uma forte interpelação para o valor do despreendimento, para a defesa da dignidade humana.
Sobre a cruz de Jesus, colocaram uma inscrição: “o rei dos judeus”. É esta inscrição que nos permite ler a cruz de Cristo. A cruz de Cristo é o trono do nosso rei. O nosso Deus é o Deus crucificado.
Jesus é crucificado no meio de dois ladrões. Jesus sempre procurou os pecadores, ele não veio chamar os justos mas os pecadores pois são os doentes que necessitam de médico (Mt 9, 9-13). Jesus solidariza-se com todo o homem que sofre, padece e está em agonia.
Ao contemplarmos a imagem do crucificado vemos como o amor de Deus abraça todo o mundo e abraça-o sempre. É por nós, porque nos ama a todos, independentemente das nossas virtudes e pecados, que Jesus está pregado na cruz.
No entanto, ao contemplarem esta cena a multidão parece gozar deste espectáculo macabro e começa a fazer troça. Muitas vezes parece que o sofrimento dos outros mais que compaixão suscita em algumas pessoas um prazer macabro. Diante do sofrimento do outro, muitos homens  em vez de ajudarem o que sofre escarnecem dele. É o gosto pela morte que nos habita. Tudo isto demonstra a superficialidade, a curiosidade banal, a busca de emoções forte, a crueldade pura e dura que tantas vezes nos habita. No entanto, apesar de ser escarnecido Jesus não desce da cruz e não desce da cruz para nos salvar. Ele entrega-se à morte para nos salvar. Ele não pensa apenas em si de uma forma egoísta. Ele pensa em nós. Todos nós, por muito pecadores que sejamos somos importantes, muito importantes para Deus. Além disto, Jesus não desce da cruz num golpe de teatro porque quer que a nossa fé não seja fundada num prodígio mas na liberdade e no amor.
Enquanto Jesus está crucificado as trevas envolvem a terra. Mais que naturais estas trevas são teofânicas. Quando desejamos matar Deus, arrancar Deus da nossa vida não ficamos noutra situação senão nas trevas do desespero.
Jesus crucificado grita: “Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?”. Quem grita é porque espera ser ouvido. Mesmo no momento de maior ausência, Jesus continua a acreditar na presença de Deus e continua a dirigir-se a Ele. Também nós no meio das nossas dificuldades, quando parece que somos abandonados devemos continuar a ter a mesma coragem e confiança, devemos continuar a acreditar que Deus está connosco. Diz assim uma oração da Igreja: “Porque Ele está connosco / Nos dias de fraqueza, / Ninguém espere conservar o alento / Sem O chamar... / De mãos ao alto, / Gritemos para Ele a nossa angústia. / Prostremo-nos, orando, aos pés d’Aquele / Que apaga em nós as manchas do pecado.”
Depois, diz-nos o evangelista Marcos, que Jesus deu um forte grito e expirou. Um grito nas condições físicas em que Jesus se encontrava é pouco provável. No entanto, este é o grito da manifestação de Deus. Na verdade, é ao ver como Jesus morre que o centurião, um pagão, reconhece: “Na verdade, este homem era filho de Deus.” Além da confissão de fé do centurião, a morte de Jesus também provocou que o véu do templo se rasgasse. O rasgar da cortina que resguardava o santo dos santos, o lugar da habitação de Deus, mostra que o culto antigo com os seus compartimentos e segredos terminou. O acesso a Deus é agora claro.
Ante a morte de Jesus nada e ninguém pode ficar indiferente. A morte de Jesus grita alto de mais. A morte de Jesus é o grito do amor apaixonado de Deus por nós. Na cruz de Cristo vemos quem é Deus: um Deus que nos ama até a loucura da cruz. O centurião ao ver Cristo a morrer na cruz reconhece-o como filho de Deus. Poderás ficar indiferente a tanto amor?
Depois da morte de Jesus segue-se a sua sepultura (Mc 15, 42-47). Se os romanos não se preocupam com a sepultura o mesmo não podemos dizer dos judeus. Para os judeus dar sepultura era uma obra de misericórdia. Marcos refere a coragem de José de Arimateia em ir pedir o corpo de Jesus a Pilatos para lhe dar sepultura. Na verdade, é a morte de Jesus que infunde coragem e dá ousadia a este membro do conselho que esperava o reino de Deus. E nesta situação é preciso coragem para cumprir esta obra de misericórdia porque defender uma pessoa que toda a gente defende é fácil, difícil é defender uma pessoa condenada ante aquele que a condena.
Descido da cruz, Jesus é levado a sepultar num sepulto escavado na rocha. Depois de o sepultar colocam, à entrada do sepulcro, uma pedra. A pedra que é colocada à entrada do sepulcro é para muitos o ponto final que se coloca na história de Jesus. Entramos no silêncio de Sábado Santo. Jesus entra no seio escuro da terra. É o dia da aparente vitória da Morte. É o dia da ausência da esperança. Ainda hoje, há pessoas que vivem num longo sábado santo de desespero, onde se pensa que a morte é mais forte que a vida, que o ódio é mais forte que o amor, que a violência é mais forte que a ternura, que o desespero é mais forte que a esperança. Ainda hoje há tantas situações que esperam ansiosamente pela luz ressuscitada e ressuscitadora do Domingo de Páscoa.
E é com esta luz que inicia a narração da ressurreição (Mc 16, 1-8). Diz-nos o texto que é no primeiro dia e ao nascer do sol que as mulheres se dirigem ao sepulcro. O primeiro dia e o nascer do sol evocam algo novo, indicam o surgimento de uma nova criação. Na verdade, com a ressurreição do Senhor é a nova criação que começa.
No entanto, as mulheres que se dirigem até ao sepulcro ainda vão num cortejo fúnebre. Os perfumes que levam é para embalsamar o corpo de Jesus. Para elas a morte é aquela pedra grande de mais que nada nem ninguém pode remover. No entanto, este cortejo de morte vai-se transformar num cortejo de vida. E essa transformação ocorre quando as mulheres vêem a pedra do túmulo removida e entrando no sepulcro ouvem a interpretação dos factos acontecidos pelo anjo: “Não vos assusteis! Buscais a Jesus de Nazaré, o crucificado? Ressuscitou, não está aqui.” Deus venceu a morte, Deus tirou a grande pedra que estava a entrada do sepulcro, Cristo Ressuscitou. Ao verem o anjo as mulheres sentem medo. É o temor sagrado de quem entra em contacto com algo que as transcende. Mas a estas mulheres medrosas o anjo diz para não temerem e diz-lhes que Cristo os precede a caminho da Galileia, a caminho do lugar onde tudo começou. A ressurreição estimula o recomeço que é consumação.
O encontro com o ressuscitado transforma-nos e devolve-nos a esperança. Na verdade, a ressurreição de Jesus é a prova de que a vida é mais forte que a morte, que o amor é mais forte que o ódio, que a ternura é mais forte que a violência, que a esperança dissipa todo o desespero. Quem se encontra com o Senhor Ressuscitado vê toda a sua vida transformada e por isso sente-se na necessidade de fazer visitas pascais, ou seja, sente-se na necessidade de levar aos outros que ainda habitam na região da morte a notícia da ressurreição que vence a morte que nos habita e nos arranca dos sepulcros em que nos encontramos. “Somos nós Senhor, somos nós, a prova de que tu ressuscitaste.” Quem experimentou a força da Páscoa na sua vida sente-se na necessidade de anunciar aos outros tão feliz e fundamental notícia para que a Páscoa do Senhor seja realidade neste nosso mundo.
Que a nossa atitude, depois de ler e meditar no relato da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus seja a mesma dos destinatários do discurso de Pedro, no dia de Pentecostes: “Ouvindo estas palavras, ficaram emocionados até ao fundo do coração e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?» ” (Act 2, 37).
P. Nuno Ventura Martins
missionário passionista
 

Igreja dos Estados Unidos solidária com América Latina

A Conferência Episcopal dos Estados Unidos colocou à disposição mais de dois milhões de dólares em doações destinadas a projetos pastorais na América Latina.

A iniciativa foi anunciada em concomitância com a viagem apostólica de Bento XVI, ao México e Cuba, e beneficiará 16 países, com 139 projetos. Segundo o Arcebispo de Los Angeles, Dom José Horacio Gómez, Presidente do subcomitê para a Igreja na América Latina, parte das contribuições irá ao México, para ajudar na formação de líderes que respondam às carências espirituais e humanas do povo mexicano. “Rezamos também para que a visita do Papa ajude a alimentar sua fé e reforçar seus esforços para a construção da paz”, disse ao L'Osservatore Romano.

