A Igreja celebrou nessa segunda-feira, 9, a festa de Santa Paulina, a primeira santa que viveu e trabalhou no Brasil.
Italiana
de nascimento, foi na pequena localidade de Vígolo, no município de
Nova Trento, em Santa Catarina, que Madre Paulina iniciou seu trabalho.
Nesta terra hoje está a herança da Santa, beatificada por João Paulo II
em 1991, durante a visita do Beato a Florianópolis:
“Minha
alegria no dia de hoje, queridos irmãos e irmãs de Florianópolis e de
Santa Catarina, tem um motivo todo especial: a beatificação da Madre
Paulina do Coração de Jesus Agonizante. Ela é, na verdade, uma
representante bem legítima do povo catarinense. Como os pais e os avós
de muitos dos que aqui estão, pertence ela a uma destas famílias que
aqui chegaram no século passado e deram uma feição toda especial à terra
catarinense. O cenário maravilhoso das lindas praias e ilhas do
litoral, do vale do Itajaí, dos campos da região serrana, das imensas e
férteis regiões do oeste, passou a ser habitado por um povo novo que
hoje ainda conserva a herança das culturas, dos costumes e da língua de
seus antepassados. Aos portugueses das ilhas dos Açores ou aos paulistas
vindos dos campos de Piratininga ou de Curitiba, se uniram, há mais de
cem anos, tantas famílias procedentes do norte da Itália, das montanhas
do Tirol, de diversas regiões da Alemanha, de muitos outros lugares do
planeta”.
A Coordenadora do Santuário de Madre Paulina, Irmã
Maria Adelina da Cunha estava em Florianópolis em 18 de outubro de 1991.
“O povo explodiu em alegria, com muitas palmas. Foi um momento
inesquecível”, relembra a Irmã, que também veio ao Vaticano onze anos
mais tarde.Santa Paulina foi canonizada em
19 de maio de 2002, no Vaticano. João Paulo II, ao lembrar a vida e obra
da primeira Santa do Brasil, disse: “A ação do Espírito se manifesta de
modo especial também na vida e missão de Madre Paulina, inspirando-a a
constituir, juntamente com um grupo de jovens amigas, uma casa de
acolhida, pouco depois batizada pelo povo de ‘Hospitalzinho São
Virgílio’, destinada à atenção material e espiritual de doentes e
desamparados. Nasce assim, para atender os planos da Providência, a
primeira Comunidade religiosa do sul do Brasil, denominada Congregação
das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. Foi neste Hospital, que o
ser-para-os-outros constituiu o pano de fundo da vida de Madre Paulina.
No serviço aos pobres e aos doentes, ela tornara-se manifestação do
Espírito Santo, ‘consolador perfeito; doce hóspede da alma; suavíssimo
refrigério’”.
Após o reconhecimento dos milagres que
transformaram Madre Paulina em Santa, sua missão continua. Tanto que o
Santuário a cada ano que passa se torna referência para os romeiros.
“Hoje o Santuário de Santa Paulina já é considerado o segundo maior, em
mais movimento, atrás apenas de Aparecida”, revela Irmã Maria Adelina.
Para informações sobre o Santuário de Santa Paulina, acesse www.santuariosantapaulina.org.br
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