segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Brasileiro é nomeado Visitador Apostólico para fiéis ucranianos

O Papa Bento XVI nomeou nesse sábado, 12, o brasileiro Dom Daniel Kozelinski Netto Visitador Apostólico para os fiéis ucranianos de rito bizantino residentes no Uruguai, Paraguai, Chile e Venezuela.

Até então Dom Kozelinski Netto, Bispo titular de Eminenziana, era Administrador Apostólico “sede vacante” da Eparquia de Santa Maria do Patrocínio em Buenos Aires dos Ucranianos, na Argentina.

Dom Daniel Kozelinski Netto, do clero da Eparquia de São João Batista em Curitiba dos Ucranianos, nasceu em Colônia Paraiso, no Estado do Paraná, em 18 de fevereiro de 1952.

Estudou Filosofia e Teologia em Curitiba. Formou-se em Pastoral Juvenil e Catequética na Pontifícia Universidade Salesiana, em Roma. Foi ordenado presbítero em 10 de fevereiro de 1980. Exerceu inúmeros cargos, como pároco e reitor.

Em 20 de junho de 2007 foi nomeado por Bento XVI Bispo titular de Eminenziana e Auxiliar da Eparquia de São João Batista em Curitiba dos Ucranianos. Em 22 de junho de 2011 foi nomeado Administrador Apostólico “sede vacante” da Eparquia de Santa Maria do Patrocínio em Buenos Aires dos Ucranianos.

Os fiéis ucranianos de rito bizantino estão presentes em várias partes do mundo devido às emigrações, principalmente para Austrália, Brasil e Estados Unidos, no período de 1880 a 1945. Hoje, estima-se que sejam cerca de seis milhões, sendo a maioria na Ucrânia. No Brasil, a Eparquia de São João Batista em Curitiba dos Ucranianos pertence à Província Eclesiástica de Curitiba e ao Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sendo sufragânea da Arquidiocese de Curitiba.

Arquidiocese de São Paulo se prepara para festejar o Padroeiro

O arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, publicou no site da arquidiocese uma carta aos Padres, Diáconos, Religiosos/as e a todo o povo, a respeito do tríduo preparatório para o Dia de São Paulo.

No dia 25 de janeiro, a cidade de São Paulo comemora seu aniversário e a arquidiocese festeja seu Padroeiro, o Apóstolo São Paulo. É feriado civil; nas igrejas de toda a arquidiocese, o dia do Patrono é celebrado como “festa”, o que é previsto na Liturgia.

Dom Odilo explica que foi elaborado especialmente um tríduo preparatório, com a temática do Ano da Fé, para os dias 22-23-24/01, a ser feito nas igrejas. O arcebispo pede que o povo seja orientado a fazer esse tríduo também nas famílias e também nos grupos de vizinhança e nas organizações pastorais. O roteiro do Tríduo está disponível no site www.arquidiocesedesaopaulo.org.br, entre outros, de onde pode ser facilmente baixado e impresso para o uso e a divulgação.

Conforme prevê a Liturgia para as festas patronais, no dia 25 de janeiro serão celebradas Missas em todas as paróquias e o povo está convidado a participar. Conforme divulgado, no mesmo dia 25 os fieis também podem ganhar a Indulgência prevista para o Ano da Fé.

Dom Odilo termina a carta convidando a participar da Missa Solene, que será celebrada na Catedral da Sé Metropolitana no dia 25 de janeiro às 9h.

Ad Limina: Em 2013, Papa recebe visita só de bispos italianos

O Secretário da Congregação para os Bispos, Dom Lorenzo Baldisseri, em entrevista ao Jornal Vaticano "L'Osservatore Romano" explicou que neste ano o Papa Bento XVI receberá, em visita Ad Limina somente os integrantes da Conferência Episcopal Italiana.

O motivo é "o Ano da Fé, que não permitirá a visita de outras Conferências Episcopais, considerando a amplitude da Conferência Episcopal Italiana", explicou.

Dom Lorenzo comentou também o significado do termo Visita ad Limina Apostolorum. Segundo ele, a expressão designa "a visita aos umbrais dos Apóstolos, no sentido de que os bispos periodicamente são convidados a ir até Roma para 'videre Petrum' (ver a Pedro, segundo tradução livre), fazendo uma peregrinação às tumbas dos apóstolos Pedro e Paulo, fundadores da Igreja de Roma, e expressar e reforçar a unidade e a colegialidade da Igreja".

A visita acontece a cada cinco anos e, na ocasião, os bispos apresentam a realidade pastoral das suas dioceses e prelaturas e ouvem a apreciação e os conselhos do Papa sobre elas.

Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé fala sobre Bento XVI


“Conheci poucas pessoas na vida com tão ampla visão e preparação intelectual”. Foi o que afirmou o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, arcebispo Gherard Ludwig Muller, sobre Joseph Ratzinger - Bento XVI e sobre seu magistério, antes e depois da eleição à Cátedra de Pedro. Dom Muller apresentou nos dias passados seu livro “Ampliar os horizontes da razão” – editado pela Livraria Editora Vaticana -, com o objetivo de oferecer uma “leitura” das obras do Papa teólogo.
Sobre o percurso de Bento XVI, Dom Muller afirmou:
“Ele percorreu um longo caminho na sua vida e nas suas reflexões. Começou aos 15 anos, hoje tem 85. Ou seja, são 70 anos de profundas reflexões e de meditações. Foram tantas experiências na sua vida: quando era jovem, viveu a experiência do nacional-socialismo e do facismo, da guerra, de vários acontecimentos da vida humana...Por isto, nunca foi um intelectual que vive na sua Torre de Marfim, mas está presente na vida de todos os homens, profundamente inserido na história do século XX, mas também neste atual. É um dos poucos homens que tem um horizonte tão amplo: conhece o desenvolvimento da filosofia na Europa, a partir dos gregos, dos romanos, chegando até os filósofos modernos. Conhece também a história da Igreja, os questionamentos e os desafios colocados pelas ciências naturais. Eu conheço poucas pessoas que tem esta profundidade de pensamento, tão necessária hoje em dia”.

Bento XVI é reconhecido por muitos como um grande teólogo dos tempos atuais, que soube encontrar novas expressões para antigas verdades de fé. Para Dom Muller, é muito importante que todos os teólogos sejam pastores e se dirijam a todos os homens, pois Deus não ama somente os intelectuais, as pessoas geniais, mas todos os homens. “Jesus, quando veio a este mundo, falou de maneira muito simples, ao coração dos homens. Falou aos fariseus, aos grandes intelectuais do seu mundo, de seu tempo, mas sempre testemunhou o grande respeito que Deus tem por todos os homens.”

Em seu livro, Dom Muller aborda o tema das linguagens das novas mídias. Segundo o arcebispo, no Magistério de Bento XVI,  é possível perceber um diálogo aberto à verdade. “A fé e a Revelação são formas que Deus usa para se comunicar conosco. Por estes meios de comunicação nós podemos comunicar, não em maneira ideológica – isto é, que queira influenciar as pessoas contra a razão –, mas para ter um diálogo aberto à verdade, porque somente a verdade pode salvar os homens e não a propaganda”.

Restos mortais de Odetinha serão expostos para visita pública

A partir do próximo domingo, 20, os restos mortais da Serva de Deus Odette Vidal de Oliveira, “Odetinha”, estarão depositados em uma urna para visitação pública. O arcebispo metropolitano do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, divulgou um comunicado na última quinta-feira, 10, informando que os restos mortais já haviam sido exumados e estaria disponíveis a partir da data informada.

Os restos mortais de Odetinha serão depositados em uma urna para visitação pública na Basílica da Imaculada Conceição, em Botafogo, na capital carioca. A Paróquia Imaculada Conceição foi o local de formação e catequese e onde Odetinha recebeu a primeira eucaristia.

