Encerrou-se
em Notre Dame (França) a fase investigativa diocesana do processo de
beatificação do médico e pesquisador francês Jérôme Lejeune, pai da
genética moderna e mundialmente reconhecido como o descobridor da
evidência genética da síndrome de Down: uma trissomia do
cromossoma 21. Foi ele quem elucidou algo até então desconhecido: cada
pessoa tem normalmente dois cromossomas do tipo “21″, mas quem tem esse
defeito (síndrome de Down) conta com três).
Jérôme Lejeune, pai da genética moderna e descobridor da síndrome de Down. |
Entre outros motivos, foi esse seu mérito moral que levou, em 2004, Fiorenzo Angelini, presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, a solicitar o início do processo de sua canonização, dez anos após sua morte. O pedido foi aceito e o processo foi aberto em 2007.
Anos
antes, João Paulo II, durante a Jornada Mundial da Juventude de Paris,
em 1977, foi rezar em seu túmulo. O Papa considerava Lejeune como seu
amigo tendo nomeado o médico como o primeiro presidente da Academia
Pontifícia para a Vida.
Lejeune
sonhava com a cura da síndrome de Down, para isso criou uma fundação na
França dedicada à pesquisa e tratamento não só desta síndrome, mas
também de outras doenças mentais genéticas.
Este centro continua hoje seu trabalho e conta também com um comitê que ajuda diferentes grupos envolvidos com essa doença em todo o mundo.
Este centro continua hoje seu trabalho e conta também com um comitê que ajuda diferentes grupos envolvidos com essa doença em todo o mundo.
Premio Nobel
Em 1969, apesar de ser reconhecido como grande cientista em todos os centros de pesquisas do mundo, todas as portas se fecharam para o médico e cientista católico.
E
isso aconteceu por ele ter sido bem claro ao mostrar sua posição em
defesa da vida e contra a cultura da morte num tempo em que se iniciavam
as campanhas abortistas na Europa e Estados Unidos.Em 1969, apesar de ser reconhecido como grande cientista em todos os centros de pesquisas do mundo, todas as portas se fecharam para o médico e cientista católico.
No
livro “Life is a Blessing: a biography of Jerome Lejeune” (A vida é uma
bênção: uma biografia de Jérôme Lejeune), sua filha, Clara,
conta que a onda contrária a sua posição anti aborto foi tão grande que
nos círculos científicos importantes ninguém mais se interessou pela
sua pesquisa. Sobre ele foi decretado o silencio mais constrangedor.
Em
1971 ele proferiu um discurso no conhecido e bem conceituado “National
Institute for Health”, nos Estados Unidos e, depois de seu discuso
-aula, enviou uma mensagem a sua esposa onde dizia: “hoje perdi meu
Prêmio Nobel”.
No discurso feito no NIH, Lejeune havia referido-se ao aborto afirmando: “Vocês estão transformando seu instituto de saúde em um instituto de morte”.Bastou essa fundamentada afirmação para ele ser colocado no mais profundo ostracismo dentro da comunidade científica.
Sempre lembrado
Jérôme Lejeune nunca foi esquecido dentro de outra comunidade: a dos defensores da Vida.
Jérôme Lejeune nunca foi esquecido dentro de outra comunidade: a dos defensores da Vida.
Agora, sendo concluída a fase investigativa do processo de sua beatificação, ele será mais que nunca lembrado.
Existe até uma Oração –já aprovada pela autoridade competente– para pedir a beatificação do Dr. Lejeune:
Existe até uma Oração –já aprovada pela autoridade competente– para pedir a beatificação do Dr. Lejeune:
“Ó
Deus, que criaste o homem à vossa imagem e o destinastes a compartilhar
vossa Glória, Vos agradecemos por terdes dado a vossa Igreja o
professor Jerôme Lejeune, eminente servidor da causa da vida.
Ele
soube pôr sua penetrante inteligência e sua fé profunda a serviço da
defesa da vida humana, especialmente da vida em gestação, no incansável
empenho de cuidá-la e saná-la.
Testemunha apaixonada da verdade e da caridade, soube reconciliar, ante os olhos do mundo contemporâneo, a fé e a razão.
Concede-nos
por vossa intercessão, segundo a vossa vontade, a graça que Vos
pedimos, com a esperança de que logo ele seja contado entre o número de
Vossos Santos. Amém”.
Esta oração tem a aprovação eclesiástica de Dom André Vingt-Trois, Arcebispo de Paris.
Pede-se
comunicar as graças recebidas a: Postulação da Causa de beatificação e
canonização do Servo de Deus Jérôme Lejeune, Abbaye Saint-Wandrille,
F-76490 Saint-Wandrille, France. (JSG)
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