O padre Thierry Linard de Guertechin, presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento, o Ibrades, fez uma ampla reflexão de sua análise dos números considerando o ambiente religioso do Brasil e a prática da Igreja Católica. Em síntese, ele chamou a atenção no sentido de levar a sério os resultados do Censo. Diante da expectativa de uma resposta concreta aos dados do Censo, destacou a importância das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil (DGAE) que já são uma resposta a essa realidade. Realçou que a diminuição do número de católicos, em termos absolutos, se deu nas chamadas áreas consideradas rurais. Os números das áreas urbanas continuam mais ou menos estáveis.
“O verdadeiro desafio é constituído pela mentalidade secularizada que cria uma nova imagem de homem e de mulher, não imagem e semelhança de Deus, mas do poder e do mercado”, destacou o padre Thierry. No debate, dom Francisco Biasin, bispo de Barra do Piraí/Volta Redonda (RJ) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso considerou que a discussão sobre esse tema é de grande importância na preparação para a próxima Assembleia Geral que vai tratar da paróquia como comunidade de comunidades. Dom Jacinto Bergman, bispo de Pelotas (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequético também Lembrou que faz parte desse âmbito de reflexão a constatação de uma “mudança de época” já aprofundado no Documento de Aparecida e nas Diretrizes Gerais.
Dom
João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão
Episcopal Pastoral para Vida e Família, recordou que a situação dos
católicos nominais em queda não é bem uma novidade e que o vínculo dos
chamados católicos praticantes não parece existir queda. Ele considera,
no entanto, que os números do Censo é uma chamada de atenção para se
colocar em prática um trabalho de manter sinais públicos que ajudem no
despertar o sentido de pertença dos católicos nominais.
Dom Pedro Brito, arcebispo de Palmas (TO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, lembrou que o enfraquecimento da missão e da atuação dos sacerdotes como referência intelectual e moral também comprometem a atuação da Igreja e nisso está também o desafio para transformação com acento na missão.
Dom Pedro Brito, arcebispo de Palmas (TO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, lembrou que o enfraquecimento da missão e da atuação dos sacerdotes como referência intelectual e moral também comprometem a atuação da Igreja e nisso está também o desafio para transformação com acento na missão.
Dom
Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA) e presidente
da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, destacou a qualidade do
testemunho e da atuação de bispos, padres e lideranças leigas de alto
nível. Segundo ele, é preciso lembrar da expressão “apaixonar-se por
Cristo” como o ponto de partida da ação missionária. O padre Deusmar
Jesus da Silva, assessor da Comissão para os Ministérios Ordenados,
insistiu a respeito da necessidade de pesquisas que ajudem a orientar o
planejamento de pastoral com especial atenção para pesquisas em nível
paroquial. É preciso conhecer mais a realidade da comunidade local.
O
Consep, diante do desafio dessa reflexão, decidiu que a presidência
CNBB vai enviar aos bispos de todo o Brasil um texto como o título
“Reflexões Pastorais do Consep sobre o Mapa das Religiões” de modo que
se possa colaborar com o aprofundamento sobre os grandes temas que estão
em torno desse tema.
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