A abertura oficial do processo de Beatificação e Canonização de Odetinha está programada para esta sexta-feira, 18, fazendo parte da Trezena de São Sebastião, iniciada no dia 7 de janeiro.  Veja abaixo a íntegra do comunicado expedido por Dom Orani:

“Eu, Dom Orani João Tempesta, O. Cist., Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, comunico que os restos mortais da Serva de Deus Odette Vidal de Oliveira, “Odetinha”, foram exumados nesta data, na minha presença, para a Abertura do Processo de Beatificação e Canonização, e que a partir do dia 20 de janeiro de 2013 estarão definitivamente depositados em uma urna para visitação pública na Basílica da Imaculada Conceição, em Botafogo”

Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2013
Dom Orani João Tempesta, O. Cist
Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro

Evangelho (Marcos 1,14-20)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos, e crede no Evangelho!”
16E, passando à beira do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 17Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”. 18E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus.
19Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; 20e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados, e partiram, seguindo Jesus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Mensagem do Dia: Deixemo-nos renovar pela graça de Deus

É belo saber que o amor de Jesus se renova por cada um de nós a cada manhã que desperta. Um dia nunca é igual ao outro. Se contemplarmos, logo cedo, a natureza e olharmos para o céu, veremos que as cores que o coloriu ontem não são as mesmas que o colore hoje. Em Deus tudo se renova, porque Ele é a eterna novidade.
A rotina faz parte do nosso cotidiano, é importante para a organização da nossa vida, mas é necessário que ela seja conduzida pelo Espírito Santo em todos os momentos,  para que não a vivamos de maneira mecânica e percamos o sentido da vida.
Vivamos como homens e mulheres novos, porque “todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!” (II Coríntios 5,17).
Acolhamos, hoje, as novidades do Espírito na nossa vida.

Jesus, eu confio em vós!

Santo do Dia: Santa Elisabete Ana Bayley Seton

Primeira norte-americana a ser canonizada. Em 1975, sob o pontificado do papa Paulo VI, nasceu nos Estados Unidos, no ano de 1774 dentro de uma família cuja mãe era uma cristã não católica e o pai, conhecido como médico muito atarefado e famoso. A mãe faleceu e, infelizmente, a madrasta fazia sofrer Santa Elisabete. Seu refúgio era a oração e a Palavra de Deus. Era alguém que buscava cumprir os mandamentos do Senhor, responder como Cristo respondeu aos sofrimentos do seu tempo.

Santa Elisabete Ana Bayley Seton chegou a casar-se, teve vários filhos, mas, por falência de seu esposo, tiveram que entrar no ritmo da migração dos Estados Unidos para a Itália. Com as dificuldades da viagem e a fragilidade de seu esposo, ele faleceu. Ela continuou até chegar à Itália e ser acolhida por uma família amiga. Era uma família feliz porque seguiam a Cristo como católicos praticantes. Tudo aquilo foi mexendo com o coração de Santa Elisabete e ela quis se tornar católica. Não se sabe ao certo tornou-se católica ali na Itália ou nos Estados Unidos, mas o fato é que retornou para os Estados Unidos, foi acolhida pela Igreja Católica, mas pelos familiares que eram cristãos não-católicos não foi bem acolhida; foi até perseguida.

De fato, o ecumenismo é uma conquista de cada dia e em todos os tempos. Santa Elisabete Ana Bayley teve uma dificuldade (como uma minoria católica nos Estados Unidos) de tal forma, pois não encontrava espaço para a educação dos filhos, que inspiradamente começou uma obra que chegou a ser uma Congregação das Irmãs de São José, com o objetivo de formar as crianças numa fé cristã e católica.

Santa Elisabete, com apenas 47 anos, faleceu; mas deixou para todos os cristãos católicos do mundo inteiro o testemunho de um coração que buscou, em tudo, a obediência ao Senhor.

Santa Elisabete Ana Bayley, rogai por nós!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Dra. Zilda Arns: três anos sem a "mãe" das crianças brasileiras

Mais de 300 mil mortos e milhares de feridos: este foi o balanço do terremoto que devastou o Haiti em 12 de janeiro de 2010. Entre as vítimas, estava a Dra. Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança. Ela morreu enquanto fazia o que mais amava, ou seja, compartilhar conhecimentos para defender a vida.

Em seu trabalho, sempre aliou a ciência à cultura popular; valorizou o papel da mulher pobre na transformação social; mobilizou a todos, pobres e ricos, analfabetos e doutores, na busca da vida plena para todos.

Dizia Dra. Zilda: “Quando vejo, depois de anos de intenso trabalho, como a Pastoral da Criança se expandiu, como formou uma rede de solidariedade, como formou uma verdadeira família, acredito sempre mais no amor de Deus por nós, em sua sabedoria e graça ao conduzir tão bem a Pastoral da Criança!”.

“Ela marcou a história de todos nós que convivemos com ela, especialmente pela forma de agir que tinha conosco, no dia-a-dia do trabalho e nas ações que fazíamos pelo país a fora. E também em relação à comunidade, a sociedade em geral, ao Governo, tanto na esfera federal, estadual, como municipal”, afirmou o gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança, Clóvis Boufleur.
Dra. Zilda tinha uma forma de se relacionar que cativava as pessoas com seu carisma, sua confiança e esperança de melhorias para as pessoas mais necessitadas, explicou o gestor. “Lembramos muito dela nas ações da Pastoral da Criança, na luta contra a mortalidade infantil, a desnutrição no Brasil. Ela marcou a história desse país com essa ação que iniciou a 30 anos atrás.”
“Gostaria de destacar nestes três anos de sua morte a maneira como ela se relacionava com todas as pessoas, tanto as da Pastoral da Criança, como também as pessoas da sociedade em geral. Ela despertava nelas a esperança. Era uma liderança no país e nós sentimos sua ausência e também a de lideranças fortes sociais no Brasil hoje,” ressaltou Clóvis.
Dra. Zilda Arns era médica pediatra e sanitarista, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, fundada por ela em 1983, a pedido da CNBB, em parceria com Dom Geraldo Majela Agnello, na época, Arcebispo de Londrina.

Igreja celebra Dia Mundial do Migrante e Refugiado

A Igreja Católica celebra neste domingo, 13, o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. O objetivo da celebração da data é assegurar o respeito, as liberdades fundamentais, direitos humanos e condições dignas de vida a todos os migrantes e refugiados. O Papa Bento XVI publicou uma mensagem por ocasião do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2013, cujo tema é “migrações: peregrinação de fé e de esperança”
No texto, Bento XVI afirma que “os fluxos migratórios são um fenômeno impressionante pela quantidade de pessoas envolvidas, pelas problemáticas sociais, econômicas, políticas, culturais e religiosas que levanta, pelos desafios dramáticos que coloca à comunidade nacional e internacional”.
Ainda na mensagem, é citado que a Igreja, pela “própria missão que lhe foi confiada por Cristo”, é chamada a prestar particular atenção e solicitude, de modo a acolher e acompanhar “a inserção integral dos migrantes, requerentes de asilo e refugiados no novo contexto sociocultural, sem descuidar a dimensão religiosa, essencial para a vida de cada pessoa”.
Sobre o tema do dia escolhido por Bento XVI, “migrações: peregrinação de fé e de esperança”, o Presidente da Fundação Migrantes, na Itália, monsenhor Paolo Schiavon, afirma que a ideia de peregrinação pode aliviar o sofrimento que o migrante possui. "É claro que quem migra tem a esperança de melhorar a própria vida. Na verdade, os 215 milhões de migrantes no mundo partem porque querem buscar uma condição de vida melhor para si e suas famílias, mas ao mesmo tempo, nesta viagem, a sua situação muda de acordo com as pessoas que encontram”, disse em entrevista à Rádio Vaticano.
A fixação do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado ocorreu em 2004, embora a data já fosse celebrada há mais de 90 anos. No entanto, cada país celebrava o dia em datas distintas. Após a comunicação em 14 de outubro de 2004, do então Secretário de Estado Cardeal Angelo Sodano, o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado passou a ser celebrado no segundo domingo depois da Epifania, celebrada dia 6 de janeiro. Com isso, toda a Igreja Católica, em todo o mundo, passou a celebrar na mesma data. A instituição do dia fez com que houvesse o reconhecimento e maior atenção para o aumento dos migrantes e da crescente mobilidade populacional entre regiões, países e continentes.

Papa destaca que o Batismo une para sempre o ser humano a Jesus

Neste domingo, 13, o Papa Bento XVI presidiu, na Capela Sistina, a Santa Missa na Festa do Batismo do Senhor. Na mesma ocasião, o Santo Padre administrou o sacramento do Batismo a 20 crianças, destacando que a partir desse momento elas renascem como filhos de Deus e ficam unidas profundamente e para sempre com Jesus.Bento XVI lembrou que, tendo se tornado homem, Jesus iniciou o seu ministério público e foi ser batizado por João, um batismo de arrependimento e conversão. O Pontífice atentou para o fato de que Cristo não precisa de arrependimento e conversão, é sem pecado, mas coloca-se entre os pecadores para fazer-se batizar, mostrando a proximidade de Deus àqueles que precisam de misericórdia.

