O Papa Bento XVI recebeu na manhã
deste sábado, 8, cerca de 350 participantes do 23º Congresso
Mariológico Mariano Internacional, em andamento em Roma. Em seu
discurso, o Pontífice destacou que Maria é compreendida no mistério de
amor e de comunhão da Santíssima Trindade e que ela constitui um modelo e
um ponto de referência para a Igreja.
“Maria, de quem se
destaca antes de tudo a fé, é compreendida no mistério de amor e de
comunhão da Santíssima Trindade; (...) tornando-se um modelo e um ponto
de referência para a Igreja, que nela reconhece a si mesma, a sua
vocação e missão”
Bento XVI mencionou ainda o tema deste
Congresso, “A mariologia a partir do Concílio Vaticano II. Recepção,
balanço e perspectivas”, ressaltando a iminência da celebração pelos 50
anos de abertura do Concílio.
Essa celebração, no próximo dia 11
de outubro, será feita em concomitância com a inauguração do Ano da Fé,
convocada com o Motu proprio “Porta fidei”, em que apresenta Maria como modelo de fé.
Como
jovem participante do Concílio, Bento XVI disse que ele “foi capaz de
ver as várias maneiras de lidar com as questões sobre a figura e o papel
da Virgem Maria na história da salvação”.
Na segunda sessão do
Concílio, explicou, um grupo de padres pediu que a questão fosse tratada
dentro da Constituição sobre a Igreja, enquanto outro grupo afirmava a
necessidade de um documento específico sobre a dignidade e o papel de
Maria.
Com a votação de 19 de outubro de 1963, optou-se pela
primeira proposta, e o esquema da Constituição Dogmática sobre a Igreja
foi enriquecido com o capítulo sobre a Mãe de Deus, em que a figura de
Maria aparece em toda a sua beleza e inserida nos mistérios fundamentais
da fé cristã.
“Certamente, o texto conciliar não esgota todas as
problemáticas relativas à figura da Mãe de Deus, mas constitui o
horizonte hermenêutico essencial para qualquer reflexão, seja de caráter
teológico, seja de caráter mais estritamente espiritual e pastoral”,
destacou.
Por fim, o Pontífice dirigiu-se aos participantes do
Congresso, pedindo que ofereçam suas contribuições para que o Ano da Fé
represente um momento de graça para todos os cristãos.
“Ofereçam
suas contribuições para que o Ano da Fé possa representar para todos os
fiéis em Cristo um verdadeiro momento de graça, em que a fé de Maria
nos preceda e nos acompanhe como farol luminoso e como modelo de
plenitude e maturidade cristã para onde olhar com confiança e do qual
extrair entusiasmo e alegria para viver com sempre maior empenho e
coerência a nossa vocação de filhos de Deus, irmãos em Cristo, membros
vivos do seu Corpo que é a Igreja”.
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