Outra parte da solidariedade dos bispos se concentra no Chile, país cuja emergência atual é reparar os danos causados pelo terremoto de 2010. Para isso, serão destinados mais de 150 mil dólares, que devem reconstruir cinco igrejas.

De acordo com o bispo auxiliar de Chicago, Dom John R. Manz, “a contribuição representa uma parte importante da nossa relação de fraternidade com a Igreja latino-americana”. Ele mesmo esteve em janeiro na Nicarágua, “e depois da visita – afirmou – recebemos muitos pedidos de doações; por isso, decidimos aumentá-los e ajudar a comunidade eclesial do país, que continua a dar testemunho de paz e reconciliação”. Os projetos de solidariedade na Nicarágua se referem principalmente à formação de seminaristas e de agentes leigos.

Do total das ajudas, 27% (cerca de 500 mil dólares) irão para a formação de seminaristas e do clero.

Em janeiro passado, houve a tradicional coleta promovida pelo episcopado estadunidense para a América Latina. A campanha de solidariedade se realiza há 45 anos, mobilizando paróquias para a promoção de projetos missionários, formação e catequeses nas dioceses sul-americanas e caribenhas.

Semana Missionária antecipará festividades da JMJ Rio 2013

Com a proposta de levar os jovens peregrinos estrangeiros para uma vivência mais profunda em sua realidade local, em união com toda a Igreja do Brasil, a Semana Missionária antecipará as festividades da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013.

Entre os dias 17 e 20 de julho de 2013, todas as dioceses do Brasil seguirão uma programação comum sob três vertentes: espiritualidade, solidariedade missionária e cultura. E isto vale também para as dioceses que não terão a presença de jovens estrangeiros.

“Há todo um esforço para preparar bem esta Semana Missionária com os próprios fiéis da diocese: envolvimento na formação de grupos de voluntários, acolhida dos peregrinos, entre outros aspectos que são demandados para estes dias”, conta o diretor do Setor de Pré-Jornada, padre Jefferson Gonçalves.


Peregrinação da cruz e do ícone mariano

Durante o Encontro Internacional sobre as Jornadas Mundiais da Juventude, que acontece em Rocca di Papa, Itália, foi apresentado o Bote Fé, evento que tem levado a cruz e o ícone mariano, símbolos das JMJs, por todo o Brasil.

“Por onde os sinais passam, vemos um rastro de testemunhos emocionados e de experiências positivas. O próprio  Pontifício Conselho para os Leigos, onde fica o Comitê Central no Vaticano, está surpreso da maneira como isso tem gerado repercussão em cada estado do país”, salienta padre Jefferson.

Segundo ele, “nunca na história das jornadas a Cruz e do Ícone de Nossa Senhora foram conduzidos por tantos jovens num país, chegando hoje a mais de um milhão deles”, isso porque os símbolos ainda não percorreram a metade do caminho a ser cumprido.

O encontro em Rocca di Papa que reúne delegações do mundo todo, termina neste domingo, 1º de abril. Na segunda-feira, 2, será realizada uma coletiva de imprensa, no Vaticano, para apresentar novos detalhes da JMJ Rio 2013.

Mensagem do Dia: Onde há fé, o medo muda de cor

Viver da fé é o que faz a diferença em nossa vida. Com ela, conseguimos enxergar a vida, de fato, como ela é, e com um belo colorido.
O medo jamais pode ter a palavra final nas circunstâncias de nossa existência! Diferentemente disso, levantamos a bandeira da fé, da alegria e da coragem e lutemos com essas armas do Alto, que fazem o temor mudar de cor e fugir. Pela fé, cada vez mais nos tornamos agradáveis a Deus.
Jesus, eu confio em vós!
Luzia Santiago

Santo do Dia: São João Clímaco

São João Clímaco Nasceu na Palestina em 579, dentro de uma família cristã que passou para ele muitos valores, possibilitando a ele uma ótima formação literária.

Clímaco desde cedo foi discernindo sua vocação à vida religiosa. Diante do testemunho de muitos cristãos que optavam por ir ao Monte Sinai, e ali no mosteiro viviam uma radicalidade, ele deixou os bens materiais e levou os bens espirituais para o Sinai. Ali, com outros irmãos, deixou-se orientar por pessoas com mais experiência, fazendo um caminho pessoal e comunitário de santidade.

Foi atacado diversas vezes por satanás, vivendo um verdadeiro combate espiritual.

São João Clímaco buscou corresponder ao chamado de Deus por meio de duras penitências, pouca alimentação, sacrifícios, intercessões e participação nas Santas Missas.

Perseverou até o fim da vida, partindo para a glória aos 70 anos de idade.

São João Clímaco, rogai por nós!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Comitiva do Santuário de Fátima visita Aparecida

O Santuário de Aparecida recebe nesta quinta-feira, 28, uma comitiva do Santuário de Fátima, localizado em Portugal, que visita a Basílica para trocar experiências sobre acolhimento e evangelização.

A visita faz parte da divulgação dos destinos nos dois países: Brasil – Portugal. O grupo português foi acolhido pelo reitor do Santuário, padre Darci Nicioli.

No roteiro estão inclusos visitas aos espaços do Santuário e um encontro com o Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis.

A Basílica de Nossa Senhora Aparecida é um dos destinos mais procurados no Brasil. Mais de 8 milhões de fiéis, turistas e romeiros a visitam durante o ano.

Mensagem do Dia: Unidos a Jesus, retomemos nossos propósitos

Muitas vezes, ao longo da caminhada, por causa de coisinhas, facilmente desanimamos e abandonamos os nossos propósitos. Mas o segredo está em recomeçar, em pedirmos auxílio ao Senhor, em nos reconhecermos necessitados da graça d’Ele e dar passos, porque o próprio Senhor vai à nossa frente garantindo-nos a vitória. Todo homem tem um ideal, um sonho a realizar-se e é preciso perseverar, mesmo que isso pareça difícil.
”Viver sem uma fé, sem um patrimônio para defender, sem sustentar a verdade numa luta contínua, não é viver, mas fingir que se vive” (Beato Jorge Frassati).
A sabedoria consiste em não fazermos nada sozinhos, mas sim, com Jesus, para não desanimarmos. Na vida cotidiana, em tudo o que realizarmos precisamos convidar Jesus para que aja junto conosco: no trabalho, nos relacionamentos, em casa com o esposo, com a esposa, com os filhos, com os amigos, nas dificuldades, nos empreendimentos, para que Ele nos indique o caminho certo; por onde devemos andar.
Se permanecermos firmes em Jesus, aconteça o que acontecer, poderemos até balançar, mas não cairemos.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

Santo do Dia: São Constantino

São Constantino Rei de uma região da Inglaterra, casou-se, mas não assumiu seriamente esta aliança, tanto que deixou a esposa para se dedicar às guerras militares. Nesta aventura de poder e fama, ele – como São Paulo - 'caiu do cavalo'. Era pagão, converteu-se ao Cristianismo e assumiu seriamente o chamado à santidade.

Entrou para um mosteiro irlandês e descobriu seu chamado ao sacerdócio. Junto com outro santo, percorreu muitas regiões da Inglaterra anunciando o nome de Jesus, que tem o poder de nos dar a vitória sobre o 'homem velho'.

Constantino foi martirizado no ano de 598, atacado por pagãos duros de coração ante o Evangelho.

São Constantino, rogai por nós

quarta-feira, 28 de março de 2012

Papa se comove em encontro com Missionárias de Madre Teresa

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, concedeu sua segunda coletiva de imprensa em terras cubanas nesta terça-feira, 27.

Mesmo sem discursos públicos previstos, o dia de Bento XVI foi intenso, com um momento, em especial, que permanecerá na memória dos cubanos: a imagem do Pontífice que reza no Santuário Nacional da Virgem da Caridade do Cobre. “Este foi o momento central, a razão de sua viagem”, disse o sacerdote.
Outro momento que comoveu o Papa foi o encontro, no Seminário São Basílio Magno, em Santiago de Cuba, com cerca de 10 missionárias de Madre Teresa de Calcutá. Quando consagradas, elas recebem a tarefa de rezar, todos os dias, por um sacerdote. E neste encontro estava presente a indiana que há 20 anos reza pessoalmente por aquele que, na época, era somente o Cardeal Ratzinger. “O Papa estava comovido de encontrar essa pessoa que reza por ele”.