“... o Santo de Deus se une a quantos se reconhecem necessitados de perdão e pedem a Deus o dom da conversão, isso é, a graça de voltar-se a Ele com todo o coração, para ser totalmente seu. Jesus quer colocar-se do lado dos pecadores, fazendo-se solidário com esses, exprimindo a proximidade de Deus”.

Da mesma forma que aconteceu com o Batismo de Jesus, Bento XVI afirmou que também para as crianças que estavam prestes a ser batizadas o céu estava aberto e Deus as reconhecia como seus filhos. “Inseridos nesta relação e libertados do pecado original, esses se tornam membros vivos do único corpo que é a Igreja e são capazes de viver em plenitude a sua vocação à santidade, de forma que possam herdar a vida eterna, obtida a partir da ressurreição de Jesus”.

Esse gesto de levar seus filhos para serem batizados é, segundo o Papa, uma manifestação e testemunho da fé que os pais têm, da alegria de ser cristão e pertencer à Igreja. E tão importante quanto os pais são os padrinhos e madrinhas, a quem o Papa também deixou uma mensagem: “Saibam sempre oferecer a elas (as crianças) o vosso bom exemplo, através do exercício das virtudes cristãs”.

Por fim, Bento XVI explicou que a água com a qual as crianças são marcadas em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo as imerge na “fonte” de vida que é o próprio Deus e as torna seus verdadeiros filhos. O Santo Padre também confiou as crianças à proteção de Maria. “... ela os proteja sempre com a sua materna presença e os acompanhe em cada momento das suas vidas”.

Evangelho (Lucas 3,15-16.21-22)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 15o povo estava na expectativa e todos se perguntavam no seu íntimo se João não seria o Messias. 16Por isso, João declarou a todos: “Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo”.
21Quando todo o povo estava sendo batizado, Jesus também recebeu o batismo. E, enquanto rezava, o céu se abriu 22e o Espírito Santo desceu sobre Jesus em forma visível, como pomba. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

"João Paulo II poderá ser canonizado em breve", diz Cardeal

Por ocasião da apresentação do espetáculo “O Papa e o Poeta” - que será apresentado nesta quinta-feira, 13, no Auditorium da Via da Conciliação em Roma -, jornalistas pediram ao Prefeito Emérito da Congregação dos Bispos, Cardeal Giovanni Battista Re, para comentar o caso Vatileaks.

O Cardeal aproveitou a ocasião para traçar um paralelo entre o perdão concedido pelo Papa Bento XVI ao seu ex-mordomo Paolo Gabriele, antes do Natal, e aquele dado por João Paulo II a Ali Agca, o autor do atentado contra sua vida cometido na Praça São Pedro.

O cardeal afirmou que “é difícil dizer como teria se comportado João Paulo II diante da traição de um colaborador tão próximo. Mas como ele tinha um grande senso de perdão e misericórdia, certamente também o teria perdoado”. E recordou que “apenas 4 dias após o atentado, no seu primeiro Angelus, proferido do Policlinico Gemelli, o Papa Wojtyla afirmou: 'perdôo aquele que atirou em mim' “.

Ele admitiu que João Paulo II poderá ser canonizado muito em breve, "se não neste ano, no ano próximo". “A ele foram atribuídos diversos milagres - salienta -, porém, não me parece que tenha sido escolhido aquele que será submetido à comissão médica”.

“Até poucos meses - explicou -, ainda estavam sendo estudados três ou quatro casos, para se avaliar qual deles poderia se inserir melhor nos rígidos critérios usados pelo organismo científico responsável pela avaliação dos casos”.

"Após esta etapa - concluiu -, o caso será examinado por bispos e cardeais e finalmente, poderá ter a aprovação definitiva do Papa".

Fundação Ajuda à Igreja que Sofre aumenta apoio a refugiados

A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) distribuiu em 2012 mais de 500 mil euros para ajuda de emergência nas regiões onde existem conflitos armados, guerras ou crises humanas.

O montante representa um aumento superior a 100% comparado ao ano anterior, refere uma nota divulgada pela fundação nesta sexta-feira, 11.

“A missão principal da Fundação AIS é a ajuda pastoral e a educação em todo o mundo, mas também a ajuda de emergência às pessoas que sofrem necessidade, independentemente da sua origem ou convicção religiosa”, explica a nota.

No último ano, a Síria foi o foco das atenções e foram apoiados também os refugiados sírios nos países vizinhos, Jordânia e Turquia.

Segundo a AIS, o apoio destinou-se ainda às pessoas que fugiram do Iraque e se refugiaram na Síria e que, por causa da guerra civil, tiveram que fugir novamente para o Líbano, onde as Irmãs do Bom Pastor os procuram ajudar com bens de primeira necessidade.

Outro ponto da ajuda de emergência, em 2012, foi o apoio aos refugiados do norte do Sudão que regressaram à sua pátria depois da independência do Sudão do Sul.

“O terror esgotou as pessoas, na tentativa frustrada do Sudão do norte impor a arabização e islamização do Sudão do sul, estima-se que tenham morrido aproximadamente dois milhões de sudaneses; outros quatro milhões foram expulsos das suas terras”, assinala a fundação pontifícia, que depende da Santa Sé.

A AIS ajudou também “milhares de refugiados, pessoas traumatizadas e sem teto” na região do Kivu, no leste da República Democrática do Congo.

Que lugar a Palavra de Deus ocupa na Igreja hoje?

Qual é o lugar que a Palavra de Deus ocupa hoje na Igreja? A renovação da linguagem e os novos métodos para anunciar o Evangelho são alguns dos desafios da Igreja. Nessa busca, ela continua atenta à centralidade que as Sagradas Escrituras têm na vida cristã, tanto que a animação bíblica da vida e da pastoral é uma das urgências da ação evangelizadora no Brasil atualmente.

De acordo com o assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da diocese de Taubaté (SP), padre Fábio dos Santos Modesto, os fiéis estão redescobrindo a importância da Palavra em sua vida, o que acaba envolvendo toda a Igreja.

Ele explicou que antes havia o pensamento de que a Bíblia era para ser ensinada na catequese, como se se essa pastoral fosse toda a dimensão bíblica da Igreja, mas não é assim que funciona, já que a Igreja como um todo tem em si a ação catequética.

“O católico precisa redescobrir a Bíblia como fonte também de moral, de espiritualidade, coisa que até pouco tempo atrás não se tinha. Então também as outras pastorais, não só a catequética, precisam redescobrir o lugar da Bíblia dentro das suas pastorais, como fonte de conduta e de espiritualidade”

E como forma de incentivar essa redescoberta, o sacerdote informou que a dimensão bíblico-catequética vem promovendo os chamados simpósios bíblicos e diversas iniciativas que se adaptam à realidade de cada ação pastoral da Igreja local. Além disso, outro auxílio é a Encíclica Verbum Domini, do Papa Bento XVI, em que o Santo Padre fala sobre a Palavra de Deus e a partir da qual se iniciou uma discussão mais acentuada sobre a centralidade da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja.

Animação bíblica na vida e na pastoral

Se é necessário promover estudos bíblicos e reflexões para redescobrir o espaço ocupado pela Palavra de Deus na Igreja, padre Fábio lembrou que o mesmo deve acontecer também na vida de cada pessoa em particular.

“Não adianta ficarmos só nessa esfera comunitária. Nós temos tentado também, sobretudo através da Lectio Divina, ensinar o nosso povo a rezar com a Palavra de Deus”. O padre acrescentou que, além de livros de leitura orante, vários são os métodos para promover esse encontro pessoal com a Palavra, mas é necessário também contar com a boa vontade de cada um.

Outra preocupação da Igreja é com relação à animação bíblica da vida pastoral, com a participação ativa dos fiéis de uma comunidade. Padre Fábio explicou que um dos grandes problemas quanto a isso é que, por muito tempo, fez-se uma divisão entre pastoral e movimento: "o movimento reza e a pastoral trabalha".

“A maioria das nossas pastorais não tinha nenhum tipo de perspectiva mística, espiritual. Com essa redescoberta da Palavra na vida e na animação da Igreja o que nós temos nos perguntado é justamente isso: qual é a mística de cada uma das pastorais, que horas se reza, por que se trabalha?”, disse.

