terça-feira, 25 de dezembro de 2012

É Natal e eu posso fazer um bem maior!

Certo dia, o anjo Gabriel foi enviado a uma jovem, chamada Maria, da cidade de Nazaré, para dar-lhe uma boa nova. Ela seria a mãe do filho de Deus. Logo após o anúncio, Maria foi à casa de Isabel, sua prima. Ao chegar, Isabel percebeu que havia algo especial em Maria.

Era a presença de Jesus em seu ventre. Maria, por estar tão feliz, desejou que muitas pessoas conhecessem seu filho Jesus, que mudou a sua vida e a da humanidade. Ela canta, então, no seu Magnificat a esperança de uma vida nova, com Jesus, para os que sofrem, os abandonados, aqueles que são esquecidos e para todos os que acreditam em Jesus. Mesmo sem ainda ter nascido, ele era sinal de vida por onde sua mãe passava (cf. Lc 1,47-55).


O nascimento de Jesus contagiou muitas pessoas, até uma estrela foi testemunha, quando Jesus nasceu. Os anjos, cheios de alegria, anunciaram aos pastores o seu nascimento e eles foram depressa e encontraram o menino, tão pequeno, mas que mudou a vida deles, e ganharam um novo motivo para trabalhar, cuidar dos rebanhos, viver…
Jesus, ao longo da sua vida, ajudou as pessoas a valorizar a vida. No seu caminho, encontrou muita gente que era deixada de lado pelas pessoas da cidade, porque tinham algum tipo de doença. É o caso do cego que gritava para que Jesus o curasse (cf. Lc 18, 35-43). Ele não só cura, mas ajuda as pessoas a perdoar. Perdoar e pedir perdão quando erramos é um jeito especial de ser como Jesus e fazer a vida brotar ao nosso redor como flores plantadas num jardim que traz muita alegria para todos os que as veem e, assim, o Natal acontece todo dia, porque ele é vida nova.
A Humanidade está sempre em busca. De Sentido. Felicidade. Imortalidade. Busca um contato com Alguém maior que explique tantas buscas de resposta. No profundo de todo ser humano há uma sede de Infinito. Isso explica tantas e tantas religiões em todos os tempos e culturas.
Nós cristãos somos conduzidos pelo Evangelho, esta noite, de Nazaré a Belém. Santo Inácio de Loyola, nos Exercícios Espirituais, nos ensina a contemplar as pessoas por dentro, especialmente a pessoa de Jesus. Chegando à pequenina Belém, podemos acompanhar com a imaginação o casal José e Maria em busca de alojamento, pois um filho está para nascer. Admira-nos que o sinal que os anjos dão para os pastores seja tão simples e humilde: uma criança reclinada numa manjedoura. De fato, isto não acontece todos os dias. Faz a gente pensar o que quer significar.
Deus é humilde porque é amor. A sua luz brilhou no meio das trevas para nos revelar com a sua vida o modo de viver a vida humana. Ao seu lado, com coração de discípulos, vamos aprendendo a nos deixar amar por Deus que é Pai de bondade; aprendemos a encontrar a felicidade que consiste em ver e fazer os outros felizes; aprendemos a trabalhar pelo Reino de Deus que exige de nós um compromisso na busca de uma sociedade justa e o serviço preferencial aos mais pobres e necessitados. Jesus nos ensina a conviver com os irmãos e irmãs. Ele ilumina o nosso horizonte com a esperança da ressurreição.
O Natal de Jesus é um resumo do que vai ser a sua vida inteira. O retrato de um Deus brilhando nas sombras. Hoje os cristãos param para saborear o mistério da Salvação: do presépio até a Cruz, Jesus nos revela o quanto somos amados por Deus e preciosos aos seus olhos. Feliz Natal!

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