Bento XVI aprovou hoje a
publicação do decreto que reconhece as ‘virtudes heroicas’ de Giovanni
Battista Montini (1897-1978), Paulo VI, eleito Papa em junho de 1963 e o
primeiro a visitar Portugal, em 1967.Esta é uma etapa do processo que
leva à proclamação de um fiel católico como beato, e permite que, após o
reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão do Papa italiano,
tenha lugar a sua beatificação, penúltima etapa para a declaração da
santidade.
Entre os nove Papas que a Igreja Católica teve no
século XX há, neste momento, um santo (Pio X) e dois beatos (João XXIII e
João Paulo II).
A canonização, ato reservado ao Papa desde o
século XIII, é a confirmação, por parte da Igreja Católica, que um fiel
católico é digno de culto público universal e de ser apresentado aos
fiéis como intercessor e modelo de santidade. Nos primeiros séculos da
Igreja, o reconhecimento da santidade acontecia em âmbito local, a
partir da fama popular do santo e com a aprovação dos bispos.
Giovanni
Battista Enrico Antonio Maria Montini nasceu a 26 de setembro de 1897
na Lombardia, Itália, e foi ordenado padre em 1920, tendo entrado ao
serviço diplomático da Santa Sé.Nomeado arcebispo de Milão em 1953, foi
criado cardeal em dezembro de 1958, por João XXIII, a quem viria a
suceder, cinco anos depois, já com o Concílio Vaticano II (1962-1965) em
andamento, tendo-lhe dado continuidade.
Entre 1964 e 1970, Paulo
VI fez nove viagens internacionais, as primeiras de um Papa moderno,
incluindo a passagem por Fátima a 13 de maio de 1967.
O Papa
italiano escreveu sete encíclicas, entre as quais a ‘Humanae vitae’
(1968), sobre a regulação da natalidade, e a ‘Populorum progressio’
(1967), sobre o desenvolvimento dos povos; assinou ainda a exortação
apostólica ‘Evangelii nuntiandi’ (1975), sobre a evangelização no mundo
contemporâneo, e discursou na sede da Organização das Nações Unidas, em
Nova Iorque, a 4 de outubro de 1965.
Paulo VI morreu no dia 6 de agosto de 1978.
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