O sacerdote informou ainda que, na metodologia de cada pastoral, tem-se tentado incluir a mística e a celebratividade pastoral do trabalho que cada um faz. Nesse contexto, ele afirmou que ter espiritualidade e consciência de que se está trabalhando pelo Reino de Deus ajuda a formar comunidades, a encantar as pessoas com o que é essencial: Jesus Cristo.

“Na comissão catequética a gente fala que o paradigma máximo, aquilo que nós não podemos esquecer é que a catequese da Igreja tem que apresentar não só ideias e conteúdos, mas o relacionamento pessoal com um indivíduo, que é o Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é o foco, Ele é o centro de tudo aquilo que a gente faz. Se a gente tiver essa clareza, eu acho que fica muito mais simples as pessoas encontrarem o seu espaço dentro da vida da Igreja”, finalizou.

Evangelho (Lucas 5,12-16)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

12Aconteceu que Jesus estava numa cidade, e havia aí um homem leproso. Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés, e pediu: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. 13Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: “Eu quero, fica purificado”. E imediatamente, a lepra o deixou. 14E Jesus recomendou-lhe: “Não digas nada a ninguém. Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela purificação o prescrito por Moisés como prova de tua cura”. 15Não obstante, sua fama ia crescendo, e numerosas multidões acorriam para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades. 16Ele, porém, se retirava para lugares solitários e se entregava à oração.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Mensagem do Dia: Façamos escolhas certas

Para começarmos bem o dia de hoje, precisamos fazer escolhas certas.
“Aprendei a fazer o bem” Is 1,17. Cada um de nós precisamos aprender a fazer o bem. Graças a Deus, temos a oportunidade de vivermos de uma maneira nova. A cada novo dia novas oportunidades surgem para que façamos as escolhas certas e possamos viver nossas vidas com coerência.
Em todas as circunstâncias temos a chance para optarmos pelo bem, pois colhemos aquilo que semeamos. Se plantamos o bem, colheremos a bondade a caridade, ou seja, os frutos do Espírito Santo. Sabemos, porém, que a todo momento necessitamos fazer uma opção em situações do nosso cotidiano.

Jesus, eu confio em vós!
 

Santo do Dia: São Vital


São Vital Viveu entre o século VI e VII, foi monge, ermitão na região de Gaza, na Palestina. São Vital vivia o refúgio em Cristo Jesus, na oração e na penitência. Quanto mais alguém se refugia em Deus, sendo monge ou não, vai criando um coração cada vez mais dilatado pelo amor do Senhor. Por isso, vai se tornando pessoa de compaixão, que não julga, não condena; mas vai ao encontro do outro para ser sinal de Deus.

São Vital, movido de pelo Espírito [Santo], saiu da Palestina e foi para o Egito, instalando-se em Alexandria. A sociedade daquele tempo sofria com a prostituição, mas São Vital não as julgou, não as condenou nem foi buscar a santidade, pois quem, de fato, busca a santidade, busca assemelhar-se àquele. Falando para as autoridades religiosas do seu tempo, ele disse: “Os publicanos e as meretrizes os precedem”. Jesus falou isso (Mateus, 21) e os santos buscaram ser reflexo dessa misericórdia. Denuncie o pecado, mas, sobretudo, anuncie o amor que redime, que salva.

O santo buscava, num período do seu dia, arrecadar fundos e, depois, à noite, ia ao encontro das prostitutas e oferecia o dobro [em dinheiro] apenas pela atenção delas. Ele anunciava Jesus Cristo como em Lucas 15, quando o apóstolo ele demonstra um coração de Deus, como do pastor que é capaz de deixar 99 ovelhas para ir ao encontro daquela que se desgarrou.

São Vital, testemunho da misericórdia que nos converte, converteu muitas mulheres, ao ponto delas o ajudarem. Algumas senhoras “piedosas” foram se queixar desse apostolado com o bispo e São Vital foi preso. No entanto, as mulheres que iam se convertendo foram até a autoridade eclesiástica.

Os fatos foram apurados e viu-se que era uma injustiça contra o santo. Injustiça maior aconteceu quando, já solto, continuou a evangelizar com este método ousado, mas um homem que comercializava as mulheres, o apunhalou pelas costas. São Vital teve forças ainda de deixar, por escrito, esta verdade que é atual para todos nós. Ao povo de Alexandria e dos demais lugares, ele dizia: “Convertei-vos, não deixais a conversão para amanhã”. Por isso, São Vital chamava à atenção para a conversão e, ao mesmo tempo, para o dia do juízo.

São Vital, rogai por nós!

domingo, 6 de janeiro de 2013

Anna Catharina Emmerich. " Polemica ou Santa?

Nascimento e sua infância.
 
Anna Catharina Emmerich, Religiosa Agustina, estigmática e extática, filha de camponeses pobres, mas piedosos, nasceu na aldeia de Flamsche, perto de Coesfeld na Diocese de Muster, em Westphalia Alemanha, no dia 8 de Setembro de 1774, foi batizada no mesmo dia e morreu no dia 9 de fevereiro de 1824 na localidade de Dulmen.

Desde a primeira infância, não cessou de receber do Céu uma direção superior. Via freqüentemente o Anjo da Guarda e brincava com o Menino Jesus, nos prados e no jardim. A Mãe de Deus, a Rainha do Céu, apresentava-se muitas vezes e também os Santos lhe eram bons e afetuosos amigos.

Quando era criança, falava com toda a simplicidade dessas visões e fatos íntimos, pensando que as outras crianças vissem e experimentassem o mesmo; vendo, porém, que se admiravam das suas narrações, começou a guardar silêncio, pensando que era contra a modéstia falar dessas coisas.
 
Anna Catharina tinha um gênio alegre e amável; andava, porém, quase sempre calada e recolhida. Os pais, julgando que fosse por teimosia, tratavam-na com bastante rigor. Ela conta mais tarde:
 
“Meus pais muitas vezes me censuravam, mas nunca me elogiavam; como, porém, eu ouvisse outros pais louvarem os filhos, julgava-me a pior criança do mundo”.
 
Era, contudo, de uma grande delicadeza de consciência; a menor transgressão afligia-a tanto, que lhe perturbava a saúde. Quando fez a primeira confissão, sentia tanta contrição, que chorou alto e foi preciso levá-la para fora do confessionário.
Na Primeira Comunhão, cheia de ardente amor, ofereceu-se de novo, sem reservas, ao seu Deus e Senhor.

 
Seu trabalho na adolescência.
 
No auge da mocidade, dos 12 aos 15 anos, Catharina trabalhou, como criada, em casa de um parente camponês, pastoreando rebanhos; depois voltou à casa paterna. Certa vez, trabalhando no campo, ouviu ao longe o toque lento e, sonoro do sino do Convento das Anunciadas, em Coesfeld. Contava então 16 anos apenas. Sentiu-se tão fortemente enlevada com a voz daqueles sinos, que lhe pareciam mensageiros do Céu, convidando-a para a vida religiosa e tão grande lhe foi a comoção, que caiu desmaiada e foi levada para casa, onde esteve, por muito tempo, adoentada.
Para conseguir mais facilmente admissão num convento, foi durante três anos trabalhar na casa de uma costureira, em Coesfeld, economizando assim 20 thalers (cerca de 3 libras Inglesas). Depois se mudou para a casa do piedoso organista Soentgen, esperando que, aprendendo a tocar órgão, se lhe facilitasse a entrada para um Convento. Mas a pobreza da família de Soentgen inspirou-lhe tanta compaixão, que, renunciando a tocar órgão, trabalhava na casa como criada, dando até as suas economias para aliviar a miséria do lar.
“Deus deve ajudar agora”, disse depois à mãe, “dei-lhe tudo. Ele saberá socorrer-nos a todos”. O bom Deus não deixou de ajudá-la, ainda que Anna Catharina só com 29 anos visse realizado o seu desejo de entrar para um convento.
 

Uma Graça Especial.
 
Quatro anos antes recebeu da bondade de Deus uma graça especial. Estava de joelhos na Igreja dos padres Jesuítas, em Coesfeld, meditando e rezando diante de um crucifixo.
 
“Então vi, conta ela mesma, vindo do Tabernáculo, onde se guardava o Santíssimo Sacramento, o meu Esposo celeste em forma de um jovem resplandecente. Na mão esquerda trazia uma grinalda de flores, na direita uma coroa de espinhos; apresentou-as, ambas, para eu escolher. Tomei a coroa de espinhos, Ele a pôs na minha cabeça e eu a apertei com ambas as mãos; depois desapareceu e voltei a mim, sentindo uma dor veemente em torno da cabeça.
No dia seguinte a minha testa e a fontes, até as faces estavam muito inchadas e sofria horrivelmente. Essas dores e a inflamação voltaram muitas vezes. Não notei sangue em volta da cabeça, até que as minhas companheiras me induziram a vestir outra touca, porque a minha já estava cheia de manchas vermelhas, ferrugentas.
 
