SOMOS DESTINADOS A UM CORPO INCORRUPTÍVEL
Deus disse a Adão: "Com a transpiração de sua
face você comerá o pão, até que você volte à terra, pois dela você veio; já que
és pó e ao pó voltarás” (Gn 3,19). É o castigo para o pecado que todos os
homens sofrem. Com o pecado veio a morte, porém, nós católicos...
“Cremos
firmemente - e assim esperamos - que, da mesma forma que Cristo ressuscitou
verdadeiramente dos mortos, e vive para sempre, assim também, depois da morte,
os justos viverão para sempre com Cristo ressuscitado e que Ele os ressuscitará
no último dia. [...] A "ressurreição da carne" significa que após a
morte não haverá somente a vida da alma
imortal, mas que mesmo os nossos
"corpos mortais" (Rm 8,11) readquirirão vida. [...] Na morte, que é separação da alma
e do corpo, o corpo do homem cai na corrupção, ao passo que sua alma vai ao
encontro de Deus, ficando à espera de ser novamente unida a seu corpo
glorificado. Deus, em sua onipotência, restituirá definitivamente a vida
incorruptível a nossos corpos, unindo-os às nossas almas, pela virtude da
Ressurreição de Jesus. [...] Cristo ressuscitou com seu próprio corpo:
"Vede as minhas mãos e os meus pés: sou eu!" (Lc 24,39). Mas ele não
voltou a uma vida terrestre. Da mesma forma, nele" ressuscitarão com
seu próprio corpo, que têm agora"; porém, este corpo será
"transfigurado em corpo de glória", em "corpo
espiritual"” (Catecismo da Igreja Católica, § 989, 990, 997,
999)
Embora ainda não tenha ocorrido a
ressurreição, os corpos incorruptos fazem-nos lembrar Nosso Senhor Jesus, que
não conheceu a corrupção física, como que prefigurando de certa forma a futura
ressurreição da carne.
OS
CORPOS INCORRUPTOS
Segundo a Tradição, o primeiro caso de
incorruptibilidade foi o de Santa Cecília, que morreu em 177 e, séculos depois
(no ano de 1599), permanecia incorrupta. O primeiro documento que relata um
caso de incorrupção data do século IV e narra que Santo Ambrósio havia
descoberto o corpo de um mártir, morto havia 200 anos, intacto.
Há
duas formas de preservação de um corpo, segundo a ciência: a natural (quando o
corpo é preservado devido a condições do solo ou do clima) e a indução (quando
são utilizados processos químicos ou técnicas semelhantes). Os casos de
incorrupção não se encaixam em nenhuma dessas categorias. É um fato
sobrenatural que a ciência não consegue explicar.
Os
corpos incorruptos são descobertos em inúmeros e diversificados ambientes. Eles
permanecem livres de decomposição independente da forma que foram enterrados...
atraso no enterro, temperatura, humidade, bruto/impróprio manuseio do corpo,
transferências frequentes, corpos cobertos por quicklime (agente decompositor),
ou proximidade a outros corpos já em decomposição e/ou decompostos.
O fenômeno da incorrupção não segue nenhuma regra.
Alguns corpos se mantêm intactos até hoje, outros se mantêm por determinado
tempo, outros secam lentamente no decorrer dos anos (sem perder as propriedades
de incorrupção). Há também casos de incorrupções parciais, onde apenas uma
parte do corpo não se decompõe, como coração e língua. As incorrupções parciais
até hoje são motivo de espanto até mesmo para cientistas e estudiosos, pois,
geralmente, os órgãos que permaneceram intactos são encontrados em meio a
cinzas do corpo que já se decompôs.
Devido às mudanças climáticas, muitos dos corpos
incorruptos estão perdendo mais rápido a aparência que tinham quando foram
exumados. Por conta disso, alguns precisam ser recobertos por finas camadas de
cera ou silicone para que os tecidos não escureçam.
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS
COMUNS DOS CORPOS INCORRUPTOS
- ausência de rigidez cadavérica, inclusive com
depressão à compressão de tecidos e flexibilidade corporal, mantendo-se a
movimentação passiva de articulações;
Para os cientistas, esse fato é justamente a
característica mais intrigante, pois, as múmias, por exemplo, mesmo conservadas
por séculos, apresentam tecidos e órgãos endurecidos.
- desprendimento de agradáveis perfumes, inclusive
propagando-se para todo o ambiente;
- temperatura corporal correspondendo à do ambiente;
- tonalidade rósea da pele;
- desprendimento espontâneo de uma espécie de óleo,
com aspecto comparável ao de óleo vegetal, ou de outros líquidos, como água, e
de sangue, inclusive sangue com aspecto de recentemente coagulado;
- sangramentos produzidos por incisões (cortes).
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