Nasceu em terras
portuguesas, em Campo Maior ou, talvez, em Ceuta. Pertencia à mais alta
nobreza de Portugal, sendo aparentada com a própria Família Real.
Ainda jovem, acompanhou como dama de honra sua prima D. Isabel,
Infanta portuguesa que partiu para Castela a fim de se casar com o rei
daquela nação, João II.
Na Corte castelhana, a beleza deslumbrante de Beatriz logo atraiu
para ela todas as atenções e a nova rainha, com ciúmes, concebeu o
propósito de matá-la. Para isso prendeu-a numa arca sem ventilação. Dias
depois, abriu a arca esperando encontrar um cadáver, mas achou Santa
Beatriz viva e em perfeita saúde. A Santíssima Virgem aparecera-lhe
durante a prisão e fizera-lhe companhia, preservando miraculosamente sua
vida e incumbindo-a de fundar uma Ordem religiosa destinada a venerar a
Imaculada Conceição.
A rainha aarrependeu-se da sua maldade e autorizou Beatriz a
retirar-se para um convento dominicano, em Toledo, onde viveu mais de 30
anos, não como religiosa, mas como pensionista, à espera da hora em que
pudesse realizar a fundação.
Já idosa, recebeu certo dia a visita da rainha Isabel, a Católica,
filha daquela que tentara matá-la. Auxiliada por Isabel, fundou a Ordem
das Concepcionistas.
Desde que se afastou da Corte, Beatriz havia adotado o costume de
conservar sempre o rosto velado, para evitar que sua beleza fosse
ocasião de pecado. No leito de morte, quando lhe foi ministrada a Santa
Unção, descobriram-lhe o rosto e, para grande surpresa, constatou-se que
ela, embora tivesse mais de 60 anos de idade, tinha conservado a mesma
fisionomia de jovem. Deus quis, por esse milagre, mostrar como Lhe era
agradável a ilibada pureza de Santa Beatriz.
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