Já em Havana, destaque para a visita de cortesia ao Presidente Raúl Castro. O encontro durou pouco mais de 50 minutos, considerando que havia intérpretes. Padre Lombardi ressaltou a importância do encontro pessoal – um momento cordial e sereno. Temas da conversa foram a situação do povo cubano e as expectativas da Igreja para continuar contribuindo para o crescimento da nação.

Um pedido especial foi feito a Castro: a possibilidade do reconhecimento por parte do governo da Sexta-feira Santa como feriado – assim como, 14 anos atrás, João Paulo II fez o mesmo pedido em relação ao dia do Natal, e foi atendido.

Fazendo um balanço da viagem, padre Lombardi declarou que transcorre “muito positivamente”.

Papa encontra-se com Fidel Castro antes de deixar Cuba

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, realizou uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 28, concluindo a visita de Bento XVI a Cuba. A entrevista aconteceu no Hotel Nacional - centro da imprensa internacional, em Havana.

Logo no início da coletiva, padre Lombardi confirmou o encontro entre Bento XVI e o comandante Fidel Castro, que chegou à Nunciatura Apostólica às 12h20 (10h20 no horário de Brasília). A conversa "muito cordial" teve início logo em seguida.
Bento XVI manifestou sua felicidade por estar em Cuba e sua gratidão pelo acolhimento recebido pelo povo e pelo país. Por sua vez, Fidel afirmou que tinha um desejo pessoal de encontrar o Papa e que seguiu todos os eventos desta viagem pela televisão. Houve uma brincadeira sobre a idade dos dois, que são parecidas (Bento XVI completará 85 anos daqui poucos dias e Fidel, em agosto, 86), e o Papa disse: “Sou idoso, mas ainda posso desempenhar meu dever”.

Houve uma troca de ideias, perguntas de Fidel ao Papa para saber dele seu pensamento e informações que desejava, pois, disse ao Pontífice, sua vida é dedicada à reflexão, ao estudo e à escrita desde que não ocupa mais funções políticas públicas. O ex-presidente perguntou sobre a liturgia da Igreja, o que faz um Papa, que por sua vez falou do significado de suas viagens. Falou-se das dificuldades do tempos de hoje da humanidade, dos desafios que se apresentam à ciência, dos problemas ecológicos, como cada religião enfrenta a multiplicidade das respostas. Comentou-se a dificuldade que a humanidade enfrenta quando se afirma a ausência de Deus e a relação entre fé e razão.

O encontro durou meia-hora, “mas poderia ter durado muito tempo”, referiu padre Lombardi. No final, Fidel pediu ao Papa que enviasse alguns livros sobre os temas que debateram juntos e se ele já sabia quais eram esses livros. O Papa respondeu que deveria pensar. Também estavam presentes no encontro a esposa de Fidel e dois filhos.

Padre Lombardi fez um balanço desta viagem, afirmando que Bento XVI encontrou nas duas etapas cubanas desta viagem cerca de 500 mil pessoas entre Santiago de Cuba e Havana e que a imagem principal é a do Papa como Peregrino da caridade no Santuário nacional. Destacou o empenho dos jovens, com a vigília realizada esta madrugada.

Uma das perguntas dos jornalistas foi sobre se Fidel pertencia à Igreja Católica. Padre Lombardi respondeu que existe diferença entre ser batizado e participar plenamente de uma comunidade.

Sobre um hipotético encontro com o Presidente venezuelano Hugo Chávez, em Cuba nesses dias para um tratamento de saúde, o porta-voz vaticano afirmou que não houve um pedido para que este evento se realizasse.

Mensagem do Dia: Qual o segredo da verdadeira liberdade?

“Quanto mais a pessoa pratica o bem, tanto mais se torna livre. Não há verdadeira liberdade a não ser a serviço do bem e da justiça. A escolha da desobediência e do mal é um abuso de liberdade e conduz à escravidão do pecado” (Catecismo da Igreja Católica, n.1.733).
A Palavra do Senhor nos orienta a buscarmos a Verdade, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, para que vivamos a verdadeira liberdade dos filhos de Deus.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32).
Supliquemos hoje ao Senhor Jesus que nos reconduza ao caminho do bem e da verdade.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

Santo do Dia: São Guntrano

São Guntrano Guntrano teve muitos descaminhos, muitas opções erradas. Teve muitas mulheres e muitos filhos. Como todo ser humano buscou a felicidade, porém, em lugares errados.

Um homem social, político e de grande influência, mas com o coração inquieto e desejoso de algo maior.


Deu toda sua herança para um sobrinho e se decidiu a viver uma radicalidade cristã, ou seja, viver o chamado à santidade.


Então, Guntrano passou a ouvir a Palavra de Deus e a acolher os conselhos dos bispos. Governou na justiça, a partir dos bons conselhos recebidos. Viveu a renúncia de si mesmo para abraçar a cruz e fazer a vontade de Deus.


Faleceu com 68 anos, depois de consumir-se no amor a Deus e aos irmãos, sendo cristão na sociedade.


São Guntrano, rogai por nós!

terça-feira, 27 de março de 2012

Programação da Semana Santa da Paróquia do Acari - RN

Paróquia de Nossa Senhora da Guia. Acari-RN
Programação da Semana Santa
de 1º a 08 de Abril de 2012
A comunidade Acariense vai viver com Fé e Esperança os mistérios da Paixão,Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Dia: 1º/04- Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor
06h30- Bênção dos Ramos na Igreja do Rosário, seguindo-se de caminhada para a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Guia. Cada Fiel deve levar o seu ramo.
07h- Celebração da Santa Missa na Igreja Matriz com a proclamação do Evangelho da Paixão de N.S.Jesus Cristo.
19h -Missa na Matriz de Nossa Senhora da Guia.
Coleta da Campanha da Fraternidade
Dia: 02/04 - Segunda-feira da Semana Santa
08h- Missa e atendimento de Confissões na Igreja Matriz.
19h - Atendimento de Confissões na Igreja Matriz.
Dia: 03/04 - Terça-feira da Semana Santa
08h - Missa e atendimento de Confissões na Igreja Matriz.
19h - Atendimento de Confissões na Igreja Matriz.
Dia: 04/04 - Quarta-feira da Semana Santa
08h - Missa e atendimento de Confissões na Igreja Matriz.
19h- Via Sacra das Famíllias, saindo da Igreja Matriz e percorrendo as ruas da cidade.
SOLENE TRÍDUO PASCAL
Dia: 05/04 - Quinta-feira Santa
08h - Missa dos óleos na Catedral de Sant´Ana
16h30 - Missa Vespertina da Ceia Santa do Senhor na Igreja Matriz.
*Adoração ao Santíssimo Sacramento, prolongado-se até a meia-noite.
19h30 - Atendimento de Confissões na Matriz.
Dia: 06/04 - Sexta-feira da Paixão do Senhor - Dia de Jejum e abstinência.
08h - Adoração ao Santíssimo Sacramento na Igreja Matriz.
08h30 - Clebração penitencial na Igreja Matriz
15h30 - Ação Litúrgica Solene da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
* Proclamação do Evangelho da Paixão do Senhor segundo São João;
* Oração Solenes;
* Adoração de Cristo Redentor, que na Cruz nos obteve o perdão dos pecados e a nossa salvação;
* Procissão com a imagem do Senhor Morto pelas ruas centrais;
* Coleta para os Lugares Santos
Dia:07/04 - Sábado Santo
19h - Solene Vigília Pascal na Igreja Matriz, com: Bênção do Fogo, Lituria da Palavra e Batismal.
- Missa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo
Após a Santa Missa haverá a procissão do Senhor Ressuscitado pelas ruas centrais da cidade.
obs:Cada Fiel deverá conduzir uma vela(com protetor) para a Vigília.
Dia: 08/04 - Domingo da Páscoa da Ressurreição
07h- Missa da Páscoa do Senhor na Igreja Matriz
19h - Missa na Matriz

Nota: " Igreja concede uma indulgência plenária aos que no dia da sexta-feira santa participam piedosamente da veneração da Santa Cruz e beijam devotamente o Santo Lenho".

segunda-feira, 26 de março de 2012

Discurso de Bento XVI na chegada a Cuba - 26/03/12


Discurso
Viagem Apostólica de Bento XVI ao México e à República de Cuba
Discurso de chegada a Cuba
Aeroporto Antonio Maceo de Santiago de Cuba, Cuba
Segunda-feira, 26 de março de 2012


Senhor Presidente,
Senhores Cardeais e Irmãos no Episcopado,
Distintas Autoridades,
Membros do Corpo Diplomático,
Senhores e senhoras,Queridos amigos cubanos!