Como Anna Catharina não tinha mais dote, ficaram-lhe fechadas as portas dos Conventos, segundo o pensamento dos homens. Mas Deus ajudou-a, como esperava. Clara Soentgen, a filha do organista, sendo também organista perfeita, foi de boa vontade recebida no convento das Agostinhas, em Duelmen. Soentgen, porém declarou então que deixava entrar a filha somente sob a condição de que admitissem também Anna Catharina. Em conseqüência disso, entraram as duas jovens para o Convento, em 18 de Setembro de 1802.
 
 
A entrada no convento.
 
O tempo do noviciado foi para Anna Catharina uma verdadeira escola da cruz, porque ninguém lhe compreendia o estado da alma. Sofria, porém, tudo com paciência e amor, observando conscienciosamente a regra da Ordem.
No dia 13 de Novembro de 1803, um ano depois de começar o noviciado, fez os votos solenes, tornando-se esposa de Jesus. O Esposo divino cumulou-a de novas e abundantes graças.
 
“Apesar de todas as dores e sofrimentos”, disse ela, “nunca estive tão rica no coração; minha alma transbordava de felicidade. Eu vivia em paz, com Deus e com todas as criaturas.
Quando trabalhava no jardim, vinham avezinhas pousar sobre minha cabeça e meus ombros e cantávamos juntas os louvores de Deus. Via sempre o meu Anjo da Guarda ao meu lado e, ainda que o mau espírito me assustasse e agredisse, não me podia fazer mal.
O meu desejo do Santíssimo Sacramento era tão irresistível, que muitas vezes deixava de noite a minha cela, para ir rezar na Igreja, quando estava aberta; se não, ficava ajoelhada diante da porta ou perto do muro, mesmo no inverno ou prostrada no chão, com os braços estendidos e em êxtase. Assim me encontrava o capelão do convento, Abbé Lambert (sacerdote francês, exilado da pátria, por não prestar juramento exigido pela constituição atéia), que tinha a caridade de vir mais cedo, para dar-me a sagrada Comunhão. Mas, logo que se aproximava para abrir a Igreja, eu voltava a mim, indo depressa à mesa da Comunhão, onde achava o meu Deus e Senhor”.
 
Com tantos Conventos, no princípio do século 19, também o Convento de Agnetenberg foi fechado a 3 de Dezembro de 1811. As piedosas freiras foram obrigadas a abandonar, uma após outra, o querido mosteiro. Anna Catharina, doente e pobre, ficou até a primavera seguinte, quando se mudou para uma pequena casa em Duelmen.

 
A Estigmatização.
 
No outono do mesmo ano (1812), lhe apareceu de novo o Divino Salvador, como um jovem resplandecente e entregou-lhe um crucifixo, que ela apertou com fervor de encontro ao coração. Desde então lhe ficou gravado no peito um sinal da cruz, do tamanho de cerca de três polegadas, o qual sangrava muito, a princípio todas as quartas-feiras, depois nas sextas-feiras, mais tarde menos freqüentemente. A estigmatização deu-se-lhe poucos dias depois, a 29 de Dezembro.
 
Nesse dia, às 3 horas da tarde, estava deitada, com os braços estendidos, em êxtase, meditando na Sagrada Paixão de Jesus. Viu então, numa luz brilhante, o Salvador crucificado e sentiu um veemente desejo de sofrer com Ele. Satisfez-se-lhe esse desejo, pois saíram logo das mãos, dos pés e do lado do Senhor raios luzidos cor de sangue, que penetraram nas mãos, nos pés e no lado da Serva de Deus, surgindo logo gotas de sangue nos lugares das chagas.
 
 
Só se alimentava da Eucaristia.
 
Abbé Lambert e o confessor da vidente, Pe. Limberg, viram-nas sangrar dois dias depois, mas com sábio propósito fingiram não dar importância ao fato, na presença da Serva de Deus. Ela mesma procurava esconder os sinais das chagas, o que lhe era fácil, porque desde o dia 2 de Novembro de 1812 estava de cama, adoentada. Desde então não pôde mais tomar alimento, a não ser água, misturada com um pouco de vinho, mais tarde só água ou, raras vezes, o suco de uma cereja ou ameixa. Assim vivia só da sagrada Comunhão.

 
O acompanhamento das autoridades.
 
Esse estado e a estigmatização tornaram-se públicos na cidade, em Março de 1813. O Vigário de Duelmen, Pe. Rensing, encarregou dois médicos, os Drs. Wesener e Krauthausen, como também o confessor, de fazerem um exame das chagas, que freqüentemente sangravam. Os autos foram mandados à autoridade diocesana de Muenster, a qual enviou o Padre.
Clemente Augusto de Droste Vischering, mais tarde Arcebispo de Colônia, o Don Overberg e o conselheiro medicinal Dr. Von Drueffel a Duelmen, para fazerem outra investigação, que durou três meses. O resultado foi a confirmação da verdade das chagas, da virtude e também o reconhecimento do caráter sobrenatural do estado da jovem religiosa.
Também a autoridade secular, querendo examinar e “desmascarar a embusteira”, mandou, em 1819, uma comissão de médicos e naturalistas; isolaram-na por isso em outra casa, rigorosamente observada, do dia 7 a 29 de Agosto, o que lhe causou muita humilhação e sofrimento; também o resultado desse exame lhe foi favorável.

 
O Peregrino.
 
No ano anterior, viera visitá-la pela primeira vez o poeta Clemente Brentano, recomendado pelo Don Overberg; a 17 de Setembro ele a viu pela primeira vez. Ela, porém, já o tinha visto muito antes, nas visões e recebido ordem do Céu para comunicar-lhe tudo.
“O Peregrino”, como o chamava, ficou até Janeiro de 1819, mas voltou de novo, para ficar com ela, no mês de Maio. Foi para Catharina um amigo fiel até a morte, mas a fez sofrer também às vezes, com seu gênio veemente.
Reconheceu a tarefa que lhe fora dada por Deus, de escrever as visões desta mártir privilegiada e dedicou-se a isso com cuidado consciencioso.
 
“O Peregrino” escrevia durante as narrações, em tiras de papel, os pontos principais, que imediatamente depois copiava, completando-os de memória. A cópia, a limpo, lia à Serva de Deus, corrigindo, acrescentando, riscando sob a direção de Catharina, não deixando nada que não tivesse recebido a confirmação expressa de fiel interpretação.

Pode-se imaginar a grande facilidade que a prática diária, através de alguns anos, trouxe ao “Peregrino” para esse trabalho, dada a sua extraordinária inteligência e perseverança, como também o fato de ver nesse serviço uma obra santa, para a qual costumava preparar-se com orações e exercícios piedosos; assim podemos confiar que não lhe tenha faltado aos esforços o auxílio de Deus.
 
O escrúpulo e a consciência com que procedia nesse trabalho, nunca lhe permitiram, durante tantos anos, resposta alguma aos que atribuíam grande parte das visões à imaginação do poeta, o que equivale a dizer que, homem sério que era, na tarde da vida se teria dado a esse incrível trabalho, para enganar conscientemente a si mesmo e aos outros”.

“Ela falava geralmente baixo-alemão, no êxtase, também o idioma mais puro; a sua narração era, ora de grande singeleza, ora cheia de elevação e entusiasmo. Tudo que ouvi e que, nas dadas condições, só raras vezes e apenas em poucas palavras podia anotar, escrevia eu mais extensamente em casa, imediatamente depois.

O Doador de todos os bens deu-me a memória, a aplicação e elevação da alma acima dos sofrimentos, que tornaram possível a obra, como está. O escritor fez tudo que era possível e pede, nesta convicção, ao benévolo leitor a esmola da oração”. Irmã Anna Catharina deu também a este trabalho plena aprovação.

Quando estava num profundo êxtase, a 18 de Dezembro de 1819 e Brentano lhe apresentou uma folha, com as anotações, disse ela:
“Estes são papéis de letras luminosas. O homem (isto é, o Peregrino) não escreve de si mesmo; tem para isto a graça de Deus. Nenhum outro pode fazê-lo; é como se ele mesmo visse”.
 
