Nesta sexta-feira, 29, o Papa
Bento XVI fez a imposição do Pálio aos novos arcebispos metropolitanos
nomeados neste último ano. A imposição foi feita durante a Santa Missa
na Solenidade de São Pedro e São Paulo, celebrada na Basílica Vaticana e
transmitida ao vivo pela TV Canção Nova às 4h (horário de Brasília).
Dentre
os 44 novos arcebispos que receberam o Pálio, sete são brasileiros: Dom
Wilson Tadeu Jonck, de Florianópolis (SC); Dom Jose Francisco Rezende
Dias, de Niterói (RJ); Dom Esmeraldo Barreto de Farias, de Porto Velho
(RO); Dom Airton Jose dos Santos, de Campinas (SP); Dom Jacinto Furtado
de Brito Sobrinho, de Teresina (PI); Dom Paulo Mendes Peixoto, de
Uberaba (MG); Dom Jaime Vieira Rocha, de Natal (RN).“Amados Metropolitas, o Pálio,
que vos entreguei, recordar-vos-á sempre que estais constituídos no e
para o grande mistério de comunhão que é a Igreja, edifício espiritual
construído sobre Cristo como pedra angular e, na sua dimensão terrena e
histórica, sobre a rocha de Pedro”, disse o Santo Padre.
O
Pálio é uma espécie de colarinho de lã branca, com cerca de cinco
centímetros de largura e dois apêndices. Nele estão bordadas seis
cruzes. É confeccionado com a lã de dois cordeirinhos, ofertados ao
Papa, no dia 21 de janeiro de cada ano, data da festa de Santa Inês. A
lã posteriormente é tecida pelas monjas beneditinas do Mosteiro de
Santa Cecília, em Roma.
São Pedro e São Paulo
Em
sua homilia, o Papa explicou que a tradição cristã sempre considerou as
figuras de São Pedro e São Paulo inseparáveis: na verdade, juntos,
representam todo o Evangelho de Cristo.
O discípulo Pedro, por dom de Deus, pode tornar-se uma rocha firme no qual se edificou a Igreja de Cristo.
“Graças
à luz e à força que provêm do Alto, o Papado constitui o fundamento da
Igreja peregrina no tempo, mas, ao longo dos séculos assoma também a
fraqueza dos homens, que só a abertura à ação de Deus pode transformar”,
salientou Bento XVI.
O Papa lembrou também que a imagem de São
Paulo é sempre representada com a espada que simboliza o instrumento do
seu martírio, mas também toda a sua missão como evangelizador.
“O
Senhor lhe deu a coroa de glória e colocou-o, juntamente com Pedro,
como coluna no edifício espiritual da Igreja”, explicou o Pontífice.
Ecumenismo e fraternidade
Estavam
presentes também na celebração embaixadores, autoridades civis e uma
delegação do Patriarcado de Constantinopla, recebidos com pelo Papa com
“gratidão fraterna e cordial”.
“Só o seguimento de Cristo conduz a
uma nova fraternidade: esta é, para cada um de nós, a primeira e
fundamental mensagem da Solenidade de hoje, cuja importância se reflete
também na busca da plena comunhão, à qual anelam o Patriarca Ecumênico e
o Bispo de Roma, bem como todos os cristãos”, salientou Bento XVI.
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