Agradeço-lhe, Senhor Presidente, o acolhimento dispensado e as amáveis palavras de boas-vindas com que quis transmitir, da sua parte e também do governo e do povo cubano, os sentimentos de respeito pelo Sucessor de Pedro. Saúdo as Autoridades que nos acompanham, assim como os Membros do Corpo Diplomático aqui presentes. Dirijo uma cordial saudação a D. Dionisio Guillermo García Ibáñez, Arcebispo de Santiago de Cuba e Presidente da Conferência Episcopal, ao Cardeal Jaime Ortega y Alamino, Arcebispo de Havana, e aos restantes Bispos de Cuba, a todos certificando da minha solidariedade espiritual. E por fim saúdo, com todo o carinho do meu coração, os fiéis da Igreja Católica em Cuba, os amados habitantes desta linda Ilha e todos os cubanos onde quer que se encontrem. Tenho-vos sempre muito presente no coração e na minha oração, e ainda mais nos últimos dias quando o momento tão desejado de vos visitar se ia aproximando e que, graças à bondade divina, chegou.

Encontrando-me agora no vosso meio, não posso deixar de lembrar a histórica visita a Cuba do meu predecessor, o Beato João Paulo II, que deixou uma marca indelével na alma dos cubanos.
O seu exemplo e os seus ensinamentos constituem uma guia luminosa para muitos, crentes ou não, que os orienta tanto na vida pessoal como na atuação pública ao serviço do bem comum da Nação. De fato, a sua passagem pela Ilha foi uma espécie de brisa suave de fresca aragem que deu novo vigor à Igreja em Cuba, despertando em muitas pessoas uma renovada consciência da importância da fé e encorajando a abrir os corações a Cristo, ao mesmo tempo que reacendeu a esperança e revigorou o desejo de trabalhar corajosamente por um futuro melhor. Um dos frutos importantes daquela visita foi a inauguração duma nova etapa nas relações entre a Igreja e o Estado cubano caracterizada por um espírito de maior colaboração e confiança, embora permaneçam ainda muitos aspectos em que se pode e deve avançar, especialmente no que diz respeito à contribuição imprescindível que a religião é chamada a prestar no âmbito público da sociedade.

Estou muito feliz por poder partilhar a vossa alegria na celebração do IV centenário da descoberta da imagem sagrada da Virgem da Caridade do Cobre. A sua figura cativante esteve, desde o início, muito presente tanto na vida pessoal dos cubanos como nos grandes acontecimentos do País, especialmente durante a sua independência, sendo venerada por todos como verdadeira mãe do povo cubano. A devoção à «Virgem Mambisa» sustentou a fé e encorajou a defesa e promoção de tudo o que dignifica a condição humana e dos seus direitos fundamentais; e hoje continua fazê-lo ainda com mais força, dando assim testemunho visível da fecundidade da pregação do Evangelho nestas terras e das profundas raízes cristãs que configuram a identidade mais genuína da alma cubana. Seguindo o rasto deixado por tantos peregrinos ao longo destes séculos, também eu desejo ir a El Cobre prostrar-me aos pés da Mãe de Deus para Lhe agradecer a solicitude com que cuida de todos os seus filhos cubanos e confiar à sua intercessão os destinos desta amada Nação para que os guie pelas sendas da justiça, da paz, da liberdade e da reconciliação.

Venho a Cuba como peregrino da caridade, para confirmar os meus irmãos na fé e encorajá-los na esperança, que nasce da presença do amor de Deus nas nossas vidas.
Levo no coração as justas aspirações e os legítimos desejos de todos os cubanos – onde quer que se encontrem –, os seus sofrimentos e alegrias, as suas preocupações e os anseios mais nobres, especialmente dos jovens e dos idosos, dos adolescentes e das crianças, dos doentes e dos trabalhadores, dos encarcerados e dos seus familiares, bem como dos pobres e necessitados.

Muitas partes do mundo atravessam, hoje, um momento de particular dificuldade econômica, cuja origem tantos concordam em situá-la numa profunda crise de tipo espiritual e moral, que deixou o homem sem valores e desprotegido contra a ganância e o egoísmo de certos poderes que não têm em conta o bem autêntico das pessoas e das famílias. Não é possível continuar por mais tempo na mesma direção cultural e moral, que causou esta situação dolorosa que muitos sentem. Em vez disso, o verdadeiro progresso necessita duma ética que coloque no centro a pessoa humana e tenha em conta as suas exigências mais autênticas, de modo especial a sua dimensão espiritual e religiosa. Por isso, vai ganhando cada vez mais espaço, no coração e na mente de muitas pessoas, a certeza de que a regeneração das sociedades e do mundo exige homens retos e de firmes convicções morais e altos valores de fundo que não sejam manipuláveis por interesses limitados mas correspondam à natureza imutável e transcendente do ser humano.

Queridos amigos, estou convencido de que Cuba, neste momento tão importante da sua história, estende já o seu olhar para o amanhã, esforçando-se por renovar e ampliar os seus horizontes; para isso contribuirá aquele imenso patrimônio de valores espirituais e morais que plasmaram a sua identidade mais genuína e que estão esculpidos na obra e na vida de muitos e insignes pais da Pátria, como o Beato José Olallo y Valdés, o Servo de Deus Félix Varela e o insigne José Martí. A Igreja, por sua vez, soube contribuir diligentemente para a promoção de tais valores através da sua generosa e incansável missão pastoral, e renova os seus propósitos de continuar a trabalhar sem descanso para servir do melhor modo a todos os cubanos.

Peço ao Senhor que abençoe copiosamente esta terra e seus filhos, particularmente os que se sentem desfavorecidos, os marginalizados e quantos sofrem no corpo ou no espírito, e conceda a todos, por intercessão de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, um futuro cheio de esperança, solidariedade e concórdia. Muito obrigado.


Bento XVI chega a Cuba

O Papa Bento XVI desembarcou no Aeroporto Internacional Antonio Maceo de Santiago de Cuba, em Cuba, nesta segunda-feira, 26, por volta de 16h30 (horário de Brasília, 14h30 no horário local). Ele foi recebido pelo presidente de Cuba, Raul Castro, e autoridades religiosas locais. Em seguida, quatro crianças entregaram a Bento XVI um ramo de flores como sinal de boas vindas.

Em seu discurso, Raul Castro disse a Bento XVI que o país se sente honrado com sua presença e enfatizou o bom relacionamento que o governo mantém com as diversas religiões. “Nosso Governo e a Igreja Católica mantêm boa relação. O governo tem bom relacionamento com todas as religiões e entidades religiosas no país”, disse.

.: NA ÍNTEGRA: Discurso de Bento XVI - Cerimônia de boas vindas no Aeroporto Maceo de Santiago de Cuba, Cuba - 26/03/2012

.: Confira programação da viagem do Papa a Cuba e ao México
.: Todas as matérias sobre a visita do Papa ao México e à Cuba

O presidente também lembrou as dificuldades econômicas existentes no país, mas ressaltou que a nação segue mudando tudo que precisa ser mudado.

Ao tomar a palavra, Bento XVI agradeceu o acolhimento e as palavras de Raul Castro e demais autoridades. Ele também saudou as autoridades religiosas, os fiéis da Igreja Católica em Cuba e todos os cubanos.

“Tenho-vos sempre muito presente no coração e na minha oração, e ainda mais nos últimos dias quando o momento tão desejado de vos visitar se ia aproximando e que, graças à bondade divina, chegou”, disse.

O Pontífice lembrou a histórica visita que seu antecessor, Beato João Paulo II, fez ao país. De acordo com ele, o beato deixou “uma marca indelével na alma dos cubanos. O seu exemplo e os seus ensinamentos constituem uma guia luminosa para muitos, crentes ou não, que os orienta tanto na vida pessoal como na atuação pública ao serviço do bem comum da Nação”.

Ele destacou que um dos frutos da visita do Beato foi a abertura de uma nova etapa nas relações entre a Igreja e o Estado cubano. O Papa disse que, embora ainda haja muito em que se avançar, essa nova etapa caracteriza-se por um “espírito de maior colaboração e confiança”.

O Santo Padre também lembrou a situação de dificuldade econômica que muitas partes do mundo atravessam e que muitos concordam em situar sua origem numa crise espiritual e moral. Ele acredita que esta situação não pode continuar.