 
As Visões da Irmã Ana Catharina Emmerich.
 
Irmã Anna Catharina viu no êxtase toda a vida e paixão do Divino Salvador e de sua Santíssima Mãe; viu os trabalhos dos Apóstolos e a propagação da Santa Igreja, muitos fatos do Velho Testamento, como também eventos futuros. Tocando em relíquias, geralmente via a vida, as obras e os sofrimentos dos respectivos Santos. Com certeza reconhecia e determinava as relíquias dos Santos, distinguindo em geral facilmente objetos sagrados de profanos.
 
Adversários da Serva de Deus querem negar-lhe o caráter sobrenatural das informações recebidas durante o êxtase, alegando que Anna Catharina tirava a maior parte dos conhecimentos de livros, que antes teria lido. Mas isso não está de conformidade com o que Peregrino escreveu, em 8 de Maio de 1819.
 
Ela me disse que nunca fora capaz de aproveitar coisas de livros e que sempre pensava:
 - Ora, tal livro não há de fazer pecar. Também não pôde guardar na memória coisas da Escritura Sagrada; mas tem da vida do Senhor a graça de tal intuição, que a consciência e certeza, que disso tenho, às vezes me fazem tremer, por manter um trato tão familiar e simples com uma criatura de Deus tão maravilhosa e privilegiada, como talvez não haja outra”.
 
Em outra ocasião ela disse ao Peregrino:
 
“Nunca tive lembrança viva de histórias do Antigo Testamento ou dos Evangelhos, pois vi tudo com os meus próprios olhos, durante a minha vida inteira; o mesmo vejo cada ano de novo e nas mesmas circunstâncias, ainda que às vezes em outras cenas. Umas vezes estive naqueles lugares, no meio de espectadores, assistindo aos acontecimentos, acompanhando-os e mudando de lugar; mas não estive sempre no mesmo lugar, pois às vezes fui levada para cima da cena, olhando deste modo para baixo.
Outras coisas, principalmente os mistérios, vi-os mais com vista interior da alma, outras em figuras separadas da cena: em todos os casos se me apresentava tudo transparente, de modo que nenhum corpo cobria o outro, nem havia confusão”.
 
Com todas estas grandes graças, Anna Catharina permanecia humilde, simples e singela como uma criança. Mostrava-se sempre obediente aos pais e às superioras religiosas, como também ao confessor e diretor espiritual. Se lhe mandavam tomar remédio, consentia, apesar de prever-lhe o mau efeito. Mesmo em êxtase, obedecia imediatamente à chamada do confessor.
 
Era à dolorosa Paixão de Nosso Senhor que tinha uma devoção especial e rezava por isso muitas vezes, enquanto lhe era possível, a Via Sacra erigida ao longo de um caminho de quase duas léguas, nos arredores de Coesfeld. Nos domingos fazia essa devoção em companhia de algumas jovens piedosas, nos dias úteis a fazia muitas vezes de noite.
Clara Soentgen, sua amiga, conta:
 
“Muitas vezes ela se levantava de noite, saindo furtivamente de casa e rezava descalça a Via Sacra. Se a porta da cidade estava fechada, pulava os altos muros, para poder ir à Via Sacra; às vezes caía dos muros abaixo, mas nunca se machucava”.
 
Além dos muitos padecimentos que sofria com paciência e perseverança, exercitava-se constantemente nas mortificações voluntárias. Já na infância costumava privar-se de parte do sono e da comida. Muitas horas da noite passava velando e rezando; comia e bebia o que os outros recusavam, levando as comidas melhores aos doentes e pobres, dos quais tinha muita compaixão.
 
O amor ao próximo impelia-a a pedir a Deus que, por favor, lhe desse a sofrer as doenças e dores dos outros ou que a deixasse cumprir os castigos merecidos pelos pecadores. Já o fizera na infância e fazia-o depois de um modo muito mais intenso.
 
“A tarefa principal da sua vida, escreve Clemente Brentano, era sofrer pela Igreja ou por alguns membros da mesma, cuja necessidade lhe era dada a conhecer em espírito ou que lhe pediam a intercessão”.
 
Anna Catharina aceitava de boa vontade tais sofrimentos e trabalhos.
Muitas vezes, porém, se tornavam estes tão grandes e pesados, que parecia prestes a morrer. Quando um dia, quase sucumbindo ao peso das dores, pediu ao Senhor que não a deixasse sofrer mais do que podia suportar, apareceu-lhe o Esposo Celeste e disse:
 
“Coloquei-te no meu leito nupcial das dores, com as graças dos sofrimentos, adornada com os tesouros da reconciliação e com as jóias das boas ações. Deves sofrer. Não te abandono; estás amarrada à videira, não perecerás”.
 
Também as almas do purgatório se lhe dirigiam muitas vezes, pedindo-lhe socorro; e ela provava de boa vontade sua compaixão ativa. “Fiz um contrato com meu doce Esposo do Céu”, conta ela, que cada gota de sangue, cada pulsar do coração, toda a minha vida e todos os meus atos devem sempre clamar: “Almas queridas do purgatório, saúdo-vos pelo doce Coração de Jesus”. “Isso faz bem a essas infelizes e alivia-as, pois são tão pacientes!”
 
 
A partida para a pátria Celeste
 
Depois de muitos e indizíveis sofrimentos, chegou o dia da sua morte a 9 de Fevereiro de 1824. A 15 de Janeiro desse ano dissera a Serva de Deus:
 
“Na festa de Natal o Menino Jesus me trouxe muitos sofrimentos, hoje me deu ainda maiores, dizendo”:
 
 “Tu me pertences, és minha esposa: sofre como eu sofri; não perguntes porque, é para a vida e para a morte”.
 
Ela jaz de febre, com dores reumáticas e convulsões, escreve ao Peregrino, mas sempre em atividade espiritual, em prol da santa Igreja e dos moribundos. O confessor pensa que ela em pouco terminará, porque disse no êxtase, com grande serenidade “Não posso aceitar outro trabalho, já estou próxima do fim”. Ela pronuncia, com voz de moribunda, só o nome de “Jesus”.
 
A 27 de Janeiro recebeu a Extrema-Unção. Aumentaram-lhe as dores; mas repetia de vez em quando:
 
“Ai, meu Jesus, mil vezes vos agradeço toda a minha vida; não a minha vontade, mas a Vossa seja feita”.
 
Na véspera da morte rezou:
 
Jesus, para Vós morro; Senhor, dou-Vos graças, não ouço nem enxergo mais”.
 
Quiseram mudar-lhe a posição, para aliviá-la, mas Anna Catharina disse:
 
“Estou deitada na cruz; deixem-me, em pouco acabarei”.
 
Recebeu mais uma vez a sagrada Comunhão, a 9 de Fevereiro. Suspirando pelo Divino Esposo, rezou diversas vezes:

“Oh! Senhor, socorrei-me; vinde, meu Jesus”.

O confessor assistiu à moribunda, dando-lhe muitas vezes o crucifixo para beijar e rezando preces pelos moribundos. Ela ainda lhe disse:

“Agora estou tão sossegada; tenho tanta confiança, como se nunca tivesse cometido pecado”.
 
Eram justamente 8 horas da noite, quando exclamou três vezes, gemendo:
 
“Oh! Senhor, socorrei-me, vinde, oh! Meu Senhor!
 
E a alma pura voou-lhe ao encontro do Esposo Celeste, para permanecer, como esperamos confiadamente, eternamente unida com Ele, na infinita felicidade do Céu. Com grande concorrência do povo foi sepultado o corpo da Serva de Deus, no cemitério de Duelmen, onde jaz ainda.
 
As autoridades Eclesiásticas.
 
Na noite de 21 a 22 de Março de 1824 foram abertos o sepulcro e o caixão, em presença do prefeito da cidade e do delegado de polícia. Viu-se que a decomposição ainda não tinha começado.
Uma segunda abertura do sepulcro foi feita, no dia 6 de Outubro de 1858, pela autoridade eclesiástica.

Santuário do Pai das Misericórdias terá Missa diária em 2013

A partir da próxima segunda-feira, 7, o Santuário do Pai das Misericórdias, ainda em fase de construção, será mais um local de Missa diária, na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).

De acordo com a Assessoria de Imprensa da Fundação João Paulo II, as Missas acontecerão todos os dias às 7 horas da manhã e serão transmitidas ao vivo pela TV Canção Nova.

