O século XX pode ser considerado
o século com o maior número de mártires de toda a história do
cristianismo. Em Fátima, Nossa Senhora já alertava a Igreja sobre a
perseguição que se espalharia pelo mundo
Tal como aconteceu no início do
Cristianismo, o século XX também pode ser considerado o século dos
mártires. Foram milhares de igrejas e conventos destruídos por regimes
totalitários e o número de cristãos presos, torturados e mortos por
confessarem a fé em Cristo superou os de toda a história.
“No Jubileu do ano 2000, o Papa João
Paulo II fez uma celebração para lembrar os mártires do século XX. O
Pontífice disse que só este século produziu mais mártires do que toda a
história da Igreja”, contou o professor Felipe Aquino, professor de
Teologia.
Estes dados estão de acordo com um
relatório de 2011 do Centro de Estudos das Novas Religiões (CESNUR) e
apresentado em um seminário organizado pela Universidade Pontifícia
Lateranense de Roma. Segundo o diretor do estudo, um sociólogo
italiano chamado Massimo Introvigne, o número de martírios cristãos, no
mundo, chega a 70 milhões, 45 milhões dos quais aconteceram no século XX.
Os regimes totalitários foram os que
mais perseguiram o Cristianismo neste tempo. A Revolução Russa (1917),
por exemplo, levou à morte cerca de 17 mil sacerdotes e 34 mil
religiosos. O Comunismo declarou a religião como subversiva e inimiga do
Estado. Igrejas, conventos e seminários foram fechados e destruídos.
São incontáveis os números de mártires em países como União Soviética,
Lituânia, Romênia, China, Vietnã, Camboja e Cuba.
A Santa Sé, por exemplo, entendeu que as
mensagens de Nossa Senhora de Fátima estão profundamente ligadas a esta
era dos mártires do século XX. O terceiro segredo – que muito se
fantasiava sobre seu conteúdo – faz menção à opressão da Rússia sobre o
mundo e sobre o martírio de milhares de padres, bispos e religiosos.
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