Na manhã desta terça-feira, 9,
foi apresentada na Sala de Imprensa da Santa Sé uma ilustração de como
será a celebração de abertura do Ano da Fé, que será presidida pelo Papa Bento XVI nesta quinta-feira, 11, às 10h (horário em Roma), na Praça São Pedro. Durante a apresentação, interveio
o presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Dom Rino
Fisichella. Ele comentou que há um significado particular no fato de o
Ano da Fé iniciar no mesmo dia do quinquagésimo aniversário de abertura
do Concílio Ecumênico Vaticano II.
Dom Fisichella lembrou que o
Concílio quis ser um momento privilegiado de evangelização e que a ideia
que emerge da abertura realizada pelo então Papa João XXIII e dos
documentos do Concílio giram em torno da questão da fé.
“(...) a
ideia básica que emerge de maneira sempre mais evidente era aquela de
falar de novo ao homem de hoje sobre Deus e da importância da fé para a
sua vida. Desta maneira clara também o exprime Bento XVI na Porta Fidei”.
Desta
forma, Dom Fisichella destacou que os 50 anos do Concílio merecem ser
não somente recordados, mas celebrados por toda a Igreja. “Essa o queira
fazer com o Ano da Fé, porque é uma ocasião propícia para reavivar a fé
dos crentes e animá-los em um espírito de evangelização sempre mais
convicto”.
À luz dessas premissas, Dom Fisichella informou
alguns detalhes sobre a cerimônia inaugural do Ano da Fé que “será
profundamente impregnada” com símbolos que evocam o Concílio Vaticano
II.
“Trechos das quatro Constituições conciliares serão lidos
como expressões do trabalho do Concílio e de renovação na vida da
Igreja. Isso será seguido de uma longa procissão que levará o imaginário
coletivo a 12 de outubro de 1962. A procissão será formada por todos os
bispos participantes na solene celebração com o Santo Padre. Nesses
estarão incluídos os padres sinodais que atualmente estão participando
do encontro sobre nova evangelização, presidentes das conferências
episcopais de todo o mundo e 14 padres conciliares que, apesar de sua
idade, conseguiram chegar a Roma. Todos dos 70 padres conciliares que
ainda estão vivos foram convidados a participar, mas idade avançada ou
problemas de saúde os impediram de estar entre nós”.
A procissão
será acompanhada pela entronização da Palavra de Deus; um gesto que
“relembra um momento significativo dos trabalhos conciliares quando, nas
sessões solenes na Basílica de São Pedro, chegava em procissão a
Sagrada Escritura, que se colocava no centro da assembleia conciliar,
para recordar a todos que estavam a serviço da palavra de Deus que é o
centro da atenção da Igreja”.
Será utilizado o mesmo púlpito e a
mesma Sagrada Escritura dos trabalhos conciliares e, ao final da
Eucaristia, terá outro sinal indicativo de que “os ensinamentos
conciliares mantêm viva a sua atualidade e, todavia, merecem ser
conhecidos e aprofundados”.
A este propósito, Dom Fisichella
lembrou que no encerramento do Concílio, Paulo VI entregou uma série de
mensagens ao Povo de Deus. “As mesmas mensagens serão entregues por
Bento XVI a diversas categorias de pessoas: aos governantes, aos
representantes da ciência e do pensamento, aos artistas, às mulheres,
aos trabalhadores, aos pobres, aos doentes e aos que sofrem, aos jovens.
Dado que também é o 20º aniversario do Catecismo da Igreja Católica, o
Santo Padre entregará uma cópia do mesmo, em edição especial publicada
para o Ano da Fé, a dois representantes dos catequistas”, anunciou o
arcebispo.
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