Manifestar a esperança num mundo
em crise: este objetivo da nova evangelização foi lembrado, nesta
sexta-feira, 19, pelo Sínodo dos Bispos, em andamento no Vaticano. Os
relatos dos círculos menores apresentam algumas propostas concretas para
os documentos finais da assembleia.
Os pequenos grupos seguiram
métodos diferentes, mas todos voltados para o mesmo resultado: levar a
esperança a um mundo em crise, a uma modernidade em que há, ao mesmo
tempo, a ausência e o anseio por Deus.
Segundo os bispos, a Igreja
deve focar primeiramente o exame de consciência. "Se falamos de nova
evangelização talvez seja porque os cristãos perderam alguma coisa, algo
que a Igreja não soube oferecer. Por outro lado, para evangelizar é
preciso ser evangelizados" – destaca o Sínodo.
Outro tema
importante abordado foi o diálogo ecumênico e inter-religioso. O
primeiro torna crível o anúncio do Evangelho, o segundo se baseado no
conhecimento profundo da Bíblia e nos testemunhos de vida, ajuda na
difusão da Palavra de Deus até mesmo nos países de maioria muçulmana.
A
profunda crise da família foi também debatida pelos padres sinodais. A
família deve ser ajudada apoiando os pais como primeiros catequistas de
seus filhos e reiterando a importância do Sacramento do Matrimônio.
Os
cristãos políticos foi também outro ponto abordado pelos bispos.
"Coerentes com a fé, eles devem ser guiados pela reta consciência e por
valores não negociáveis. Neste contexto, foi feito o convite de relançar
as obras de justiça social e caridade, segundo a Doutrina Social da
Igreja, para que a opção pelos pobres torne crível o anúncio do
Evangelho e crie verdadeiros oásis de encontro com Deus".
Alguns
grupos menores pediram para que o Sínodo reflita mais sobre a questão
dos migrantes, da globalização e secularismo, que seja esclarecido o
papel dos carismas e as oportunidades que eles oferecem à Igreja.
Pediram também para que os jovens sejam mais ouvidos e valorizados os
professores e centros educacionais como instrumentos de evangelização.
Enfim,
o Secretário-Geral do Sínodo, Dom Nikola Eterović, anunciou que foi
aberto uma conta corrente no Banco do Vaticano (IOR) para que os padres
sinodais depositem suas ofertas de solidariedade em favor da Síria. Essa
contribuição junto com a da Santa Sé será levada a Damasco nos próximos
dias pela delegação de bispos formada pelo Papa. (MJ)
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