terça-feira, 31 de julho de 2012

SANTOS INCORRUPTOS

SOMOS DESTINADOS A UM CORPO INCORRUPTÍVEL
Deus disse a Adão: "Com a transpiração de sua face você comerá o pão, até que você volte à terra, pois dela você veio; já que és pó e ao pó voltarás” (Gn 3,19). É o castigo para o pecado que todos os homens sofrem. Com o pecado veio a morte, porém, nós católicos...
“Cremos firmemente - e assim esperamos - que, da mesma forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos, e vive para sempre, assim também, depois da morte, os justos viverão para sempre com Cristo ressuscitado e que Ele os ressuscitará no último dia. [...] A "ressurreição da carne" significa que após a morte não haverá somente a vida da alma imortal, mas que mesmo os nossos "corpos mortais" (Rm 8,11) readquirirão vida. [...] Na morte, que é separação da alma e do corpo, o corpo do homem cai na corrupção, ao passo que sua alma vai ao encontro de Deus, ficando à espera de ser novamente unida a seu corpo glorificado. Deus, em sua onipotência, restituirá definitivamente a vida incorruptível a nossos corpos, unindo-os às nossas almas, pela virtude da Ressurreição de Jesus. [...] Cristo ressuscitou com seu próprio corpo: "Vede as minhas mãos e os meus pés: sou eu!" (Lc 24,39). Mas ele não voltou a uma vida terrestre. Da mesma forma, nele" ressuscitarão com seu próprio corpo, que têm agora"; porém, este corpo será "transfigurado em corpo de glória", em "corpo espiritual"” (Catecismo da Igreja Católica, § 989, 990, 997, 999)
Embora ainda não tenha ocorrido a ressurreição, os corpos incorruptos fazem-nos lembrar Nosso Senhor Jesus, que não conheceu a corrupção física, como que prefigurando de certa forma a futura ressurreição da carne.
OS CORPOS INCORRUPTOS
Segundo a Tradição, o primeiro caso de incorruptibilidade foi o de Santa Cecília, que morreu em 177 e, séculos depois (no ano de 1599), permanecia incorrupta. O primeiro documento que relata um caso de incorrupção data do século IV e narra que Santo Ambrósio havia descoberto o corpo de um mártir, morto havia 200 anos, intacto.
Há duas formas de preservação de um corpo, segundo a ciência: a natural (quando o corpo é preservado devido a condições do solo ou do clima) e a indução (quando são utilizados processos químicos ou técnicas semelhantes). Os casos de incorrupção não se encaixam em nenhuma dessas categorias. É um fato sobrenatural que a ciência não consegue explicar.
Os corpos incorruptos são descobertos em inúmeros e diversificados ambientes. Eles permanecem livres de decomposição independente da forma que foram enterrados... atraso no enterro, temperatura, humidade, bruto/impróprio manuseio do corpo, transferências frequentes, corpos cobertos por quicklime (agente decompositor), ou proximidade a outros corpos já em decomposição e/ou decompostos.
O fenômeno da incorrupção não segue nenhuma regra. Alguns corpos se mantêm intactos até hoje, outros se mantêm por determinado tempo, outros secam lentamente no decorrer dos anos (sem perder as propriedades de incorrupção). Há também casos de incorrupções parciais, onde apenas uma parte do corpo não se decompõe, como coração e língua. As incorrupções parciais até hoje são motivo de espanto até mesmo para cientistas e estudiosos, pois, geralmente, os órgãos que permaneceram intactos são encontrados em meio a cinzas do corpo que já se decompôs.
Devido às mudanças climáticas, muitos dos corpos incorruptos estão perdendo mais rápido a aparência que tinham quando foram exumados. Por conta disso, alguns precisam ser recobertos por finas camadas de cera ou silicone para que os tecidos não escureçam.


ALGUMAS CARACTERÍSTICAS COMUNS DOS CORPOS INCORRUPTOS
- ausência de rigidez cadavérica, inclusive com depressão à compressão de tecidos e flexibilidade corporal, mantendo-se a movimentação passiva de articulações;
Para os cientistas, esse fato é justamente a característica mais intrigante, pois, as múmias, por exemplo, mesmo conservadas por séculos, apresentam tecidos e órgãos endurecidos.
- desprendimento de agradáveis perfumes, inclusive propagando-se para todo o ambiente;
- temperatura corporal correspondendo à do ambiente;
- tonalidade rósea da pele;
- desprendimento espontâneo de uma espécie de óleo, com aspecto comparável ao de óleo vegetal, ou de outros líquidos, como água, e de sangue, inclusive sangue com aspecto de recentemente coagulado;
- sangramentos produzidos por incisões (cortes).

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