“O verdadeiro progresso necessita duma ética que coloque no centro a pessoa humana e tenha em conta as suas exigências mais autênticas, de modo especial a sua dimensão espiritual e religiosa”, destacou o Pontífice.

Sobre sua estadia em Cuba, Bento XVI revelou seu verdadeiro propósito: ajudar o povo cubano a fortalecer sua fé. “Venho a Cuba como peregrino da caridade, para confirmar os meus irmãos na fé e encorajá-los na esperança, que nasce da presença do amor de Deus nas nossas vidas”, disse o Papa.

Logo mais, às 19h30, no horário de Brasília (17h30 no horário local), o Papa celebrará a Santa Missa por ocasião do 400º aniversário da Virgen de la Caridad del Cobre, na Praça Antonio Maceo de Santiago de Cuba.

Mensagem do Dia: Quando devemos falar com Deus?

Deus fala conosco em qualquer lugar em que estejamos e nós também podemos falar com Ele de qualquer lugar. Sempre e em todo momento a hora é oportuna para elevarmos o nosso coração ao Senhor: na alegria, na tristeza, nas vitórias, nas quedas, na abundância, na penúria, na saúde, na doença…
O Senhor é o “Deus Conosco” sempre e com Ele sempre podemos contar. Muitas vezes, as pessoas por quem temos uma enorme consideração nos deixam na mão nos momentos em que mais precisamos delas, mas com o Todo-poderoso é diferente.
“Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. Eis que estás gravada na palama da minha mão” (Is 49, 15-16a).
Mantenhamos hoje, ao longo de todo este dia, o nosso coração unido a Deus Pai e recorramos a Ele em todos os momentos.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

Santo do Dia: São Bráulio

São Bráulio O santo de hoje, foi bispo de 631 a 651.

Nasceu em uma família muito sensível à vontade do Senhor: uma irmã foi para a vida religiosa e tornou-se abadessa. Outro irmão foi para uma Abadia e outro, chegou a bispo.

Depois de entrar para uma vida de oração e contemplação numa abadia, Bráulio conheceu em Sevilha Santo Isidoro, escritor e santo.

Fecundo escritor e grande pastor, São Bráulio foi escolhido para bispo em Saragoça, participando ativamente em três Concílios de Toledo.

São Bráulio, rogai por nós

sábado, 24 de março de 2012

Bento XVI chega ao México e é recebido calorosamente pelo povo

O avião da ALITALIA que conduziu o Papa Bento XVI de Roma à cidade de León, no México, aterrisou no país por volta das 19h20 horário do Brasil (16h20 no horário do México). Após receber as honras de chefe de estado, o Santo Padre foi acolhido pelo arcebispo de León, Dom José Guadalupe Martín Rábago e o presidente do país, Felipe Calderón, o qual esteve acompanhado de sua mulher, Margarita Savala.
No início da cerimônia de boas vindas foram entoados os hinos do Vaticano e do México, conforme manda o protocolo oficial. Logo em seguida, o presidente mexicano fez o discurso de acolhida ao Sumo Pontífice, onde expressou o amor do povo mexicano pela figura do Papa.

"Sua visita nos traz alegria nestes momentos de grande tribulação. O senhor encontrará um povo nobre, acolhedor e que tem muita estima pelo Sumo Pontífice", ressaltou Calderón.
Ainda no discurso, o chefe de estado mexicano falou sobre a violência proveniente do crime organizado que assola o país, mas acrescentou que diante das dificuldades, o povo mexicano 'manteve-se de pé'.
"Sua visita particularmente nestas circunstâncias é um gesto de solidariedade com nosso povo", afirmou.
Ao tomar a palavra, Bento XVI revelou que a visita ao México faz parte da concretização de um sonho.
"Estou feliz de estar aqui e agradeço a Deus por permitir que eu realizasse um desejo que está no meu coração há muito tempo", salientou o Pontífice.
Falando sobre a dignidade da pessoa humana, o Papa destacou que também o direito à liberdade religiosa enquadra-se como direito fundamental.
"Baseada na inigualável dignidade de toda pessoa humana, criada por Deus e que ninguém tem o direito de duvidar ou depreciar. Esta dignidade se expressa de maneira eminente no direito fundamental à liberdade religiosa, em seu genuíno sentido e em sua plena integridade", enfatizou.
Após o término do discurso, Bento XVI saudou os bispos do país, a delegação que acompanhou o presidente da república mexicana e várias crianças que se concentraram no aeroporto para acolher o Papa. Antes de ir para o Colégio Miraflores, local onde ficará hospedado durante sua estadia no México, o Santo Padre fez o trajeto em papamóvel pelas ruas da cidade.
Amanhã, 24, o Pontífice fará uma visita de cortesia ao presidente federal na Casa do Conde Rul de Guanajuato e saudará as crianças na Plaza de la Paz de Guanajuato.

Bento XVI reúne-se com presidente do México e saúda crianças

Dando continuidade à programação de sua visita ao México, o Papa Bento XVI deu início agora há pouco, às 11h no horário do Brasil (8h no México) à celebração da Santa Missa na capela do Colégio Miraflores, onde ficará hospedado durante sua estadia no país. A celebração presidida pelo Pontífice é privada.

O próximo compromisso do Papa é uma visita de cortesia ao presidente Felipe Calderón. O encontro será realizado às 18h no horário local (21h no horário de Brasília) na casa do Conde Rul de Guanajuato. Em seguida, o Santo Padre fará uma saudação às crianças, na Plaza de La Paz de Guanajuato.
O Pontífice chegou ao país nesta sexta-feira, 23, por volta das 19h20 no horário do Brasil (16h30 no horário do México). Ele foi recebido pelas autoridades políticas locais e pelo arcebispo de León, Dom José Guadalupe Martín Rábago.

Em seu discurso inicial, Bento XVI revelou que a visita ao México é a realização de um sonho. "Estou feliz de estar aqui e agradeço a Deus por permitir que eu realizasse um desejo que está no meu coração há muito tempo", salientou o Pontífice.

Após o discurso, o Santo Padre saudou os presentes e circulou pelas ruas da cidade no papamóvel, antes de ir para o Colégio Miraflores, onde fica hospedado até o dia 26 de março, quando segue para Cuba.

Santo do Dia: Santa Catarina da Suécia

Santa Catarina da Suécia Nasceu na Suécia, de família ligada aos reis. Sua mãe era Santa Brígida, que após o falecimento do esposo, se tornou uma peregrina até instalar-se em Roma.

Catarina foi formada na Abadia de Bisberg, permanecendo ali até casar-se. Não demorou muito tempo e seu esposo veio a falecer. Tinha um coração rendido a uma intimidade profunda com Deus, abriu-se a uma consagração total e foi viver junto de sua mãe em Roma, onde permaneceram por 23 anos.

Tornou-se Abadessa em Valdstena, onde permaneceu até sua morte em 1381.

Santa Catarina da Suécia, rogai por nós!

sexta-feira, 23 de março de 2012

Encontro reúne cristãos e muçulmanos em homenagem à Maria

Cristãos e muçulmanos reunidos para homenagear Maria. Esse deve ser o cenário do Encontro Internacional Cristão-Muçulmano, que será realizado neste sábado, 24, em Foz do Iguaçu (PR). O evento é promovido pela Pastoral da Criança em parceria com entidades religiosas e espera reunir cerca de sete mil pessoas.

Esse será um encontro religioso inédito no Brasil e a escolha do tema, ‘Maria – exemplo para todos nós’, deve-se ao fato de Maria ser respeitada e admirada nas duas religiões. “Vimos que aí havia uma forma de aproximação das duas religiões, independente de visões teológicas, do que a gente chama de diálogo inter-religioso”, explicou o gestor de relações institucionais da Pastoral da Criança, Clovis Boufler.

O gestor disse ainda que o Encontro vai possibilitar a troca de conhecimento sobre a história de Maria, mas a ideia não é focar em debates sobre os princípios ou escritos de uma religião e de outra. Mais que interpretações bíblicas, o intuito é falar da presença de Maria no cotidiano e poder construir a paz, que é um ponto comum entre seguidores de ambas as crenças.

Maria e a Pastoral da Criança

Sobre a influência de Maria nos trabalhos desenvolvidos pela Pastoral da Criança, Boufler contou que ela é uma inspiração, tendo em vista sua preocupação com a gestante, evidenciada na passagem bíblica que relata a visita de Maria à sua prima Isabel (cf Lc 1, 39-56).

