Por ocasião da apresentação do espetáculo “O Papa e o Poeta” - que será apresentado nesta quinta-feira, 13, no Auditorium da Via da Conciliação
em Roma -, jornalistas pediram ao Prefeito Emérito da Congregação dos
Bispos, Cardeal Giovanni Battista Re, para comentar o caso Vatileaks.
O
Cardeal aproveitou a ocasião para traçar um paralelo entre o perdão
concedido pelo Papa Bento XVI ao seu ex-mordomo Paolo Gabriele, antes do
Natal, e aquele dado por João Paulo II a Ali Agca, o autor do atentado
contra sua vida cometido na Praça São Pedro.
O cardeal afirmou
que “é difícil dizer como teria se comportado João Paulo II diante da
traição de um colaborador tão próximo. Mas como ele tinha um grande
senso de perdão e misericórdia, certamente também o teria perdoado”. E
recordou que “apenas 4 dias após o atentado, no seu primeiro Angelus,
proferido do Policlinico Gemelli, o Papa Wojtyla afirmou: 'perdôo aquele
que atirou em mim' “.
Ele admitiu que João Paulo II poderá ser
canonizado muito em breve, "se não neste ano, no ano próximo". “A ele
foram atribuídos diversos milagres - salienta -, porém, não me parece
que tenha sido escolhido aquele que será submetido à comissão médica”.
“Até
poucos meses - explicou -, ainda estavam sendo estudados três ou quatro
casos, para se avaliar qual deles poderia se inserir melhor nos rígidos
critérios usados pelo organismo científico responsável pela avaliação
dos casos”.
"Após esta etapa - concluiu -, o caso será examinado
por bispos e cardeais e finalmente, poderá ter a aprovação definitiva do
Papa".
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