A
celebração tem início às 9h30. Concelebram os cardeais e patriarcas
orientais presentes em Roma, bem como os superiores gerais dos
franciscanos e dos jesuítas.
O
primeiro momento da celebração decorre junto do túmulo de São Pedro,
onde Francisco vai rezar em silêncio, com dez patriarcas das Igrejas
Orientais católicas, saindo em procissão acompanhados por dois diáconos
com o anel e o pálio ali colocados a partir de hoje à noite.
A
procissão até ao exterior vai decorrer ao som das ‘Laudes Regiae’
(louvor ao rei, em honra a Cristo), na qual se invocam vários santos,
incluindo os que foram Papas.
O
"anel do pescador" (anulus piscatoris) faz parte das insígnias oficiais
do Papa, enquanto sucessor do Apóstolo Pedro, pescador da Galileia,
localidade israelita onde nasceu o discípulo de Jesus.
O
decano (presidente) do Colégio Cardinalício, Angelo Sodano, colocará o
anel na mão esquerda do novo Papa antes da missa, segundo o novo ritual
aprovado por Bento XVI antes de renunciar ao pontificado. O anel do
pescador escolhido por Francisco é obra do italiano Enrico Manfrini, tem
uma representação de São Pedro com as chaves e é feito em prata
dourada, não em ouro.
A
primeira referência documental a esta insígnia aparece no ano de 1256,
numa carta de Clemente IV a um sobrinho, na qual declara que os Papas
costumavam selar as suas cartas privadas com “o selo do pescador”.
Aquando da morte ou renúncia de um Papa, o anel é inutilizado, num gesto
que hoje tem o significado de sublinhar que no período da Sé Vacante
ninguém pode assumir prerrogativas próprias do bispo de Roma.
Durante
a cerimónia, o Papa receberá ainda o pálio petrino (estola branca de lã
com cruzes vermelhas que representam as chagas de Cristo), igual ao de
Bento XVI, uma insígnia litúrgica de “honra e jurisdição” usada pelos
bispos de Roma desde o século IV, que lhe vai ser imposta pelo cardeal
protodiácono, Jean-Louis Tauran.
Uma
representação de seis membros do Colégio Cardinalício (dois por cada
uma das "ordens" cardinalícias - bispos, presbíteros e diáconos) vai
simbolicamente prestar a sua “obediência” a Francisco; um gesto que será
repetido por representantes dos outros membros da Igreja, na tomada de
posse da catedral de Roma, a basílica de São João de Latrão, depois da
Páscoa, em data a definir.
A
missa de início do “ministério petrino” decorre na Praça de São Pedro,
onde estava o circo do imperador romano Nero, responsável pelo martírio
do Apóstolo, por volta do ano 64. A celebração em latim vai contar a
proclamação do evangelho em grego e intenções da oração dos fiéis em
russo, árabe e chinês, nomeadamente.
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