"Ela (Maria) demonstrou, nessa passagem, a preocupação pela gestação, pelo acompanhamento da prima, inclusive numa gestação de risco, uma gestação em idade avançada. Essa é uma das ações em que a Pastoral da Criança faz um grande investimento: o direito ao pré-natal de qualidade para que a criança possa nascer com saúde", contou Boufler.

Diálogo inter-religioso no cenário atual

Embora o Encontro Internacional Cristão-Muçulmano seja uma oportunidade para a troca de informações entre duas religiões distintas, Clóvis Boufler lembrou que o cenário atual apresenta certa dificuldade mundial para o diálogo inter-religioso.  De acordo com ele, as pessoas em geral têm acompanhado, pelo noticiário, os atritos entre as comunidades muçulmanas, momento que impõe mais resistência ao diálogo.

Boufler acredita que é preciso avançar um pouco mais nas atividades que possam unir as diversas religiões ou até mesmo as igrejas cristãs, mas ressaltou a importância de cada religião manter sua identidade.

“Cada religião não precisa perder a sua identidade para poder interagir com outras religiões ou com as outras igrejas. A relação recíproca é sempre salutar”, destacou.

O evento

O Encontro Internacional Cristão-Muçulmano é promovido pela Coordenação da Pastoral da Criança Internacional em conjunto com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), representantes da Liga da Juventude Islâmica Beneficente do Brasil, da União Nacional das Entidades Islâmicas e da Comunidade Islâmica de Foz do Iguaçu. O evento é aberto para fiéis de todas as religiões.

Tendas temáticas que ficarão expostas de 9h às 16h abordarão os vários exemplos deixados por Maria: cuidado com  a gestante, amor à criança, dedicação à comunidade, exemplo para cristãos e muçulmanos e exemplo para a construção da paz. No período de 12h às 13h, as atividades serão interrompidas por uma concentração para a homenagem à Maria, momento que contará com a manifestação dos representantes das tradições religiosas e personalidades.

Papa fala sobre combate às drogas e situação política de Cuba

Em entrevista durante a viagem de avião rumo ao México, nesta sexta-feira, 23, o Papa Bento XVI destacou o combate ao tráfico de drogas no México, a situação social de Cuba e ainda os desafios da nova evangelização na América Latina.

“Vou para encorajar e para aprender, para confortar na fé, na esperança e na caridade”, disse Bento XVI aos jornalistas ao falar de como conduzirá esta 23ª viagem internacional.

O Papa ressaltou que sua visita está traçada sobre as raízes históricas da viagem feita pelo então Papa João Paulo II. Ao responder a pergunta de um jornalista sobre o problema do narcotráfico e a violência no México, o Papa salientou que a Igreja Católica tem uma grande responsabilidade quanto a esse combate.

“Devemos fazer o possível contra este mal destrutivo da humanidade e da nossa juventude. Dizer que o primeiro ato é anunciar Deus”, afirmou o Santo Padre.

É responsabilidade da Igreja, disse ainda o Pontífice, “educar para a consciência, para a responsabilidade moral” e “desmascarar o mal”. É preciso “desmascarar esta idolatria do dinheiro que escraviza os homens”, “desmascarar estas falsas promessas”. O Papa disse ainda que a Igreja “desmarcara o mal” apresentando a bondade de Deus, “Sua verdade”.

Sobre a situação sociopolítica de Cuba, Bento XVI recordou como a visita de João Paulo II, 14 anos atrás, “inaugurou uma estrada de colaboração e diálogo”, um caminho que “exige paciência”, mas que “vai adiante”.

Ele acrescentou que a ideologia marxista “não responde mais à realidade” e assegurou que a Igreja quer ajudar “em espírito e diálogo” “para dar vida a uma sociedade mais justa”. A Igreja, destacou, “está sempre do lado da liberdade” de consciência e de religião.

“A Igreja não é um poder político, não é um partido, mas é uma realidade moral, uma autoridade moral”. Portanto, é responsabilidade da Igreja “educar e conscientizar e, assim, criar a responsabilidade necessária; educar para que a conscientização seja feita na esfera individual, bem como na esfera pública”.

Ele também observou que, sobretudo na América Latina, “não poucos católicos” se encontram numa certa “esquizofrenia entre a moral individual e aquela pública”. Na esfera individual, afirmou, “existem católicos fiéis, mas na vida pública caminham sobre estradas que não respondem aos grandes valores do Evangelho que são necessários para a fundação de uma sociedade justa”.

Ao falar do empenho à nova evangelização na América Latina, ele reiterou que estes estão ligados ao combate à secularização.

Mensagem do Dia: Nós temos valor!

Desde o dia em que nascemos, muitos acontecimentos foram nos marcando positiva e negativamente. Desde então quantas palavras duras foram ditas a nosso respeito; quantas rejeições nos roubaram a oportunidade de nos conhecer tal como Deus nos criou… Só depois de passarmos pela experiência do encontro pessoal com Jesus Cristo é que começamos a nos aceitar e a perceber nossas riquezas e dons e também a querer mudar o que precisa de transformação. É quando ocorre a nossa conversão como filhos de Deus, amados, escolhidos e desejados por Ele.
Luzia Santiago
Jesus, eu confio em vós!

Santo do Dia: São Turíbio de Mongrovejo

São Turíbio de Mongrovejo De origem espanhola, nasceu no ano de 1538. Cresceu muito bem educado dentro de uma formação cristã e humana, estudou Direito e prestou muitos serviços nessa área, sempre buscando dar testemunho cristão no ambiente em que se encontrava.

Turíbio ajudou até o rei Felipe, mas o chamado à vida dedicada ao Senhor, dentro do ministério sacerdotal, falou mais forte. Renunciou à sua profissão e, como sacerdote, foi escolhido bispo e enviado ao Peru. Era um homem apostólico.

Deparou-se com muitas injustiças: indígenas oprimidos, pobres abandonados. Então ele, no anúncio e na denúncia, passou a ser respeitado e ouvido por muitos.

Sem interesses e sem comungar com o poder opressor, ele deixou um marco para toda a América: de que o mundo precisa de santos, e isso só é possível na misericórdia, no amor, na verdade, no anúncio e na coragem de denunciar.

Depois de uma grave enfermidade, faleceu em 1606.

São Turíbio, rogai por nós!

quinta-feira, 22 de março de 2012

No México, Bento XVI realizará um sonho de João Paulo II

Oração cotidiana, revisão dos discursos e um grande amor pela Virgem de Guadalupe. Deste modo Bento XVI transcorre os dias que o separam de sua 23ª viagem apostólica a México e Cuba. Por este motivo, os compromissos semanais do Papa - inclusive a audiência geral de desta quarta-feira, 21 -  foram anulados.

Em entrevista à rede de televisão mexicana Televisa, o secretário de estado do Vaticano, Cardeal Tarcísio Bertone, explicou o que levou o Papa a escolher tal destino.

"A escolha pelo México, sem dúvida, é um grande ato de amor do Papa pelo país, este grande país da América Latina, um grande país católico, um país em pleno desenvolvimento, mas que ao mesmo tempo atravessa problemas e desafios, sobretudo os desafios da violência, os desafios da corrupção, do narcotráfico, que exigem o empenho de todos (...) O Papa quer levar uma mensagem de encorajamento diante de tudo isso e quer falar sobretudo aos jovens para que eles não desanimem", explicou.

Bento XVI visitará o estado de Guanajuato, considerado o coração geográfico e espiritual do México. O cardeal revela que Bento XVI escolheu a cidade motivado por um sonho antigo de João Paulo II.
"Sabemos os motivos desta escolha do Papa. Uma escolha, confesso, extraordinária, que me tocou desde quando soube das motivações do Papa. João Paulo II, recordamos, desejava muito ir em peregrinação àquele santuário e não poderia fazê-lo por muitos motivos. Sendo assim, Bento XVI disse: 'Eu devo realizar este desejo de João Paulo II e ir lá, como seu sucessor, àquele Santuário que é o coração da fé heróica do povo mexicano' ", afirmou Bertone.

Católicos são maioria no México e em Cuba

O Papa Bento XVI chega nesta sexta-feira, 23, ao México e na segunda-feira, 26, vai a Cuba onde ficará até a noite de quarta-feira, 28. A viagem acontece em meio às comemorações pelo bicentenário de independência do México e do quarto centenário da Imagem da Virgem da Caridade do Cobre, em Cuba.

Em ambos os países, os católicos representam a maioria da população, de acordo com dados do Centro de Estatística da Igreja; no México os católicos são mais de 90% da população, quanto em Cuba, eles são pouco mais de 60%. 

