domingo, 28 de abril de 2013

São Luís Maria Grignion de Montfort e Santa Gianna Beretta Molla

Neste dia, nós contemplamos o fiel testemunho de Luís que, ao ser crismado, acrescentou ao seu prenome o nome de Maria, devido sua devoção à Virgem Maria, que permeou toda sua vida.

Nascido na França, no ano de 1673, de uma família muito numerosa, ele sentiu bem cedo o desejo de seguir o sacerdócio e assim percorreu o caminho dos estudos.

Como padre, São Luís começou a comunicar o Santo Evangelho e a levar o povo, através de suas missões populares, a viver Jesus pela intercessão e conhecimento de Maria. Foi grande pregador, homem de oração, amante da Santa Cruz, dos doentes e pobres; como bom escravo da Virgem Santíssima não foi egoísta e fez de tudo para ensinar a todos o caminho mais rápido, fácil e fascinante de unir-se perfeitamente a Jesus, que consistia na consagração total e liberal à Santa Maria.

São Luís já era um homem que praticava sacrifícios pela salvação das almas, e sua maior penitência foi aceitar as diversas perseguições que o próprio Maligno derramou sobre ele; tanto assim que foi a Roma para pedir ao Papa permissão para sair da França, mas este não lhe concedeu tal pedido. Na força do Espírito e auxiliado pela Mãe de Deus, que nunca o abandonara, São Luís evangelizou e combateu na França os jansenistas, os quais estavam afastando os fiéis dos sacramentos e da misericórdia do Senhor.

São Luís, que morreu em 1716, foi quem escreveu o "Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem", que influencia ainda hoje, muitos filhos de Maria. Influenciou inclusive o saudoso Papa João Paulo II, que por viver o que São Luís nos partilhou, adotou como lema o Totus Tuus, Mariae, isto é, "Sou todo teu, ó Maria".

São Luís Maria Grignion de Montfort, rogai por nós!

SANTA GIANNA BERETTA MOLLA 
No dia 04 de abril de 1922, nasce em Magenta (Milão, Itália) o 12º filho do casal Alberto Beretta e Maria de Michelo, que na pia batismal recebe o nome de Gianna Beretta.
A pequena Gianna trouxe ao lar dos Beretta uma dupla alegria, primeiro por ser perfeita e muito bonita e segundo por ter nascido no dia 04 de outubro, dia de São Francisco de Assis – seus pais eram irmãos da ordem terceira de São Francisco e sentiram-se duplamente abençoados.
Desde de sua primeira comunhão, recebida no dia 04 de abril de 1928, quando tinha apenas 5 anos e meio, acompanhava sua mãe diariamente a Santa Missa. Gianna foi crismada dois anos depois na catedral de Bérgamo.
A formação sólida recebida de seus pais a faz considerar a vida como um dom maravilhoso de Deus, a ter confiança na providência, além de uma intensa vida de oração.
Foi uma brilhante aluna em todas as etapas escolares. Alimentava em seu coração o desejo de servir a Deus e aos irmãos através da medicina.
Durante os anos de universidade, enquanto se dedica diligentemente aos estudos, vincula sua fé com um compromisso generoso de apostolado entre os jovens da ação católica e de caridade para com os idosos e necessitados das conferências vicentinas. No dia 30 de novembro de 1949 formou-se em medicina e especializou-se em pediatria.
Em 1950 abre seu consultório médico em Mêsero (nos arredores de Milão), sempre demonstrando especial atenção aos pobres e necessitados.
O irmão de Gianna, frei Alberto Beretta (formou-se em medicina e em seguida ordenou-se sacerdote na ordem dos frades menores capuchinhos) foi enviado como missionário para o Brasil na cidade de Grajaú no Maranhão.
Ao relatar sua missão no Brasil, frei Alberto comove o coração da jovem Dra. Gianna. O que mais entusiasmava nossa jovem Gianna era o desejo de salvar vidas, principalmente das crianças que morriam sem a devida assistência.
Dra. Gianna manifesta ao bispo de Bérgamo o desejo de vir para o Brasil como missionária. Um outro irmão de Gianna, Francesco, que era engenheiro, também veio para o Brasil ajudar frei Alberto a construir um hospital.
O bispo de Bérgamo, apesar de enaltecer o desejo de Gianna, considerou entre outras dificuldades, a saúde frágil de nossa jovem médica – Gianna desiste, com pesar, da missão.
No ano Mariano de 1954, Gianna foi ao Santuário de Lourdes (França), e lá aos pés da Virgem Maria, implora para descobrir sua vocação.
Em 1954, durante a celebração de ordenação sacerdotal de um amigo, conheceu o engenheiro Pietro Molla. Noivaram em 11 de abril de 1955, e na basílica de São Martinho, em Magenta, casam-se no dia 24 de setembro de 1955 e quem presidiu a cerimônia foi seu outro irmão, padre Giuseppe.
Vivendo uma intensa felicidade matrimonial que será completada com a chegada dos filhos - em 1956, Pedro Luis; em 1957, Maria Zita; em 1959, Laura. Com simplicidade e equilíbrio, harmoniza os deveres de esposa, mãe, médica e católica comprometida.
No ano de 1961, com 39 anos, engravida do quarto filho, e no final do segundo mês, vê-se atingida pelo sofrimento e pela dor. Aparece um fibroma no útero. Três opções lhe foram apresentadas: retirar o útero doente, o que ocasionaria a morte da criança; abortar o feto; ou, a mais arriscada, submeter-se a uma cirurgia de risco e preservar a gravidez. Antes de ser operada, embora sabendo do risco de prosseguir com a gravidez, suplica ao cirurgião: “salvem a criança, pois tem o direito de viver e ser feliz”.
Submeteu-se a cirurgia, era o dia 06 de setembro de 1961, totalmente entregue a providência divina e a oração. Com o feliz sucesso da cirurgia, louva e agradece a Deus pela preservação da vida da criança.
Alguns dias antes do parto, sempre com grande confiança na providência Divina, demonstra-se pronta a sacrificar sua vida para salvar a do filho: “Se deveis decidir entre mim e a criança, nenhuma dúvida: escolhei-a, e isto eu exijo – A criança, salvai-a”. Era sexta-feira santa de 1962, quando entrou no hospital e na manhã do dia seguinte, 21 de abril de 1962, nasce Gianna Emanuela.
Por breves instantes teve a bela menina em seus braços. Apesar de todos os esforços para salvar a vida de ambas, na manhã de 28 de abril, em meio a dores atrozes e repetindo: “Jesus eu Te amo, eu Te amo”, morre santamente, e seus funerais foram uma grande manifestação de fé e comoção.
O Papa Paulo VI definiu seu gesto no ano de 1977, dizendo: “Uma jovem mãe, da diocese de Milão, que para dar a vida a sua filha sacrifica, com imolação meditada, a própria”. 



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