A abertura dos Jogos Olímpicos
2012 acontece nesta sexta-feira, 27, no Estádio Olímpico de Londres, na
Inglaterra. No domingo, 22, o Papa Bento XVI, depois da proclamação do Angelus, enviou uma saudação aos atletas e organizadores.
O
Santo Padre recordou que o evento é um dos maiores acontecimentos
esportivos do mundo, em que participam atletas de muitas nações e como
tal reveste também um forte valor simbólico, razão porque a Igreja
Católica encara as Olimpíadas com grande simpatia e atenção.
“Rezemos
para que, segundo a vontade Deus, os Jogos de Londres sejam uma
autêntica experiência de fraternidade entre os povos da Terra”, desejou
Bento XVI.
Mas não é de hoje que a Igreja vê com simpatia tal
evento esportivo. Em 1908, quando, na sequência de uma grave crise
econômica, Roma renunciou sediar os Jogos Olímpicos, o fundador dos
Jogos Olímpicos modernos, Pierre de Coubertin, procurou a ajuda do
Vaticano e o então Papa São Pio X ofereceu-lhe apoio.
Tal
episódio é narrado no livro "Pio X, as Olimpíadas e o esporte", escrito
por Antonella Stelitano, Quirino Bortolato e Alejandro Mario Dieguez,
lançado nessa quinta-feira, 26, pela Editora italiana San Liberale de
Treviso.
A obra destaca que Pio X foi o primeiro papa a apoiar as Olimpíadas e a abrir as portas do Vaticano aos atletas.
Naquela
época "menos de 1% da população praticava alguma atividade esportiva,
que era realizada só como forma de treinamento militar ou como
passatempo das classes mais altas", explicou Antonella Stelitano, em
entrevista à Rádio Vaticano.
No início do século XX, muitas
pessoas não entendiam a importância da prática de esporte, recorda
Antonella Stelitanota, então Pio X disse a um dos seus cardeais: "Tudo
bem, se é preciso que entendam que isso pode ser feito , então eu vou
fazer exercício na frente de todo mundo e assim eles poderão ver que, se
o Papa pode fazê-lo, qualquer um pode fazê-lo".
Pio X também
estava ciente do potencial educativo do esporte. Ele viu o esporte como
uma maneira "de aproximar os jovens e reuni-los ao mesmo tempo, seguindo
certas regras e mostrando respeito pelos adversários”, explica a
autora.
O Papa entendeu ainda que era um modo possível e simples de reunir pessoas de diferentes etinias, religiões e ideias políticas.
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