Dados da Igreja no México

O México tem uma superfície territorial de 1.958.201 km2, uma população de 108.426 de habitantes, dos quais, 99.635.000 são católicos, o que equivale a 91,89% da população.

Segundo dados do Centro de Estatística da Igreja, de 31 de dezembro de 2010, no México existem 93 circunscrições eclesiásticas, 6.744 paróquias e 7.169 centros pastoriais. Os Bispos são 163; os sacerdotes 16.234; os religiosos e religiosas são 30.023; 505 são os membros dos institutos seculares; 25.846 são os missionários leigos e 295.462 os catequistas empenhados nas atividades apostolado. Os seminaristas menores são 4.524 e os maiores 6.495.

A Igreja Católica conta no México com 8.991 centros de instrução de todos os níveis, nos quais estudam 1.856.735 alunos e 1.822 centros de educação especial. Conta também com outros 5.082 centros de caridade em propriedade da Igreja e/ou dirigidos por eclesiásticos ou religiosos: 257 hospitais; 1.602 ambulatórios; 8 centros para leprosos; 372 casas para idosos; inválidos ou menores; 329 orfanatos e asilos; 2.134 consultórios familiares e outros centros para a proteção da vida e 340 instituições de outras instituições de outro tipo.

Dados da Igreja em Cuba
Já a República de Cuba tem uma superfície de 110.861 km2, com uma população de 11.242.000 habitantes, dos quais 6.766.000 são católicos, 60,19% da população.

O país conta com 11 circunstâncias eclesiais; 304 paróquias e 2.210 centros pastorais; 17 bispos; 361 sacerdotes; 656 religiosos e religiosas; 24 membros de institutos seculares; 2.122 missionários leigos e 4.133 catequistas. Os seminaristas menores são 13 e os maiores são 78.

Em Cuba, a Igreja Católica dispõe de 12 centros educativos de todos os níveis nos quais estudam 1.113 alunos e outros 10 centros de instrução especial. Existem ainda 17 centros de caridade em propriedade e/ou dirigidos por eclesiásticos: 2 ambulatórios; 1 centro para leprosos; 8 casas para anciãos, inválidos e menores; 3 orfanatos e asilos e 3 instituições de outros tipos.
 

JMJ Rio 2013 será um dos temas de encontro mundial em Roma

O Pontíficio Conselho para os Leigos irá promover um encontro com os representantes da Pastoral Juvenil para refletir sobre as Jornadas Mundiais da Juventude e preparar a do Rio de Janeiro, marcada para julho de 2013.

No encontro, que acontecerá na cidade de Rocca di Papa, província de Roma, na Itália, entre os dias 29 de março e 1º de abril, participarão delegações de 98 países, além dos Comitês Organizadores da JMJ de Madri, realizada em 2011, e do Rio de Janeiro.

Em um comunicado à imprensa, publicado nesta quinta-feira, 22, o Pontifício Conselho explica que se trata de "um importante momento de reflexão" para os representantes que somam mais de 300, e representam 45 comunidades, associações e movimentos juvenis católicos. 

Os trabalhos começarão no dia 29 com a saudação do presidente do Pontifício Conselho, Cardeal Stanislaw Rylko. O dia será dedicado a análises dos aspectos pastorais e da organização da JMJ de Madri, e dos seus frutos pastorais em todo o mundo. Sobre o evento realizado na Espanha, farão colocações o arcebispo de Madri, Cardeal Antonio María Rouco Varela, o diretor executivo da JMJ 2011, Yago de la Cierva e o secretário-geral da jornada, padre Gregorio Roldán.

A sexta, 30, será dedicada à JMJ do Rio de Janeiro. As razões, desafios e expectativas para esta Jornada Mundial serão apresentados pelo arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta; pelo presidente da Comissão Episcopal para a Juventude do Brasil, Dom Eduardo Pinheiro da Silva, pelo responsável do Setor Juventude da CNBB, padre Carlos Sávio, e pelo Comitê Organizador Rio 2013.

No sábado, 31, as reflexões serão em torno do tema "Formar os jovens: uma missão prioritária para a Igreja", com as intervenções do secretário do Pontifício Conselho, Dom Josef Clemens, e do conselheiro-geral dos Salesianos para a Pastoral Juvenil, padre Fabio Attard.

Por fim, no dia 1º de abril, os delegados participarão da Santa Missa do Domingo de Ramos presidida pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro, no Vaticano, com a celebração diocesana da 27ª Jornada Mundial da Juventude.

Mensagem do Dia: Diante dos impossíveis clamemos: Vinde, Espírito Santo!

Quando o anjo anunciou a Virgem Maria que ela conceberia e daria à luz um filho e lhe poria o nome de Jesus: “Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem? Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra” (Lc 1,34-35).
Isso, para a Santíssima Virgem, era algo impossível de acontecer, mas o que é impossível a nós é possível a Deus. O Senhor nos ensina que, diante dos nossos impossíveis, precisamos clamar o Espírito Santo e deixar-nos conduzir por Ele, num total abandono, como o fez Nossa Senhora ao aceitar a vontade de Deus em sua vida e clamar: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra” (Lc 1,38).
Hoje, diante de qualquer situação, simples ou complexa, clamemos: Vinde, Espírito Santo!
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

Santo do Dia: São Zacarias, Papa

São Zacarias, Papa Filho de pai grego, residente na Calábria, foi eleito Papa em 741 e morreu em 752.

Ao contrário do seu predecessor Gregório III, relativamente a Liutprando, rei dos Lombardos, julgou ser melhor partido inaugurar com ele relações amistosas. Concluiu assim um acordo bastante vantajoso, recuperando quatro fortalezas e vários patrimônios; estipulou também com ele uma trégua de trinta anos. Mas não conseguiu impedir os Lombardos de tirarem aos Bizantinos o exarcado de Ravena.

Zacarias soube tornar favorável à Igreja romana o imperador Constantino V e recebeu mesmo territórios como dádiva. Em 747 aprovou a mudança de regime na França, com a proclamação de Pepino, o Breve.

Foi bom administrador das terras da Igreja, as quais progrediram no seu tempo. Restaurou o palácio de Latrão e embelezou, no sopé do Palatino, a igreja de Santa Maria Antiga, onde se conserva ainda o seu retrato, pintado quando ele ainda vivia.

São Zacarias, rogai por nós!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Acesso a documentos do Vaticano é facilitado

A Congregação para a Doutrina da Fé divulgou um comunicado nesta sexta-feira, 16, sobre a criação de um endereço para facilitar o acesso ao conteúdo do Dicastério. Além do site oficial da Santa Sé, um novo acesso (www.doctrinafidei.va) quer auxiliar a consulta dos fiéis aos documentos da Congregação aprovados pelo Papa, e disponibilizados em vários idiomas.

Segundo o comunicado, no mundo de hoje faz-se necessário difundir de forma mais ampla os ensinamentos da Congregação para a Doutrina da Fé, que tratam questões importantes para a vida e a missão da Igreja e oferecem respostas doutrinais seguras aos desafios apresentados em nosso cotidiano.

Leia a nota na íntegra:

Atualização e reorganização do site da Congregação para a Doutrina da Fé

Como se sabe, os Documentos da Congregação para a Doutrina da Fé aprovados explicitamente pelo Santo Padre participam do Magistério ordinário do Sucessor de Pedro (cf. Instrução Donum Veritatis, sobre a Vocação Eclesial do Teólogo, de 24 de maio de 1990, n. 18). Isto explica a importância de uma recepção atenciosa de tais pronunciamentos por parte dos fiéis e especialmente por aqueles que, em nome da Igreja, são responsáveis no âmbito teológico e pastoral.

Por outro lado no mundo de hoje faz-se mister uma difusão mais ampla do ensinamento do Dicastério em questão. De fato, em especial os Documentos emanados a partir do Concílio Vaticano II até hoje – recolhidos no volume: CONGREGATIO PRO DOCTRINA FIDEI, Documenta inde a Concilio Vaticano Secundo expleto edita (1966-2005), LEV, Città del Vaticano 2006, pp. 668 – tratam questões importantes para a vida e a missão da Igreja, oferecendo respostas doutrinais seguras aos desafios que se nos apresentam.

Assim sendo, a Congregação para a Doutrina da Fé, mesmo conservando os próprios Documentos no site oficial da Santa Sé (www.vatican.va), criou um novo acesso a fim de facilitar a consulta dos mesmos (www.doctrinafidei.va).

