O Papa Bento XVI instituiu neste
sábado, 10, a Pontifícia Academia da Latinidade, no âmbito do Pontifício
Conselho da Cultura. O órgão terá como Presidente o professor Ivano
Dionigi e, como Secretário, o padre salesiano Roberto Spataro.
Na
carta apostólica em forma de Motu Proprio “Latina Lingua”, o Papa
destaca que a língua latina sempre teve uma alta consideração por parte
da Igreja Católica. Ele informou ainda que também hoje o conhecimento da
língua e da cultura latina são necessários para o estudo das fontes das
quais se servem, entre outros, algumas disciplinas eclesiásticas, como a
Teologia e o Direito Canônico.
E no contexto de um
“enfraquecimento generalizado dos estudos humanos”, o Papa destacou o
perigo de um conhecimento superficial da língua latina. Mas, por outro
lado, encontra-se no mundo hoje um renovado interesse pela cultura e
língua latina, e isso não só nos Continentes que têm nas raízes
culturais a herança greco-romana.
“Tal atenção aparece ainda
mais significativa à medida que não envolve somente ambientes acadêmicos
e institucionais, mas se relaciona também com jovens e estudiosos
provenientes de Nações e tradições muito diferentes”.
Dados
esses interesses, o Papa colocou como urgente o empenho para um maior
conhecimento e um uso mais competente da língua latina, no ambiente
eclesial e no vasto mundo da cultura.
“Para dar relevo e
ressonância a esse esforço, resultam muito oportunas a adoção de métodos
didáticos adequados às novas condições e a promoção de uma rede de
relações entre as instituições acadêmicas e entre os estudiosos com a
finalidade de valorizar o patrimônio, rico e multiforme, da civilização
latina”.
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