"Deus é o Pastor da humanidade
[...] e quer para nós a vida", disse o Papa Bento XVI no Angelus deste
domingo, 22, ao comentar a liturgia deste domingo junto aos peregrinos
presentes na residência apostólica de Castel Gandolfo, onde o Santo
Padre passa um período de repouso.
O Papa enfatizou que Deus
"quer nos orientar a boas pastagens, onde poderemos nos alimentar e
descansar; não quer que nos percamos e morramos, mas que cheguemos ao
destino da nosso viagem, que é plenitude da vida".O Santo Padre explicou que Jesus
apresenta-se como Pastor das ovelhas perdidas e seu olhar sobre as
pessoas é um olhar "pastoral". Como nos apresenta o Evangelho deste
domingo: "Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão por
eles, porque eram como ovelhas que não têm pastor".
"Jesus
encarna Deus Pastor com sua forma de pregar e com as suas obras, tendo o
cuidado com os doentes e os pecadores, aqueles que estão "perdidos"
(Cf. Lc 19,10), para trazê-los de volta em segurança, na misericórdia do
Pai", destacou o Papa.
Então, Bento XVI interrogou os
presentes: "Em que consiste essa cura profunda que Deus realiza através
de Jesus?", e explicou que tudo consiste de uma "paz verdadeira,
completa, fruto da reconciliação da pessoa consigo mesmo e com todas as
suas relações: com Deus, com os outros e com o mundo".
O Papa
recordou também a memória litúgica de Santa Maria Madalena, neste
domingo, e destacou o episódio narrado no Evangelho de São Lucas (cf. Lc
8,2) em que Jesus a liberta de sete demônios, salvando-a de uma total
escravidão ao maligno.
"O diabo tenta sempre arruinar a obra de
Deus, semeando divisões no coração humano [...] O maligno semeia guerra;
Deus cria a paz", ressaltou o Santo Padre citando o texto de São Paulo
(cf. Ef 2,14).
Para realizar esta obra de reconciliação radical,
Jesus, o Bom Pastor, teve que se tornar o "Cordeiro de Deus que tira os
pecados do mundo", e assim nos dar a vida, concluiu o Papa.
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