Os principais Documentos são disponíveis em oito línguas: além da versão latina, existem em francês, inglês, italiano, português, espanhol, alemão e polonês, e, vez por outra também em húngaro, eslovaco, tcheco e holandês. Ainda trabalha-se para completar a coleção de tais versões eletrônicas das traduções. Atualmente cada Documento já está à disposição na língua original e em alguma tradução.

A coleção abrange uma lista completa de todos os pronunciamentos pós-conciliares da Congregação, os quais se apresentam também em três listas temáticas: os de natureza doutrinal, os de natureza disciplinar e os concernentes aos sacramentos.

Na mesma página Internet se encontram informações atualizadas sobre as publicações da Coleção "Documenti e Studi", que reedita os Documentos mais importantes do Dicastério, enriquecidos com comentários de teólogos de gabarito; além disso se oferecem notícias a respeito dos volumes dos Atos de Simpósio promovidos pela Congregação, bem como a publicação de vários pronunciamentos dos Cardeais Prefeitos.

Através desta divulgação do próprio ensinamento doutrinal, por meio da Internet, a Congregação deseja atingir um círculo sempre mais amplo de destinatários em todas as partes do mundo.

Vaticano considera insuficiente a resposta dos lefevbrianos

O Vaticano publicou nesta sexta-feira, 16, o parecer da Congregação para a Doutrina da Fé e do Papa Bento XVI diante da resposta da Fraternidade Sacerdotal Pio X, após a entrega do Preâmbulo Doutrinal elaborado pela Santa Sé, em setembro de 2011, o qual visa estabelecer a plena reconciliação entre a Igreja e os também chamados 'lefevbrianos'.
O encontro entre a Fraternidade e a Congregação para a Doutrina da Fé aconteceu em 14 setembro de 2011 com objetivo de sanar a divergências de caráter doutrinal e canônico entre a Santa Sé e a Fraternidade. Em janeiro de 2012 foi apresentada a resposta dos lefevbrianos, a qual foi submetida a análise por parte do Vaticano.
Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Resposta da Santa Sé à Fraternidade Sacerdotal Pio X 

No Comunicado, afirma-se que o Vaticano considera a resposta de Dom Bernard Fellay insuficiente diante das orientações doutrinais apresentadas que visam o restabelecimento da plena comunhão.

"Em determinação diante da decisão do Papa Bento XVI, com uma carta entregue no dia, se comunicou a Monsenhor Fellay, a consideração da sua resposta. Nesta, se faz presente que a posição, por ele expressa, não é suficiente para superar os problemas doutrinais que estão na base entre o desencontro entre Santa Sé e a Fraternidade", diz o comunicado.

"Alguns meios distorcem imagem do Papa", diz Mons. Georg

Monsenhor Georg Ganswein, secretário particular do Papa Bento XVI participou na última quinta-feira, 15, em Mônaco, na Alemanha, do lançamento do livro "Bento XVI: personalidades falam do Papa”.

O secretário alemão que acompanha Bento XVI desde a época que ele ainda era prefeito da Congregação para a Doutrina da fé, aproveitou a ocasião para falar das distorções que alguns meios de comunicação fazem em torno da figura do Papa.
De acordo com a agência católica KNA, Georg pediu aos meios de comunicação para que façam o possível para corrigir quaisquer distorções.
No livro, organizado por Mons. Ganswein, foram reunidos depoimentos de personagens alemães famosos que narram experiências com Bento XVI e falam de seu Pontificado.

Frei Raniero Cantalamessa faz sua segunda pregação de Quaresma

O Papa Bento XVI participou na manhã desta sexta-feira,16, com membros da Cúria Romana, da segunda pregação da Quaresma feita pelo Frade Capuchinho, Frei Raniero Cantalamessa. O tema da pregação foi "São Gregório Nazianzeno, Mestre de Fé na Trindade".

Fr. Cantalamessa explicou que os dois máximos mistérios da nossa fé são a Trindade e a encarnação: Deus é uno e trino; Jesus Cristo é Deus e homem. Não se deve pensar em Deus somente como uno, e em Jesus somente como homem. Por isso, é importante voltar às origens, aos Pais da Igreja, não somente para conhecer o conteúdo do dogma no seu estado embrional, mas também para reencontrar a unidade vital entre a fé professada e a fé vivida, entre a "coisa" e a sua "enunciação".

Em Breve
.: A segunda pregação de Raniero Cantalamessa da Quaresma 2012

Para os Pais, acrescentou o Pregador da Casa Pontifícia, a Trindade e a unidade de Deus, a dualidade das naturezas e a unidade da pessoa de Cristo não eram verdades a serem decididas ou discutidas nos livros em diálogo com outros livros; eram realidades vitais.

Este ano, em preparação ao Ano da Fé, Fr. Cantalamessa revelou que as quatro meditações da Quaresma serão baseadas nos quatro grandes doutores da Igreja Oriental: Atanásio, Basílio, Gregório Nazianzeno e Gregório de Nissa, para ver o que cada um deles diz sobre os dogmas: a divindade de Cristo, o Espírito Santo, a Trindade e o conhecimento de Deus, respectivamente.

Mensagem do Dia: Na simplicidade esconde-se o belo

A verdadeira simplicidade nos leva a distinguir o certo do errado; o importante do essencial. Pela simplicidade de coração, conseguimos enxergar o que há de mais belo nas coisas e nas pessoas.
Deus é simples, por isso precisamos ser simples como Ele. Quanto mais descomplicarmos as situações, tanto mais seremos felizes e livres. Muitos sentem prazer pelas coisas complicadas por acreditarem que isso os tornará importantes. Contudo, quantos mais simples formos, tanto mais nos assemelharemos a Deus Pai e mais O amaremos.
Jesus eu confio em vós
Luzia Santiago

Santo do Dia: Santa Eusébia

Pertenceu a uma família de muitos santos. Com oito anos seu pai, Santo Adalberto, faleceu. Sua mãe, chamada a uma vida de entrega total a Deus, montou um convento e quis a sua filha junto. Sua avó Gertrudes também a chamou para a vida religiosa em Hamage (França), e ela aceitou.

A mãe, Santa Riertrudes, soube que Eusébia seria a Abadessa após a morte de sua avó. Então fez de tudo para ela ser bem formada antes, pois tinha apenas 12 anos. E foi para junto de sua mãe, mas às vezes escapava para a comunidade de Hamage (França), onde percebia ser o seu lugar.

Riertrudes repensou, e após se aconselhar com bispos e abades liberou sua filha para voltar e ser Abadessa, talvez a mais jovem da França.

Eusébia pressentiu que não duraria muito por aqui. Com apenas 23 anos reuniu suas filhas espirituais, e deu-lhes vários conselhos. Depois, esperou a morte de maneira calma e confiante. Isso no ano de 680.

Santa Eusébia, rogai por nós!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Igreja no Japão recorda tsunami de um ano atrás

"O que aconteceu em março de 2011 jamais será esquecido em nossas vidas". Esse é um trecho da mensagem divulgada pelo Arcebispo de Osaka, no Japão, Dom Leo Jun Ikenaga, para recordar o primeiro aniversário de um dos piores terremotos que se verificou no país.

Dom Ikenaga recorda aquele 11 de março de 2011: "O terremoto, forte e longo, deixou-nos espantados. Logo depois, a trágica notícia se espalhou e mesmo aqueles que não foram diretamente atingidos também ficaram profundamente chocados. De modo especial, o terrível tsunami matou quase 20 mil pessoas e causou danos incomensuráveis. Além disso, o acidente na usina nuclear de Fukushima obrigou muitas pessoas a mudarem seu dia-a-dia, lidando com a ameaça de radiação".

Não obstante o trauma, afirma o Arcebispo, este evento permitiu que os japoneses demonstrassem sua solidariedade e sua força. Pessoas de todo o país foram até as áreas afetadas e trabalharam de maneira voluntária preparando refeições ou limpando as ruas dos escombros.

Na ocasião deste primeiro aniversário, os bispos japoneses celebraram Missas em todas as dioceses do país para recordar as vítimas do terremoto e rezar pela reconstrução das áreas atingidas. Também foram organizadas cerimônias com cristãos de outras confissões.

A Igreja Católica japonesa recebeu inúmeras doações, seja do próprio país, seja da Igreja Católica em várias nações. Em especial, a Cáritas Japonesa mobilizou mais de 2500 pessoas para ajudar os sobreviventes, não somente para suprir as necessidades mais urgentes, mas também oferecendo auxílio psicológico e apoio moral.