O Santuário deve comportar 5.600 fiéis, segundo estimativa do Departamento de Engenharia e Arquitetura da Fundação João Paulo II (FJPII).

O lançamento da pedra fundamental ocorreu em dezembro de 2007 e a obra teve início em julho de 2008. Até então, a obra encontra-se em fase de revestimento externo e do contrapiso.

Rio de Janeiro se une na Trezena de São Sebastião


“São Sebastião, irmão na fé: acolhei-o”. À luz desse tema, a arquidiocese do Rio se une para iniciar, na próxima segunda-feira, 7, a Trezena de São Sebastião, em honra ao padroeiro da Cidade Maravilhosa. Durante 13 dias, o cortejo, que terá a presença do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, percorrerá igrejas, oratórios, capelas e instituições de todas as regiões da cidade, culminando com a festa do santo mártir, no dia 20 de janeiro.

Nos dias 12, 13 e 19, e durante o trajeto da procissão no dia de São Sebastião, em 20 de janeiro, haverá arrecadação de alimentos, que serão doados para as vítimas das chuvas e para as obras sociais da arquidiocese do Rio.

"Ao invés de pensar em celebrações em torno de apenas um dia, a gente pensa em 13 dias de festejos. Nos outros anos, mais de 2.500 quilômetros foram rodados no município, e já percebemos um fruto da Trezena: houve um aumento no número de fiéis durante a tradicional procissão do dia 20, que sai da Igreja dos Capuchinhos em direção à Catedral", informou o coordenador de eventos da arquidiocese, padre Omar Rapposo.

Este ano, a festividade ganha duas motivações especiais: a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada na capital carioca de 23 a 28 de julho de 2013, e a missa de abertura do processo de canonização de Odette Vidal de Oliveira, a Odetinha.

"A Festa de São Sebastião vem fortalecer ainda mais a nossa preparação rumo à Jornada Mundial da Juventude. Dessa maneira, vamos trazer referências e visitar lugares onde os jovens estão. Vamos às escolas e às unidades do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), dentre outros", disse padre Omar. Ele também relacionou o evento ao processo de canonização da candidata carioca aos altares.

"Odetinha surge como outro grande destaque dentro da Trezena. É fabuloso o reconhecimento da Igreja a essa menina, que teve uma vida extremamente piedosa", ressaltou.

A programação traz ainda uma série de novidades, entre elas a Vigília dos Jovens Adoradores, que este mês será realizada no dia 11, a partir das 22h, na Catedral de São Sebastião, no Centro.

Igreja Católica cresce em todo o mundo, aponta estudo

Apesar da crise demográfica e vocacional que atinge a Europa, a Igreja católica cresce em todo o mundo e particularmente na Ásia e na África.

O resultado emerge do estudo realizado pela Agência Fides que apresenta dados extraídos do “Anuário Estatístico da Igreja” (atualizado em 31 de dezembro de 2010) e dizem respeito aos membros da Igreja, suas estruturas pastorais, atividades no campo da saúde, assistencial e educacional.

Católicos no mundo

Em 31 de dezembro de 2010, a população mundial era de 6.848.550.000 pessoas, com um aumento de 70.951.000 em relação ao ano anterior. O aumento global também se aplica este ano a todos os continentes: os aumentos mais consistentes estão na Ásia (+40.510.000) e África (+22.144.000) seguidos pela América (+5.197.000), Europa (+2.438.000) e Oceania             (+662.000)      .

Na mesma data de 31 de dezembro de 2010, o número de católicos era 1.195.671.000 unidades com um aumento total de 15.006.000 pessoas em relação ao ano anterior. O aumento diz respeito a todos os continentes e é maior na África (+6.140.000), América (+3.986.000) e Ásia (+3.801.000); seguem Europa (+894.000) e Oceania (+185.000).

A percentagem de católicos aumentou globalmente 0,04%, num total de 17,46%. Em relação aos continentes, houve aumentos em todos os lugares, exceto na Europa: África (+0,21), América (+0,07), Ásia (+ 0,06), Europa (-0,01) e Oceania (+ 0,03).

Bispos

O número total de bispos no mundo aumentou de 39 unidades, atingindo um total de 5.104. Em geral aumentam os bispos diocesanos e diminuem os bispos religiosos. Os bispos diocesanos são 3.871 (43 a mais que no ano anterior), enquanto os Bispos religiosos são 1.233 (4 a menos). O aumento de Bispos diocesanos diz respeito a todos os continentes exceto a Oceania (-4), África (+13), América (+22), Ásia (+11), Europa (+1). O bispos religiosos aumentam na África (+3), Ásia (+1) e Oceania (+1), diminuem na América (-7) e Europa (-2).

Sacerdotes

O número total de sacerdotes no mundo aumentou 1.643 unidades em relação ao ano precedente, atingindo a cota de 412.236 padres. Mais uma vez a Europa registra o menor índice (-905), enquanto os aumentos se registram na África (+761), América (+40), Ásia (+1.695) e Oceania (+52). Os sacerdotes diocesanos no mundo aumentaram globalmente de 1.467 unidades, atingindo o número 277.009, com um aumento na África (+571), América (+502), Ásia (+801) e Oceania (+53) e ainda uma diminuição na Europa (-460). Também os sacerdotes religiosos aumentaram 176 unidades e são 135.227. A marcar um aumento, seguindo a tendência dos últimos anos, são a África (+190) e a Ásia (+894), enquanto a diminuição se verifica na América (-462), Europa (-445) e Oceania (-1).

Diáconos permanentes

Os diáconos permanentes no mundo aumentaram 1.409 unidades, atingindo um total de 39.564. O maior aumento se confirma mais uma vez na América (+859) e na Europa (+496), seguido pela Ásia (+58) e Oceania (+1). Uma única diminuição, também este ano, na África (-5). Os diáconos permanentes diocesanos no mundo são 39.004, com um aumento total de 1.412 unidades.

Aumentam em todos os continentes, com exceção da África (-6) e da Oceania (nenhuma variação), precisamente: América (+863), Ásia (+60), Europa (+495). Os diáconos permanentes religiosos são 560,3 a menos em relação ao ano precedente, com leves aumentos na África (+1), Europa (+1) e Oceania (+1), reduções na América (-4) e Ásia (-2).

Religiosos

Religiosas
 e religiosos não sacerdotes aumentaram globalmente em 436 unidades, chegando ao número de 54.665. Registraram-se aumentos na África (+254), Ásia (+411), Europa (+17) e Oceania (+15). Diminuíram apenas na América (-261). Confirma-se a tendência à diminuição global das religiosas (-7.436) que são 721.935 no total, assim divididas: neste ano, também os incrementos são na África (+1.395) e Ásia (+3.047), as reduções na América (-3.178), Europa (-8.461) e Oceania (-239).

Missionários leigos e catequistas

O número de Missionários leigos no mundo é de 335.502 unidades, com um aumento global de 15.276 unidades e aumentos continentais na África (+1.135), América (+14.655), Europa (+1.243) e Oceania (+62); a única redução é na Ásia (-1.819).
Os Catequistas no mundo aumentaram no total em 9.551 unidades, alcançando 3.160.628. Os aumentos se registram na América             (+43.619)      , Europa (+5.077) e Oceania (+393). Diminuições na África (-29.405) e Ásia (-10.133).

Institutos de instrução e educação

No campo da instrução e da educação, a Igreja administra no mundo 70.544 escolas, frequentadas por 6.478.627 alunos; 92.847 escolas fundamentais, com 31.151.170 alunos; 43.591 institutos secundários, com 17.793.559 alunos. Além disso, segue também 2.304.171 alunos de escolas superiores e 3.338.455 estudantes universitários. O confronto com o ano precedente indica um aumento de escolas (+2.425) e uma redução de alunos (-43.693); uma leve redução no número de escolas fundamentais (-124) e um aumento de alunos (+178.056); aumentam os institutos secundários (+1.096) e seus respectivos alunos (+678.822); em aumento também os estudantes de escolas superiores (+15.913) e de universitários (+63.015).

Institutos de saúde, de beneficência e assistência

Os institutos de beneficência e assistência administrados no mundo pela Igreja incluem: 5.305 hospitais, com maior presença na América (1.694) e África (1.150); 18.179 postos de saúde, em maioria na América (5.762), África (5.312) e Ásia (3.884); 547 leprosários, distribuídos principalmente na Ásia (285) e África (198); 17.223 casas para idosos, doentes crônicos e portadores de deficiência, em maioria na Europa (8.021) e América (5.650); 9.882 orfanatos, um terço dos quais na Ásia (3.606); 11.379 jardins de infância; 15.327 consultórios matrimoniais, distribuídos em grande parte na América (6.472); 34.331 centros de educação ou reeducação social e 9.391 instituições de outros tipos, em maioria na América (3.564) e Europa (3.159).

