Reunido com os fiéis na Praça São
Pedro, em Roma, neste domingo, 4, o Papa Bento XVI rezou a oração
mariana do Angelus. Na ocasião, o Santo Padre explicou que o Evangelho
do dia (Mc 12,28-34) nos propõe novamente uma reflexão sobre o
ensinamento de Jesus: o amor a Deus e ao próximo, amores que são
inseparáveis.
“Amor a Deus e amor ao próximo
são inseparáveis e estão em relação recíproca. Jesus não inventou nem um
nem outro, mas revelou que eles são, no fundo, um único mandamento, e o
fez não somente com a palavra, mas, sobretudo, com o testemunho: a
Pessoa própria de Jesus e todo o seu mistério encarnam a unidade do amor
a Deus e ao próximo, como os dois braços da Cruz, vertical e
horizontal”.
Mas antes de ser um mandamento, Bento XVI lembrou
que o amor é um dom, uma realidade que Deus nos faz conhecer e
experimentar. Isso para que o amor possa germinar dentro de nós, como
uma semente, e se desenvolver em nossa vida.
O Papa destacou
também que, se o amor de Deus criou raízes profundas em uma pessoa,
então esta é capaz de amar também aquele que não merece, assim como é o
amor de Deus por nós. Ele tomou como exemplo o pai e a mãe, que amam
sempre seus filhos, e não somente quando eles merecem.
Outro
aspecto ressaltado pelo Papa foi o fato de que com Deus se aprende a
querer sempre o bem e nunca o mal. Aprende-se também a olhar para o
outro não só com os olhos da pessoa humana, mas também com os olhos de
Deus
“Um olhar que vem do coração e não para na superfície, vai
além das aparências e capta os anseios mais profundos do outro: de ser
ouvido, de uma atenção gratuita; em uma palavra: de amor”.
Por
fim, pela intercessão da Virgem Maria, Bento XVI rezou “para que cada
cristão saiba mostrar a sua fé no Deus único e verdadeiro com um claro
testemunho de amor ao próximo”.
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