Os bispos são "homens conquistados por Deus”, diz Bento XVI


O Papa Bento XVI celebrou na manhã deste domingo, 6, a solenidade da Epifania do Senhor, na Basílica de São Pedro, em Roma. Na ocasião, o Santo Padre realizou a ordenação de quatro novos bispos para a Igreja, cerimônia tradicional durante a Epifania, iniciada pelo Papa Beato João Paulo II.
Na homilia, comparando a figura dos Reis Magos com a missão do episcopado, o Santo Padre ressaltou que o bispo deve ser um homem cujo coração esteja sempre inquieto à procura de Deus e que se deixe tocar pelas instabilidades próprias da realidade humana.
“Deve ser um homem para os outros; mas só poderá sê-lo realmente, se for um homem conquistado por Deus: se, para ele, a inquietação por Deus tornou-se uma inquietação pela sua criatura, o homem.”
Segundo o Papa, os bispos precisam ser, à exemplo dos Reis Magos, homens em constante espera, sempre à procura de algo maior; homens eruditos que queiram sobretudo saber o essencial e conhecer a verdade.
“Um bispo não deve ser alguém que se limita a exercer o seu ofício, sem se importar com mais nada; mas deve deixar-se absorver pela inquietação de Deus com os homens. Deve, por assim dizer, pensar e sentir em sintonia com Deus.” disse o Papa.
Relacionando a celebração da Epifania com a ordenação episcopal, o Papa afirmou que o bispo tem a missão não apenas de se incorporar na peregrinação junto aos fiéis, mas de ir à frente e indicar-lhes a estrada.
De acordo com Bento XVI, o bispo é um constante peregrino na procura por Deus. Uma peregrinação interior que se realiza sobretudo na oração. Logo, o bispo é um homem que reza, deve viver em permanente contato interior com Deus.
O pontífice também apontou como deve ser a postura do bispo diante dos pensamentos agnósticos do mundo contemporâneo. “O agnosticismo hoje largamente imperante, tem os seus dogmas e é extremamente intolerante com tudo o que o põe em questão, ou põe em questão os seus critérios. Por isso, a coragem de contradizer as orientações dominantes é hoje particularmente premente para um Bispo.”
Segundo Bento XVI, o testemunho valente e corajoso não consiste em ferir com violência e agressividade aos que se opõe a Cristo, mas consiste em deixar-se ferir e fazer frente aos critérios das opiniões dominantes. “A coragem de permanecer firme na verdade é inevitavelmente exigida àqueles que o Senhor envia como cordeiros para o meio de lobos.”
No fim da homília, o Santo Padre rezou a Deus pedindo aos novos bispos a luz da fé e do amor, e a inquietação de Deus pelo homem, a fim de que “possam experimentar a sua proximidade e receber o dom da sua alegria.”

Evangelho (Mateus 2,1-12)

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

1Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, 2perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.
3Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém.
4Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. 5Eles responderam: “Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: 6’E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo’”.
7Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. 8Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”.
9Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino.
10Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande.
11Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.
12Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.
 Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Santo do Dia: Santa Rafaela Maria



Santa Rafaela Maria Nasceu em Córdova, na Espanha, no ano de 1850. Juntamente com sua irmã de sangue, fundaram a Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus. Dedicadas à adoração ao Santíssimo Sacramento e ao cuidado das crianças, Santa Rafaela ocupou o cargo de Madre Superiora e sua irmã – co-fundadora – de ecônoma geral. Mas, no ano de 1893, a irmã de Santa Rafela foi partilhando com outras conselheiras a ponto de convencê-las de que sua irmã, Santa Rafaela Maria, por não ser apta na economia, também não poderia continuar governando a congregação. Diante daquele consenso, ela deixou o cargo e sua irmã o ocupou e foi superiora durante 10 anos.

Nos 22 anos de vida que restaram a essa grande serva de Deus, ela viveu na humildade, fazendo os serviços que davam a ela sempre com muito amor e obdediência na graça de Deus. Santa Rafaela Maria foi uma verdadeira adoradora diante do Santíssimo Sacramento. Ao falecer, em 1925, partiu para a glória. Não passou muito tempo, veio à luz toda a trama de sua irmã, que não foi reconhecida como santa.

Santa Rafaela Maria, rogai por nós!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A perseguição do século XX e o terceiro segredo de Fátima

O século XX pode ser considerado o século com o maior número de mártires de toda a história do cristianismo. Em Fátima, Nossa Senhora já alertava a Igreja sobre a perseguição que se espalharia pelo mundo
Tal como aconteceu no início do Cristianismo, o século XX também pode ser considerado o século dos mártires. Foram milhares de igrejas e conventos destruídos por regimes totalitários e o número de cristãos presos, torturados e mortos por confessarem a fé em Cristo superou os de toda a história.
“No Jubileu do ano 2000, o Papa João Paulo II fez uma celebração para lembrar os mártires do século XX. O Pontífice disse que só este século produziu mais mártires do que toda a história da Igreja”, contou o professor Felipe Aquino, professor de Teologia.
Estes dados estão de acordo com um relatório de 2011 do Centro de Estudos das Novas Religiões (CESNUR) e apresentado em um seminário organizado pela Universidade Pontifícia Lateranense de Roma. Segundo o diretor do estudo, um sociólogo italiano chamado Massimo Introvigne, o número de martírios cristãos, no mundo, chega a 70 milhões, 45 milhões dos quais aconteceram no século XX.
Os regimes totalitários foram os que mais perseguiram o Cristianismo neste tempo. A Revolução Russa (1917), por exemplo, levou à morte cerca de 17 mil sacerdotes e 34 mil religiosos. O Comunismo declarou a religião como subversiva e inimiga do Estado. Igrejas, conventos e seminários foram fechados e destruídos. São incontáveis os números de mártires em países como União Soviética, Lituânia, Romênia, China, Vietnã, Camboja e Cuba.
A Santa Sé, por exemplo, entendeu que as mensagens de Nossa Senhora de Fátima estão profundamente ligadas a esta era dos mártires do século XX. O terceiro segredo – que muito se fantasiava sobre seu conteúdo – faz menção à opressão da Rússia sobre o mundo e sobre o martírio de milhares de padres, bispos e religiosos.

Bispo destaca impacto da comunidade latina na Igreja nos EUA

O bispo recém-nomeado de Lincoln, Nebraska, Dom James D. Conley, disse que os estadunidenses podem aprender muito com a comunidade latina sobre como viver a sua fé.

“Os latinos trazem um forte sentido de família, um grande amor pela fé católica, pelos sacramentos e a bem-aventurada Virgem Maria”, garantiu em entrevista à agência CNA. “Eles trabalham, têm filhos, procuram emprego, tentam se inserir, e nós devemos estar a seu lado”.

Dom Conley tomou posse na diocese em novembro de 2012. Ele trabalhou com os latinos pela primeira vez em seu sacerdócio quando viveu e serviu como bispo auxiliar de Denver, onde esta comunidade representa 51% dos fiéis.

Mais da metade dos católicos do mundo vivem na América Hispânica, e segundo Dom Conley, a crescente população hispânica nos Estados Unidos tem um forte impacto, de forma que deve ser levada para a vida plena da Igreja. 

O prelado, de 57 anos, também refletiu sobre o impacto positivo que os jovens estão tendo na Igreja na América: “Há uma alegria contagiante quando os jovens vivem a sua fé. Descobri quando trabalhava com os jovens que o mundo precisa de seu exemplo de compromisso, fé e alegria”.

Criado em família presbiteriana, nativo de Missouri, Dom Conley se converteu ao catolicismo quando era estudante na Universidade de Kansas.

O bispo disse que se sente abençoado por ser bispo de Lincoln porque a fé e a vida familiar são muito fortes lá. “Não só temos um grande número de sacerdotes, mas eles são muito bons, trabalham duro e são santos sacerdotes”.

Existem atualmente 153 padres em Lincoln, com uma idade média de 48 anos, e 44 seminaristas. E o bispo acredita que a cidade, com cerca de 260.000 habitantes, tem a maior porcentagem de seminaristas nos Estados Unidos.